quarta-feira, fevereiro 26, 2025

Habitação Intergeracional Adaptável e Participada II – quarenta subtemas sintetizados – Infohabitar # 928

Habitação Intergeracional Adaptável e Participada II – quarenta subtemas sintetizados– Infohabitar # 928

Intergenerational Adaptive Housing Program

 

Informa-se que para aceder (fazer download) do mais recente Catálogo Interativo da Infohabitar, que está tematicamente organizado em mais de 20 temas e tem links diretos para os 922 artigos da Infohabitar, existentes em janeiro de 2025 (documento pdf ilustrado e com mais de 80 pg), usar o link seguinte:

https://drive.google.com/file/d/1vw4IDFnNdnc08KJ_In5yO58oPQYkCYX1/view?usp=sharing

Infohabitar, ano XXI, n.º 928

Edição: quarta-feira 26 de fevereiro de 2025

 

Habitação Intergeracional Adaptável e Participada II – quarenta subtemas sintetizados– Infohabitar # 928

Intergenerational Adaptive Housing

Infohabitar, Ano XX, n.º 928

Edição: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

 

 

Editorial

Depois de cerca de um ano de laboriosa preparação ao 5.º CIHEL, continuamos, com este número da Infohabitar, a abordagem à temática do habitar intergeracional participado – no âmbito do designado PHAI3C – ainda de uma forma um pouco esquemática de modo a relembrar voltar a mergulhar profundamente na matéria, globalmente e também no que se refere, essencialmente, ao trabalho feito e ao que falta fazer, assunto este a que dedicamos o presente artigo.

Na prática no artigo da passada semana, que retomamos e completamos no presente artigo, “citamos” cerca de 40 subtemas do estudo da “habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados”, que foram editados, cada um deles, em artigo específico, aqui na Infohabitar e essencialmente durante os anos de 2022 e 2023, mas abordando, agora, essas subtemáticas de uma forma estrategicamente um pouco distanciada dos conteúdos das respetivas edições originais, que aliás têm um caráter muito associado a uma sistemática recolha bibliográfica e documental.

Desta forma, como se disse acima, relembramos e sintetizamos as subtemáticas mais teóricas e documentais do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados, para em seguida se avançar para uma reflexão sobre um razoável número de casos de referência e, em seguida, finalmente, apurar as respetivas reflexões finais e recomendativas.

Lisboa, em 26 de fevereiro de 2025

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar, Presidente da MAG da GHabitar, investigador principal com habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC), doutor em Arquitetura (FAUP), Arquiteto (ESBAL), Vogal Dir NHC Social Cooperativa de Solidariedade.

 

Habitação Intergeracional Adaptável e Participada II – quarenta subtemas sintetizados– Infohabitar # 928

Intergenerational Adaptive Housing

António Baptista Coelho

 

1. Introdução genérica ao estudo sobre Habitação Intergeracional Adaptável e Participada

No presente artigo retoma-se a abordagem à temática do habitar intergeracional participado – no âmbito do designado Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados PHAI3C – depois de um significativo tempo de paragem da mesma (cerca de um ano) e tentando aproveitar esta descontinuidade o mais possível de forma positiva, (i) tanto através de ainda de uma súmula global do que está feito e do que falta fazer, como (ii) acompanhando esta súmula por um olhar construtivamente crítico sobre o que foi desenvolvido e o que se pretendia/pretende fazer e, ainda, (iii) procurando refletir de um modo prático sobre os aspetos mais formais desta trabalho, visando-se a sua melhor conclusão, (iv) procurando revestir estas últimas fases do trabalho de aspetos muito funcionais, seja na gradual apresentação dos seus resultados, seja na configuração das sua respetivas conclusões de um modo o mais possível útil em termos da respetiva aplicação em casos concretos, e, portanto, e finalmente, (v) centrando este retomar final do PHAI3C numa abordagem comentada a casos concretos e de referência; as conclusões recomendativas decorrerão, naturalmente, espera-se, do caldear da análise destes casos com o substrato que resultou da extensa abordagem mais bibliográfica já realizada.

No que toca à ilustração que acompanhará esta fase final do trabalho (e não o presente artigo) e devido a eventuais questões autorais ela será reduzida, mas os leitores terão sempre a possibilidade do acesso à WWW através de links referidos aos diversos casos de referência, e encontrado nos sites tal ilustração; e além disso vamos, também, ensaiar uma ilustração pontual com base na configuração pela IA de ideias de projecto e pormenorização residencial.

Faz-se notar que na parte final e bibliográfica deste artigo o leitor dispõe de uma listagem completa dos títulos dos respetivos 40 artigos, devidamente linkados aos seus textos completos.

2. Sobre a temática da Habitação Intergeracional Adaptável e Participada: uma síntese

Considerando-se o atual quadro demográfico e habitacional muito crítico, no que se refere ao crescimento do número das pessoas idosas e muito idosas, a viverem sozinhas e com frequentes necessidades de apoio, a atual diversificação dos modos de vida e dos desejos habitacionais, e a quase-ausência de oferta habitacional e urbana adequada a tais necessidades e desejos, foi ponderada o que se julga ser a oportunidade do estudo e da caracterização de um adequado a tais necessidades e a uma proposta residencial naturalmente convivial, eficazmente gerida e participada e financeiramente sustentável, resultando daqui a proposta de uma Cooperativa a Custos Controlados (3C) – o que remete evidentemente para uma promoção de Habitação a Custos Controlados (HCC), que corresponde à atual habitação de interesse social portuguesa.

O PHAI3C visa o estudo e a proposta de soluções urbanas e residenciais vocacionadas para a convivência intergeracional, adaptáveis a diversos modos de vida, adequadas para pessoas com eventuais fragilidade físicas e mentais, mas sem qualquer tipo de estigma institucional e de idadismo, funcionalmente mistas e com presença urbana estimulante. O PHAI3C irá procurar identificar e caracterizar tipos de soluções adequadas e sensíveis a uma integração habitacional e intergeracional dos mais frágeis num quadro urbano claramente positivo e em soluções edificadas que possam dar resposta, também, a outras novas e urgentes necessidades  habitacionais (ex., jovens e pessoas sós), num quadro residencial marcado por uma gestão participada e eficaz, pela convivialidade espontânea e social e financeiramente sustentável.

Finalmente, mas não por último, o PHAI3C irá procurar desenvolver uma proposta de promoção residencial económica, naturalmente intergeracional e convivial e livremente participada, que se possa assumir, simultânea e verdadeiramente, quer como uma promoção geral de HCC onde todos nós possamos encontrar um espaço residencial mais estimulante, porque globalmente qualificado e naturalmente intergeracional e promotor do convívio, quer como uma promoção de HCC especificamente amiga dos mais idosos e dos mais sensíveis, adequada ao salutar acompanhamento do envelhecimento humano, num ambiente caloroso, vitalizado e mesmo solidário, produzindo-se assim, quer vitais benefícios para a saúde e a longevidade dos seus habitantes, quer sensíveis poupanças e sinergias nos respetivos cuidados de apoio de saúde, bem-estar e sociais, tal como está a ser provado nos países em que se tem já avançado para esta natural aliança entre cuidados residenciais, de saúde e sociais.   

O presente trabalho quer constituir-se numa porta aberta para o acesso amplo à fase atual do estudo, que se designou de PHAI3C e que se encontra no remate da sua ampla parte mais bibliográfica e documental e numa já franca entrada em aspetos de constatação prática de variadas soluções concretas.

Finalmente importa sublinhar que este estudo,  o PHAI3C, integrou a Estratégia de Investigação e Inovação (E2I) do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), entre cerca de 2010 e 2013, e que as cooperativas portuguesas de “habitação económica”, associadas na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE), apoiaram este estudo desde o seu início, na continuidade do seu importante papel, desempenhado desde o 25 de Abril, na promoção de habitação de interesse social, aliando a grande quantidade de habitações disponibilizadas a uma sua expressiva qualidade arquitectónica e uma eficaz e humanizada gestão de proximidade.

Salienta-se que esta abordagem à temática de um “nova” modalidade de habitação apoiada pelo Estado, marcada por aspetos de intergeracionalidade, adaptabilidade e participação cooperativa, pretende marcar a necessidade URGENTE de se encarar a habitação em falta, em Portugal, com qualidade e custos controlados, numa perspetiva especialmente amigável relativamente aos muitos cidadãos mais idosos e “muito idosos”, que, cada vez mais marcam a mistura geracional; desta forma poderemos ter uma tripla eficácia, ao proporcionar soluções muito adequadas a muitos grupos sociais habitacionalmente carenciados (ex., idosos, pessoas, sís, pequenos agregados familiares, etc.), ao responder eficazmente e de forma adequadamente integrada a uma “nova” e urgente necessidade social, e ao poder “libertar” para novos habitantes mais jovens muitas habitações bastante adequadas a famílias com significativa dimensão.   

 

3. Habitação Intergeracional Adaptável e Participada: cerca de 40 subtemáticas

Passando, de imediato, às fases i e ii, referidas na introdução a este artigo, vamos rever as subtemáticas abordadas nos cerca de 40 artigos já editados na Infohabitar sobre o PHAI3C, complementando cada indicação de título/subtemática com algumas frases breves de comentário à mesma; nota-se que no título de cada entre parêntesis e em cada caso é indicado o n.º do  respetivo artigo editado na Infohabitar.

 

(i) Pensar um novo habitar intergeracional: alguns comentários iniciais (706) 

A questão da referida “novidade” de uma oferta residencial intergeracional deve ser devidamente comentada no sentido em que na habitação tradicional conviviam várias gerações, partilhando espaços e funções e disponibilizando um quadro afectivo e formativo único. Naturalmente que o PHAI3C tem uma abordagem distinta, embora evidentemente, não afastando a possibilidade de reedição de quadros domésticos desse tipo; visando-se um meio residencial e de vizinhança expressivamente “urbano”, harmonizador de aspetos essenciais de privacidade e apropriação domésticas com outros de convivialidade espontânea e totalmente opcional e ainda com outros aspetos de extrema funcionalidade doméstica por apoios em equipamentos e serviços comuns.   

(ii) Oportunidade, utilidade e exigências do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C) (714)

Sobre a oportunidade e utilidade de um renovado conceito de habitar intergeracional, adaptável e participado o elevadíssimo e sempre crescente número de idosos a viverem sós e em companhia de outros idosos fala por si, assim como também por si fala o elevadíssimo e crescente número de pessoas que com as mais variadas idades optam por viver sozinhas ou em pequenos agregados familiares; sendo que os apoios em equipamentos e serviços comuns têm evidente aplicação no primeiro caso, enquanto no segundo caso também é evidente que muitas destas pessoas muito gostariam de poder ter a lide doméstica muito agilizada. Sobre a oportunidade de um conteúdo comum condominial que suscite convívio ele será mais abaixo abordado em detalhe, mas julga-se ser bem oportuno na nossa atual sociedade marcada pelo individualismo ( e isto é apenas constatação, não é uma crítica).   

(iii) Sobre o passado e o futuro da habitação cooperativa a custos controlados e as novas soluções intergeracionais colaborativas (716)

Todos os que conhecem a realidade da habitação cooperativa ligada aos custos controlados sabem que este tipo e promoção foi pioneiro, em Portugal, quer em aspetos participativos no que se refere às soluções residenciais escolhidas, quer em aspetos de convivialidade local e de prestação de variados serviços comuns, quer no assegurar de uma gestão diária e de proximidade eficaz. Por tudo isto a promoção cooperativa parece ser a escolha indicada para esta renovada forma de habitar intergeracional, adaptável e participado; aliás historicamente não será por acaso que aalguns técnicos que há cerca de 50 anos e mais, estavam na linha da frente de um ativo cooperativismo habitacional com amplo sentido comum, como aconteceu na Suécia e na Dinamarca, estão atualmente dedicados a soluções de cohousing, que na prática são soluções residenciais intergeracionais com forte componente de comunidade.

(iv) Notas sobre o enquadramento da qualidade de vida e residencial especialmente dirigida para idosos e pessoas fragilizadas (805)

Em primeiro lugar importa considerar que os idosos têm naturalmente condições vivenciais fragilizadas e que serão facilitadas por alguns quadros físicos específicos e também pela previsão de apoios específicos; sendo que os “grandes idosos” (com mais de 80 anos) são natural e felizmente cada vez mais numerosos e com uma vivência residencial extremamente facilitada por tais quadros físicos e de apoios vários; e havendo ainda que juntar a este “pelotão” cada vez mais numeroso os múltiplos casos de pessoas fragilizadas e de pessoas que vivem com pessoas fragilizadas. Tendo tudo isto em conta e sabendo-se, pois está já provado, que é possível que pessoas idosas e fragilizadas vivam com um máximo de autonomia, desde com tais quadros de apoio, e sabendo-se que tais condições são até responsáveis por uma vida mais longa e em melhores condições de bem-estar e saúde, então, provavelmente, não podemos deixar de avançar para estas renovadas soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado, que nada têm a ver com os conhecidos equipamentos colectivos e assistenciais dedicados a este tipo de carências.   

(v) Notas sobre qualidade de vida e qualidade arquitetónica e urbana na habitação para idosos e intergeracional (806)

Um aspeto de grande importância nestas renovadas soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos controlados é que o seu êxito depende, em boa parte, de uma assinalável qualidade arquitectónica global, pois há equilibrar custos globais, condições de privacidade e de apropriação gerais, condições comuns que potenciem a interação social de forma, condições gerais de representatividade e atratividade e adequadas condições de serviços comuns e de gestão; e tudo isto ao serviço de uma expressiva qualidade de vida. Logo, se a “simples” habitação de interesse social para ser realmente adequada exige um excelente projecto de arquitectura, aqui junta-se ao projetar o espaço privado, talvez ainda com maiores exigências, o projectar do espaço comum; portanto não parece haver lugar para projectos de arquitectura que não sejam muito qualificados, caso contrário corremos o risco de estar a fazer “soluções falhadas”, logo à partida.

(vi) Qualidade de vida e qualidade pormenorizada na habitação para idosos e intergeracional (807 e 808)

Muito do que se acabou de referir em termos de uma essencial e exigente qualidade arquitectónica residencial nestas renovadas soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos controlados depende da respetiva pormenorização, designadamente, em termos espaciais, de relação entre espaços, de adaptabilidade, de multifuncionalidade e de “detalhes” específicos. Há que fazer de cada habitação eventualmente não muito espaçosa, uma solução cheia de capacidades funcionais e de estímulos residenciais; e há que configurar as sequências de espaços comuns de modo extremamente atraente e funcional e tudo isto se joga também e essencialmente numa excelente pormenorização, que também só é possível com um excelente projecto de Arquitectura.

(vii) Sobre as necessidades habitacionais mais específicas dos idosos, uma introdução  (810 e 811)

A questão das necessidades habitacionais mais específicas dos idosos é algo que tem de ser tratado nestas renovadas soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos controlados, de uma forma que podemos designar de “natural” ou naturalmente embebida na respetiva caraterização arquitectónica, de modo a que não seja reconhecível e seja até muito bem acolhida por quem não tem (ainda) esse tipo de necessidades… sem quaisquer tipo de estigmas, pensadndo no espaços domésticos como elementos potencial eevolutivamente mobilizáveis, quando e se necessários … e sendo excelentes para todos …

(viii) Acessibilidade residencial e habitantes fragilizados, uma introdução  (813 e 814)

As questões da acessibilidade residencial devem ser, de uma vez, tratadas de forma adequada e “universal”, no sentido de ser adotado um dimensionamento que facilite a movimentação e o uso da habitação a todos os habitantes e entre estes aos condicionados na mobilidade e na perceção, sendo neste caso tais condições essenciais para o uso da habitação por essas categorias de habitantes. No entanto a adoção de tais condições não pode ser razão para se qualificar a habitação como especificamente adequada para esses habitantes condicionados, devendo muitos dos apoios específicos, tais como barras de apoio pontuais, bancadas vazadas debaixo dos tampos e corrimãos, serem apenas instalados e adaptados quando forem necessários, e havendo, ainda, previsão da possibilidade de instalação de outros tipos de apoios mais elaborados, como banheiras especiais e rails no teto para instalação de equipamentos elevatórios de apoio à movimentação de pessoas muito condicionadas. E evidentemente que as janelas e os seus peitoris e os vãos de portas devem ser adequados ao uso por pessoas condicionadas, em termos de vistas sobre o exterior e de manobra de cadeiras de rodas. Tudo isto pressupõe uma nova forma de pensar o habitar que, evidentemente, também se tem de refletir na programação dos respetivos espaços comuns e de uso público, facilitando os interfaces entre os condicionados na mobilidade, e as vizinhanças próxima e alargada.

(ix) Atratividade, identidade e integração num habitar adequado a idosos, uma introdução (815 e 816)

O desenvolvimento de soluções de habitar que sejam especialmente adequadas para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e adaptável, devidamente desenvolvido por diversos tipos de espaços – integrando espaço privados, espaços comuns mais funcionais e espaços comuns e de uso público com funcionalidades variadas e específicas – obriga a uma sua caraterização muito exigente no que se refere à sua respetiva e ampla atratividade relativamente a todas essas categorias de habitantes, capacidade de identificação e apropriação por todas essas categorias de habitantes, e uma natural capacidade de integração de todas essas qualidades formais e funcionais; resultando, de certa forma, numa solução de habitar e de vizinhança em que cada categoria de residentes, etariamente diversificada, e culturalmente variada, encontrará motivos de estímulo ativos, adequados “refúgios” privados e exclusivos e outros espaços também um pouco privatizados, mas já em claro diálogo com diversos tipos de espaços comuns e de uso público, eles próprios marcados por uma adequada gradação de potencial de convívio.

(x) Lazer, cultura, arte, aprendizagem e envelhecimento em espaços residenciais intergeracionais (817)

O desenvolvimento de soluções de habitar que sejam especialmente adequadas para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e adaptável, deve integrar de forma adequada, funcional e positivamente evidenciada capacidades espaciais, ambientais, funcionais e de gestão dirigidas para o incentivo e o apoio específico a práticas de lazer, culturais, artísticas e de aprendizagem, muito diversificadas, e potencialmente partilhadas ou individuais; práticas estas que é sabido serem, pelo menos, desejadas numa fase da vida com mais tempo livre e/ou quando facilmente desenvolvidas em termos de proximidade e qualidade das condições específicas existentes em espaços e instalações comuns e/ou por serviços de proximidade. Este desenvolvimento específico de condições múltiplas para atividades variadas de lazer, cultura, arte e aprendizagem são também excelentes plataformas de geração de adequadas condições de intergeracionalidade e de partilha de conhecimentos e mestrias muito diversificados (ex., desde jardinagem a leitura em grupo).

(xi) Espacialidade e conforto residencial no envelhecimento (818)

A questão da espacialidade muito ligada ao desenvolvimento de condições de espaciosidade real e aparente acima das correntes é algo muito sensível quando aplicado a uma vivência intensa e prolongada dos espaços residenciais por pessoas idosas e fragilizadas, que, tendencialmente precisam de um pouco mais de espaço para realizarem as suas atividades correntes e especiais, são mais sensíveis do que os adultos não idosos a aspetos de funcionalidade problemática ou complexa, são muito mais sensíveis do que os adultos não idosos ao risco de quedas no uso corrente dos espaços residenciais e quando desempenhando ações mais exigentes (ex., usar gavetas elevada ou muito baixa e usar louças sanitárias), e podem ser extremamente mais sensíveis a aspetos pormenorizados do uso residencial, quando condicionados em termos de movimentação e de perceção. Nesta perspetiva e salientando-se que a espaciosidade não é panaceia geral aplicável, tanto por razões de custo como funcionais, ela é, no entanto, facilitadora da movimentação, ocupação e manobra doméstica, quando parcimoniosa e cuidadosamente aplicada nos sítios certos, nas proximidades mais adequadas e em conjugação com acabamentos e mesmo equipamentos específicos. Por outro lado esta espaciosidade “melhorada” pode e deve ser conjugada com uma adequada espaciosidade aparente, através de variados tipos de fusões e transparências espaciais.

(xii) Privacidade e convívio em ambientes residenciais adequados para idosos (819)

O desenvolvimento de soluções de habitar especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e adaptável, depende, fortemente, do desenvolvimento de soluções residenciais muito bem conseguidas em termos da integração entre as melhores e diversificadas condições de privacidade nas habitações e mesmo de agradável recato em certas pequenas zonas dos espaços comuns e de uso público e as melhores e bem reguladas condições potencializadoras da interação social, naturalmente convivial e socializadora numa base diária e tranquila, e, podendo assumir aspetos de convívio franco e intenso de forma pontual e assumidamente voluntária nessas mesmas zonas comuns e de uso público. Um tal equilíbrio não é evidentemente fácil, mas joga-se desde aspetos de “simples” máximo isolamento de ruídos e vistas, a aspetos de gradação destes mesmos ruídos e vistas e de adequado tratamento das diversas valências de espaços privados e comuns, interiores, exteriores e de transição.

Nesta matéria e designadamente na atratividade efetiva que devem ter os espaços comuns do edifício intergeracional importa referir, desde já, que eles têm de motivar, realmente, o respetivo uso, seja nas zonas multifuncionais e de estar mais específicas, seja mesmo nas zonas essencialmente de circulação; desenvolvendo-se condições muito estimulantes e diversificadas em termos de espaciosidade geral, vistas em sequência, pormenorização e apropriação, iluminação natural e artificial, vistas e relações com o exterior, etc. Caso assim não se proceda teremos estes espaços tendencialmente vazios, anulando-se boa parte da dinâmica intergeracional pretendida.  

(xiii) Domesticidade residencial em geral e especificamente na terceira idade (820)

As questões ligadas à caraterização da domesticidade residencial e à sua importância levam-nos, evidentemente, muito longe; mas e desde que não se negue, à partida, a validade de uma caracterização residencial privada e mesmo, parcialmente, comum, em aspetos, pro exemplo, de marcação evidenciada da escala humana em espaços localizada e/ou ambientalmente estratégicos, de evidenciação de um sentido de envolvência e de proteção, de relação marcante com elementos naturais (ex., cores) e com a natureza (ex., verde urbano), de assumida integração de elementos “chave” da “casa” como vãos de entrada, escadas, lareiras, etc., de sensível conjugação entre subespaços e espaços do habitar, essencialmente privados, mas também pontualmente comuns, e uma adequada aceitação e evidenciação de elementos de apropriação e de identidade no habitar: tudo isto tem uma evidente importância na habitação em geral e assume uma importância especial quando estamos em presença de habitantes mais fragilizados, como é o caso frequente dos idosos.

(xiv) Segurança na habitação para idosos num quadro intergeracional e participado (821)

O desenvolvimento de soluções de habitar especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas dedicadas de forma exclusiva, liga-se, com naturalidade, ao desenvolvimento de quadros residenciais caraterizados, mas não visualmente marcados, por adequadas condições de segurança no uso normal e de “segurança pública”; esta é uma reflexão autoexplicativa, mas que importa ser cumprida desde os aspetos pormenorizados com escala mais reduzida (ex., condições de limpeza dos vidros exteriores), até aspetos fundamentais de segurança geral nos espaços comuns e de segurança pública reforçada nos espaços de vizinhança, de uso público e de “passagem” ou relação com os espaços naturais e citadinos próximos (desde as paragens de transportes públicos a percursos pedonais em zonas verdes, por exemplo); mas tal como acima se apontou a segurança deve estar o mais possível integrada, embebida e natural nas soluções residenciais de modo a que os resultados finais tenham um mínimo de caráter securitário evidenciado. É ainda importante considerar que o próprio caráter intergeracional e o próprio caráter de usos mistos e não apenas residenciais, que devem marcar estas soluções do PHAI3C são eles próprios importantes aspetos de reforço natural da segurança geral das mesmas, combatendo-se, naturalmente, o isolamento e a solidão que são reais fatores de insegurança direta e indireta.

(xv) Habitação intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro arquitetónico (822e 823)

O desenvolvimento de soluções de habitar especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional, adaptável e participado é a síntese do que se propõe neste PHAI3C; e de certo modo é interessante considerar que, tanto a adaptabilidade das “células” habitacionais e dos diversos espaços e subespaços das mesmas e dos espaços comuns e de uso público contíguos e próximos é um aspeto vital para a aplicação dessa intergeracionalidade no sentido de uma adequação natural a muitas formas e gostos de viver, assim como a muitos tipos de vivência isolada ou em pequenos agregados familiares; como a própria participação, estrategicamente organizada num quadro de gestão cooperativa, constitui uma forma de caraterização de uma solução bem apropriada, bem marcada na sua identidade e na integração, o mais possível harmonizada, de múltiplas identidades pessoais e familiares; assumindo-se uma solução exatamente distinta da de um equipamento que na prática presta serviços coletivos específicos e socialmente bem marcados, isto até bem ao contrário do relativo anonimato urbano, muito ligado a uma tradicional dignidade residencial, que deve continuar a marcar os nossos sítios de habitar, embora funcionalmente apoiados e socialmente acompanhados. E é evidente o que um adequado quadro arquitectónico pode e deve fazer para se garantirem tais condições: muito, mesmo muito; e associado a uma gestão tão sensível como adequada.

(xvi) Velhice e solidão ou convívio no habitar (825 e 826)

Todos os aspetos sobre os quais que temos vindo a refletir sinteticamente neste aspetos, que correspondem a artigos já editados sobre as diversas facetas que baseiam o PHAI3C, concorrem numa problemática central, mas muito sensível, que é a questão da velhice mais a  solidão, ou da janela do convívio, caraterizando o habitar dos mais idosos; questão esta à qual depois se ligam muitas outras problemáticas ligadas ao respetivo bem-estar e mesmo à saúde destas pessoas. Este é um assunto recorrente na abordagem de uma habitação, adaptável a muitos, intergeracional e participada pelos seus habitantes e por uma gestão tão ativa como sensível e sóbria, pois realmente todos temos, até, o direito claro à solidão, ou melhor talvez a um isolamento desejado, sossegado e agradável quando acontece quando queremos e é intercalado por relações sociais cordiais e naturais, numa base diária – desde o tão importante “bom dia” a uma conversa de circunstância sobre um qualquer tema – e eventualmente por um outro nível convivial mais efetivo, desde que sempre e claramente desejado, consentido e opcional; e tudo isto é bem distinto de um isolamento quase obrigatório, ou mesmo obrigatório, quando por exemplo nos movimentamos mal e o elevador não funciona e não temos a quem recorrer; neste caso a solidão torna-se frequentemente uma doença e bem frequente em muitos idosos.   

(xvii) Notas sobre o habitar, a velhice e as demências (833)

Os aspetos de desejável equilíbrio e harmonização entre um isolamento consentido e um convívio também consentido, são, provavelmente condições que tenderão a atrasar aspetos de envelhecimento críticas, prolongando-se a vida em melhores condições de saúde física e mental; muitos estudos assim o apontam. Mas para além disto a possibilidade da companhia, a possibilidade de uma vizinhança funcional e apaziguadora de múltiplos temores será também, provavelmente, fator de um bem-estar residencial mais prolongado no tempo; e evidentemente essa companhia e essa vizinhança são aspetos vitais, de algum acompanhamento e de vigilância natural, quando a velhice e a fragilidade pessoal atingem quadros críticos. Atenção que aqui não se contemplam situações específicas de adequação residencial a demências, por exemplo, ou a pessoas muito carenciadas de cuidados pessoais específicos, mas podemos e devemos ir, aqui, até à possibilidade de tais condições poderem ser proporcionadas numa base “individual” nos respetivos espaços domésticos privados; e haverá sempre a simples mas por vezes vital possibilidade de um “aviso” porque alguém não apareceu nos últimos dias, uma possibilidade bem distinta de outras situações em que tanta gente morre sozinha.

(xviii) Breves notas sobre o habitar no final de vida (834)

Acabou de se abordar, de certa forma, esta matéria que cada vez mais assume especial relevo, de como apoiar o habitar no final da vida. E sobre assunto tão sensível e hoje em dia ainda tão pouco tratado, importa lembrar, sempre, que na família alargada esta era uma situação que se colocava com alguma naturalidade pois as gerações viviam frequentemente em conjunto, ainda que muitas vezes em más condições, e também frequentemente havia familiares disponíveis para o papel de cuidadores, quando nem este adjetivo tinha sido especificamente inventado. E é interessante referir, aqui, que a tendência que existe no meio hospitalar para levar as pessoas no final de vida a retornarem ao seu meio familiar, pois aí terão uma passagem mais serena e confortável, está provavelmente inquinada, quer por considerações simplesmente funcionalistas de libertar camas hospitalares, quer ainda por essa ideia de meio familiar cuidador e amplo, que, na prática, já deixou de existir em muitos casos, como bem sabemos; e assim se criam situações complexas e negativas, e se desenvolve uma oferta de serviços que é frequentemente caraterizada por serem extremamente dispendiosos ou por terem muito pouca qualidade. O PHAI3C não pretende resolver tal problema, mas apenas, talvez, suaviza-lo, no sentido em que se conseguirá prolongar a vida razoavelmente autónoma dos mais idosos e fragilizados e em melhores condições de bem-estar e, logo, de saúde global; e suplementarmente ao continuar a aceitar a autonomização da prestação de cuidados pessoais e específicos em cada “célula” habitacional privada, bem caraterizada por excelente condições de privacidade e de integração dos mais diversos equipamentos de apoio aos cuidados pessoais e de saúde, vamos ao encontro do que é uma tendência atual da prestação de cudados de saúde ao domicílio, o que também é importante; e ainda suplementarmente podemos aceitar a integração num dadp PHAI3C ou na sua vizinhança muito próxima de certos tipos de equipamentos de apoio social e de saúde apoiando não apenas os respetivos residentes, mas evidentemente a respetiva vizinhança urbana, o que também é um aspeto que pode marcar diferenças no apoio a pessoas na fase final da vida.

(xix) Idosos: desafio crítico e oportunidade (836 e 837)

A questão do número crítico e crescente de idosos e grandes idosos coloca, evidentemente, um desafio crítico à sociedade, desafio este que é muito marcante ao nível das respetivas condições residenciais e tem sido até agora quase ignorado; sendo inúmeros os casos de idosos que são encontrados mortos nas suas casas e já falecidos há muito tempo; o que é algo que não nos pode deixar indiferentes. A condição expressivamente residencial do problema é evidente porque quanto mais idosos somos mais tendemos a ficar na nossa habitação e, quando muito, na nossa vizinhança, quando esta é amigável o que é infelizmente pouco frequente. Tendemos a focar-nos na falta de habitação para os mais desfavorecidos, o que está certo, mas não está certo esquecermos a falta de habitação para aqueles que nem se podem candidatar a uma casa camarária nem dinheiro têm para uma habitação num qualquer condomínio e não está certo esquecermos a expressiva falta de habitação e de vizinhanças adequadas para tantos idosos e a falta, quase total, de habitação para idosos sozinhos e com condicionamentos vários. O famigerado funcionalismo exacerbado “resolvia” a situação com “equipamentos coletivos”, uma expressão já mais sóbria do que quando lhes chamávamos “lares”, e até já se tratam os “internados” (expressão minha) como “clientes”, para transformar, totalmente, o que deveria ser habitação numa simplificada prestação de serviços de tipo residencial e de apoio pessoal, sem qualquer sentido residencial efetivo e afetivo; naturalmente quem pode refugia-se nos “clubes” (expressão minha) de luxo, que acabam por ser, mesmo assim e muitas vezes, simplesmente, um “lar” de luxo; mas não podemos transformar um país habitacional num país de equipamentos residenciais não é possível nem seria desejável; há portanto que encontrar caminhos adequados e diversificar soluções.

(xx) Considerações sobre direitos e problemas dos idosos (838)

Esta questão dos problemas e dos direitos dos mais idosos e dos grandes idosos, deveria, acho, resumir-se aos “direitos”, pois os problemas são de todos nós que um dia seremos idosos: Deus queira. Mas infelizmente e por mais comissões, grupos de trabalho e institutos que se inventem esta matéria parece querer ficar sempre esquecida ou pelo menos demorada na sua abordagem; mas pode ser que novas soluções residenciais com serviços mistos integrados, consigam fazer avançar, de forma quantitativamente significativa, uma oferta residencial que sendo muito adequada a muitos idosos e a muitas outras pessoas que vivem excessivamente isoladas e pouco apoiadas na nossa atual sociedade urbana, possa atrair muita gente e assim libertar uma parte significativa do nosso parque habitacional, apoiando-se uma interessante rotação de habitantes. Pode ser que uma nova oferta residencial e de serviços bem integrada e intergeracional, portanto “natural” e não estigmatizada, possa, por um lado, até gerar poupanças públicas pela integração dos aspetos residenciais com os aspetos assistenciais e de apoio ao bem-estar e à saúde, e gerar um excelente potencial de rotação do parque habitacional existente.    

(xxi) Os idosos e os seus espaços residenciais (839, 840 e 841)

Os idosos e os seus espaços residenciais configuram uma temática que deve ser tratada, por um lado, numa perspetiva de grande naturalidade e continuidade relativamente ao que deve configurar uma boa habitação, mas, por outro lado, tendo em conta tudo o que os novos desenvolvimentos técnicos proporcionam no sentido de um melhor uso dos espaços domésticos em termos de funcionalidade, segurança e apropriação, e, ainda por outro lado, tendo-se em conta que um uso habitacional por idosos pressupõe, habitualmente, um uso mais prolongado e exigente dos espaços domésticos, mais observador, mais crítico e mais carente de múltiplos aspectos que incentivem esse uso e o tornem mais apetecível. Tendo em conta tudo isto poderemos considerar que um tal uso corresponde a um nível superior do uso habitacional, que poderá, portanto, satisfazer de modo “suplementar” todos os outros candidatos a habitantes e aqui com destaque para as pessoas que vivem sozinhas e para os pequenos agregados familiares, que talvez também estejam especialmente “centrados” nas respetivas condições domésticas, porque não “distraídos”, por exemplo, pelas “obrigações” e pela animação sempre associadas a uma família mais ampla.

Por outro lado e igualmente muito importante temos de ter em conta a dimensão comum, especialmente alargada em termos de espaços e de serviços, que pode estar habitualmente ligada a uma solução habitacional deste tipo, “ampliando” espaços de vivência diária e de convivência natural, e transportando serviços  e até equipamentos com caráter comum para uma aliança estratégica com a vivência doméstica privada; condições estas que terão sempre a sua influência no próprio espaço privado de cada fogo, uma influência diversificada consoante a solução específica.

Teremos portanto e assim os idosos podendo usufruir de um seu novo espaço residencial estratégica e agradavelmente intergeracional e apoiado por espaços e serviços comuns.

(xxii) Caminhos do habitar quando formos idosos (845)

Esta é uma questão essencial, pois todos temos todo o direito de optar por um dado caminho habitacional quando somos idosos; opção que passa naturalmente por permanecermos nas nossas habitações e nos nossos mundos domésticos e de vizinhança bem conhecidos e, espera-se, muito amigáveis. E esta opção é diversificada, embora o seja cada vez menos à medida que ela é feita por pessoas com menor capacidade financeira. E em continuidade com esta reflexão também podemos supor que muitos casos existirão em que o quadro residencial vivido não será o melhor, podendo-se tornar especialmente crítico, quando em vez de nele quase só pernoitarmos, começamos a nele habitar praticamente em continuidade.

Pode portanto haver aqui caminhos residenciais potenciais a serem desejavelmente explorados e permitindo, por exemplo, trocas benéficas entre habitações tipologicamente maiores e outras tipologicamente menores, mas melhor concebidas e avizinhadas, e até potencialmente melhor apoiadas por determinados tipos de serviços; numa escolha que, simultaneamente, pode participar na resolução da falta de habitação que sentem famílias mais numerosas.

Este tipo de reflexão coloca a questão de um habitar intergeracional, exatamente, no caminho das políticas públicas habitacionais, tanto pela sua adequação real a uma política pública com evidentes sinergias quando integrada em termos de habitação e apoios sociais e de bem-estar e saúde direcionada para idosos e “grandes idosos”, como pela sua natural aliança com apoios específicos relativamente a pessoas isoladas e a pequenos agregados familiares urbanos, cada vez mais numerosos,, como ainda pela sua consequência em termos de disponibilização, no mercado, de habitações com maiores tipologias.  

(xxiii) Estudos e temas a salientar no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento (847 e 848)

Relativamente a esta matéria específica da relação entre habitação e envelhecimento ela coloca aspetos tão variados, como sensíveis e difíceis de elencar sem cairmos num cicço um pouco “vicioso” de teoria; até porque esta matéria tem fronteiras muito expressivas entre a arquitectura residencial, a medicina, a ergonomia e as tecnologias de informação, todas elas naturalmente especializadas.

Mas há aspetos fundamentais como serão, provavelmente, os da funcionalidade nas tarefas domésticas e na movimentação e em excelentes condições de segurança no uso normal, contra quedas e em termos de segurança pública; os aspetos da apropriação e identificação com os respetivos espaços habitacionais, que podem ser novos espaços habitacionais e que, portanto, exigirão como que uma sua capacidade de assimilação muito positiva e muito acelerada; e ainda aspetos de grande equilíbrio entre uma maximização das diversas condições de privacidade e de autonomia no uso dos espaços domésticos – ex, desde aspetos de privacidade visual e sonora a aspetos de grande capacidade de ventilação para total ausência de cheiros menos agradáveis – e a existência nos próprios fogos e especialmente nos espaços comuns de condições de apoio a um convívio tão natural e espontâneo como potencialmente intenso, quando desejado; e um tal equilíbrio nunca será fácil de obter em termos de soluções residenciais marcadas, também e sempre, pelo equilíbrio de custos de construção e de manutenção e gestão.  

(xxiv) Idosos e espaço urbano e paisagístico (849)

A continuidade da abordagem deste equilíbrio entre privacidade e convivialidade tem de se fazer nos próprios espaços comuns da solução residencial e, em contiguidade, nos respetivos espaços públicos e de uso público envolventes e próximos.

Esta questão liga-se, em primeiro lugar, à própria localização do conjunto residencial em questão, que tem de ser sempre razoavelmente central em termos de posicionamento geral e especialmente em termos de muito adequada acessibilidade com enfoque especial em transportes públicos, estacionamento para veículos privados, equipamentos urbanos diversificados e equipamentos de recreio e lazer como zonas verdes e pedonais.

Não podemos criar “guetos” supostamente intergeracionais mas onde serão sempre os habitantes mais idosos e mais sensíveis a sentir, de forma agravada, a situação de afastamento e falta de equipamento e acessibilidade urbanas.

E havendo tempo livre, que existe habitualmente em quantidade quando estamos reformados, é essencial podermos, então, finalmente usar a cidade e usar os transportes, fora das horas de ponta, para circularmos até em distâncias apreciáveis, aproveitando as intermodalidades.

(xxv) Idosos e espaços urbanos de vizinhança (851)

Tudo o que acabou de se referir no que tem a ver com o uso global do espaço público pelos idosos se aplica, de forma muito intensa, quando se visa o espaço residencial de vizinhança próximos - que podemos talvez definir situar-se entre a contiguidade com o conjunto edificado residencial e as paragens de transportes públicos mais próximas (que deverão estar NO MÁXIMO)  acerca de 200/300 m de distância.

Nesta matéria importa considerar três “dimensões” possíveis e desejáveis, até de forma interconjugada: uma dimensão de prolongamento do conjunto residencial em espaços de uso eventualmente público (pelo menos parcialmente), que podem ser, por exemplo, pequenos quintais privados mas com relação pontual com espaços de uso público;  zonas de estar em esplanada e zonas de circulação com uso público; e zonas públicas muito próximas ou contíguas e bem marcadas pela prioridade do uso pedonal.

Um outro tipo de uso dos espaços urbanos de vizinhança em conjuntos residenciais intergeracionais pode caracterizar-se pela conjugação com equipamentos coletivos de apoio a crianças e a idosos e/ou de saúde; mas sempre com todo o cuidado de não se transmitir ao conjunto um qualquer caráter negativamente assistencial, caso contrário os objetivos residenciais intergeracionais serão dificilmente concretizados.

(xxvi) Importância da adaptabilidade na habitação para idosos (852)

Esta questão é essencial e não é por acaso que a “adaptabilidade” integra o próprio título do “PHAI3C” – Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados.

A adaptabilidade como qualidade tem de ser “duplamente” existente no habitar – seja em termos de potencialidade geral dos respetivos espaços e subespaços (ex. desde a diversos usos até variadíssimos tipos de mobiliário e elementos decorativos de de apropriação), seja em termos do seu potencial evolutivo em termos de fusões e subdivisões e na sua capacidade para embeber variados equipamentos e instalações (ex., desde uma grande TV a barras de apoio para condicionados na mobilidade).

E se a adaptabilidade é uma qualidade essencial em qualquer projeto residencial desde soluções uni às multifamiliares, então que dizer das soluções intergeracionais que: domesticamente, em termos dos espaços privados, devem ser amigáveis para um sem número de tipos específicos de utilizadores, com um natural destaque para aqueles, mais idosos, que irão tentar “concentrar” as suas vidas e os seus elementos de apropriação doméstica em espaços provavelmente mais reduzidos do que aqueles em que anteriormente viviam; e que em termos dos espaços comuns disponibilizados devem procurar encontrar as configurações gerais e pormenorizadas e os elementos de apropriação comum melhor adequados para um “sem número” de gostos e preferências pessoais – exagero um pouco, ou não exagero nada? 

(xxvii) “Habitação Sénior ?” (853)

Será que se deve colocar esta possibilidade de existir uma “habitação sénior” ou não faz grande sentido um tal objetivo em geral; fazendo, sim, todo o sentido pensar em soluções específicas de espaços domésticos muito amigáveis relativamente a um seu uso por “seniores”; e mesmo subespaços dos espaços comuns existentes que possam cativar os seniores, levando-os a saírem de casa mais frequentemente e de modo mais prolongado no tempo, o que será sempre um excelente resultado.

Evidentemente que ficam sempre por abordar as questões ligadas às necessidades habitualmente específicas dos “grandes idosos”, em termos dos seus frequentes apoios específicos ao bem-estar e à saúde; mas se existir uma adequada capacidade adaptativa das suas habitações para bem embeberem os aspetos mais físicos de tais cuidados, e se existirem excelentes condições de adequada privacidade nesses espaços domésticos, não afetando de qualquer forma os restantes condóminos, e se existirem excelentes condições de gestão geral e específica no sentido do apoio a essa prestação de cuidados mesmo em condições especiais de emergência, utilizando-se, por exemplo, as novas e sempre melhoradas condições de monitorização Esta dos dados de saúde dos habitantes mais sensíveis; e se um tal quadro for articulado com o atual desenvolvimento da prestação domiciliar de cuidados pessoais de bem-estar e de saúde: então, talvez que boa parte das condições residenciais adequadas a idosos e grandes idosos possam ser asseguradas no quadro das soluções residenciais intergeracionais equipadas aqui abordadas – e atenção que são cada vez mais numerosos os casos de “grandes idosos” com excelente autonomia vivencial.

(xxviii) Apoiar residencialmente um envelhecimento ativo (854)

Tudo o que acabou de se apontar em termos de apoios naturais a um meio residencial intergeracional equipado onde convivam variados habitantes com variadas condições físicas e mesmo psicológicas caraterizando a sua autonomia vivencial, se liga, evidentemente, ao apoio residencial a um envelhecimento ativo e participativo.

Teremos então um quadro residencial que em termos de espaços domésticos é idêntico ao corrente, mas com soluções mais adaptadas a cada um e mais funcionais e evolutivas à própria evolução das necessidades pessoais e um quadro de condomínio muito estimulante e potencialmente participativo, que desencoraja o isolamento “obrigatório” na habitação de cada um e que pode oferecer variadas valências de lazer; e, cumulativamente, uma vizinhança que estimula também a sua própria vivência, e a relação segura e atraente com a cidade: tudo isto aspetos que convidam a um envelhecimento naturalmente ativo, logo mais pausado e lento, como muitos estudos apontam. 

(xxix) Os idosos e o futuro de uma habitação bem integrada e participada (855)

Todos esses aspetos que associam habitação e lazer, habitação e pass-tempos, habitação e convívio, habitação e pequenas viagens no dia-a-dia, correspondem ao assumir de uma habitação bem integrada  e participada.

De certa forma os idosos podem até, talvez, ser uma “desculpa” para nos libertarmos dos estigmas negativamente funcionalistas de um habitar que no início do século XX precisava, sem dúvida, de uma revolução higienista, mas que hoje já bem entrados no século XXI, precisa de uma revolução social, seja ao nível doméstico seja no que se refere à sua agregação em conjuntos integrados por espaços ditos comuns – mas onde fugimos ao encontro – e à configuração física e social de verdadeiras vizinhanças.

(xxx) Habitação, integração etária e intergeracionalidade (857)

Conhecemos os casos de jovens e idosos a viverem nas mesmas habitações e/ou partilhando algumas horas das suas vivências, "trocando-se" convívio com os mais idosos por apoio residencial aos mais jovens.

Conhecemos também e felizmente muitos equipamentos onde se desenvolve um excelente cuidado dos mais idosos, cuidado este por vezes bem ligado a temas de vida e de lazer específicos, que acabam por dar um sentido especial à vida diária.

Mas não se colocando de parte, evidentemente, tais excelentes caminhos, talvez que o caminho mais natural para um melhor envelhecimento possa ser feito nos espaços quase habituais das nossas vivências diárias, ainda que subtilmente reconfigurados e equipados tanto nas zonas privadas como nas zonas comuns; talvez que o melhor caminho para se reduzir e anular o ageísmo seja o proporcionar de espaços excelentes para a vida diária de variados níveis etários, e quem sabe proporcionando-lhes alguns objetivos comuns e algumas vantagens práticas (na lide da casa).

E talvez que as possibilidades acima referidas, relativamente a uma cooperação mais estreita entre jovens e idosos, nos ambientes privados, e mesmo alguns tipos de serviços domiciliários de apoio pessoal e mesmo alguns tipos de equipamentos de saúde, possam encontrar nestas novas estruturas residenciais intergeracionais condições muito adequadas para um seu desenrolar natural e residencialmente nada intrusivo.

(xxxi) Cooperativas, coohousing e habitação colaborativa ou participada intergeracional (858)

As cooperativas habitacionais existem desde há muito e com variadas designações e mesmo objetivos, visando desde as simples poupanças por anulação de intermediários na obtenção do “bem habitação”, até objetivos de verdadeira comunhão residencial e de vida comunitária num sentido lato. Não faz muito sentido chamarmos diversos nomes a realidades que tendem a ser e que são, quase sempre, as mesmas: variando entra essas duas realidades “limite”, a poupança financeira e a vida em comum; e há múltiplas variantes possíveis em termos de um habitar cooperativo, julgando-se não haver necessidade de invenção de novos termos.  E também não faz evidentemente qualquer sentido esconder a simples vontade, evidentemente positiva, de fazer uma poupança financeira, através de cortinas justificativas ligadas à defesa de uma vida comunitária muito pouco baseada em verdadeiras vontades de comunidade, hoje em dia tão afastadas de uma realidade marcadamente individualista.

Há, portanto, que fazer escolhas claras em termos dos objetivos que se pretendem, sendo que se eles estiverem ligados a uma vida com alguns ou muitos contornos comunitários há que “blindar” a promoção e a gestão futura do respetivo conjunto residencial para as prováveis eventuais desistências de pessoas desiludidas com o respetivo dia-a-dia comunitário; caso contrário teremos evidentes e graves problemas na continuidade do projeto.

No que se refere ao modelo cooperativo que se julga essencial para preparar uma solução intergeracional, adaptável a variados gostos e necessidades habitacionais, apoiada por um leque razoável de espaços e serviços comuns e estruturada por um significativo pendor participativo, pensa-se que o melhor será procurar obter o máximo apoio de cooperativas de habitação económica com muita experiência na preparação e na gestão corrente de habitação a custos controlados, portanto com fortes exigências financeiras e habituados a lidar com um variado leque de grupos socioculturais.

(xxxii) Fazer da habitação adequada para idosos uma escolha apetecível para quase todos (859)

O caminho que aqui se preconiza de desenvolvimento de uma nova modalidade de Habitação a Custos Controlados (HCC) – portanto com apoio do Estado – intergeracional e eficazmente participada corresponde a integrar boa parte das necessidades, hoje urgentes e amanhã críticas, de uma habitação amiga dos mais idosos, no âmbito de uma HCC que pode servir uma muito significativa faixa habitacional destes mais idosos, mas também de muitas pessoas que vivem sozinhas e de pequenos agregados familiares; o que corresponderá, sem dúvida, a visar-se a resolução de uma parcela da carência de HCC muito significativa, e a fazer-se isto acabando-se com a segregação dos mais idosos e de uma forma extremamente positiva para o seu bem-estar e saúde.

Parece muito interessante a oferta de uma opção de habitação realmente muito adequada para pessoas idosas mas onde estas não sintam nem pressintam quaisquer laivos de segregação e tentativa de afastamento; antes pelo contrário, apostando-se numa integração natural.  Trata-se, portanto, de fazer da habitação adequada aos mais idosos uma escolha realmente apetecível e eficaz para quase todos (talvez não para famílias numerosas), e cumulativamente de poder disponibilizar fogos com maiores tipologias e antes por eles habitados.

(xxxiii) Uma habitação muito adequada para pessoas idosas e fragilizadas: uma habitação muito humanizada (860)

Um aspeto que importa salientar e que nos poderá e deverá levar longe em termos de reflexões associadas à qualidade arquitectónica que tem de caraterizar a conceção de soluções residenciais intergeracionais adaptáveis, participadas e com usos mistos; no sentido de serviços parceiros da habitação: é que pode e deve ser uma oportunidade para nos dedicarmos, finalmente, a uma expressiva humanização do habitar, desde os subespaços da célula residencial privada aos espaços maiores e também aos subespaços das zonas comuns e de uso público e às transições com a vizinhança urbana e paisagística.

E não se trata de exagero referir que só se poderão aceitar boas soluções de arquitectura, pois as exigências são múltiplas e muito sensíveis; evidentemente que muitos poderão fazer a respetiva “mistura”, mas não basta juntar as quantidades de “ingredientes”, fazer realmente viver a respetiva mistura é algo diferente, mas evidentemente possível.

(xxxiv) Renovadas soluções residenciais para as pessoas idosas e não só (868)

Sequencialmente ao que se acabou de apontar relativamente a uma preocupação específica relativamente às soluções residenciais intergeracionais no que se refere à sua qualidade arquitectónica e a a uma sua especial e necessária humanização, com reflexos diversificados nos diversos níveisda solução projetual e de gestão, tem a ver com uma oportunidade para nos dedicarmos, finalmente, a uma bem-vinda inovação residencial, que nos afaste da simplista ditadura funcionalista, marcada por quantidades de áreas e ramos funcionais sempre idênticos.

(xxxv) Tipologias residenciais etariamente dirigidas mas versáteis (869)

Em termos essencialmente dos subespaços habitacionais privados e também, pontualmente, nos espaços comuns e de uso público, poderão existir aspetos reconhecidos como expressivamente amigáveis para pessoas fragilizadas e/ou que tendem a passar muito tempo na sua habitação, sendo que tais características deverão poder ter usos e apropriações alternativas por outros grupos etários e por pessoas não fragilizadas e que tendam a passar, até, muito pouco tempo nas suas habitações, tais como jovens que vivem sozinhos e têm usos específicos da sua habitação, por exemplo em trabalho à distância.

Este será, provavelmente, um dos aspetos de adaptabilidade mais exigentes a ter em conta numa conceção de partes de fogos intergeracionais; e quem sabe talvez se possa consubstanciar na proposta de padrões espaciais e funcionais específicos e integráveis em diversas dimensões de fogos.

(xxxvi) Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções (870)

Importa sublinhar que esta opção intergeracional deve fazer parte de um amplo leque de soluções residenciais para as pessoas mais idosas; e nunca deverá ser considerada como oferta específica para os mais idosos, sendo a oferta “intergeracionale sempre residencial, nunca com caráter ou afinidades com equipamentos coletivos.

(xxxvii) Aspetos estruturantes da tipologia residencial intergeracional (871)

Os aspetos estruturantes da tipologia residencial intergeracional correspondem, naturalmente, aos presentes na própria designação do PHAI3C: (Programa de) Habitação, Adaptável, Intergeracional e Participada – logo Cooperativa – e a Custos Controlados – portanto ligada a apoios do Estado e com as respetivas limitações em termos de mercado.

(xxxviii) Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional  (872)  

A questão tipológica específica, ligada ao "n.º de quartos" mais adequado para conjuntos residenciais com um expressivo desenvolvimento dos respetivos espaços comuns, estará sempre presente quando abordamos tipologias e soluções residenciais inovadoras.

Não será nesta síntese que aqui poderemos avançar significativamente, mas no entanto fica desde já apontado que há que "enriquecer" as tipologias menores (T0 e T1) com subespaços versáteis e com alguma espaciosidade "suplementar"; caso contrário limitamos muito o respetivo potencial adaptativo e os essenciais aspetos de equilíbrio entre privacidade e socialização domésticas e no contacto com os espaços comuns.

É essencial que uma pessoa que viva sozinha possa ter um espaço muito privado sempre recatado, possa usar um significativo conjunto de "mobiliário familiar" e possa albergar, com naturalidade, um familiar que o visite; tudo isto pode até colocar em causa a tipologia T0, quando não configurada e dimensionada quase como um T1.

E uma idêntica reflexão pode e deve ser feita para o T1, que deve ser sempre uma espécie de T1,5, usando subespaços e zonas versáteis que podem ser de trabalho/passatempo e de alcova, por exemplo.

E provavelmente idêntica reflexão poderá ser feita para o T2, que deve sempre tender para um T2,5; aqui talvez já sem acréscimos de área mas sim de versatilidade e riqueza espacial. 

E as valências muito ricas dos pequenos exteriores privados devem ser plenamente aproveitadas; nunca nos esquecendo dos ensinamentos da pandemia.

Mas também nos espaços comuns há que fazer um cuidado caminho tipológico no sentido de uma "similiar" versatilidade e riqueza espaciais, acolhendo tão bem "recantos quase individuais", como pequenos grupos, como, eventual e/ou pontualmente grandes grupos; e usando-se todo um potencial de relação entre interior e exterior e entre variadas valências de uso, mais naturalmente privatizado e mais naturalmente de uso comum ou público.

(xxxix) Aspetos específicos da conceção residencial para idosos e fragilizados (873)

Evidentemente que os aspetos específicos da conceção residencial para idosos e fragilizados têm de estar presentes na conceção da habitação intergeracional, aspetos esses que estão sobejamente estudados em variados e exigentes estudos, sendo que haverá que traduzir para o PHAI3C os essenciais e todos aqueles que não coloquem em risco uma adequada e global caraterização residencial não associada a habitantes qualquer grupo etário ou de condicionados na mobilidade ou na perceção.

E são muitos e importantes tais aspetos, sendo muito marcados ao nível dos pormenores dimensionais e de acabamento com relevo para o mundo da ergonomia doméstica; havendo que os prever ou de forma geral e dimensional e relativamente ao tipo de acabamentos, ou de forma potencial e fácil de adaptar, ou de forma bem “embebida” ou de forma camuflada.

(xl) Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas com demências (874)

Esta é uma matéria muito específica mas que deve ser considerada desde já até porque pode ser abordada em dois níveis: um nível de adequação global das soluções tendo-se em conta um “patamar” de facilidade de acesso e de leitura e estruturação espacial muito adequado a um muito amplo leque de aptidões físicas e perceptivas, tudo isto sem se arriscar uma caraterização residencial global relativamente habitual e digna; e um outro eventual nível em que pode até haver uma parte do conjunto residencial com aspetos de adequação a pessoas com vários tipos de dificuldades de movimentação e perceção, ou mesmo com demências – julga-se que esta opção será sempre muito especial e específica de algumas intervenções e refere-se que a previsão de zonas residenciais específicas para pessoas com demências parece ser atualmente a resposta melhor aceite pelos especialistas.   

(xli) Intergeracionalidade e convívio na habitação e no habitar (875)

Termina-se a abordagem genérica deste conjunto de aspetos ligados ao desenvolvimento de soluções residenciais intergeracionais, adaptáveis e participadas, uma abordagem que se faz na conclusão de um amplo conjunto de artigos sobre cada um desses aspetos, com a simples referência ao aspeto que também poderia estar associado ao título do PHAI3C, que é a possibilidade de se “sugerir” condições de convivialidade significativas, mas tão subtis e naturais como até potencialmente muito expressivas; e tudo isto numa solução residencial cuja componente privada seja extremamente valorizada e mesmo evidenciada.

Vivemos numa sociedade que promove o indivíduo e o individualismo, pensámos neste programa residencial intergeracional, em primeiro lugar devido aos tantos idosos que sofrem em isolamento quase forçado e, depois, lembrando, também os tantos que gostam de viver sozinhos, numa solidão desejada, mas que para o ser deve ser acompanhada, julga-se, pela possibilidade próxima de algum convívio ou, até, de muito convívio.

Não se juntou a questão da convivialidade ao título do PHAI3C pois sabe-se que tal passo da proposta de uma estrita privacidade, contígua a um convívio natural e nunca intrusivo, é algo que tem muito a ver com o caráter de cada projeto específico; mas a importância desta matéria é primordial, caso contrário iremos fazer conjuntos de fogos variados e conjugados por longos espaços essencialmente de circulação.

4. Bibliografia principal interativa  (41 artigos infohabitar com links)

Nota importante: cada entrada bibliográfica em seguida registada tem um link específico para ligação ao texto do respetivo documento onde existe, em cada caso, uma bibliografia específica.

 

Infohabitar, Ano XVI, n.º 714, terça -feira, janeiro 07, 2020, Oportunidade, utilidade e exigências do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C) - Infohabitar 714 (4 pp.).

Infohabitar, Ano XVI, n.º 716, terça -feira, janeiro 21, 2020, Sobre o passado e o futuro da habitação cooperativa a custos controlados e as novas soluções intergeracionais colaborativas – Infohabitar 716 (7 pp., 4 figg.).

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 805 – Notas sobre o enquadramento da qualidade de vida e residencial especialmente dirigida para idosos e pessoas fragilizadas - versão de trabalho e base bibliográfica # 805 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, fevereiro 16, 2022. (21 p.)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 806 – Notas sobre qualidade de vida e qualidade arquitetónica e urbana na habitação para idosos e intergeracional - versão de trabalho e base bibliográfica # 806 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, fevereiro 23, 2022. (57 p.)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 807 – Qualidade de vida e qualidade pormenorizada na habitação para idosos e intergeracional “I” - versão de trabalho e base bibliográfica # 807 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, março 09, 2022; e  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 808 –  Qualidade na habitação para idosos e intergeracional “II” - versão de trabalho e base bibliográfica # 808 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, março 16, 2022. (61 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 810 (IV) – Sobre as necessidades habitacionais mais específicas dos idosos “I” - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 810. Lisboa, quarta-feira, março 30, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 811 –  Sobre as necessidades habitacionais mais específicas dos idosos “II” - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 811. Lisboa, quarta-feira, abril 06, 2022. (22 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 813 – Acessibilidade residencial e habitantes fragilizados “I” - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 813. Lisboa, quarta-feira, abril 21, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 814 – Acessibilidade residencial e habitantes fragilizados “II” - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 814. Lisboa, quarta-feira, abril 27, 2022. (17 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 815 – Atratividade, identidade e integração na habitação para idosos I - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 815.  Lisboa, quarta-feira, maio 11, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 816 –  Atratividade, identidade e integração na habitação para idosos II - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 816. Lisboa, quarta-feira, maio 18, 2022. (26 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 818 – Espacialidade e conforto residencial no envelhecimento - versão de trabalho e base bibliográfica # 818 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 08, 2022. (14 p.)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 819 – Privacidade e convívio em ambientes residenciais adequados para idosos - versão de trabalho e base bibliográfica # 819 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 15, 2022. (11  p.)

 Infohabitar, Ano XVIII, n.º 820 – Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica # 820 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 22, 2022. (17  p.)     Infohabitar, Ano XVIII, n.º 817 – Lazer, arte, aprendizagem e envelhecimento - versão de trabalho e base bibliográfica # 817 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 01, 2022. (18 p.)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 821 – Segurança na habitação para idosos - versão de trabalho e base bibliográfica # 821 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 29, 2022. (15  p.)    

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 822 – Habitação intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro arquitetónico I – versão de trabalho e base bibliográfica # 822 infohabitar . Lisboa, quarta-feira, julho 06, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 823 – Habitação intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro arquitetónico II – versão de trabalho e base bibliográfica # 823 infohabitar .  Lisboa, quarta-feira, julho 13, 2022.        (25 p.) (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 825 – Velhice e solidão ou convívio no habitar I – versão de trabalho e base bibliográfica # 825 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, agosto 03, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 826 – Velhice e solidão ou convívio no habitar II – versão de trabalho e base bibliográfica # 826 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, agosto 10, 2022. (36  p.) (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 833 – Notas sobre o habitar, a velhice e as demências – versão de trabalho e base bibliográfica  # 833 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, setembro 28, 2022. (26 p.)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 834 – Breves notas sobre o habitar no final de vida – versão de trabalho e base bibliográfica # 834 Infohabitar.  Lisboa, quarta-feira, outubro 12, 2022. (12  p.) 

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 836 – Idosos: desafio crítico e oportunidade I - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 836. Lisboa, quarta-feira, outubro 26, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 837 –  Idosos: desafio crítico e oportunidade II - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 837, Lisboa, quarta-feira, novembro 02, 2022. (22  p.) (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 838 – Considerações sobre direitos e problemas dos idosos – versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 838. Lisboa, quarta-feira, novembro 09, 2022. (16  p.) 

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 839 – Os idosos e os seus espaços residenciais I – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 839, Lisboa, quarta-feira, novembro 16, 2022; Infohabitar, Ano XVIII, n.º 840 – Os idosos e os seus espaços residenciais II – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 840, Lisboa, quarta-feira, novembro 23, 2022; Infohabitar, Ano XVIII, n.º 841 – Os idosos e os seus espaços residenciais III – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 841,  Lisboa, quarta-feira, novembro 30, 2022. (31  p.) (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada originalmente em três partes e em três  artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)

Infohabitar, Ano XIX, n.º 845 – Caminhos do habitar quando formos idosos – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 845 , Lisboa, quarta-feira, 18 de Janeiro de 2023, (14 p.); Artigo XXIV da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/01/caminhos-do-habitar-quando-formos.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 847 – Estudos e temas a salientar no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento – versão de trabalho e base documental  (I) – Infohabitar # 847, Lisboa, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023 (35 p. partes I e II); Artigo XXV da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/estudos-e-temas-salientar-no-ambito-da.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 848 – Estudos e temas a salientar no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento – versão de trabalho e base documental (II) – Infohabitar # 848, Lisboa, quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023 (35 p. partes I e II); Artigo XXVI da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/estudos-e-temas-salientar-no-ambito-da_15.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 849 – Idosos e espaço urbano – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 849, Lisboa, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023 (19 p.); Artigo XXVII da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/idosos-e-espaco-urbano-versao-de.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 851 – Idosos e espaços urbanos de vizinhança – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 851, Lisboa, quarta-feira, 15 de março de 2023 (9 p.); Artigo XXVIII da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/idosos-e-espacos-urbanos-de-vizinhanca.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 852 – Importância da adaptabilidade na habitação para idosos – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 852, Lisboa, quarta-feira, 22 de março de 2023 (13 p); Artigo XXIX da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/importancia-da-adaptabilidade-na.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 853 – “Habitação Senior ?” – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 853, Lisboa, quarta-feira, 29 de março de 2023 (24 p.); Artigo XXX da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/habitacao-senior-versao-de-trabalho-e.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 854 – Apoiar residencialmente um envelhecimento ativo – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 854, Lisboa, quarta-feira, 5 de abril de 2023 (29 p.); Artigo XXXI da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/04/apoiar-residencialmente-um.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 855 – Os idosos e o futuro de uma habitação bem integrada e participada – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 855, Lisboa, quarta-feira, 19 de abril de 2023 (23 p.); Artigo XXXII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/04/os-idosos-e-o-futuro-de-uma-habitacao.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 857 – Habitação, integração etária e intergeracionalidade – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 857, Lisboa, quarta-feira, 3 de maio de 2023 (11 p.); Artigo XXXIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/habitacao-integracao-etaria-e.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 858 – Cooperativas, coohousing e habitação colaborativa ou participada – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 858, Lisboa, quarta-feira, 10 de maio de 2023 (10 p.); Artigo XXXIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/cooperativas-coohousing-e-habitacao.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 859 – Fazer da habitação para idosos uma escolha apetecível – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 859, Lisboa, quarta-feira, 17 de maio de 2023 (17 p.); Artigo XXXIV da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/fazer-da-habitacao-para-idosos-uma.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 860 – Uma habitação muito adequada para pessoas idosas – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 860, Lisboa, quarta-feira, 24 de maio de 2023 (13 p.); Artigo XXXV da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/uma-habitacao-muito-adequada-para.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 868 – Renovadas soluções residenciais para as pessoas idosas – versão de trabalho e base documental # 868 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 19 de julho de 2023 (26 p.); Artigo XXXVI da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/07/renovadas-solucoes-residenciais-para-as.html

nfohabitar, Ano XIX, n.º 869 – Tipologias residenciais etariamente dirigidas – versão de trabalho e base documental # 869 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 26 de julho de 2023 (28 p.); Artigo XXXVII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/07/tipologias-residenciais-etariamente.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 870 – Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar , Lisboa, quarta-feira, 2 de agosto de 2023 (24 p.); Artigo XXXVIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/tipologias-residenciais-para-pessoas.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 871 – Aspetos estruturantes da tipologia residencial intergeracional – versão de trabalho e base documental # 871 Infohabitar , Lisboa, quarta-feira, 9 de agosto de 2023 (14 p.); Artigo XXXIX da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/aspetos-estruturantes-da-tipologia.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 872 – Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional – versão de trabalho e base documental # 872 Infohabitar , Lisboa, quarta-feira, 16 de agosto de 2023 (23 p.); Artigo XL da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/facetas-tipologicas-especificas-da.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 873 – Aspetos específicos da conceção residencial para idosos e fragilizados – versão de trabalho e base documental # 873 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 23 de agosto de 2023 (26 p.); Artigo XLI da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/aspetos-especificos-da-concecao.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 874 – Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas com demência – versão de trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar , Lisboa, quarta-feira, 30 de agosto de 2023 (16 p.); Artigo XLII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/8agrupamentos-e-tipos-habitacionais.html

Infohabitar, Ano XIX, n.º 875 – Intergeracionalidade e convívio na habitação – versão de trabalho e base documental # 875 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 6 de setembro de 2023 (38 p.); Artigo XLIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”;  http://infohabitar.blogspot.com/2023/09/intergeracionalidade-e-convivio-na.html

 

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações.

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

(iv) Brevemente haverá novidades no sentido do gradual, mas expressivo, incremento das exigências editoriais da Infohabitar, da diversificação do seu corpo editorial e do aprofundamento da sua utilidade no apoio à qualidade arquitectónica residencial, com especial enfoque na habitação de baixo custo.

 

Habitação Intergeracional Adaptável e Participada II – quarenta subtemas sintetizados– Infohabitar # 928

Intergenerational Adaptive Housing Program


Informa-se que para aceder (fazer download) do mais recente Catálogo Interativo da Infohabitar, que está tematicamente organizado em mais de 20 temas e tem links diretos para os 922 artigos da Infohabitar, existentes em janeiro de 2025 (documento pdf ilustrado e com mais de 80 pg), usar o link seguinte:

https://drive.google.com/file/d/1vw4IDFnNdnc08KJ_In5yO58oPQYkCYX1/view?usp=sharing

Infohabitar, ano XXI, n.º 928

Edição: quarta-feira 26 de fevereiro de 2025

Editor: António Baptista Coelho

Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo pelo LNEC.

 

abc.infohabitar@gmail.com

 Os aspetos técnicos do lançamento da Infohabitar e o apoio continuado à sua edição foram proporcionados por diversas pessoas, salientando-se, naturalmente, a constante disponibilidade e os conhecimentos técnicos do doutor José Romana Baptista Coelho.

Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).

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