Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):
Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional
– versão de trabalho
e base documental # 872 Infohabitar
António Baptista Coelho – com base direta nos textos,
ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo
Artigo XL da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”
Infohabitar, Ano XIX, n.º 872
Edição: quarta-feira, 16 de agosto de
2023,
Caros
leitores da Infohabitar,
Com
o presente artigo, sobre a habitação intergeracional, continuamos num intervalo
editorial, que se prolongará até meados do próximo mês de setembro, relativamente
à divulgação da série editorial dedicada à temática geral da “Segregação
sócio-espacial em contexto urbano”, da autoria do
Professor Anselmo Belém Machado.
Com o presente artigo continuamos, portanto, a
série sobre habitação intergeracional no âmbito da
proposta de um Programa de Habitação Adaptável Intergeracional no âmbito de uma
Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C), que visa oferecer soluções urbanas e
residenciais que promovam a convivência entre diferentes gerações, que sejam
adaptáveis a diferentes modos de vida e adequadas para pessoas com fragilidades
físicas e mentais, sem estigmatização; e que, simultaneamente, e no referido
âmbito intergeracional, ofereça soluções habitacionais para outras necessidades
urgentes, como jovens e pessoas solteiras; e tudo isto com uma abordagem de
gestão participativa, socialmente estimulante e financeiramente sustentável,
que, naturalmente, terá sempre muito a ver com uma promoção cooperativa marcada
por claras preocupações sociais e económicas.
Prevemos concluir esta série editorial sobre
habitação intergeracional em meados do próximo mês de setembro.
Recorda-se,
como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas
sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado,
para abc.infohabitar@gmail.com).
Com
as melhores saudações a todos os caros leitores,
Lisboa,
em 16 de agosto de 2023
António
Baptista Coelho
Editor
da Infohabitar
Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional
– versão de trabalho
e base documental # 872 Infohabitar
António Baptista Coelho – com base direta nos textos,
ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo
Resumo
Em primeiro lugar faz-se uma
introdução ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional.
No presente artigo cuja temática global
é a abordagem de facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional,
desenvolvem-se, sequencialmente, as seguintes matérias: a habitação para a
aposentação – suas caraterísticas mais desejáveis e a sua adequada associação
em conjuntos residenciais; a habitação assistida para as pessoas idosas e
fragilizadas; o desenvolvimento de tipologias habitacionais caraterizadas por
um expressivo apoio aos seus residentes; aspetos da promoção de habitação de
interesse social para pessoas idosas; a importância que têm as adaptações
domésticas para a melhoria da vida dos idosos; e tipos de espaços residenciais
privados e comuns para pessoas fragilizadas.
Notas introdutórias ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional
O presente conjunto de artigos
inclui-se numa série editorial dedicada a uma reflexão temática exploratória,
que integra a fase preliminar e “de trabalho”, dedicada à preparação e
estruturação de um amplo processo de investigação teórico-prático, intitulado
Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos
Controlados (PHAI3C); programa/estudo este que está a ser desenvolvido, pelo
autor destes artigos, no Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de
Engenharia Civil (LNEC), e que integra o Programa de Investigação e Inovação
(P2I) do LNEC, sublinhando-se que as opiniões expressas nestes artigos são,
apenas, dos seus autores – o autor dos artigos e promotor do PHAI3C e os
numerosos autores neles amplamente citados.
Neste sentido salienta-se o papel
visado para o presente conjunto de artigos, no sentido de se proporcionar uma
divulgação que possa resultar numa desejável e construtiva discussão alargada
sobre as muito urgentes e exigentes matérias da habitação mais adequada para
idosos e pessoas fragilizadas, visando-se, não apenas as suas necessidades e
gostos específicos, mas também o papel e a valia que têm numa sociedade ativa e
integrada.
Nesta perspetiva e tendo-se em conta a
fase preliminar e de trabalho da referida investigação, salienta-se que a forma
e a extensão dos artigos agora listados reflete uma assumida apresentação
comentada, minimamente estruturada, de opiniões e resultados de múltiplas
pesquisas, de muitos autores, escolhidos pela sua perspetiva temática focada e
por corresponderem a estudos razoavelmente recentes; forma esta que fica
patente no significativo número de citações – salientadas em itálico –, algumas
delas longas e quase todas incluídas na língua original.
Julga-se que não se poderia atuar de
forma diversa quando se pretende, como é o caso, chegar, cuidadosamente, a
resultados teórico-práticos funcionais e aplicáveis na prática, e não apenas a
uma reflexão pessoal sobre uma matéria tão sensível e complexa como é a habitação
intergeracional adaptável desenvolvida por uma cooperativa a custos controlados
e em parte dedicada a pessoas fragilizadas.
Facetas
tipológicas específicas da habitação intergeracional –
versão de trabalho e base documental #
872 Infohabitar
Índice geral
(entre parêntesis, n.º de página do item)
Breve introdução,
1. Habitação para a aposentação
1.1. Caraterística de uma habitação adequada
a pessoas aposentadas
1.2. Desenvolver conjuntos residenciais para
aposentados
2. Habitação assistida para as pessoas idosas
e fragilizadas
3. Tipologias habitacionais muito apoiadas
4. Habitação de interesse social para pessoas
idosas – a propósito de um caso em Nova Iorque
5. Adaptações domésticas e melhoria da vida
dos idosos
6. Tipos de espaços residenciais privados e
comuns para pessoas fragilizadas
Bibliografia (referências práticas)
Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional – versão de trabalho e base documental # 872 Infohabitar
Nota
específica relativa às citações: tal como foi acima sublinhado nas “Notas introdutórias”,
e tendo-se em conta a fase preliminar e de trabalho do presente estudo, ele
inclui numerosas citações, todas salientadas em texto a itálico, reentrante e
em tipo de letra “Arial Narrow”, algumas delas longas e quase todas
apresentadas na respetiva língua original; em termos formais e tendo-se em
conta essa grande frequência de citações, optou-se, por regra, pela respetiva
indicação da fonte documental, respetivo título e autoria, no corpo de texto e em
nota de pé de página ou de final de artigo (conforme a edição), seguindo-se
a(s) respetiva(s) citação(ões) com a indicação, posterior, do(s) respetivo(s)
número(s) de página(s) entre parêntesis – ex: (pg. 26) –, e, em alguns casos,
mas não por regra, repetindo-se a indicação específica ao documento que “está a
ser referido” e/ou à sua respetiva autoria.
Specific note regarding
citations: as highlighted above in the
“Introductory Notes”, and taking into account the preliminary and working phase
of the present study, it includes numerous citations, all highlighted in
italicized text, reentrant and in font type. letter “Arial Narrow”, some of
them long and almost all presented in their original language; in formal terms
and taking into account this high frequency of citations, we opted, as a rule,
for the respective indication of the documentary source, respective title and
authorship, in the body of the text and in a footnote or at the end of the
article (according to the edition), followed by the respective citation(s) with
the subsequent indication of the respective page number(s) in parentheses – ex:
( pg. 26) – and, in some cases, but not as a rule, repeating the specific
indication of the document that “is being referred to” and/or its respective
authorship.
Breve introdução
Aproximam-nos da conclusão da “versão de trabalho e
base documental” deste estudo sobre a intergeracionalidade residencial,
avançando, tendencialmente do mais geral para o mais particular, numa área temática especificamente dedicada
às questões tipológicas e também já numa área que podemos designar de “ponte”
para o registo e indicação de casos de referência e de exemplos práticos –
matéria esta que integrará o presente estudo, numa sua fase de conclusão e com
caráter de anexo técnico muito sintetizado à indicação genérica destes casos; mas
lá chegaremos.
No presente âmbito da abordagem específica das questões
essencialmente tipológicas da intergeracionalidade residencial desenvolvemos
quatro artigos/itens (i a iv), sendo este o segundo, onde se abordam,
sequencial e sinteticamente as seguintes matérias:
(i, Infohabitar 871)
aspetos ligados especificamente à conceção residencial para idosos, inovação
tipológica por integração de variadas funções residenciais e a realidade
específica dos jovens idosos – que designámos, globalmente,
como aspetos estruturantes da tipologia residencial intergeracional;
(ii, o presente artigo, Infohabitar 872) habitação para a
aposentação, habitação assistida muito apoiada, habitação de interesse social
intergeracional, habitação adaptada e tipos de espaços privados e comuns – que
designámos, globalmente, como facetas tipológicas específicas da habitação
intergeracional;
(iii, Infohabitar 873) aspetos críticos da conceção
residencial intergeracional, inovação residencial em situações de dependência,
aspetos específicos de harmonização entre conceção e bem-estar, integração de
cuidados especiais e habitação muito apoiada – que
designámos, globalmente, como aspetos específicos da
conceção residencial para idosos e fragilizados;
(iv, Infohabitar 874) e finalmente aspetos da conceção
habitacional sensível e amiga das pessoas dementes, vantagens da pequena escala
de intervenção residencial para pessoas dementes e a oferta de pequenos
conjuntos residenciais do tipo “aldeia” para pessoas fragilizadas - que
designámos, globalmente, como aspetos específicos de uma tipologia residencial
sensível às pessoas com demências.
1.
Habitação para a aposentação
1.1. Caraterística de uma habitação adequada a pessoas aposentadas
Relativamente à temática do
desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas o estudo de Sam Clark em associação com a
Churchill Retirement Living, Planning Issues Ltd e apoiado por outras
instituições e a Housing LIN, intitulado Retirement Living Explained - A Guide
for Planning & Design Professionals, avança com um conjunto de
considerações, relativamente ao que a habitação para os idosos poderá ser no
futuro, sendo algumas dessas considerações, em seguida, parcialmente, apontadas
e minimamente comentadas, designadamente, nos aspetos mais ligados à promoção
de conjuntos residenciais amigos dos idosos, com caraterísticas
intergeracionais participadas e apoiados por espaços e serviços comuns. [1]
A base do estudo, que
acabou de ser apontado, refere-se à produção residencial da Churchill
Retirement Living (CRL), que se especializou em conjuntos residenciais
dedicados exclusivamente a determinadas faixas etárias (de adultos ativos), integrados frequentemente
por agrupamentos de cerca de 40 apartamentos T1 e T2, caraterizados por um
conjunto específico de aspetos vivenciais e de gestão, em seguida apontados: (negrito
nosso)
- Concierge
reception (staffed by a Lodge
Manager)
- Owners’ Lounge
(communal), coffee bar and accessible toilet
- Guest suite
(for use by friends and family)
- Intruder alarm and
CCTV entry system
- A central lift
serving all floors
- 24-hour care and
support system (through Careline)
- Landscaped
gardens (with raised planters and potting sheds)
- Free parking
(including electric vehicles, cycles and mobility scooters)
- Internal refuse store
- Plant room [casa de máquinas] (pg. 10)
Nestes aspetos vivenciais e de
gestão e tendo-se em vista o PHAI3C, é interessante considerar a receção com
atendimento, o espaço de estar comum com pequena cafetaria e os jardins.
Importa ainda sublinhar que este
tipo habitacional não se integra em soluções apoiadas, nem os respetivos
trabalhadores têm formação em termos de prestação de cuidados; sendo as
eventuais necessidades dos residentes tratadas a nível particular, tal como se
ponta no estudo referido (pg. 10); e de seguida, no mesmo estudo, aponta-se que
não há, aqui, qualquer sentido
institucional e de prestação de cuidados, mas sim um ambiente doméstico amplo e
digno, onde os residentes se integram “mantendo estilos de vida independentes
com os benefícios de uma comunidade de velhos vizinhos que partilham muitas
opiniões (‘like-minded’).” (pg. 10)
Esta perspetiva de similitude de
opiniões, ou modos de vida, ou mesmo, provavelmente, alguma identidade de
caraterísticas socioculturais, coloca, indiretamente, a questão de como abordar
comunidades onde, provavelmente, tais identidades não aconteçam; uma matéria
que poderia constituir algum bloqueio a este tipo de iniciativas, que se
assemelham às consideradas no PHAI3C, não fosse dar-se o caso de a iniciativa
cooperativa na área da habitação económica ter sabido lidar naturalmente com
este tipo de misturas sociais, evidentemente, enquadradas num dado leque de
rendimentos (classe média/baixa e média), durante dezenas de anos e no âmbito
de dezenas de milhares de fogos.
Evidentemente que essas
iniciativas não tinham um cariz comunitário ou, melhor dito, de desenvolvimento
de espaços comuns muito afirmado, mas houve iniciativas do tipo mais convivial
que funcionaram bem; e claramente que o PHAI3C terá sempre dimensões de
aplicação relativamente limitadas.
No estudo que está a ser
referido aponta-se que tem havido evolução na caraterização da “habitação para
a reforma”:
In
the UK, private-sector retirement housing evolved from the late 1970’s when
McCarthy & Stone established its first model for
sheltered accommodation for the over fifty-fives, which was later adopted and
adapted by competitors over a forty-year period. In this time the product and
concept has evolved to ‘retirement living‘ – a lifestyle choice, not just a building. More recently, following
the HAPPI inspired reports4, developers have learnt what makes a successful
development, in terms of attracting purchasers, … Some of these
characteristics are taken from Northern Europe, America and Australia, where
retirement living is more established. (pg. 11)
No estudo que está a ser
referido e relativamente às caraterísticas de conceção que têm vindo a ser
desenvolvidas no Reino Unido, relativamente à designada “habitação para a
aposentação”, aponta-se que elas foram evoluindo desde há cerca de 50 anos,
desde a década de 1970, aplicando-se, agora, o que se designa em inglês retirement living‘ – a
lifestyle choice, que
deixou, portanto, de ser apenas uma ideia ligada a um dado espaço edificado e
que, desde há poucos anos, passou a integrar aspetos ligados à satisfação dos
interessados e residentes, numa perspetiva de longo prazo.
No estudo de Sam Clark,
que está a ser abordado, aponta-se que tais caraterísticas são idênticas às
acima listadas para as iniciativas da Churchill Retirement Living (CRL),
sendo algumas delas mais pormenorizadas e “evoluídas” na listagem citada e que
se junta em seguida (negrito nosso) - mas apontando-se desde já que se considera que este modelo
habitacional da habitação para a aposentação num quadro de escolha de estilo de
vida, que mais uma vez se refere ser afim ao que se visa no PHAI3C, tem tido
desenvolvimentos excelentes no Norte da Europa, na América do Norte e na
Austrália, onde se considera que o conceito é aplicado há mais tempo :
- Mainly single-aspect apartments (double-loaded corridors
necessitated by land values/sustainable land use, though doubleaspect
achieved where possible);
- Quality amenity space (quantity is less
important where there is a shared garden);
- Parking ratio of one space per three
apartments (supported by precedent, research5 and appeal
decisions);
- Communal space or ‘Owners Lounge’ (a central feature of
sheltered accommodation, providing space for social interaction, helping
mitigate loneliness);
- Manager’s office (and apartment for Lodge
Manager in developments over 50 apartments);
- Guest suite (twin bedroom and shower
room for visiting friends and family);
- Plant room (plant is managed centrally,
particularly air source heat pumps for energy-effi cient heating);
- One lift (essential for end-user accessibility, albeit
developments promote independent living/active lifestyles i.e. not a
residential institution);
- Internal refuse store (for environmental reasons
and end-user accessibility/comfort);
- Mobility scooter store (for protected storage of
mobility scooters and bicycles);
- Target minimum of 30 apartments (to
spread cost of management charge for end-users). (pg. 12)
E, tal como é possível verificar,
aproveitando os melhores exemplos, já começamos a “racionalizar” e “enxugar” os
potenciais espaços privados e comuns do que poderá ser uma iniciativa no âmbito
do PHAI3C.
Continuando a acompanhar o
referido estudo de Sam Clark, aponta-se que, como aspetos complementares ou comentados do programa
espacial, funcional e de serviços que é proporcionando no âmbito de uma
habitação para a aposentação e para a opção por um dado estilo de vida, importa
sublinhar, novamente, a sua “não institucionalização” e serem, inteiramente, soluções residenciais que habilitam vidas independentes;
oferecem, no entanto, espaços comuns vivenciais ou mesmo espaços com vivência
coletiva (se assim for desejado, por exemplo em termos de cohousing), assim
como “serviços suaves” (soft services), sem grandes apoios físicos
específicos, isto no sentido de “se ajudar à sustentabilidade dessa
independência de vida e à mitigação da solidão(pg. 14)”, aspetos estes
evidentemente mais críticos nos residentes mais idosos e fragilizados.
Para mais informação a
incontornável organização Housing LIN, oferece um grande e muito adequado leque
informativo, acessível gratuitamente no site da Housing LIN em: https://www.housinglin.org.uk/
Nesta perspetiva é interessante
poder ter o perfil do idoso que procura uma nova habitação e o que nela ele
preza mais, tal como se regista no estudo atrás referido.
CRL’s
target customer is a mid-market, owner-occupier over the age of 60 looking to
downsize (or ‘right-size’) to a manageable and secure
town-centre property with community benefits. CRL’s typical purchaser
is a 79-year old widow moving after her husband has passed away; usually
leaving an older, larger house – generally a mid-terrace or semi-detached with
2-3 bedrooms and a garden – for a one or two-bedroom
apartment that is close to relatives. (pg. 15)
Nestas matérias fundamentais de
conhecer o que os idosos procuram em termos de um seu possível novo espaço
residencial – desde a vizinhança, à tipologia edificada e ao tipo de fogo – um
conjunto de aspetos essenciais refere-se a uma espécie de auto-negação do
envelhecimento, que todos sentimos, e que se poderá relacionar com o que
desejamos habitar quando vamos sentindo que envelhecemos; já para não dizer o
que deveríamos habitar quando envelhecemos, no sentido de podermos combater, com
algum êxito, a insidiosa e mortal doença que é a solidão, pois tal como Sam
Clark refere, no excelente estudo que está a ser referido:
Few
people are prepared for the end of their healthy life, with growing numbers
actively denying ageing processes through surgical procedures and
pro-euthanasia debate. There is a pressing need for society, including design
and planning professionals, to talk about positive routes to accommodating age
– what might ‘home’ look and feel like as we age, and how might we get there?
(pg. 17)
… campaigners have reported that loneliness is more dangerous than many
imagined: ‘the equivalent of smoking 15 cigarettes a day in terms of causes of
early death’. (pg. 18)
Procurando cumprir ou servir a
perspetiva de uma habitação “para a aposentação”, que seja, também, um renovado
modo de vida para essa aposentação, a tendência parece ser de “um desejo
crescente por mais serviços do tipo “boutique” que apoiem o bem-estar dos
residentes”, tal como é apontado por Sam Clark (pg. 20); e podemos comentar
que, afinal, este desejo de serviços e espaços muito caraterizados e
“personalizados”, do tipo “boutique” parece ser algo que alatra, atualmente,
desde a habitação com expressivo caráter, aos pequenos hotéis e mesmo a cadeias
de lojas, cafés e restaurantes:
Este caminho que passa por um
interessante e rico trabalho de procura de atividades e experiências
estimulantes e fáceis de integrar nos espaços comuns do PHAI3C, por exemplo, a
título itinerante, em pequenos espaços multifuncionais, podendo por exemplo,
substituir-se um possível espaço de consultório médico por um espaço para
consultas de bem-estar, em determinado horário, privilegiando-se aos residentes
a consulta pelo respetivo médico de família.
Tal como já se registou no
presente estudo e voltando a usar a realidade do Reino Unido como base de
referência: quase 60% das pessoas com mais de 60 anos estão interessados em
mudar de habitação e metade destes pretendem reduzir o seu espaço doméstico em,
pelo menos, um quarto “de dormir” – sendo que esta vontade de reduzir o
respetivo espaço doméstico aumenta para três quartos dos mais idosos com
tipologias maiores (T3 a T5); sendo
assim, tal como aponta Sam Clark no estudo que continua a ser referido, mais de
um terço das pessoas acima de 60 anos gostariam de se mudar para habitações
mais pequenas, libertando, consequentemente mais de 4,5 milhões de fogos de
tipologias maiores em todo o Reino Unido. (pg. 24)
São “apenas” números, mas
números impressionantes e que poderão vir a ser considerados, de forma
idêntica, ao nível da realidade nacional: tomando em consideração os dados
provisórios dos Censos de 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE),
teremos em Portugal com 65 anos ou mais, 2.424.122 pessoas; considerando
(à semelhanla do Reino Unido) um terço de 2,5 milhões de pessoas, chegamos a
cerca de 800.000 pessoas, com 65 anos ou mais, a desejarem
“mudar de casa”; e se considerarmos duas pessoas por habitação chegamos à muito
significativa quantidade de 400.000 habitações de tipologias elevadas.
Conclusão que evidentemente
poderá ser “partida ao meio”, considerando-se situações distintas e um eventual
maior apego português à “casa” onde se vive, o que nem está provado, mas mesmo
assim teríamos 200.000 fogos a disponibilizar gradualmente e à medida que estas
pessoas fossem mudando para habitações um pouco menores; gerando-se, assim, uma
dinâmica habitacional que parece ter uma importância que justifica a integração
da promoção habitacional “para a aposentação”, como um novo e importante
elemento da política de habitação de interesse social em Portugal; numa
conclusão idêntica à que também se chegou no Reino Unido, no sentido de se dar à habitação para a
aposentação um estatuto de planeamento e de apoios oficiais idêntico ao aplicado
à habitação de interesse social. (pg.
25)
A definição que Sam Clark
considera mais consensual para “Habitação para a Aposentação” (Retirement
Housing) no Reino Unido foi publicada em 1984 pela House Builders Federation e
cita-se em seguida:
“Housing
which is purpose built or converted exclusively for sale to elderly people with
a package of estate management services and which consists of grouped, self
contained accommodation with an emergency alarm system, usually with communal
facilities and normally with a warden.” House Builders Federation, 1984 (pg. 25)
Para além desta importante
aproximação entre habitação para idosos ou para a aposentação e habitação de
interesse social (HIS), que, evidentemente, obrigaria essa habitação para
idosos ao cumprimento de determinados patamares de áreas máximas, tal como
acontece na referida HIS, e entre nós designada de Habitação a Custos
Controlados, importará, também avançar na aproximação entre a disponibilização
habitacional e a disponibilização de cuidados sociais e de saúde; uma
aproximação, muito dirigida, naturalmente, para o que se passa nos conjuntos de
HIS, e que aí poderá levar a uma melhor eficácia global devido a adequadas
sinergias nos diversos processos.
Neste sentido é interessante
sublinhar que no estudo que está a ser referido se aponta que «a anterior
divisão rigorosa entre “habitação” e
“cuidados” foi recentemente ultrapassada. Há atualmente modelos emergentes de
provisão que não se caraterizam nem pela disponibilização de uma pura habitação
apoiada, nem por uma disponibilização de puros cuidados
residenciais/domiciliares. A mistura vem de duas direções. Os cuidados
domiciliares vão-se tornando mais domésticos/caseiros e a habitação assistida
vai-se tornando mais institucional.” (pg. 26)
E mais institucional, talvez,
porque tendo de se dedicar a situações humanas cada vez mais complexas e com
reduzida autonomia.
Em termos de síntese dos que são
considerados os abundantes benefícios da promoção de uma nova tipologia
habitacional de interesse social e muito adequada a habitantes aposentados, julga-se
que teremos vantagens individuais, ao nível das comunidades locais, ao nível da
sociedade como um todo e ao nível do bem-estar social; vantagens estas
apontadas no estudo de Sam Clark, que está a ser referido, e que são em seguida
listadas (pg. 55 a 57, negrito nosso)
Economic (growth)
Individual
A smaller home – reduced energy and maintenance
costs.
- A whole home – no redundancy as all areas of the living environment are accessible/safe.
- A ‘home for life’ –
many residents say the move to private retirement living accommodation is
the last they will ever make.
- ‘Ageing in place’ – premature occupation of residential care home facilities is avoided.
Local Community
- Local spenders – residents tend to use local shops and services
e.g. hair dresser, taxis, etc. Some also have part time ‘bridge jobs’.
- Property market (local) – movement generated by releasing under-occupied properties for occupation by families.
Wider Society
- Welfare
savings – relieving pressures on publicly funded care homes, health and
care services.
- Job creation –
construction workers, lodge managers, cleaners, service providers, etc.
- Property market
(national) – knock-on effects in terms of the whole housing chain.
- Environmental
(balance)
- Central
location – reduced reliance on cars due to good access to town and public
transport networks.
- Many residents
give up car ownership/driving.
- Reduced travel
– residents often move to be closer to family members.
- Energy
efficiency – smaller, more efficient homes to heat (only one external
wall, modern construction and economy of scale benefits e.g. heating
system) and easier to manage.
- Enhanced
townscape – developments often return vacant or ‘problem’ sites to use
(e.g. former petrol stations/ light industrial sites).
- Visual amenity
– addition of maintained landscaping to town centre e.g. trees and garden
frontages.
- Efficient land use –
density achieved through collective down-sizing and shared facilities.
- Reduced energy
consumption – specialist housing reduces energy loads for heating.
- Reduced embodied
energy – more efficient use of raw/building materials.
Social (equality)
- Age friendly
environment – communal living akin to university halls of residents.
- On-site
support – wide range of organised on-site facilities and services,
alleviating social isolation and associated depression.
- Own front door –
residents retain identity / independence for as long as possible.
- Happy
relations – greater mutuality where residents become less dependent on
their children or carers.
- Neighbourhood watch –
developments bring many more ‘eyes on the street’. Some residents take
part in civic engagement.
- Active third
agers – a number of recent retirees contribute to the
voluntary sector e.g. charity shops, local community projects.
- More choice – realising
the Government objective of expanding choice for older people.
- Family life –
many retirees offer ‘grandparental childcare’, which has potential
benefits for three generations.
- …
- Retirees are
active citizens and help to sustain community cohesion.
- Older people
make good neighbours.
1.2. Desenvolver conjuntos residenciais para aposentados
Relativamente à temática do
desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas o
interessante estudo desenvolvido por uma extensa equipa da Planning Officers
Society (POS) e do Retirement Housing Group (RHG), referida em nota,
intitulado Planning for Retirement
Housing – A good practice guide by the Planning Officers Society and the
Retirement Housing Group, integra um conjunto de considerações, relativamente ao que
as soluções habitacionais e urbanas amigas dos idosos poderão ser no futuro,
sendo algumas dessas considerações, em seguida, parcialmente, apontadas e
minimamente comentadas, designadamente, nos aspetos mais ligados à promoção de
conjuntos residenciais amigos dos idosos, com caraterísticas intergeracionais
participadas e apoiados por espaços e serviços comuns. [2]
As vantagens de uma habitação
muito direcionada para uma fase da vida mais tardia, ou para “a aposentação”,
são evidenciadas por muitos autores e sintetizadas num leque amplo de aspetos
que cobrem desde a poupança nos cuidados sociais, de bem-estar pessoal e de
saúde, devido a ambientes residenciais considerados positivos para a saúde
física e mental dos residentes, até uma maior eficácia na prestação,
“concentrada” e espacial e funcionalmente apoiada de todo um extenso conjunto
de apoios domiciliares e pessoais, que também leva a um uso otimizado de
recursos públicos e privados, até à rotação geracional de fogos de maiores
dimensões e à introdução destas novas intervenções residenciais em “pontos”
urbanos estratégicos; tal como se aponta no estudo atrás referido e é em
seguida citado: (negrito e sublinhado nossos)
Retirement housing offers
a number of positive planning, housing, social service and health benefits. It
can help to reduce demands on health, social services and other care facilities, partly because many of the
residents remain in better mental and physical health, but also because
doctors, physiotherapists, community nurses, hairdressers and other essential
practitioners can visit several residents on the same scheme, leading to a more
efficient use of public resources.
It releases
under-occupied housing back into the general housing market, allowing older
stock to be modernised and refurbished; it maximises the use of urban
brownfield land, thereby reducing development pressure on more sensitive
greenfield sites; it reduces private car usage because of its often urban
location close to town centres and public transport routes; and it often
introduces a neighbourly use of sometimes formerly un-neighbourly sites. (pg. 16)
… Usually, retirement housing will be developed on
relatively small infill sites, where density figures per se are likely to be
less important than the other components of the design process. (pg. 30)
Importa no entanto ter em conta,
julgamos nós, que um tal conjunto de potenciais vantagens também poderá ser
associado ao desenvolvimento de um “típico” equipamento coletivo residencial
para idosos, tipicamente institucional e com assumido caráter hospitalar;
portanto a diferença que se impõe será a criação de verdadeiras intervenções
residenciais, atraentes, naturalmente intergeracionais e funcionalmente
híbridas, capazes, portanto, de se assumirem também como estratégicas rótulas
urbanas bem pormenorizadas e vitalizadoras.
Em termos de conceção interior
alguns aspetos requerem uma atenção especial, entre os quais se destacam: o desenvolvimento de verdadeiros
espaços de comodidade e prazer residencial, tanto ao nível privado (interior e exterior), como ao nível
dos espaços comuns (interiores e pontualmente exteriores); a apurada proteção da
privacidade essencialmente
visual, mas também sonora e mesmo “olfativa” (propagação de cheiros); muito adequadas e abundantes
condições de iluminação
natural, estrategicamente disseminadas e articuladas com as condições de conforto ambiental
e de visibilidades escolhidas e positivas (interiores e exteriores, atraentes e explicativas no que
se refere à estruturação interior e às relações urbanas próximas); matérias
estas extensamente abordadas no estudo Planning for Retirement Housing (…), atrás
registado e que, em seguida, são citadas:
The residents’ lounge and communal laundry are generally the most
important amenity areas on retirement housing schemes. Occupants of retirement
housing do not require or use large areas of garden space for recreational
purposes.
Where garden areas are provided, ground floor residents tend to use the
area outside their patio door. External amenity areas should be landscaped to a
very high quality to provide visual interest for the occupiers and it
is observable that residents generally value interesting outlooks, such as busy
street scenes…
Retirement housing can be, and often is, of high density. Buildings and
habitable room windows may be relatively close to boundaries. It will be important to ensure that there is no undue overlooking of
adjacent private gardens or habitable rooms to nearby properties…
Changes
to internal layouts together with high level or angled windows, together with the
use of obscure glazing, can reduce potential overlooking. For this reason a holistic approach to design should be employed so that
the overlooking constraints are properly recognized at the outset and dealt
with as an integral part of the design process. (pg. 28)
The
impact of new development on loss of direct sunlight and
diffused daylight to neighbouring properties should be assessed early
in the design process. The orientation of a site and the siting, scale and
massing of buildings are critical elements that require consideration from the outset,
so as to ensure that neighbouring habitable rooms and gardens are not placed in
undue shadow…The outlook from neighbouring sensitive buildings is
also an important consideration and in order for a development to achieve
neighbourliness, it should not create an overbearing or unduly
oppressive appearance when viewed from nearby habitable rooms or garden areas. (pg. 28 e 29)
O que se retira de muitas das
considerações pormenorizadas constantes do estudo que está a ser referido e que
muito se harmoniza com a conhecida necessidade de uma atribuição cuidadosa e
parcimoniosa de espaços residenciais privados e, especialmente, comuns; é que
estes últimos espaços ganham, muito mais, com uma excelente conceção e pormenorização
do que com simples atribuições de áreas consideradas desafogadas; faz lembrar
aquele bem conhecido conceito de que muitos problemas não se resolvem apenas
com quantidades de dinheiro.
Um outro aspeto importante a ter
em conta na aplicação de novas tipologias residenciais é a respetiva qualidade
de adaptabilidade e mesmo reconversão pontual face a exigências e gostos
futuros, que muitas vezes se conhecem mal ou não são antecipáveis; designadamente
quando incidindo em espaços considerados mais suplementares (ex., zonas de
estacionamento de veículos, concebidas com um bom potencial de flexibilidade
futura); embora também um tal fator de adaptabilidade seja importante em zonas
“chave” da intervenção, como a principal zona de estar e convívio, mas neste
caso talvez mais num sentido de multifuncionalidade.
2.
Habitação assistida para as pessoas idosas e fragilizadas
Relativamente à temática global,
que aqui nos interessa, no âmbito do desenvolvimento de soluções residenciais
amigas dos idosos e fragilizados, passamos a referenciar e comentar, brevemente, um
documento, novamente de Victor Regnier, que faz a apresentação de um seu livro
de 1994, intitulado Assisted living housing for the elderly. Design
Innovations from United States and Europe, ligado a diversas
intervenções de referência nessa área, como é o cado dos conjuntos Sunrise nos
EUA e Humanitas na UE; focando-nos, essencialmente, nos aspetos mais ligados à
promoção de conjuntos residenciais amigos dos idosos, com caraterísticas
intergeracionais participadas e apoiados por espaços e serviços comuns. [3](negrito
nosso)
Algo muito importante é
pensar a habitação intergeracional ao nível da vizinhança de proximidade (VP) e
de uma VP adequadamente localizada – em termos urbanos funcionais, e no que se refere a
aspectos de atratividade e integração. Este aspeto é mais importante do que
parece e lembremos a “fórmula mágica” do imobiliário que releva a enorme
importância da localização no habitat humano (a localização, depois a
localização e ainda depois a localização ...); e quando estamos a abordar
espaços habitacionais que integram pessoas idosas e fragilizadas, que devem
receber e interagir com familiares e amigos e que poderão coabitar com outros
grupos geracionais, a importância de uma adequada localização e integração
urbana fica extremamente evidenciada.
Tal como refere Regnier,
encontramos o melhor e o pior do apoio a idosos em pequenos equipamentos com
até cerca de oito residentes, em ambientes que procuram ou deveriam procurar o carácter
de uma habitação familiar – tipo “pensão e apoio” (board and care);
estruturas cujos custos, refere Victor Regnier, são frequentemente três vezes
menores do que os praticados em “lares” com serviço de enfermagem/hospitalar e
cinco vezes menores do que em instituições de apoio a pessoas com problemas
mentais.
Tal como aponta Victor Regnier
não é fácil abordar este mundo em termos de uma global melhoria qualitativa
(maioria tem quartos duplos), que não dependa, como ele refere, da
disponibilidade afetiva de algumas pessoas muitas delas sem preparação
especializada; e ele aponta a possibilidade de uma versão sofisticada e “associativa” desta tipologia de apoios,
salientando, aqui, o que ele considera ser, a este nível, os excelentes resultados atingidos,
habitualmente, no âmbito das Sunrise communities, nos EUA, que oferecem um leque extremamente completo de
ambientes, tipologias e serviços. [4]
E a título de exemplificação e
divulgação apontam-se, em seguida e também retiradas do livro de Regnier
referido, ligações web a um excelente conjunto de casos de referência no
âmbito de soluções residenciais amigas dos idosos e fragilizados.
http://seniorval.se/aldreboende/haninge/ros-anders-gard-
http://www.alzheimers.net/resources/california/corona-del-mar/crown-cove/
http://www.forenadecare.com/tjanster/vard-omsorgsboenden/postiljonen
http://www.stichtinghumanitas.nl/home/homepage/locaties/humanitas-bergweg/
http://www.wilhelmiina.fi/koti+wilhelmiinassa/
http://www.ylasavonsote.fi/palvelukeskus-virranranta
https://www.agingcare.com/local/harbour-house-the-greendale-assisted-living-wi
https://www.senioradvisor.com/local/harbour-village-greendale-wi
https://www.sunriseseniorliving.com/
3.
Tipologias habitacionais muito apoiadas
Relativamente à temática do
desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas o estudo desenvolvido pelo Ashfourd
Borough Council, intitulado Ashford Extra Care Sheltered Housing,
avança com um conjunto de considerações, relativamente ao que a habitação para
os idosos deverá ser no âmbito de um quadro bastante apoiado (apoio geral e cuidados extra), matéria
que não sendo, de facto, a que nos interessa no âmbito do PHAI3C, que, como
sabemos, é, basicamente, habitação intergeracional com alguns espaços e
serviços comuns e grande independência no uso de cada apartamento, pode sempre
trazer contributos úteis para o respetivo quadro de conceção.[5]
Tal como se aponta no estudo que
acabou de ser referido, é muito interessante constatar que mesmo a um nível de
provisão habitacional apoiada e preparada para cuidados pessoais elaborados como é o caso nesta Extra
Care Sheltered Housing , a
indicação fundamental é que aqui se proporciona aos idosos as suas casas
individuais, com as suas próprias portas da frente; “não se tratando de uma
«casa de repouso» ou de um hospital e por isso não devendo ter qualquer sentido
institucional”; nesta perspetiva parece ser, portanto, vitalmente importante que o
conjunto da intervenção resulte num edifício «focado nos residentes»,
imaginativo, acolhedor, acessível, inclusivo e que encoraje positivamente as
famílias e os amigos para as visitas, criando-se uma comunidade de pessoas
idosas harmoniosamente vitalizada.” (pg. 3)
Não queremos deixar de referir
que sendo esta última qualificação dedicada a um espaço residencial com um
nível de apoios e cuidados bastante elaborado, ela aplica-se, no entanto, por
inteiro ao que se deseja para as intervenções do PHAI3C.
Um importante aspeto de pormenor
que se retira também deste documento é a necessidade de quaisquer espaços que
visem o respetivo uso por não residentes não deverem prejudicar, por qualquer
forma, a segurança e o bem-estar dos residentes, em termos globais, nos espaços
de uso comum, e de forma extremamente exigente na relação com os espaços
privados interiores e exteriores.
O documento que está a ser
referido - Ashford Extra Care Sheltered Housing - retoma a aplicação dos
já apontados importantes princípios contidos no Housing our Ageing
Population: Panel for Innovation report (HAPPI), tendo-se em conta a sua
respetiva atualização, desde 2009; mas acaba por integrar os seguintes novos
aspetos de pormenor que importa ter presentes e que, por isso, são, em seguida,
citados: (negrito nosso)
. the new retirement homes should have generous internal space standards,
with potential for three habitable rooms and designed to accommodate flexible
layouts
. care is taken in the design of homes and shared spaces,
with the placement, size and detail of windows, and to ensure plenty of natural
light, and to allow daylight into circulation spaces
. building layouts maximise natural light and ventilation by
avoiding internal corridors and single-aspect flats, and apartments have
balconies, patios, or terraces with enough space for tables and chairs as well
as plants
. in
the implementation of measures to ensure adaptability, homes are designed to be ‘care ready’ so that new and emerging
technologies, such as telecare and community equipment, can be readily
installed
. building layouts promote circulation areas as shared spaces that offer
connections to the wider context, encouraging interaction, supporting
interdependence and avoiding an ‘institutional feel’,
including the imaginative use of shared balcony access to front doors and
thresholds, promoting natural surveillance and providing for ‘defensible space’
. in
all but the smallest developments (or those very close to existing community
facilities), multi-purpose space is available for residents to
meet,
with facilities designed to support an appropriate range of activities –
perhaps serving the wider neighbourhood as a community ‘hub’, as well as guest
rooms for visiting friends and families
. in
giving thought to the public realm, design measures
ensure that homes engage positively with the street, and that the natural
environment is nurtured through new trees and hedges and the preservation of
mature planting, and providing wildlife habitats as well as colour, shade and
shelter
. homes are energy-efficient and well insulated, but also well ventilated
and able to avoid overheating by, for example, passive solar
design, the use of native deciduous planting supplemented by external blinds or
shutters, easily operated awnings over balconies, green roofs and cooling
chimneys
. adequate storage is available outside the home together
with provision for cycles and mobility aids, and that storage inside the home
meets the needs of the occupier
. shared external surfaces, such as ‘home zones’, that give priority to
pedestrians rather than cars, and which are proving
successful in other countries, become more common, with due regard to the kinds
of navigation difficulties that some visually impaired people may experience in
such environments. (pg. 5)
Um aspeto importante a que a
este documento do Ashfourd Borough Council , que tem um interessante
perfil prático-teórico, dá bastante relevo é a questão da espaciosidade da
intervenção, sublinhando que se o dimensionamento dos espaços privados depende
muito dos objetivos de cada intervenção – embora existam áreas mínimas e
máximas já muito definidas – e mesmo das condições específicas de cada
localização – em termos do número de apartamentos –, a quantidade de espaços
comuns e partilhados é sempre um aspeto que irá afetar o nível das despesas
gerais e das taxas de serviço a pagar pelos residentes; e neste sentido considera-se
que para este tipo de intervenções de habitação bastante apoiada a totalidade
da Área bruta destinada aos apartamentos privados não deve ser menos de 70% da
respetiva área total da intervenção; tal como se aponta no documento que está a ser referido:
Service charges must be affordable and proportionate to other costs and not create a financial
barrier for some older people considering moving to extra care.
A review of extra care …by Hanover Housing Association has considered the use of communal space and now specifies that floor areas for flats must not be less than 70% of the gross floor area; communal facilities and circulation space must not exceed 30% (whilst retaining all core facilities) [mantendo todas as instalações principais]… (pg. 7)
4.
Habitação de interesse social para pessoas idosas – a propósito de um caso em
Nova Iorque
Relativamente à temática de uma
habitação amiga dos idosos e perfeitamente integrada nas medidas de apoio à
habitação de interesse social Tim Regan aponta no seu artigo, intitulado New York City Commits $500
Million to Build Affordable Senior Housing, um conjunto de considerações que são, em seguida, muito
pontualmente apontadas e comentada. [6]
(negrito nosso)
A importância deste artigo tem a
ver com a escala do previsto plano habitacional de interesse social para Nova
Iorque, dirigido para os seus habitantes idosos e carenciados, de cerca de 500
milhões de dólares (para cerca de 3500 fogos), mas, muito especificamente, com o objetivo de se localizarem
estes novos milhares de fogos em terrenos públicos considerados não ocupados
(unused space), incluindo, sublinha-se, zonas de estacionamento e relvados.
O outro aspeto a sublinhar é o
objetivo de apoiar, especificamente, com habitações adequadas os adultos idosos
de Nova Iorque.
Ainda outro aspeto a salientar é
a atual carência habitacional nova-iorquina, que estava estimada em 207.000
famílias, o que deveria ter levado a um plano quatro vezes maior, de acordo
com o que é apontado no Wall Street Journal.
Salienta-se ainda, neste
artigo, que a cidade está a procurar apoiar os seus idosos mais carenciados com
habitação económica, tendo em conta o rápido aumento do número de idosos e os
custos impossíveis dos terrenos.
É interessante fazer um
paralelismo com as nossas necessidades habitacionais nas principais zonas
urbanas e com os problemas aqui sentidos designadamente no que se refere à
disponibilização de terrenos públicos; quem sabe o exemplo americano posso ser
aqui seguido no que se refere à disponibilização de espaços exteriores ao
abandono ou mal utilizados.
No mesmo sentido recomenda-se a
consulta à recentíssima iniciativa madrilena de abundante disponibilização de
habitação de interesse social – o designado «Plan Más Suelo», que propõe
construção de mais de 40.000 fogos económicos em quatro anos.[7]
Mas dessas notas
nova-iorquinas de Tim Regan o que se julga que é talvez
mais importante reter é, finalmente, a ideia da urgência de se proporcionar uma
expressiva quantidade de habitação de interesse social para as pessoas mais
idosas.
5.
Adaptações domésticas e melhoria da vida dos idosos
Continuando numa mesma temática
global, ligada ao desenvolvimento de tipologias residenciais amigas das pessoas
idosas e de muitos outros habitantes que desejam condições de vida diária
agradáveis, atraentes, geracionalmente bem integradas e apoiadas por espaços e
serviços comuns salienta-se, agora, o interessante estudo de Jane Powell,
Sheila Mackintosh, Emma Bird, Janet Ige, Helen Garrett e Mike Roys, intitulado The
role of home adaptations in improving later life, que integra um conjunto de
considerações e reflexões, que são, em seguida, muito parcialmente, apontadas e
minimamente comentadas. [8]
O estudo aponta,
cientificamente, a importância que têm as adaptações domésticas facilitadoras
do dia-a-dia na melhoria da vida doméstica dos idosos, salientando haver ainda
importantes caminhos a desenvolver nesta matéria; tal como é verificável nas
notas em seguida citadas a partir do referido estudo: (negrito nosso)
The review was conducted by a team from the
University of the West of England, Bristol (UWE), and related modelling work
was conducted by Building Research Establishment (BRE). (pg. 2)
As adaptações domésticas abrangem intervenções menores e maiores. As adaptações menores são as mais comuns e custam menos de 1000 libras. Incluem: corrimãos, barras de apoio, rampas, degraus, melhorias de iluminação, torneiras de alavanca, controlos de climatização, fechaduras especiais e equipamento para abrir e fechar portas, janelas e cortinas, equipamento de monitorização de condições específicas como a demência, no sentido de se proporcionar que as pessoas permaneçam nas suas casas. As adaptações maiores custam entre 1000 e 10000 libras, e incluem: adaptações nas casas de banho, instalação de chuveiros de nível e compartimentos de água, instalação ou mudança de WC, alargamento de vãos de porta, alteração de compartimentos, adaptações na cozinha e plataformas elevatórias aplicadas a escadas. Há ainda adaptações mais profundas que podem custar mais de 10000 libras, por exemplo a junção de mais um quarto de dormir ou uma casa de banho. (pg. 2)
No estudo referido sublinham-se
dois importantes aspetos: que
existe (no Reino Unido) um número enorme de agregados familiares idosos que
precisam, criticamente, de adaptações domésticas por uma questão de bem-estar, funcionalidade e segurança
nos usos correntes; e
que mesmo pequenas adaptações domésticas são eficazes na redução de quedas e
outros acidentes perigosos para
os idosos, influenciando na eficácia das atividades diárias e contribuindo para
a melhoria da saúde mental dos residentes; tal como fica evidente nos dados do referido
estudo que são em seguida citados: (pg. 5)
Based on
data from English Housing Survey (DCLG, 2016), there are at least 475,000 households in England
lived in by older adults (over 65) who live with a disability or long-term
limiting illness who report that they lack the home adaptations they need.
… Major
adaptations have been less extensively studied, but the evidence shows that
they can also support people in achieving these outcomes in some circumstances.
(pg. 5)
Research
shows that low-cost home modifications can lead to a 26% reduction in falls
that need medical treatment and savings of £500 million each year to the NHS
and social care services in the UK. (pg. 8)
Será portanto vital e urgente uma
perspetiva que não se foque apenas nas adaptações de maior dimensão, mas também
nas mais simples e baratas, que poderão ser realizadas rapidamente num elevado
número de casos; devendo as medidas a tomar serem flexíveis neste sentido (tal
como se regista na pg. 8 do estudo que está a ser referido) .
6.
Tipos de espaços residenciais privados e comuns para pessoas fragilizadas
Continuando na temática ligada
ao desenvolvimento de tipologias residenciais amigas das pessoas idosas e de
muitos outros habitantes que desejam condições de vida diária agradáveis,
atraentes, geracionalmente bem integradas e apoiadas por espaços e serviços
comuns salienta-se, agora, o interessante artigo de Francisco Javier Leturia
Arrazola, intitulado Alojamientos para personas con discapacidad en Álava, que integra um conjunto de considerações e
reflexões, que são, em seguida, parcialmente apontadas e comentadas.[9]
Certos estudos de caso
contribuem com interessantes aspetos de pormenor no sentido da nossa, já
referida e desejada, aproximação gradual a uma tipificação das soluções
residenciais intergeracionais participadas, o que é o caso do estudo/artigo
agora referido. Neste estudo de Francisco Arrazola salientam-se e são, em
seguida, citados alguns aspetos de conceção ligados a uma expressiva
diversificação dos espaços comuns e domésticos desenvolvidos, salientando-se que se citam,
aqui, aquelas tipologias espaciais consideradas como eventualmente mais
replicáveis em outras situações de projeto: (pg. 195 e 196) (negrito nosso)
- Existencia de
espacios amplios, muy iluminados.
-
Ausencia de barreras arquitectónicas.
-
Habitaciones individuales y dobles, con baños adaptados, en mejora permanente
en su equipamiento. Estantería imantada para la personalización con fotos y
objetos personales-familiares.
-
Residentes atendidos en cinco unidades asistenciales con su comedor y sala de
estar para cada unidad (a diferencia de los Centros que tienen un único comedor
en planta baja, modelo hotel), rincón-chimenea y diferenciadas por colores,
formas de techo, decoración “doméstica” e iluminación diferenciada.
-
Amplitud de solárium con mobiliario inspirador de espacios caseros.
-
Amplitud de terraza con espacios habilitados para encuentros familiares que
generan intimidad.
- Jardines con
rincones preparados para grupos de
personas en actitud de compañía, conversación, lectura, etc…
- Sala
de lectura de prensa y biblioteca…
-
Gimnasio amplio y cálido en su iluminación, suelo de madera y equipamiento
abundante para rehabilitación, ergoterapia, laborterapia, etc.
- Sala
para psicoterapia de grupo, equipada con cámaras y sonido para visualizar la
actividad en salón de actos en acciones formativas.
-
Sala para escuchar música, descansar o conversar, decorada estilo rústico, con patios de similar decoración,
y abundantes plantas naturales.
- Sala
de visitas con mobiliario confortable (sofás)…
- Cafetería muy amplia
e iluminada, con sala para fumadores (según ley).
- Comedor privado en
el que celebrar fiestas familiares u otros eventos.
- Sala
para reuniones del equipo interdisciplinar…
-
Sala de intimidad en UCP
para los momentos más críticos (fallecimiento, malas noticias, deli-
beraciones, informaciones delicadas, carga emocional, etc.).
-
Jardines interiores verticales en todas las plantas, con espacios de
iluminación vertical…
Ainda no estudo de Francisco Arrazola, que está a ser referido, apontam-se algumas conclusões relativas à tipologia e resposta residencial à “revolução cinzenta”, no que se refere à considerada excelente eficácia: da adoção de modelos de vida independentes apoiados por pessoal itinerante; do privilegiar de intervenções residenciais mais pequenas, considerando a qualidade de vida que aí é proporcionada; e de uma caraterização de custos que embora não favoreça as soluções de menor dimensão, não associa maiores custos diretamente a essa menor dimensão, enquanto as intervenções de maior dimensão tendem a ser mais dispendiosas e produzindo tendencialmente piores resultados. (pg. 224 e 225).
Isto
embora e tal como aponta Francisco Arrazola, seja necessário e sensível
equilibrar esses aspetos com exigências de sustentabilidade funcional, tal como
se cita em seguida: (pg. 225)
…
diversas investigaciones apuntan a la posibilidad de alcanzar una mayor
optimización de los recursos humanos que requieren las residencias, buscando
tamaños que permitan esa optimización a partir de las necesidades de atención
de los residentes. Desde esa lógica, diversos autores defienden la
adopción de modelos de vida independiente, que no requieren una presencia
constante de personal en las viviendas y, además de fomentar la autonomía y
requerir menos recursos, permite un uso más flexible de los mismos y, a la
postre, un coste plaza menor…
Bibliografia (referências práticas)
ARRAZOLA, Francisco Javier Leturia - Alojamientos para personas con discapacidad en Álava.
Ashfourd Borough Council - Ashford Extra Care
Sheltered Housing. Design Specification. Ashfourd Borough Council. 2014.
CLARK, Sam (Phd candidate, Newcastle University);
Churchill Retirement Living, Planning Issues Ltd; Housing LIN - Retirement Living
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University, 2017. churchillretirement.co.uk/planning
Em: Pilar Rodríguez Rodrígues
(coord. e edit.) - Innovaciones residenciales para personas en situación de
dependencia - Diseno arquitectónico y modelo de atención. Fundación Caser para la Dependencia; Fundación
Pilares para la Autonomía Personal. Madrid. 2012. pp. 175 a 186. https://www.fundacionpilares.org/docs/INNOVRESIDARQUITECYMODELO.pdf
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Retirement Housing Group - Planning for Retirement Housing – A good practice guide by the Planning Officers Society and the
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POWELL, Jane; MACKINTOSH,
Sheila; BIRD, Emma; IGE, Janet; GARRETT,
Helen; ROYS, Mike - The role of home adaptations in improving later life. Bristol Centre for Public Health and
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REGAN, Tim - New York City Commits $500 Million to
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News . 13 junho 2018. https://seniorhousingnews.com/2018/06/13/new-york-city-commits-500-million-build-affordable-senior-housing/ https://www.larazon.es/madrid/plan-ayuso-vivienda-45000-mas-precio-asequible-cuatro-anos_2023032864233d7da1e0b90001dc1c1c.html
REGNIER,
Victor - Assisted living housing for
the elderly. Design Innovations from United States and Europe . Van Nostrand Reinhold. 1994 https://archive.org/details/assistedlivingho00regn https://sunrisegroup.org/ e
https://www.sunriseseniorliving.com/
Notas
editoriais gerais:
(i)
Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a
caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de
edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões
expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições
individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo
portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) No
mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a
utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por
exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva
responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas
fontes e obter as necessárias autorizações.
(iii)
Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da
Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa
de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a
tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou
negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi
recebido na edição.
Etiquetas/palavras chave: habitação, habitação intergeracional, habitação para
idosos, intergeracionalidade, espaços residenciais, PHAI3C, Programa de
Habitação Adaptável e Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados
Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional
– versão de trabalho
e base documental # 872 Infohabitar
António Baptista Coelho – com base direta nos textos,
ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo
Artigo XLda série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”
Infohabitar, Ano XIX, n.º 872
Edição: quarta-feira, 16 de agosto de
2023
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho,
Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo –
Departamento de Edifícios do Laboratório
Nacional de Engenharia Civil - LNEC
abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt
A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação
Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação
atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação
Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e
Urbanismo do LNEC.
Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa,
Encarnação - Olivais Norte.
Notas bibliográficas:
[1] Sam Clark (Phd candidate, Newcastle University); Churchill Retirement Living, Planning Issues Ltd; Housing LIN - Retirement Living Explained - A Guide for Planning & Design Professionals. Churchill Retirement Living, Planning Issues Ltd; Housing LIN, School of Architecture, Planning and Landscape at Newcastle University, 2017.
churchillretirement.co.uk/planning
[2] Planning Officers Society; Retirement Housing
Group - Planning for
Retirement Housing – A good practice guide by the Planning Officers Society and the Retirement Housing Group. Planning Officers Society (POS), Retirement
Housing Group (RHG), 2003.
Joint Working Party of the Planning Officers Society
and the Retirement Housing Group.
Planning Officers Society: Mike Bleakley (Worthing
Borough Council), Paul Rowley (Horsham District Council), Steve Lamb
(Stockport Metropolitan Borough Council), Zbig Blonski (Wandsworth
Borough Council).
Retirement
Housing Group: Jane Crass (on behalf of Churchill Retirement Living),
Grant Arbuckle (Pegasus Retirement Living plc), Roger Tilley (Tanner
& Tilley), Vivien Aldred (Retirement Housing Group).
[4] . https://sunrisegroup.org/ e https://www.sunriseseniorliving.com/
[5] Ashfourd Borough Council - Ashford Extra Care Sheltered Housing. Design Specification. Ashfourd Borough Council. 2014.
[6] Tim Regan - New York City Commits $500 Million to Build Affordable Senior Housing . Senior Housing News . 13 junho 2018.
[7] https://www.larazon.es/madrid/plan-ayuso-vivienda-45000-mas-precio-asequible-cuatro-anos_2023032864233d7da1e0b90001dc1c1c.html
[8] Jane Powell, Sheila Mackintosh, Emma Bird, Janet Ige, Helen Garrett, Mike Roys - The role of home adaptations in improving later life. Bristol Centre for Public Health and Wellbeing, University of the West of England, Bristol (UWE), Building Research Establishment (BRE); Centre for Ageing Better. Novembro, 2017.
[9] Francisco Javier Leturia Arrazola - Alojamientos para personas con discapacidad en Álava.
Em: Pilar Rodríguez Rodrígues
(coord. e edit.) - Innovaciones residenciales para personas en situación de
dependencia - Diseno arquitectónico y modelo de atención. Fundación Caser para la Dependencia; Fundación
Pilares para la Autonomía Personal. Madrid. 2012. pp. 175 a 186. https://www.fundacionpilares.org/docs/INNOVRESIDARQUITECYMODELO.pdf
Francisco Javier Leturia Arrazola: Subdirector Área personas con
Discapacidad del Instituto Foral de Bienestar Social.
1 comentário :
Nice post. Thanks for sharing.
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