Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):
Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas
com demência – versão de
trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar
António Baptista Coelho – com base direta nos textos,
ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo
Artigo XLII da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”
Infohabitar, Ano XIX, n.º 874
Edição: quarta-feira, 30 de agosto de
2023
Caros
leitores da Infohabitar,
Com
o presente artigo, sobre a habitação intergeracional prolongamos, ainda, o
intervalo editorial, que irá até meados do já muitopróximo mês de setembro, relativamente
à divulgação da série editorial dedicada à temática geral da “Segregação
sócio-espacial em contexto urbano”, da autoria do
Professor Anselmo Belém Machado.
O presente artigo é o penúltimo da
presente série sobre habitação intergeracional no
âmbito da proposta de um Programa de Habitação Adaptável Intergeracional no
âmbito de uma Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C), que visa oferecer
soluções urbanas e residenciais que promovam a convivência entre diferentes
gerações, que sejam adaptáveis a diferentes modos de vida e adequadas para
pessoas com fragilidades físicas e mentais, sem estigmatização; e que,
simultaneamente, e no referido âmbito intergeracional, ofereça soluções
habitacionais para outras necessidades urgentes, como jovens e pessoas
solteiras; e tudo isto com uma abordagem de gestão participativa, socialmente
estimulante e financeiramente sustentável, que, naturalmente, terá sempre muito
a ver com uma promoção cooperativa marcada por claras preocupações sociais e
económicas.
Prevemos terminar esta série editorial sobre
habitação intergeracional daqui a poucas semanas, depois de se editarem o que
julgamos serem importantes listagens bibliográficas e de casos de referência,
bem como, por último um catálogo interativo de acesso a toda esta série
editorial.
Recorda-se,
como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas
sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu
cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).
Com
as melhores saudações a todos os caros leitores,
Lisboa,
em 23 de agosto de 2023
António
Baptista Coelho
Editor
da Infohabitar
Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas
com demência – versão de
trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar
António Baptista Coelho – com base direta nos textos, ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo
Resumo
Em primeiro lugar faz-se uma
introdução ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional.
Depois de uma breve introdução, aborda-se
a temática da conceção de habitações amigas das pessoas com demências, suas
famílias e cuidadores, seguindo-se uma referência ao que se julgam ser as vantagens
da pequena escala das intervenções residenciais para pessoas com demências;
finalmente aborda-se a solução residencial integrada em conjuntos residenciais
tipologicamente aproximados a aldeias e
concebidos especificamente para idosos fragilizados, focando-se as suas
vantagens e os seus respetivos aspetos de qualidade de vida para idosos
fragilizados.
Notas
introdutórias ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional
O presente conjunto de artigos
inclui-se numa série editorial dedicada a uma reflexão temática exploratória, que
integra a fase preliminar e “de trabalho”, dedicada à preparação e estruturação
de um amplo processo de investigação teórico-prático, intitulado Programa de
Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C);
programa/estudo este que está a ser desenvolvido, pelo autor destes artigos, no
Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e
que integra o Programa de Investigação e Inovação (P2I) do LNEC, sublinhando-se
que as opiniões expressas nestes artigos são, apenas, dos seus autores – o
autor dos artigos e promotor do PHAI3C e os numerosos autores neles amplamente
citados.
Neste sentido salienta-se o papel
visado para o presente conjunto de artigos, no sentido de se proporcionar uma
divulgação que possa resultar numa desejável e construtiva discussão alargada
sobre as muito urgentes e exigentes matérias da habitação mais adequada para
idosos e pessoas fragilizadas, visando-se, não apenas as suas necessidades e
gostos específicos, mas também o papel e a valia que têm numa sociedade ativa e
integrada.
Nesta perspetiva e tendo-se em conta a
fase preliminar e de trabalho da referida investigação, salienta-se que a forma
e a extensão dos artigos agora listados reflete uma assumida apresentação
comentada, minimamente estruturada, de opiniões e resultados de múltiplas
pesquisas, de muitos autores, escolhidos pela sua perspetiva temática focada e
por corresponderem a estudos razoavelmente recentes; forma esta que fica
patente no significativo número de citações – salientadas em itálico –, algumas
delas longas e quase todas incluídas na língua original.
Julga-se que não se poderia atuar de
forma diversa quando se pretende, como é o caso, chegar, cuidadosamente, a
resultados teórico-práticos funcionais e aplicáveis na prática, e não apenas a
uma reflexão pessoal sobre uma matéria tão sensível e complexa como é a
habitação intergeracional adaptável desenvolvida por uma cooperativa a custos
controlados e em parte dedicada a pessoas fragilizadas.
Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas com demência – versão de trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar
Índice geral
Breve introdução,
1. Conceção de habitações amigas das pessoas
com demências, suas famílias e cuidadores,
2. Vantagens da pequena escala das
intervenções residenciais para pessoas com demências,
3. Aldeias para idosos fragilizados,
3.1 Vantagens das aldeias para idosos
fragilizados,
3.2 Qualidade de vida nas aldeias para idosos
fragilizados
Bibliografia (referências práticas),
Nota específica relativa às citações: tal como foi acima sublinhado nas “Notas introdutórias”, e tendo-se em conta a fase preliminar e de trabalho do presente estudo, ele inclui numerosas citações, todas salientadas em texto a itálico, reentrante e em tipo de letra “Arial Narrow”, algumas delas longas e quase todas apresentadas na respetiva língua original; em termos formais e tendo-se em conta essa grande frequência de citações, optou-se, por regra, pela respetiva indicação da fonte documental, respetivo título e autoria, no corpo de texto e em nota de pé de página ou de final de artigo (conforme a edição), seguindo-se a(s) respetiva(s) citação(ões) com a indicação, posterior, do(s) respetivo(s) número(s) de página(s) entre parêntesis – ex: (pg. 26) –, e, em alguns casos, mas não por regra, repetindo-se a indicação específica ao documento que “está a ser referido” e/ou à sua respetiva autoria.
Specific note regarding
citations: as highlighted above in the
“Introductory Notes”, and taking into account the preliminary and working phase
of the present study, it includes numerous citations, all highlighted in
italicized text, reentrant and in font type. letter “Arial Narrow”, some of
them long and almost all presented in their original language; in formal terms
and taking into account this high frequency of citations, we opted, as a rule,
for the respective indication of the documentary source, respective title and
authorship, in the body of the text and in a footnote or at the end of the
article (according to the edition), followed by the respective citation(s) with
the subsequent indication of the respective page number(s) in parentheses – ex:
( pg. 26) – and, in some cases, but not as a rule, repeating the specific
indication of the document that “is being referred to” and/or its respective
authorship
Breve
introdução
Aproximam-nos da
conclusão da “versão de trabalho e base documental” deste estudo sobre a
intergeracionalidade residencial, avançando, tendencialmente do mais geral para
o mais particular, numa área temática
especificamente dedicada às questões tipológicas e também já numa área que
podemos designar de “ponte” para o registo e indicação de casos de referência e
de exemplos práticos – matéria esta que integrará o presente estudo, numa sua
fase de conclusão e com caráter de anexo técnico muito sintetizado à indicação
genérica destes casos; mas
lá chegaremos.
No presente âmbito da abordagem
específica das questões essencialmente tipológicas da intergeracionalidade
residencial desenvolvemos quatro artigos/itens (i a iv), sendo este o primeiro,
onde se abordam, sequencial e sinteticamente as seguintes matérias:
(i, Infohabitar 871) aspetos
ligados especificamente à conceção residencial para idosos, inovação tipológica
por integração de variadas funções residenciais e a realidade específica dos
jovens idosos – que
designámos, globalmente, como aspetos estruturantes da tipologia residencial
intergeracional;
(ii, Infohabitar 872) habitação
para a aposentação, habitação assistida muito apoiada, habitação de interesse
social intergeracional, habitação adaptada e tipos de espaços privados e comuns
– que designámos,
globalmente, como facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional;
(iii, Infohabitar 873) aspetos
críticos da conceção residencial intergeracional, inovação residencial em
situações de dependência, aspetos específicos de harmonização entre conceção e
bem-estar, integração de cuidados especiais e habitação muito apoiada – que designámos, globalmente,
como aspetos específicos da
conceção residencial para idosos e fragilizados;
(iv, o presente artigo,
Infohabitar 874) e
finalmente aspetos da conceção habitacional sensível e amiga das pessoas
dementes, vantagens da pequena escala de intervenção residencial para pessoas
dementes e a oferta de pequenos conjuntos residenciais do tipo “aldeia” para
pessoas fragilizadas - que designámos, globalmente,
como aspetos específicos de uma tipologia residencial sensível às pessoas com
demências.
Finalmente nesta,
necessariamente, longa parte do estudo sobre o PHAI3C dedicada a uma
aproximação tipológica a soluções residenciais intergeracionais, participadas e
com espaços e serviços comuns, iremos abordar, de forma mais específica, alguns
aspetos associados às soluções residenciais para pessoas idosas com demências.
Salienta-se que esta abordagem
será muito resumida pois trata-se de matéria que não é objetivamente
considerada no âmbito do PHAI3C e cuja sensibilidade e complexidade exige,
naturalmente, um cuidado muito específico.
1.
Conceção de habitações amigas das pessoas com demências, suas famílias e
cuidadores
Continuando numa mesma temática
global, ligada ao desenvolvimento de soluções residenciais específicas para
pessoas idosas e com demências salienta-se, agora, o interessante e
pormenorizado estudo de Tom Grey, Maria Pierce, Suzanne Cahill e Mark Dyer, baseado
em excelentes instituições, significativamente intitulado Design Guidelines
Dementia Friendly Dwellings for People with Dementia, their Families and Carers,
que integra um conjunto de considerações, que são, em seguida, muito
parcialmente, apontadas e minimamente comentadas.[1] (negrito nosso)
Salienta-se, realmente, a
importância deste estudo, cuja consulta se recomenda, e sublinha-se que as respetivas
indicações, que se seguem, apenas abordam aspetos considerados de especial
importância no âmbito da nossa extensa reflexão sobre o PHAI3C.
Em primeiro lugar há que
reforçar a importância da temática de um ambiente residencial que seja adequado
e atraente para os seus residentes, para quem lá trabalha e para quem lá é
visita; caso contrário teremos variadas e mistas deficiências de uso; e sendo
que o que será clara e expressivamente verdade para um quadro de habitantes com
demências, será, muito provavelmente, também sentido pelos outros habitantes.
É sempre útil ter a noção da
diversidade das caraterísticas gerais das demências mais frequentes em idosos e
das suas frequentes relações com outras dificuldades pessoais ligadas ao
envelhecimento, tal como se aponta no estudo de Tom Grey, Maria Pierce, Suzanne
Cahill e Mark Dyer, atrás referido:
…
all types of dementia broadly include:
- Impaired
rational thinking, judgement, and problem-solving.
- Difficulty
with memory (initially short-term but progressing over time to long-term
memory difficulties).
- Problems learning new things.
- Increasing dependence on the senses.
- Fear anxiety and increased sensitivity to the built and psycho-social environment. (pg. 6)
In the early stages, difficulties experienced by people with dementia may
be slight and go unnoticed but as the illness progresses they usually become
more pronounced. For example, activities of daily living (ADLs), e.g.
dressing, showering, eating, toileting, and instrumental activities of daily
living (IADLs), e.g. food preparation, laundry, taking medication, using
the telephone or shopping, may pose a real challenge to the individual. (pg.
6)
… Many
people with dementia will have other age-related health problems such as
cardiovascular disease, Parkinson’s disease and diabetes. They are also more
likely to experience other age-related difficulties such as:
- Mobility
difficulties.
- Visual difficulties.
- Hearing difficulties. (pg. 7)
Em termos globais o estudo que
está a ser referido aponta um conjunto de recursos de conceção cuja introdução
no processo de projeto deve ser ponderada, caso a caso, tais como: “a
importância das visitas domiciliares dos cuidadores; encorajar a socialização
geral (com família, amigos e comunidade); reforço da domesticidade e da
identidade pessoal; apoio a atividades significativas; assunção de riscos com
sentido; promoção da autonomia e da capacidade de escolha; desenvolvimento da
auto-estima e da confiança; assegurar um uso ético de tecnologias de
assistência, quando relevantes.” (pg. 8)
Em termos globais, no
estudo que está a ser referido, sublinha-se o seguinte conjunto de questões a serem objetivamente tratadas
no âmbito da respetiva conceção de espaços amigos de pessoas idosas e com
demências, mas que também sejam
verdadeiramente adequados a todos os níveis etários e capacidades físicas e
mentais:
. Encourage a participatory design approach where people with dementia,
their family and carers can take part in the design process.
. Use familiar design with the use of recognisable features consistent with
user expectations.
. Support personalisation of the environment to enhance continuity of self.
. Provide an environment that is easy to interpret and calm, paying close
attention to the reduction of acoustic and visual disturbances.
. Provide good visual access to key areas of the dwelling or to important
objects to remind and prompt the occupant when required.
. Provide unobtrusive safety measures and appropriate technology such as
Assistive Technology (AT), Ambient Assisted Living (AAL), Telecare or
Telehealth to provide a safe and secure environment.
. Create distinct spaces for different domestic activities so that the
meaning and function of these spaces is legible and more memorable.
. Provide safe and accessible outdoor spaces which are perceptible from the
interior to encourage occupant use of these spaces.
(pg. 9 e 10)
Em termos específicos e
voltando a alertar para o grande interesse que tem a consulta ao estudo que
está a ser referido, salientam-se, muito sumariamente, já de seguida, alguns
temas exigenciais nele constantes e a ter em conta na conceção de espaços residenciais
para pessoas fragilizadas em termos de demência – portanto aspetos de
amigabilidade residencial relativamente a pessoas com demências: sossego acústico em todas as
relações possíveis entre espaços; caraterizar positivamente as zonas de
entrada; garantir condições globais de acessibilidade; evidenciar
cromaticamente vãos de acesso; camuflar os acessos interiormente no sentido de
se reduzirem as saídas em alturas indesejáveis; evitar zonas escuras e que
recebem pouca luz natural; evitar padrões afirmados nos pavimentos e
revestimentos brilhantes; proporcionar um máximo de continuidade no
revestimento dos pisos e com contrastes cromáticos mínimos particularmente nos
vãos de porta; contrastar portas das respetivas paredes; marcar a mudança entre
pavimentos e paredes; dispor janelas em termos de localização e altura de
parapeitos no sentido de se privilegiarem vistas sobre espaços usáveis com
segurança; usar armários com portas transparentes para facilitar uso; assegurar
agradáveis e seguras ligações com espaços exteriores seguros e agradáveis;
colocar elementos com uso frequente bem visíveis (ex., cabides e latas de
lixo); aplicar cores bem distintas nas portas de compartimentos “chave” com as
casas de banho; proporcionar iluminação artificial estrategicamente
clarificadora de espaços e zonas específicas, bem como dos percursos que ligam
às casas de banho; aplicar nas escadas degraus e corrimãos bem marcados;
facilitar a visibilidade dos roupeiros e eventualmente proporcionar zonas
transparentes nos mesmos. (pg. 11 e 12 )
No guia que está a ser referido
constam listagens específicas de diversos tipos de espaços domésticos e comuns,
visando-se o respetivo uso por pessoas com demências, enquanto que acima se
procurou fazer uma pequena síntese, sem dúvida incompleta, do tipo de
preocupações de projeto que importa ter presente.
Um aspeto que sobressai de tudo
isto é que até parece que tais recomendações para os espaços residenciais de
pessoas (idosas) com demências poderão também sê-lo para qualquer um de nós;
por exemplo, evidentemente, que uma pessoa no pleno uso das suas capacidades
mentais não terá qualquer problema em lidar com um padrão de pavimento complexo
e que vai mudando de compartimento para compartimento, mas não será esta uma
situação que carateriza uma negativa arquitetura de interiores para qualquer um
de nós?
Em toda esta problemática
provavelmente o melhor caminho estará em soluções arquitetónicas residenciais
muito equilibradas em termos de espaços mais fechados e espaços mais fluídos
e intercomunicantes, considerando-se a
grande atratividade da luz natural e do exterior naturalizado e o papel da
possibilidade de se ir passeando com vagar por todos esses espaços e
microespaços, tal como fica bem esclarecido no estudo que está a ser referido:
A balance between open plan layouts which enhance visual access and the
creation of calm and distinct spaces which can help with legibility.Careful
acoustic design to reduce noise and create calm and peaceful spaces.Reinforced
walls and ceilings as ‘hard-spots’ around the toilet, shower, bath and stairs
to support the easy installation of handrail and drop down supports as
required. Flexible and adaptable space to cater to the changing
needs of the residents. Bedroom layouts that provide direct access to ensuite
bathrooms, and provide good visual access to bathrooms, wardrobes and exterior
spaces such as gardensSafe, accessible and attractive outdoor space that is
visible and easily accessed from the interior to promote outdoor activities. (pg.
35)
Um outro aspeto muito importante
na vivência residencial da pessoas mentalmente fragilizadas é a questão da
segurança no uso normal que terá de ser especificamente reforçada (ex., guardas
de varandas) e a questão de um uso seguro e fácil dos objetos e elementos
necessários a uma vida diária que deverá ser, sempre, o mais possível autónoma,
tal como se aponta no estudo e guia que está a ser referido:
The use of safe and unobtrusive safety measures to
support independent living.Details like lever door handles
and taps that are familiar, easily understood and easily used by everyone.Easy
control and use of heating or ventilation systems and the capability to
integrate technologies such as Assistive Technology, Ambient Assisted Living or
Telecare where appropriate.Choice of materials and colour, with fittings and
finishes that are easy to use, maintain and create a calm and legible
environment.Optimised use of natural light, ventilation and energy efficiency… (pg. 35)
A título de exemplo
relativo aos conteúdos existentes no estudo e guia que está a ser referido,
desenvolvido por Tom Grey, Maria Pierce, Suzanne Cahill e Mark Dyer, e
evidenciando-se, na prática, os principais aspetos que devem estruturar a
conceção de espaços residenciais para pessoas com demências apresentam-se os seguintes temas/títulos: (elementos
seguintes são citados das pg. 38 a 138)
…
Provide minimal street signage … that will be recognisable to people with
dementia….
… Use
familiar design elements that are consistent with a user’s expectations …
…
Locate the entrance gate in a logical location …
…
Provide ramps in locations that are obvious …
… Use
a handrail design that will be familiar …
… Provide dedicated lighting …
… Use
colourful and distinctive planting in strategic locations …
…
Locate refuse disposal and recycling bins in close proximity …
…
Locate the entrance in a logical location …
…
Provide legible and logical circulation …
…
Access doors to stairs and lifts should be well lit and clearly distinguishable
…
…
Provide legible and logical circulation …
Em interessantes esboços
técnicos que integram o estudo que está a ser referido (pg. 69 e 70) são ilustrados (a partir de plantas habitacionais) e
sintetizados diversos aspetos exigenciais, que são, em seguida, citados:
… Ensure good acoustic conditions
...
… Create a distinct entrance ...
… Provide a level entry door…
… Provide a brightly painted
front door...
… Consider fitting a curtain to
disguise the inside of the door ...
… Ensure the layout provides
maximum visual access to key parts of the dwelling…
… Ensure good views to exterior
spaces…
… Create distinct spaces ...
… Use distinct colours to define
individual spaces...
… Use distinctive furniture to
define specific functions and spaces…
… Use
colour or tonal contrast to help a person identify the stairs…
…
Locate the living room away from sources of external and internal noise …
…
Locate the dining area in close proximity to the kitchen ...
…
Locate the kitchen away from sources of external and internal noise ...
…
Smoke and heat sensors linked to an alarm system will enhance safety…
…
Locate the bedroom away from sources of external and internal noise …
…
Consider using clear glazed panels in certain sections of the wardrobe ...
Em interessantes esboços
técnicos que integram o estudo que está a ser citado (pg. 92 e 93) são ilustrados (a partir de
plantas habitacionais) e sintetizados diversos aspetos exigenciais, que são, em
seguida, citados:.
… Provide extra wide doors or
'cat and kitten' doors ...
… Provide a distinct colour door
to ensuite bathroom ...
… Provide direct views to the
wardrobe and consider glazed doors t…
… Ensure window location, window
cill height and window dressings….
… Ensure good acoustic conditions
...
… The main bathroom … should be centrally
located …
… The
internal and external spaces of the dwelling must be designed together …
… a
balcony or terrace … must be easily accessed and visually accessible …
…
Where colour is needed for… legibility consider colours in the blue and green
area …
…
Avoid the deliberate use of complicated door … Instead consider disguising the door ...
… Use electrical fittings … familiar to a
person with dementia and intuitive to use…
… Provide appropriate signage at all spatial scales ...
…
Ensure all mirrors can be easily moved, removed or covered over…
… Fit
higher wattage bulbs in light fixtures to create higher levels of artificial
light ...
…
Ensure window dressings, ornaments or other objects are not blocking natural
light …
… windows
… orientated and sized …to maximise daylight and minimise … solar glare.
…
Provide evenly distributed illumination … to reduce visual adaptation
difficulties …
Como remate deste elencar de
subtemas específicos a ter em conta, cuidadosamente, na conceção de espaços
residenciais para pessoas idosas e mentalmente fragilizadas, queremos sublinhar
que se o respeito pelo leque completo de vertentes do conforto ambiental
residencial – higrotérmica, impermeabilização relativamente a chuva e humidades,
insolação/sombreamento, iluminação natural e artificial, acústica,ventilação
natural e forçada e qualidade do ar – são de essencial importância para o
bem-estar e a saúde do habitante adulto no pleno uso das suas faculdades
físicas e mentais, então qual será o nível da importância que estes aspetos
assumem para um habitante idoso e física e mentalmente fragilizado, ou mesmo
criticamente doente (ex, doenças crónicas prolongadas)?
Como brevíssimo comentário final
ao excelente estudo de Tom Grey, Maria Pierce, Suzanne Cahill e Mark Dyer, que
aqui foi amlamente referido e comentado, e que muito se recomenda,[2]
importa sublinhar que, tendo presente o teor dos aspetos de projeto
arquitetónico residencial que foram atrás apenas sintetizados, através dos
respetivos subtítulos temáticos, julga-se que o que é adequado para pessoas
idosas e fragilizadas em termos mentais, será bom ou mesmo excelente para os
idosos em geral e mesmo para todos nós, isto desde que tais aspetos e condições estejam bem “embebidos” na solução
residencial e portanto não evidentes; o que na prática corresponde a um bom
trabalho de Arquitetura.
2.
Vantagens da pequena escala das intervenções residenciais para pessoas com
demências
Relativamente à temática do
desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas e com
demências o interessante estudo desenvolvido por William Benbow, intitulado Advantages of “small
house” designs in dementia care, integra um conjunto de considerações
qualitativas, que são, em seguida, parcialmente, apontadas e minimamente
comentadas, designadamente, nos aspetos mais ligados à promoção de
conjuntos residenciais amigos dos idosos, com caraterísticas intergeracionais
participadas e apoiados por espaços e serviços comuns: [3](negrito nosso)
.
Privilegiam-se pequenos conjuntos de edifícios à
escala humana e para
cerca de 10 residentes cada, combinados em grupos de 5 a 7 edifícios… Na Europa
os grupos de residentes tendem a ser um pouco menores, 6 a 8 residentes, com
quartos dispostos em torno de espaços de cozinha, jantar, estar e outras atividades. (pg. 4)
.
Os resultados obtidos referem-se, habitualmente, a uma
maior socialização, a uma redução dos comportamentos disruptivos, à necessidade
de menos medicação, e a uma maior satisfação geral dos próprios residentes,
seus familiares e trabalhadores. (pg. 4)
. Os residentes devem: poder ver o que precisam mais, a
partir dos sítios onde passam mais tempo; não ser afetados, de forma evidente,
por medidas de segurança; poder usar uma adequada variedade de espaços de
lazer; ter um quarto individual; estar submetidos a um mínimo de estímulos
desagradáveis e a um máximo de estímulos benéficos tais como a luz natural.
(pg. 5)
. Os conjuntos de coabitação mais próxima devem integrar um
máximo de 25 residentes, que se deve reduzir para 20 nas unidades dedicadas a
pessoas com demências. (pg. 5)
.
A estruturação arquitetónica deve tentar mitigar os
aspetos mais negativos, habitualmente associados a uma grande escala de
intervenção, através
de soluções de arquitectura mais “estruturais” e organizativas – ex., formas em
“L” ou “H” propiciam subdivisão em alas de 5 a 12 residentes - e mais
pormenorizadas. (pg. 5)
.
Os custos envolvidos são idênticos aos das estruturas
tradicionais mas as
instalações são mais sensíveis a faltas de pessoal. (pg. 5)
.
Os espaços de lazer e estar/amenidade devem ser
adequadamente (re)pensados, tendo-se presente que a atuação a pequena escala leva a uma maior
alocação de espaços deste tipo por residente: 2,5 m2/por residente para estar;
mais cerca do mesmo para refeições; mais espaço multifuncional. (pg. 5)
. Relativamente aos espaços de corredor, eles deverão ser,
por regra, reduzidos ao mínimo (“um com 6 m será usado 5 x mais do que um de 30
m”) e não terem corrimãos, considerando-se que quem precisa deles pode usar
equipamentos próprios de apoio e quem usa cadeiras de rodas, usa mal os
corrimãos. Quanto às respetivas larguras Benbow aconselha uma escala mais
doméstica, com cerca de 1,8m e não os “hospitalares” 2,4m. (pg. 6 e 7)
. Como, apesar de tudo, os corredores tendem a ser longos,
devem ser tornados mais conviviais e informais; Regnier refere que deve haver
sítio de sentar a a cada 10/12m e que devem ser assimétricos, sendo, assim,
mais interessantes e orientadores. (pg. 7)
.
Julga-se importante uma clarificada hierarquia de espaços -
público, semi-público, semi-privado, privado – servida por pequenos corredores
com espaços funcionalmente agrupados; sendo que cada grupo até 12 pessoas deve
poder encontrar-se em espaços comuns mas razoavelmente “íntimos” ou protegidos.
(pg. 7)
William Benbow refere que há dois modelos essenciais
ao nível dos cuidados residenciais com as pessoas dementes: vizinhança ou casa
independente: (pg. 5 a 8)
. o primeiro pode ter várias alas
de até 10 residentes/estúdios; auto contido durante o dia, com estar e
refeições; de noite as alas abertas reduzem necessidades de pessoal.
. o segundo é do tipo “Green House”
(solução patenteada), baseado numa estrutura residencial independente,
auto-contida, para 6 a 12 pessoas, e concebida para parecer uma casa privada ou
um apartamento privado; estas intervenções são habitualmente licenciadas como
unidades de enfermagem, possuem quartos independentes e com casa de banho
abrindo par estar “central”, onde se integra uma cozinha aberta; o pessoal é
maioritariamente multitasking; os apoios sociais, de enfermagem e médico fazem
visitas regulares ou por solicitação (habitualmente, 1 enfermeiro cobre 2
“casas” de dia e até 3 de noite). (pg. 5 a 8)
Salienta-se, finalmente,
o grande interesse, a qualidade, a diversidade e a quantidade de estudos
teórico-práticos de William Benbow, sobre
as amplas matérias dos espaços residenciais e de equipamento dedicados a
pessoas idosas e fragilizadas, que estão facilmente acessíveis na www.
3.
Aldeias para idosos fragilizados
3.1 Vantagens das aldeias para idosos fragilizados
Relativamente à temática do
desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas e com
demências o estudo de Les Mayhew, Ben Rickayzen e David Smith, intitulado Does
living in a retirement village extend life expectancy? The case of Whiteley
Village, integra um conjunto de considerações, que são, em seguida,
parcialmente, apontadas e minimamente comentadas, designadamente, na questão
“central”, colocada logo no título, sobre a possível influência de ambientes
calmos e protegidos no bem-estar de pessoas com demências e, por extensão, no
bem-estar global das pessoas mais idosas e eventualmente num quadro de
intergeracionalidade, que poderá ser, também marcado por um sentido especial de
sossego e paz; e afinal não será por acaso que tanto se usou a designação “Casa
de Repouso”, já para não falar do bem conhecido conceito do “tereno descanso” –
brincando um pouco com coisas muito sérias. [4](negrito
e sublinhado nossos)
A questão proposta relativa a
uma vivência com um forte sentido comum não parece associar-se,
obrigatoriamente, a uma tipologia aldeã; antes pelo contrário, uma tipologia
destas pode caraterizar-se por uma forte individualidade e privacidade de cada
um dos seus fogos, ou não, podendo cumulativamente possuir uma instalação do
tipo “casa comum”, que pode ter, até expressivos desenvolvimentos em termos de
espaços e serviços diversificados, como será por exemplo o caso de algo como um
clube temático.
Por outro lado um complexo
edificado integrado no miolo urbano pode ter fortes caraterísticas de sossego e
separação da vida urbana, caso, por exemplo, esteja privilegiadamente ligado a
uma zona exterior agradavelmente sossegada e ajardinada; e uma tal situação,
por sua vez, também não se liga, necessariamente, a um sentido mais comunitário
ou mais individualista.
Podemos talvez dirigir então
esta reflexão no sentido do eventual desenvolvimento de soluções para pessoas
fragilizadas e que, por isso, um máximo isolamento relativamente às dinâmicas e
aos “ruídos” da vida diária e designadamente da vida diária urbana, tal como
apontam Les Mayhew, Ben Rickayzen e David Smith, no estudo referido:
The benefits or otherwise of communal living in later life are of
considerable interest in the context of a growing and increasingly elderly
population because of the continuously rising cost pressures on health and social
care and the need to provide more suitable accommodation.
Such establishments have the capacity to provide in one location all the
needs of residents whilst providing a stimulating and high quality living
environment which insulates residents from the day-to-day problems of growing
old.
Whiteley Village, currently celebrating its 100th anniversary, is one of
the main forerunners of this kind of retirement living anywhere in the world.
Mas centrando-nos
especificamente na “vida na aldeia”, e talvez numa perspetiva um pouco
ficcionada do que seria esta vida já há alguns anos será sempre interessante
indagar se as julgadas habituais consequências dessa vida mais calma e isolada
influenciam podermos ter um prolongamento das nossas vidas; e é muito aí que se
centra este interessante estudo de Les Mayhew, Ben Rickayzen e David Smith,;
que chegam a interessantes e significativas conclusões relativas a um período
“suplementar” de cerca de cinco anos, imagine-se:
The
aim of this study is to investigate the possible benefits of retirement village
life with respect to life expectancy i.e. whether Villagers
live longer on average than the general population. Our results show that there
is strong statistical evidence that female residents, in particular, receive a
substantial boost to their longevity when compared to the wider population – at
one point in time reaching close to five years. (pg. 5)
…
Our findings show that female Villagers have enjoyed a considerable increase in
life expectancy compared to the general female population of between 1.3 and
4.9 years based on the median duration of future lifetime (with an increase of
between 0.9 and 4.0 years based on the mean). This result is even
more remarkable once the lower financial means of Villagers, relative to the
general population, is taken into account. (pg. 39)
Lembrando uma das reflexões
acima apontadas talvez que aprofundar as caraterizações funcionais e ambientais
porventura responsáveis por esta expressiva extensão vital, seja matéria a
aprofundar, tanto no sentido do idoso corrente, como relativamente aquele
afetado por demência e, portanto, mais fragilizado.
No entanto e na prática
julga-se, por ser de bom senso, que tais resultados terão muito a ver com as
condições de sossego, no sentido mesmo da ausência de ruídos incomodativos,
forte integração na natureza com os respetivos e diversos benefícios
ambientais, físicos e psicológicos e a referida separação ou corte
relativamente à confusão urbana diária; mas no entanto, atenção, pois julga-se
que tudo isto deverá ser bem harmonizado com uma essencial vitalidade
comunitária e de atividades, naturalmente sempre numa base claramente
voluntária, caso contrário lá temos os riscos da solidão e da depressão a
surgirem no horizonte, ainda que este seja um agradável horizonte campestre.
3.2 Qualidade de vida nas aldeias para idosos fragilizados
Continuando numa mesma temática,
ligada ao uso das soluções “aldeãs” como soluções habitacionais específicas
para pessoas idosas e com demências o estudo de Brian Beach ,
significativamente intitulado Village Life Independence, Loneliness, and
Quality of Life in Retirement Villages with Extra Care, integra um conjunto
de considerações, que são, em seguida, parcialmente, apontadas e minimamente
comentadas.[5]
(negrito nosso)
A possibilidade de se
desenvolverem estas “aldeias da aposentação”, dirigidas ou não para pessoas
idosas com demências pode configurar uma tipologia específica e com alguma
adequação, por exemplo, na baixa densidade e na revitalização do interior,
podendo, quem sabe, nestas localizações, assumir-se como uma interessante
tipologia para as intervenções do PHI3C; mas no entanto neste caso com raios de
influência tendencialmente mais locais, caso contrário a maior distância
resultará na ausência de visitas, ou, alternativamente, dedicando-se ao
desenvolvimento de “aldeias temáticas”, tecnologicamente muito bem equipadas e
ligadas à www, podendo neste caso ter um raio de ação quase ilimitado.
Os objetivos e potencialidades
das “aldeias da aposentação” são salientadas por Brian Beach no estudo atrás
referido, selecionando-se, aqui, um breve conjunto de aspetos:
- It can promote
greater independence and provide greater choice in planning for later life
than would otherwise be available.
- The communal
environment has the potential to reduce social isolation, particularly for
residents who move from more rural or remote homes.
- It can also promote
residents’ quality of life, enhancing it compared to what they would
experience either in the general community or in another residential care
setting. (pg. 4)
Bibliografia (referências práticas)
BEACH, Brian - Village Life
Independence, Loneliness, and Quality of Life in Retirement Villages with Extra
Care. International Longevity Centre – UK (ILC-UK), funding from Audley Retirement and Bupa. 2015
BENBOW, William - Advantages of “small house” designs in dementia care. Canadian Nursing Home,
2012.
GREY, Tom; PIERCE, Maria; CAHILL, Suzanne; DYER, Mark - Design Guidelines Dementia Friendly Dwellings for People with Dementia,
their Families and Carers. Centre for Excellence in Universal Design. TrinityHaus and DSIDC’s
Living with Dementia Research Programme, School of Social Work and Social
Policy, Trinity College Dublin. 2015.
MAYHEW, Les; RICKAYZEN, Ben; SMITH, David - Does living in a retirement village extend life expectancy? The case of Whiteley Village. The International Longevity Centre – UK (ILC-UK). Cass Business School, Faculty of Actuarial Science and Insurance, City, University of London. 2017.
Etiquetas/palavras chave: habitação,
habitação intergeracional, habitação para idosos, intergeracionalidade, espaços
residenciais
Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas
com demência – versão de
trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar
Artigo XLII da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”
Infohabitar, Ano XIX, n.º 874
Edição: quarta-feira, 30 de agosto de
2023
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho,
Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo –
Departamento de Edifícios do Laboratório
Nacional de Engenharia Civil - LNEC
abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt
A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação
Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação
atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação
Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e
Urbanismo do LNEC.
Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa,
Encarnação - Olivais Norte.
Notas bibliográficas:
[1]Tom Grey, Maria Pierce,
Suzanne Cahill, Mark Dyer - Design Guidelines
Dementia Friendly Dwellings for People with Dementia, their Families and Carers. Centre for Excellence in
Universal Design. TrinityHaus and DSIDC’s Living with Dementia Research
Programme, School of Social Work and Social Policy, Trinity College Dublin.
2015.
[2] Tom Grey, Maria Pierce, Suzanne Cahill, Mark Dyer - Design
Guidelines Dementia Friendly Dwellings for People with Dementia, their Families
and Carers. Centre for Excellence in Universal Design. Trinity Haus and
DSIDC’s Living with Dementia Research Programme, School of Social Work and
Social Policy, Trinity College Dublin. 2015.
[3] William Benbow - Advantages of “small house” designs in dementia care. Canadian Nursing Home,
2012.
[4] Les Mayhew, Ben Rickayzen, David Smith - Does living in a retirement village exexpectancy? The case of Whiteley Village. The International Longevity Centre – UK (ILC-UK). Cass Business School, Faculty of Actuarial Science and Insurance, City, University of London. 2017.
[5] Brian Beach - Village Life Independence, Loneliness, and Quality of Life in Retirement Villages with Extra Care. International Longevity Centre – UK (ILC-UK), funding from Audley Retirement and Bupa. 2015tend life
Sem comentários :
Enviar um comentário