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O planeamento urbano
e a manifestação dos processos de segregação sócio-espacial – Infohabitar # 880
Artigo VIII da
série editorial da Infohabitar – “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo
entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série
editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo
Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através
de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada,
pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na
Infohabitar.
Infohabitar, Ano XIX,
n.º 880
Edição:
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
Caros leitores da Infohabitar,
Com o presente artigo continuamos
a edição da série editorial dedicada à temática geral da “Segregação
sócio-espacial em contexto urbano”, através de um estudo comparativo
entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil; tal
como tínhamos planeado.
Informa-se que a matéria
editorial ligada ao estudo da habitação intergeracional participada fica agora suspensa,
numa fase de divulgação de bases editoriais e de referência, em princípio, até
ao início de 2024.
O presente conjunto de artigos
sobre “Segregação sócio-espacial em contexto
urbano”, que agora editamos, foi desenvolvido pelo Professor Anselmo Belém
Machado um dos mais assíduos articulistas da nossa Infohabitar, e que, assim, e com base na adaptação da sua tese de
doutoramento a uma sequência de artigos, nos irá acompanhar ao longo de algumas
semanas com a edição de mais um conjunto de artigos sequenciais relativos
à, hoje em dia, fundamental e sempre presente problemática da “Segregação sócio-espacial em contexto urbano”.
Saudamos, então, o colega e amigo
Anselmo Belém Machado, por mais esta excelente contribuição editorial.
Recorda-se, como sempre, que
serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui
editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).
E desde já se refere que, em
breve, terão notícias sobre a realização de um novo Cogresso Internacional da
Habitação no Espaço Lusófono – CIHEL – que será já o nosso 5.º CIHEL.
Com as melhores saudações a todos
os caros leitores,
Lisboa, em 25 de outubro de 2023
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
O planeamento urbano
e a manifestação dos processos de segregação sócio-espacial – Infohabitar # 880
Anselmo Belém Machado
Resumo curricular de Anselmo
Belém Machado
Doutor em geografia
Humana pela Universidade do Minho (Portugal). Com mestrado em Organização do
Espaço Rural no Mundo Subdesenvolvido, licenciado e bacharel em geografia na
Universidade Federal de Sergipe (Brasil).
O autor tem
experiência profissional em ensino, pesquisa e extensão nas seguintes
Universidades: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor associado no
Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
O autor tem as
seguintes áreas de interesse: Geografia Humana, Geografia Urbana e em Estudos
de Segregação Sócio Espacial (Portugal e Brasil).
Série Editorial sobre Segregação
Sócio-espacial em Contexto Urbano: Texto de apresentação
Face ao contexto actual de urbanização acelerada, são vários os desafios
que se colocam ao desenvolvimento das cidades contemporâneas, de entre os quais
aqueles que se relacionam com a urgência de novas políticas de gestão urbana,
capazes de promover um urbanismo inclusivo que contribua para o surgimento de
cidades socialmente mais coesas, integradas e justas. Assim, importa reforçar o
conhecimento existente em torno das dinâmicas urbanas de segregação sócio-
espacial. Este trabalho contribui para esta reflexão a partir de uma investigação
que se singulariza por uma abordagem comparativa desenvolvida a dois níveis.
Por um lado, trata-se de um estudo de geografia urbana que privilegia a
comparação entre duas cidades (Braga em Portugal e Aracaju no Brasil), que
embora se enquadrem em países diferentes e com culturas e realidades sócio-
econômicas específicas, enfrentam ambas processos de segregação sócio-espacial
no interior das suas malhas urbanas. Por outro lado, trata-se de um estudo que
confronta simultaneamente a análise de dinâmicas espaciais distintas, quer a
concentração de cidadãos de baixo nível sócio- económico (segregação imposta),
quer a realidade oposta onde a homogeneidade sócio- económica de algumas bolsas
territoriais se faz sentir pela presença exclusiva de cidadãos de altos
rendimentos (auto-segregação).
O planeamento urbano
e a manifestação dos processos de segregação sócio-espacial – Infohabitar # 880
Como vimos os problemas da segregação sócio-espacial
estão intrinsecamente ligados ao processo histórico da urbanização mundial e de
favorecimento da desigualdade social, avolumando-se estes problemas mais ainda no
presente, com o crescente aumento demográfico e a concentração das populações
em áreas urbanas e litorâneas. Mas historicamente, a segregação sócio-espacial também
foi e é resultado de opções tomadas em planeamentos urbanos realizados no passado
que, procurando resolver algumas prioridades acabaram indirectamente por
favorecer a multiplicação de outos problemas urbanos. Como exemplo, podemos
citar os autores Singer (1995) e Negri (2008), que descrevem suas teses demonstrando
como este processo de reprodução e aprofundamento da segregação sócio-espacial se
intensificou com o planeamento urbano. Na medida em que muitos dos planeamentos
urbanos realizados seguiram diretrizes que foram traçadas visando especialmente
o lucro e, portanto, para atender a interesses particulares de grupos dominantes
existentes a nível mundial e sem uma devida preocupação e ambição de estruturação
social, do que decorreu o surgimento de inúmeros contextos territoriais que se tornaram
focos de segregação sócio-espacial.
Se pensarmos nos processos de exclusão social sentidos
quotidianamente pelas populações que residem nos grandes bairros sociais construídos
sobretudo a partir dos anos 1960 em muitos países europeus, verificamos como a segregação
sócio-espacial, em muitos casos, decorreu de decisões governamentais tomadas no
passado e até num presente bem próximo, na sequência de exercício de planeamentos
induzidos com interesses específicos e que nunca tinham como verdadeiro objetivo
a busca de soluções integradas para os problemas urbanos e nem tão pouco para
resolver verdadeiramente as condições sociais e económicas das populações mais carenciadas.
Governos locais de vários países têm promovido a utilização dos planos diretores
urbanos como sendo fundamentais para a organização espacial urbana. Mas a questão
é que na grande maioria dos casos, os planos diretores urbanos utilizados foram
elaborados privilegiando os interesses de grupos que detêm o poder económico e político.
São diversos os exemplos da existência de manifestações
de segregação sócio-espacial urbana, de algum modo promovidas por planeamentos
urbanos inadequados, destacando-se neste capitulo apenas alguns que vêm ocorrendo
na contemporaneidade. Muitos deles são inerentes ao modo de produção capitalista,
em que as tentativas de implementação de operações urbanísticas de controle da segregação
urbana não têm verdadeiramente uma função transformadora, mas quase sempre, reprodutora
de desigualdades económicas e sociais. O que em termos geográficos se reflecte
no incentivo à cidade dual, em que coexistem numa mesma cidade bairros problemáticos
de concentração de população mais carenciada com condomínios fechados de luxo
apenas para população de nível sócio económico elevado. Todavia e embora o planeamento
com as suas opções e práticas tenha por vezes contribuído para estimular muitos
dos contextos de segregação sócio espacial que caracterizam as nossas cidades, neste
trabalho é revelado que o mesmo tem em si o potencial para igualmente contribuir
positivamente para uma sociedade menos discriminatória e uma cidade menos dual.
Este potencial decorre do facto do planeamento urbano
ser um desafio contínuo (Choay, 2003) através do qual se visa orientar o processo
de expansão e desenvolvimento de uma cidade, estabelecendo directrizes diversas
com vista a programar o uso, ocupação e transformação do solo, bem como a melhoria
da infraestrutura e serviços essenciais à evolução das cidades e aos progresso das
condições de vida e bem-estar das suas populações. O urbanismo sendo uma prática
cujas origens se perdem no tempo, é sobretudo com a época moderna que se inicia
a sua generalização com a profusão de planos para orientar o processo de transformação
das cidades.
“..., manifesto minha filiação
àqueles que entendem ser o urbanismo, em sua essência, um fenômeno da
modernidade. Sem dúvida que desde há muito o homem planejava cidades – a planta
em tabuleiro remonta há séculos -, mas o termo ‘urbanismo’, criado por sinal no
início do século XX, designa mais do que isso. Nele se contêm as ideias de planeamento
contínuo e sistemático, com perspectiva transformadora. (Choay, 2003, p.49).
Todavia, Choay (2003) apud Gomes (2006, p.10) descreve
que a ideia da possibilidade de transformar a estrutura urbana da cidade, em paralelo
com a intenção de preservar o meio ambiente e promover uma maior justiça social,
é uma atitude mais contemporânea, que vislumbra a possibilidade de dar ao processo
de transformação urbana uma função mais social, democrática e sustentável. Embora
estas sejam ainda hoje metas difíceis de alcançar, de maneira efetiva, o
planeamento urbano moderno e contemporâneo têm como princípio orientador no ordenamento
jurídico que o suporta, fato que não ocorria nem existia até muito recentemente.
Assim, na prática o planeamento urbano serviu na generalidade para perpetuar desigualdades
sociais, ao ter privilegiado intervenções urbanísticas quase somente nas aéreas
consideradas nobres, desvalorizando a atenção sobre a ‘verdadeira’ cidade, ou seja,
canalizando menos investimento para as parcelas urbanas mais habitadas, onde
ainda hoje, em muitos contextos, tende a não existir estrutura urbana adequada,
como é o caso dos assentamentos humanos de cariz informal referidos na capítulo
anterior (Garcia, 2013). Na sequência desta lógica de actuação que favorece as manifestações
de segregação sócio-espacial, determinadas áreas da cidade se tornaram mais
valorizadas que outras, reforçando-se assim a ideia de que o planeamento urbano
sempre esteve e está a serviço da reprodução do status quo de uma sociedade sob
a égide da estratificação social.
Este fato potencia a concentração de população de
baixa renda, assim como o modelo de moradia segregada dos condomínios residenciais
fechados, como forma dessa população se sentir protegida de um grupo social
diferenciado que se encontra para além dos muros desses condomínios residenciais.
“Entre as novas formas de habitação,
a mais atual e mais cobiçada é o chamado condomínio fechado, localização que auto-segrega
seus moradores em relação ao restante da cidade, criando um tipo de cidadão que
se volta contra a cidade e se desloca apenas em espaços privados para ir e vir de
casa para o emprego, para as compras e para o lazer. (Sposito, 2008, p.127).
Este é um modelo de organização urbana em que a busca
por segurança tem levado a formas de auto-segregação da população das classes mais
abastadas, e em que a ‘prisão’ voluntária passa a ser comportamento dos privilegiados,
uma vez que não se sentem à vontade para usarem e se apropriarem da sua cidade.
Isto reforça mais ainda a tese de que os planeamentos urbanos e os planos diretores
urbanos não estão cumprindo o papel que deveriam. Ou seja, o objectivo de tornar
a cidade um espaço onde imperando a ordem estimula e promove o encontro e a partilha.
Pelo contrário, com a efetivação deste modelo espacial de organização social,
expresso pela coexistência numa mesma cidade de bairros carenciados das mais
básicas infra- estruturas/equipamentos a par de condomínios fechados onde todas
as comodidades estão garantidas, o que se verifica é que segundo Cruz (2003) atualmente
estamos convivendo com o caos que progressivamente está se impondo sobre a ordem.
“Assistimos recentemente a
uma inversão na teoria urbana. Se no modernismo assistimos a uma tentativa de suplantar
o caos pela ordem, nas cidades contemporâneas, em oposição, podemos considerar a
tentativa de impor o caos sobre a ordem. Esse estado caótico é o reflexo da prática
e traduz-se numa tendência de encobrir e suplantar uma ordem difusa e implantada
através de uma anarquia visível.” (Cruz, 2003, p.37).
Este caos é a consequência de uma cidade fragmentada,
onde a parcela mais habitada da cidade é a mais desrespeitada. Neste contexto em
que o caos está estabelecido e em que não se consegue mais resolver os problemas
do crescimento desordenado e da segregação dos bairros e de suas populações, os
detentores do poder urbano criam modelos de organização do espaço urbano que favorecem
o aparecimento de áreas segregacionistas, de maneira que passam a ser
considerados como ‘normais’ estes conflitos e considerados insolúveis. Este é um
dos principais problemas urbanos que está sendo vivenciando na cidade contemporânea.
Privilegiando este modo de organização do espaço
urbano que desvaloriza o sentido de comunidade, nas palavras de Cruz (2003) a
cidade se tornou caótica e vem se tornando progressivamente mais ingovernável a
cada novo planeamento urbano e plano diretor que é produzido dentro dos mesmos moldes
conservadores e de reprodução do status quo, que apenas favorece a fragmentação
urbana e a exclusão social. Um modelo de organização do espaço urbano que promove
a estratificação social, em que os grupos mais abastados residem em espaços
‘fortificados’ e ilusoriamente protegidos dos que estão para lá dessas cercas e
muros.
“A espiral de violência só
pode ser detida dentro de um meio social e ambiental mais justo. A consciência da
vulnerabilidade refletida nas grades, arame farpado e seguranças que protegem as
casas dos ricos e não tão ricos, é um sintoma da insustentabilidade da situação
atual. As diferenças que coexistem na Cidade Dual só podem ser mitigadas através
do contato e do relacionamento entre os diversos grupos sociais que a habitam.
O desafio é, portanto, criar espaços que valorizem as sinergias e a vitalidade possibilitadas
pela heterogeneidade. A sinergia produzida pela mistura de atividades é o que permite
aos indivíduos desenvolver um senso de comunidade.” (Hampf, 2004, p.04).
A realidade contemporânea de transformação urbana
com a profusão de áreas segregacionistas reforça o aprofundamento da “cidade dual.
Na sequência deste processo de urbanização parece tornar-se impossível que ocorra
um equilíbrio na convivência entre classes sociais antagónicas. Mesmo assim e embora
seja uma grande desafio, Hampf (2004) tende a acreditar no potencial do planeamento
urbano para que se consiga devolver à cidade um senso de comunidade, onde as diferentes
classes sociais possam viver em harmonia.
A seguir analisa-se o modo como diversos
planeamentos urbanos inadequados provocaram e continuam provocando a segregação
sócio-espacial. Mas explorando o potencial do planeamento urbano analisa-se também
o modo como este por ser guiado por princípios mais democráticos, fundamentais para
um desenvolvimento urbano socialmente mais justo e equilibrado nas cidades contemporâneas.
Notas:
Bibliografia geral (D a L)
Devido à natural extensão da bibliografía esta é,
novamente, apresentada em diversos “blocos” sequenciais, reiniciando-se com a
listagem de D a L.
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Notas editoriais gerais:
(i) Embora a edição dos artigos
editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no
sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo
nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários
apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores
desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos
mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural
responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos
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autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o
referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta
a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários
"automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos
conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição
da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos
editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à
verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da
revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de
eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
O planeamento urbano
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