quarta-feira, agosto 02, 2023

Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar

Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):

https://docs.google.com/document/d/1WzJ3LfAmy4a7FRWMw5jFYJ9tjsuR4ll8/edit?usp=sharing&ouid=105588198309185023560&rtpof=true&sd=true


Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar 

António Baptista Coelho  – com base direta nos textos, ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo.

Artigo XXXVIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado “PHAI3C” 


Infohabitar, Ano XIX, n.º 870

Edição: quarta-feira, 2 de agosto de 2023

 

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo, sobre a habitação intergeracional, continuamos num intervalo editorial, que se prolongará até ao próximo mês de setembro, relativamente à divulgação da série editorial dedicada à temática geral da Segregação sócio-espacial em contexto urbano”, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil, da autoria do Professor Anselmo Belém Machado.

Com o presente artigo continuamos, portanto, a série sobre habitação intergeracional no âmbito da proposta de um Programa de Habitação Adaptável Intergeracional no âmbito de uma Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C), que visa oferecer soluções urbanas e residenciais que promovam a convivência entre diferentes gerações, que sejam adaptáveis a diferentes modos de vida e adequadas para pessoas com fragilidades físicas e mentais, sem estigmatização; e que, simultaneamente, e no referido âmbito intergeracional, ofereça soluções habitacionais para outras necessidades urgentes, como jovens e pessoas solteiras; e tudo isto com uma abordagem de gestão participativa, socialmente estimulante e financeiramente sustentável, que, naturalmente, terá sempre muito a ver com uma promoção cooperativa marcada por claras preocupações sociais e económicas.

Prevemos concluir esta série editorial sobre habitação intergeracional em meados do próximo mês de setembro.

Recorda-se, como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Lisboa, em 2 de agosto de 2023

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar

 

Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar 

António Baptista Coelho  – com base direta nos textos, ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo

 

Resumo

Depois de se apresentarem algumas notas introdutórias ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional avança-se na matéria das respetivas tipologias residenciais, agora, de uma forma mais ligada à prática, iniciando-se, especificamente, o artigo com uma abordagem de soluções mais correntes e naturais de intergeracionalidade residencial, neste caso referidas à prática da coabitação, seguindo-se um avanço nas soluções de “habitação assistida” bem apoiadas numa coerente filosofia de vida/habitacional e concluindo-se este texto com uma perspetiva de futuro relativa à habitação para pessoas idosas.

 

Notas introdutórias ao presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional

O presente conjunto de artigos inclui-se numa série editorial dedicada a uma reflexão temática exploratória, que integra a fase preliminar e “de trabalho”, dedicada à preparação e estruturação de um amplo processo de investigação teórico-prático, intitulado Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C); programa/estudo este que está a ser desenvolvido, pelo autor destes artigos, no Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e que integra o Programa de Investigação e Inovação (P2I) do LNEC, sublinhando-se que as opiniões expressas nestes artigos são, apenas, dos seus autores – o autor dos artigos e promotor do PHAI3C e os numerosos autores neles amplamente citados.

Neste sentido salienta-se o papel visado para o presente conjunto de artigos, no sentido de se proporcionar uma divulgação que possa resultar numa desejável e construtiva discussão alargada sobre as muito urgentes e exigentes matérias da habitação mais adequada para idosos e pessoas fragilizadas, visando-se, não apenas as suas necessidades e gostos específicos, mas também o papel e a valia que têm numa sociedade ativa e integrada.

Nesta perspetiva e tendo-se em conta a fase preliminar e de trabalho da referida investigação, salienta-se que a forma e a extensão dos artigos agora listados reflete uma assumida apresentação comentada, minimamente estruturada, de opiniões e resultados de múltiplas pesquisas, de muitos autores, escolhidos pela sua perspetiva temática focada e por corresponderem a estudos razoavelmente recentes; forma esta que fica patente no significativo número de citações – salientadas em itálico –, algumas delas longas e quase todas incluídas na língua original.

Julga-se que não se poderia atuar de forma diversa quando se pretende, como é o caso, chegar, cuidadosamente, a resultados teórico-práticos funcionais e aplicáveis na prática, e não apenas a uma reflexão pessoal sobre uma matéria tão sensível e complexa como é a habitação intergeracional adaptável desenvolvida por uma cooperativa a custos controlados e em parte dedicada a pessoas fragilizadas.

 

Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar

Índice geral (entre parêntesis, n.º de página do item)

1. Viver em soluções do tipo coabitação ou como ter uma “grande casa” pagando apenas um pequeno apartamento (3)

2. Habitação assistida apoiada numa filosofia habitacional (16)

3.  Futuros da habitação para pessoas idosas (20)

Bibliografia (referências práticas) (23)

Nota específica relativa às citações: tal como foi acima sublinhado nas “Notas introdutórias”, e tendo-se em conta a fase preliminar e de trabalho do presente estudo, ele inclui numerosas citações, todas salientadas em texto a itálico, reentrante e em tipo de letra “Arial Narrow”, algumas delas longas e quase todas apresentadas na respetiva língua original; em termos formais e tendo-se em conta essa grande frequência de citações, optou-se, por regra, pela respetiva indicação da fonte documental, respetivo título e autoria, no corpo de texto e em nota de pé de página ou de final de artigo (conforme a edição), seguindo-se a(s) respetiva(s) citação(ões) com a indicação, posterior, do(s) respetivo(s) número(s) de página(s) entre parêntesis – ex: (pg. 26) –, e, em alguns casos, mas não por regra, repetindo-se a indicação específica ao documento que “está a ser referido” e/ou à sua respetiva autoria. 

Specific note regarding citations: as highlighted above in the “Introductory Notes”, and taking into account the preliminary and working phase of the present study, it includes numerous citations, all highlighted in italicized text, reentrant and in font type. letter “Arial Narrow”, some of them long and almost all presented in their original language; in formal terms and taking into account this high frequency of citations, we opted, as a rule, for the respective indication of the documentary source, respective title and authorship, in the body of the text and in a footnote or at the end of the article (according to the edition), followed by the respective citation(s) with the subsequent indication of the respective page number(s) in parentheses – ex: ( pg. 26) – and, in some cases, but not as a rule, repeating the specific indication of the document that “is being referred to” and/or its respective authorship

 

 

1. Viver em soluções do tipo coabitação ou como ter uma “grande casa” pagando apenas um pequeno apartamento

Continuando na temática ligada ao desenvolvimento de tipologias residenciais amigas das pessoas idosas e de muitos outros habitantes que desejam condições de vida diária agradáveis, atraentes, geracionalmente bem integradas e apoiadas por espaços e serviços comuns salienta-se, agora, o muito importante estudo, que se recomenda, que integra a excelente iniciativa designada por Atelier International du Grand Paris, e que foi  desenvolvido por um amplo conjunto de grupos de pesquisa, coordenado pela STAR strategies + architecture (mandataire) & MONU Magazine, e muito significativamente  intitulado Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’, que integra um conjunto de considerações e reflexões, que são, nas páginas seguintes, eextensamente apontadas e comentadas. [1]

A propósito desta interessante e ampla ideia de viver em soluções do tipo coabitação e, assim, poder ter uma “grande casa” com os custos semelhantes aos de um pequeno apartamento, interessa referir que ela acaba por estar na base da ideia do PHAI3C, isto no sentido em que a total privacidade e a forte apropriação e identificação com o espaço doméstico será inteiramente garantida no âmbito dos apartamentos privados, enquanto um conjunto de espaços e equipamentos de apoio a uma vida diária muito estimulante e positiva, que são dispendiosos em termos de custos iniciais e de manutenção e muito difíceis de obter a título individual, são proporcionados a um nível comum ou condominial.

Acrescentando-se a esta procurada harmonização de espaços e equipamentos privados e comuns, acresce que no âmbito do PHAI3C se visa que o ambiente doméstico privativo seja ricamente microzonado e profunda e positivamente pormenorizado em termos espaciais e especificamente de uma apurada arquitetura de interiores, naturalmente, desenvolvida por profissionais, mas numa estreita ligação com os respetivos habitantes, e com as suas necessidades e os seus desejos e mesmo alguns sonhos domésticos, “desmultiplicando-se” e “ampliando-se”, aparentemente, um espaço que poderá ser estrategicamente condensado em termos de áreas globais, através de uma excelente arquitetura de interiores.

Tais cuidados serão também dirigidos para os respetivos espaços comuns, embora provavelmente numa perspetiva muito racionalizada designadamente em termos da minimização dos cuidados de manutenção aplicáveis.

Salienta-se, assim, que esta ideia de viver, de alguma forma, em coabitação e, assim, poder ter uma “grande casa” com os custos semelhantes aos de um pequeno apartamento é interessante mas só será viável entre nós se o espaço individual for razoavelmente folgado e muito bem pormenorizado e se a relação entre ele e o espaço comum for muito bem autonomizada a todos os níveis físicos e sensoriais (acessibilidade, vistas, cheiros, sons e ruídos). A solução de coabitação tem ainda vantagens potenciais interessantes no que se refere à reconversão funcional aplicada à reabilitação seja de zonas centrais seja de bairros de interesse social social, designadamente, em termos de fusão de apartamentos mais pequenos e subdivisão de habitações maiores.

Devido ao interesse de toda esta matéria ligada à coabitação e à sua aplicabilidade no âmbito do PHAI3C ela foi razoavelmente desenvolvida, neste subitem, aproveitando-se paulatinos comentários a aspetos constantes do estudo que está a ser referido e que muito se recomenda.

Um primeiro aspeto a ter em conta é o potencial de poupança de área bruta habitacional privada que é proporcionado pelo conceito de coabitação, no qual alguns espaços e equipamentos de apoio doméstico podem ser partilhados pelos habitantes de vários apartamentos vizinhos; e não esquecendo que podemos estar, aqui, a poupar na multiplicação de tais espaços por um dado número de fogos próximos; e refere-se, então, citando o documento atrás referido, intitulado” Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’ “:(negrito nosso)

Pour générer un ensemble résidentiel, la méthode actuelle utilise la répétition d’un seul appartement, autant de fois que nécessaire.

L’application des principes de la Co-Résidence – où certains espaces peuvent être partagés par différentes unités privées – entraîne une réduction considérable de la surface totale du bâtiment – sans réduction de la surface de l’appartement. Dans cet exemple simple, nous sommes parvenus à réduire de 35%, espace, temps et budget pour réaliser un même nombre de logements. Ou en conservant les conditions initiales, nous obtenons 35% d’appartements en plus, lesquels sont 35% moins chers. (pg. 15)

Uma outra ideia que importa ter presente, paralelamente, a esta possibilidade de delegar certos espaços e equipamentos tradicionalmente do fogo, para um nível comum, é que há limites a uma tendencial redução do espaço doméstico, no evidente sentido da respetiva redução de custos; e não é por acaso que os conceitos de mínimos habitacionais e de “casas mínimas” foram sempre tão explorados pelos melhores arquitectos.

Poderíamos passar, então, neste sentido, tal como se aponta no estudo em referência, intitulado” Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’ “, de uma perspetiva de “simples” minimização espacial do espaço doméstico privado, para uma outra de tipificação e gestão espacial desse espaço em articulação com o espaço comum, considerando os respetivos usos:  (pg. 18)

Si la propriété devient inaccessible, nous ne devons pas simplement penser à concevoir des logements plus petits ; nous devons repenser le concept de ‘propriété’ lui-même. (pg. 18)

STAR+MONU/BOARD ont développé une série de 6 Co-Résidences. Ce plan est une adaptation des Immeubles-Villas de Le Corbusier, 1922.

Cette Co-Résidence en duplex … génère 40 % d’économie (argent, espace…) par rapport à un appartement standard. Elle accueille une petite communauté de 5 unités, chacune avec des espaces privés (chambres et salles de bains) et une grande cuisine et un salon en double-hauteur partagés (et de meilleure qualité que dans un appartement classique).

Le ‘partage’ autorise l’addition de ‘fonctions luxueuses’ comme un atelier, une buanderie ou une chambre d’ami, et le tout atteint une économie de 40%. Par exemple, la famille 1 bénéficie d’un appartement co-résidentiel de 145 m² (27 m² en propriété individuelle + 118 m² en propriété collective) – soit le double d’un appartement standard de 2 chambres – avec bien plus de services, tout en payant 40% de moins. (pg. 20)

Teremos, assim, uma coabitação ou uma solução coresidencial basicamente caraterizada, não por um sentido negativamente minimalista e mesmo pauperizador do espaço de vida doméstico, mas sim uma abertura para a adição a esse mesmo espaço doméstico de “funções luxuosas”, tal como se aponta e muito bem no estudo que está a ser referido.

Teremos, assim, talvez uma solução do tipo hotel residencial marcado por um conjunto específico de caraterísticas arquitetónicas a definir, previamente, pelos próprios residentes (o que já aqui distingue da “hotelaria” corrente), e por uma fortíssima caraterização doméstica no sentido de se evidenciar, essencialmente, o respetivo agrupamento de fogos, ou conjunto de fogos, e não os associados espaços e equipamentos comuns, por maiores e mais elaborados que eles sejam.

E, afinal, e tal como se aponta no estudo que tem estado a ser referido, todos os multifamiliares contêm já um pouco de coabitação e é fundamental aprender com esse pouco e com os seus melhores casos de referência, quando se pretende ampliar a respetiva dimensão comum; de certa forma passando de uma solução “multifamiliar” para uma outra mais “coletiva”, recuperando-se o esquecido conceito de “habitação coletiva” – uma matéria que bem merece adequado e posterior desenvolvimento: 

Escaliers, ascenseurs, corridors, système de chauffage, toits terrasse… sont déjà de propriété commune dans les immeubles collectifs. Par exemple, les ascenseurs ne sont utilisés que quelques instants par jour et il semble donc plus intelligent de les mutualiser pour économiser espace et coûts.

Nous pouvons apprendre de la gestion de ces espaces, pour partager d’autres pièces de l’appartement. (pg. 34)

Esta ideia de partir do espaço comum residencial corrente para um novo espaço comum melhorado nos seus aspetos estratégicos e mais influenciadores é realmente muito interessante e pode ser associada ao conhecido adágio popular “para melhor está bem, está bem, para pior já basta assim”; e tal como se aponta no estudo que tem estado a ser referido:

Il nous importe peu d’aller vers le ‘collectif’, si c’est pour arriver à quelque chose de mieux. Restaurants, spas, cinémas... sont les équivalents dans le domaine public des salles à manger, salles de bain ou salles TV. Et nous partageons sans problème des ‘extra’ services comme la ‘salle de sport’, avec d’autres usagers pour y avoir accès.

Dans la Co-Résidence les espaces partagés sont toujours de meilleure qualité que dans des appartements standards et les habitants bénéficient de services supplémentaires. Par exemple, une Co-Résidence peut avoir des chambres de logements sociaux, un salon ‘bourgeois’, et un ‘extra’ service haut de gamme. 35

É uma ideia interessante basearmo-nos nos serviços comuns ou de uso público já existentes e intensamente usados, como é o caso de cafés-restaurantes, cinemas e salas para desporto. Usar o sentido do lazer e do passatempo como elementos de base da conceção residencial de uma coabitação (ou solução co-residencial), que poderá e deverá ser naturalmente intergeracional e ativamente participada; mas nunca fazer uma tal coesão e conjugação das unidades residenciais “em torno” de espaços e equipamentos assistenciais, que, existindo, deverão estar embebidos em espaços e equipamentos de lazer e recreio (ex., piscina com alguns elementos hidrodinâmicos e espaços de sauna e jacúzi próximos; gabinete de apoio à saúde e ao bem-estar na proximidade de uma sala com máquinas de exercício físico, etc.).

E mesmo os espaços partilhados devem ser apercebidos, pelos habitantes vizinhos, como uma afirmada extensão dos espaços privados domésticos e como parte integrante do seu próprio espaço habitacional; sendo que para isso a estrutura geral da coresidência deve inspirar-se numa grande estrutura caraterizadamente doméstica, tal como se aponta no estudo coordenado pela STAR strategies + architecture (mandataire) & MONU Magazine, que está a ser referido (pg. 37). Matérias muito interessantes e úteis para uma aproximação à tipificação das soluções do PHAI3C, quer porque se afastam, assim, tratamentos excessivamente formais e “cerimoniosos” dos espaços comuns, quer porque se tende, assim, ao favorecimento de soluções espaciais mais ligadas entre espaços privados e comuns, embora mutuamente muito bem privatizados.

A história do habitar está marcada, praticamente, desde algumas das suas primeiras soluções especificamente premeditadas e construídas, talvez há cerca de 100.000 anos, por soluções comuns onde vários agregados da mesma família alargada viviam, por vezes, em cabanas estreitas e muito alongadas, ao longo das quais as pequenas fogueiras, bem delimitadas, para cozinha, aquecimento e reunião, iam marcando o referido e comprido espaço.

Soluções comuns essas muito mais duráveis do que a vivência que caraterizou por exemplo as soluções do tipo “familistério”, no recente século XIX; onde cerca de 2000 pessoas usavam espaços e serviços coletivos.

E soluções que, na prática, em tempos recentes tendiam a separar os espaços privados dos comuns, seja em edifícios anexos, seja num determinado nível do edificado (tal como o Narkomfin, Moscovo, 1928 e nos fogos do edifício na rua Ericssongattan, Estocolmo, 1935; casos estes apontados no estudo que está a ser referido, pg. 37); soluções que tiveram, talvez, a sua melhor expressão nos muito numerosos exemplos cooperativos escandinavos e alguns também no Reino Unido e nos Países Baixos, realizados a partir da década de 1950, e muitas vezes compostos por pequenas moradias, onde existiam as frequentemente designadas “casas comuns”, onde se passava a respetiva vida em comum, muito associada quer ao convívio natural, quer à prática de diversas atividades, talvez mais estimulantes quando realizadas num grupo alargado (ex., ver TV num aparelho maior do que o existente em casa, consultar mais livros e jornais e mais diversificados do que os em casa disponíveis, partilhar práticas exteriores de horticultura baseadas nesses espaços comuns, etc.).

E é interessante e muito adequado reter que embora tendo passado gerações há muitos desses casos, referidos no último parágrafo, que estão ainda bem ativos - tendo sido criados, muitos, desde a década de 1960 - agora com rotação de vizinhos, sendo muitos deles excelentes exemplos de soluções de vida em comunidade, mas também de soluções arquitectónicas extremamente qualificadas e de referência, e, cumulativamente, soluções residenciais e convivenciais que, ao longo do tempo, acabaram por gerar as novas e atuais soluções de cohousing, talvez afirmadamente mais coletivas e mais habilitadas para pessoas mais idosas, enquanto as velhas “aldeias” coperativas estavam naturalmente muito ligadas a jovens famílias com crianças.

Neste sentido seria interessante realizar um estudo prático-teórico específico da evolução da relação entre os espaços privados e comuns em quadros co-residenciais diversificados (mais hoteleiros ou mais comunitários) – uma matéria que terá de ficar para uma outra oportunidade.

Temos aqui, no entanto, uma matéria tipologicamente interessante, referida, talvez, a uma diferença entre a coabitação e o cohousing, ligada no caso da coabitação a uma partilha de funções “mais reservadas” associadas ao espaço de refeições e de estar e à preparação de refeições, e também muito ligada a uma solução habitacional considerada simples e económica; enquanto no caso do cohousing a partilha estará mais associada a funções “menos reservadas”, como o quarto suplementar para visitantes, a sala polivalente, a lavandaria, etc., aplicadas em muitos casos de cohousing e em soluções do designado “habitat participativo”, tal como se aponta no estudo que está a ser referido (pg. 38), embora haja que sublinhar que existem casos de cohousing muito marcados pela vivência coletiva.

É também importante ter em conta que os habituais processos de habitat participativo são exigentes e temporalmente longos (os autores do estudo em referência apontam cinco a sete anos, pg. 38), e aqui acrescenta-se que os nossos correntes processos cooperativos de habitação económica tendem também para longos períodos de desenvolvimento (frequentemente de cerca de cinco anos).

Julga-se que tanto maior se pretenda que seja o sentido comunitário espacial e vivencial do espaço comum habitacional, tanto mais intencional e preparada deve ser a respetiva comunidade.

Tendo em conta tudo isto importa considerar que o cohousing pode levar a tempos incomportáveis na gestão dessa intencionalidade, sendo estratégico aproveitar o saber-fazer cooperativo ligado às dezenas de anos de trabalho com os cooperantes, das cooperativas da Fenache, para agilizar expressivamente o respetivo processo participativo, desde o pré-projecto à pós-ocupação.

É também muito interessante considerar, neste caso, mais especificamente um cohousing não necessariamente comunitário, portanto, essencialmente associativo, quase como um verdadeiro “luxo acessível” em termos residenciais – tal como é apontado pelos autores do estudo que está a ser referido (pg. 44); e isto porque as pessoas que o integrem poderão ter o melhor dos dois mundos: privado e associativo/comum, sendo que neste último “mundo” poderão ter acesso, associativamente, a um leque amplo de espaços e equipamentos extremamente funcionais, agradáveis, atraentes e de passatempo/lazer, os quais seriam praticamente impossíveis de obter de forma individual; e os exemplos aqui possíveis são apenas limitados por uma imaginação racionalizada – “oferecendo-se as vantagens de ser membro/utente versus proprietário”; e neste sentido, tal como se defende no interessante estudo que está a ser referido, intitulado Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’”: (pg. 44)

Nous ne pouvons prétendre que les usagers du métro sont pauvres, et les automobilistes, riches. Normalement, vous êtes chanceux si vous vivez à proximité d’une station de métro, sans nécessité de prendre la voiture en ville.

Le ‘luxe’ aujourd’hui, c’est d’avoir toujours accès à l’option la meilleure et la plus profitable. Le luxe contemporain ne peut être mesuré comme 50 ans auparavant. Aujourd’hui nous prenons l’avion avec EasyJet pour voir un opéra à La Scala à Milan, nous avons du mobilier ‘phare’ à côté d’une table IKEA, ou conduisons une Porsche pour acheter de la nourriture à Aldi… La ‘convenance’ est attractive pour tous.

La Co-Résidence s’appuie sur cette philosophie. Les appartements ne doivent pas être ‘logement social’ ou ‘bourgeois’, mais peuvent être les deux en même temps. (pg. 44)

E isto está também realmente na base do PHAI3C, embora devidamente controlado no sentido de se procurarem e privilegiarem intervenções com expressiva economia de construção e manutenção, no sentido de serem úteis a mais pessoas idosas e jovens; mas a ideia global é esta de uma associação cooperativa, de portas abertas a todos aqueles que querem viver melhor e não uma associação com caráter assistencialista e limitada a quem vive mal.

Neste sentido de um caráter tendencialmente atraente, estimulante e mesmo “prazenteiro” e/ou mesmo lúdico que deve ser oferecido no âmbito das visadas soluções residenciais intergeracionais e participadas do PHAI3C, iremos, em seguida, procurar com os autores do estudo que está a ser referido, alguns aspetos pontuais de inspiração em outras formas de coabitação.

Considerando a caraterização da hotelaria em termos de uma verdadeira coabitação intergeracional e diversificadamente apoiada, tendo em conta a atual diversificação da experiência hoteleira, designadamente, em termos de soluções mais práticas e económicas, mas marcadas pelo conforto e de soluções ditas “boutique”, históricas ou especificamente caraterizadas, e lembrando que a hotelaria tem cerca de três milénios de prática conhecida, não haverá dúvida de que as intervenções do PHAI3C terão de obter inspiração em muitas das suas práticas e dos seus ambientes.

O PHAI3C também poderá ter níveis de aplicação diversos, designadamente, em termos de HCC “pura” e com mais algumas “percentagens” suplementares a considerar, seja em termos de áreas privadas e comuns, seja em termos de serviços comuns propostos.

Uma questão que dá muito que pensar, e que é bem conhecida por quem já pernoitou em muitos hotéis, com diversas caraterizações em termos de espaços privados dos quartos e dos espaços comuns, é a razão por termos usado tão poucas vezes e durante tão pouco tempo os respetivos espaços comuns; sendo que seria bem interessante e oportuno, no paralelismo a fazer com o PHAI3C , identificar razões que marcaram os casos, julgamos bastante pouco frequentes, em que ainda assim usámos os referidos espaços comuns mais correntes: localização? configuração? ambientes criados? iluminação? funções e microfunções?

Evidentemente que nos estivemos a referir aos espaços comuns hoteleiros que designámos como “mais correntes”, pois todos aproveitamos, sempre que haja tempo, aqueles espaços e equipamentos hoteleiros especiais e a que dificilmente temos acesso no nosso dia-a-dia, como as piscinas, a sala de ginástica, a biblioteca, os jardins, um agradável espaço de reunião, um bar especial, etc.

Sobre esta matéria também interessará indagar as razões que tornam certos destes equipamentos especiais muito mais apetecíveis do que outros funcionalmente idênticos; uma pesquisa que terá muito interesse no sentido de um apuramento estratégicos dos espaços e equipamentos especiais a integrar, numa sequência de importância nas intervenções do PHAI3C; e importa ter em conta que só em bons estabelecimentos hoteleiros poderemos ter um exemplo aproximado e mesmo vivido da realidade, da caraterização global e pormenorizada e da importância de tais condições como verdadeiros “suplementos” de residencialidade. 

Um outro aspeto a reter aqui e salientado no estudo que está aqui a ser amplamanete referido, intitulado Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’ , é a importância que terá uma tal pesquisa, retroativamente, como participante na reflexão sobre a diversidade e qualidade dos espaços especificamente hoteleiros; talvez numa perspetiva, um pouco também “simétrica” e ligada à importância da caraterização “doméstica” ou expressivamente humanizada e à escala humana dos ambientes hoteleiros; agora num sentido, essencialmente, inverso, e que vai dos espaços comuns até aos espaços privados, marcando, sempre, as relações e as transições entre tais espaços, tal como é interessantemente registado no estudo que está a ser referido:

Les hôtels offrent de nombreux équipements partagés par les hôtes tels que piscine, centre de fitness, espaces de travail, garde d’enfants, espaces de conférences et services associés.

Les lobbies sont les premiers espaces de représentation et d’accueil des hôtes, mais ils sont également des espaces de rencontre, pour se réunir et socialiser

 

Les salles de bain et entrées des chambres d’hôtel, pourtant elles-mêmes privées, créent d’intéressantes zones tampon et filtres privatisants, entre les couloirs collectifs et les espaces de nuit des chambres. (pg. 120)

É também interessante refletir sobre aspetos global e potencialmente aplicáveis aos espaços hoteleiros bem caraterizados e aos espaços residenciais apoiados por agradáveis espaços comuns e neste caso salienta-se a questão da receção, do encontro e do convívio, numa primeira linha, e suplementarmente de poderem ser espaços que privilegiam interesses comuns, tal como também se sublinha no estudo que está a ser referido:

Certains hôtels, tels que l’Hôtel Algonquin à New York, sont des espaces publics de rencontres pour les groupes qui partagent un intérêt particulier comme peut l’être, par exemple, la littérature, en créant un groupe littéraire. (pg. 120)

Considerando-se, por um lado os referidos aspetos de contenção de custos e, por outro, a adequação a habitantes mais jovens, será, também, importante ter em conta no âmbito da conceção das soluções do PHAI3C alguns dos aspetos que caraterizam o desenvolvimento de residências para jovens, talvez, muito especialmente, nas matérias associadas aos respetivos espaços comuns, embora seja sempre de ter em conta o trabalho ligado ao projeto de “células” individuais marcadas por excelentes microespaços.

Numa perspetiva idêntica e talvez mais útil para o PHAI3C serão de considerar as soluções residenciais associadas, frequentemente, a instituições com variadas naturezas, muito direcionadas para estadias relativamente longas de pessoas ligadas a essas instituições, que aí encontram, frequentemente, um ambiente caraterizadamente sossegado e apoiado por uma boa sala comum com serviço de apoio a pequenas refeições, sendo os respetivos quartos desenvolvidos numa perspetiva de máxima racionalidade, mas incluindo pequenos espaços de trabalho/estudo e leitura e sendo marcados por um ambiente acolhedor, tal como se aponta no estudo que está a ser referido:

Les chambres des auberges de jeunesse n’offrent qu’un simple endroit pour dormir, mais tous les autres services, tels que cuisines, salles de bain, espaces de repos et cafés internet, espaces de vie communs et autres services sont partagés.

Dans les auberges de jeunesse, à l’exception des chambres individuelles, la plupart des chambres sont partagées avec d’autres visiteurs, augmentant l’interaction sociale.

Les auberges sont davantage équipées d’espaces partagés et espaces de rencontre que les hôtels. C’est pourquoi elles sont parfois privilégiées chez ceux qui préfèrent créer des relations amicales et rencontrer de nouvelles personnes

Parce qu’un grand nombre de services et de chambres sont partagés, avec un nombre de chambre par personne minimisé, les auberges peuvent s’orienter vers des petits budgets et afficher des prix plus bas. (pg. 121)

Ainda numa perspetiva de possível utilidade como fonte de alguns aspetos inspiradores da caraterização ambiental e um pouco funcional do conjunto dos espaços de soluções residenciais intergeracionais participadas e continuando a referir a obra que tem estado a ser citada, podemos lembrar as soluções vivenciais e “residenciais” que marcam as relativamente longas estadias a bordo de grandes navios de cruzeiro, tal como se indica no estudo que está a ser referido. (pg. 123)

Evidentemente que se trata de situações e de “viagens” bem diferentes, mas ambas caraterizadas por uma partilha de vivências, pela frequente interação entre usos dos espaços privados e comuns, por um equilíbrio entre tais vivências privadas e comuns, por um sentido de novidade e de espectativa que marca um dado período temporal e, também, por uma caraterização vivencial que quer ser muito mais do que uma simples adição de funções e por projetos de viagem e de vida que devem ser pontuados por boas condições de lazer e mesmo por aspetos lúdicos.

Um outro aspeto que podemos ir buscar a estas viagens em cruzeiros, embora se confesse aqui uma ignorância relativamente à sua experiência real, refere-se a uma máxima concentração, ergonomicamente muito bem desenhada, de todos os aspetos associados a funções e microfunções de apoio vivencial (ex., arrumações diversas, equipamentos e mobiliário de apoio, elementos de controlo ambiental, etc.) de modo a que resulte um máximo de desafogo espacial, e ainda assim também ergonomicamente bem rentabilizado, em todas as principais funções existentes nos espaços de uso privado (ex., dormir/descansar, estar sentado a ler, trabalhar em “recanto” bem  apropriado para tal, arrumar roupas, fazer/desfazer a mala, usar minibar e/ou zona de aquecimento de refeições, higiene e cuidados pessoais na casa de banho, banho de imersão e duche, etc.); uma tal estratégia que podemos designar de poupar ao máximo numa superfuncionalidade dos espaços e equipamentos de apoio para aproveitar, ao máximo, embora também de forma super-ergonómica, os espaços diretamente usados, também marca os espaços comuns dos cruzeiros, embora, agora, com um sentido distinto e formalmente mais espaçoso e mesmo desafogado, onde pontuam aspetos de representatividade e ainda assim “sobra espaço”.

Esta tipologia de hierarquia de espaciosidades e funcionalidades poderá, sem dúvida, marcar as soluções residenciais intergeracionais, proporcionando-lhes espaciosidades contidas mas estratégicas; e a ela voltaremos, provavelmente, quando lembrarmos a “microespaciosidade”, tão amiga dos espaços das autocaravanas e outras soluções espacialmente idênticas, e que pode e deve ser razoavelmente favorecida nos espaços privados do PHAI3C.

No que se refere a uma possível inspiração das intervenções do PHAI3C em soluções específicas de “casas de repouso” ou “residências para idosos”, a vontade imediata é de negar quaisquer influências, designadamente, por sermos totalmente críticos da existência de qualquer indício “institucional” numa solução basicamente residencial, muito marcada pelo potenciar do lazer, da prática de variadas atividades e do desenvolvimento do convívio natural; no entanto e como em tudo há exceções, que se ligam, sempre a excelentes intervenções arquitetónicas, por grandes Arquitectos, como é, por exemplo, o caso de Peter Zumthor e, frequentemente, a determinadas caraterizações pormenorizadas que acabam por se tornar elementos fortes do caráter global da respetiva intervenção, tal como se aponta no estudo que está a ser referido:

Dans la résidence pour personnes âgées dessinée par Peter Zumthor et achevée en 1993 à Coire, en Suisse, le hall est un long séjour finement aménagé par les meubles personnels des habitants tout en gardant un sens communautaire dans l’espace. (pg. 126)

Em termos de solução tipológica temos de considerar que a concentração de pessoas potencialmente carenciadas em termos de apoio nos respetivos cuidados domésticos e também, gradualmente, e à medida que envelhecem, em termos dos respetivos cuidados pessoais, é uma situação que tende a tornar tais cuidados mais económicos; e uma tal concentração não tem de obrigar a uma solução com caráter hospitalar e institucional, até porque muitos dos avanços tecnológicos em termos de TIC propiciam a instalação de equipamentos de acompanhamento das condições de conforto, saúde e segurança, muito bem integrados e mesmo estrategicamente camuflados.

Uma outra solução convivencial e de alguma oportunidade, no limite alguma “ajuda mútua” e corrente e prática partilha funcional de equipamentos dispendiosos é o designado coworking , que também é duplamente inspirador das soluções residenciais, intergeracionais, participadas e funcionalmente mistas do PHAI3C, seja pela sua natureza básica, que é idêntica, pois ambos se desenvolvem por razões muito mais comunitárias do que económicas, seja pela condição de se deverem associar em termos espaciais e funcionais, pois fará todo o sentido que a intergeracionalidade residencial, que poderá ter até um cunho, mais coletivo, de cohousing, integre, também, espaços de coworking, numa perspetiva de trabalho que deve abranger tanto atividades profissionais como atividades de recreio e passatempo, como “segundas atividades”, que, na reforma, são, por vezes, promovidas a “primeiras atividades”; e tantas são as atividades que ganham em aspetos funcionais e de redução de gastos individuais, quando são realizadas em grupos minimamente organizados; e tal como se aponta abaixo os pequenos espaços de coworking são também preciosos “espaços de partilha de informação e de conhecimentos criadores de sinergias colaborativas …”, e , neste sentido, são, também, muito bem-vindos às soluções residenciais intergeracionais participadas.

E não tenhamos qualquer dúvida que a existência de uma frequente e “diária” “desculpa” de atividade em coworking irá constitui-se em um dos principais motivos que irão despoletar o convívio e a discussão correntes entre os respetivos agentes e, indiretamente, na respetiva comunidade residencial, tal como se aponta no estudo que está a ser referido:

Le coworking est différent des “business accelerators”, “incubators” et “executive suites” et basé sur des aspects sociaux, collaboratifs, et informels avec des objectifs davantage communautaire que de profit.

Les espaces de coworking sont simplement des espace de rencontre, pour se réunir et socialiser afin d’éviter l’isolement des structures indépendantes et bureaux à domicile.

Ils se préoccupent du sentiment d’isolement et de la perte d’interaction humaine…

Les espaces de coworking sont aussi des espaces pour partager des informations et connaissances et créent un effet de synergie par la collaboration avec des personnes de talent et partageant les mêmes intérêt, le tout dans un même espace …

Les utilisateurs d’espaces de coworking sont de plus en plus intéressés par le partage d’équipements pour des raisons économiques

Des compagnies américaines ont rapporté une réduction de surface par personne dans les espaces de coworking de 50%, soit environ 18 m² réduit à 9m² … (pg. 130)

Sendo um dos objetivos naturais do presente estudo a aproximação a condições residenciais capazes de motivarem, com naturalidade, um ambiente que dinamize os contatos sociais, parece importante avançar na identificação das condições mais ligadas a uma co-residencialidade, condições estas têm muito a ver com a forma natural que pode marcar, ou não, a passagem e a eventual estadia dos residentes pelos seus espaços comuns mais direcionados para a estadia e para o convívio; o que quase nunca acontece quando tais espaços estão destacados dos acessos aos espaços privados e, portanto, apenas serão acedidos, por quem lá pretende ir, objetivamente, o que na prática corresponde a termos espaços teoricamente conviviais, mas praticamente sem utilidade.

Tais condições de vivência coletiva serão muito aprofundadas nos casos de coabitação, habitualmente integrados por “2 a 5 unidades privativas (“famílias”) que partilham compartimentos primários; cozinha/sala de refeições e zona de estar, e, por vezes, um grupo maior (6 a 10) partilhando serviços “extra”: spa, sala de jogos, lavandaria, etc.”, tal como se indica no estudo que está a ser referido (pg. 136)

Daqui se retira, que, tendencialmente, consoante a dimensão do programa crescerão os respetivos espaços comuns (estratégia); mas no entanto um tal sentido de crescimento vai debater-se com problemas provavelmente crescentes em termos de vivência mútua e de gestão corrente.

Um outro aspeto que importa ter em conta em termos de estruturação tipológica dos espaços comuns de intervenções de “habitação coletiva”, título com o qual podemos realmente começar a designar todo um leque de soluções residenciais intergeracionais equipadas, é a necessidade de se “concentrar” e mesmo integrar espaços comuns de circulação, de algum convívio e de separação entre espaços distintos, habilitando-se as respetivas condições de separação/isolamento entre espaços contíguos, pela sua contiguidade com espaços domésticos do tipo “tampão”, como arrumações, espaços de máquinas, armários construídos, casas de banho, zonas de circulação; uma concentração ou racionalização espacial que é bem clarificada no estudo que está a ser referido:

Les vestibules qui connectent chaque appartement aux circulations verticales représentent environ 8% de la surface totale d’un étage. Dans un bâtiment de 4-8 appartements par étage ceci représente environ 40 m² par étage.

Dans une Co-Résidence, les espaces collectifs sont situés dans la continuité des unités privées ; dans la plupart de nos typologies, ils peuvent aussi fonctionner comme espaces de distribution, générant une économie de surfaces considérable, et une économie supplémentaire d’espaces et coûts pour les promoteurs et usagers. (pg. 137)

Esta perspetiva de concentração e dupla ou tripla utilidade espacial pode ser tornada menos “rígida” e mesmo mais estimulante e lúdica com o seu cruzamento com aspetos de surpresa e de grande integração espacial, que ficam patentes, por exemplo, no uso das bem conhecidas “portas secretas” - apontado no estudo que está a ser referido e em seguida citado  - que ligam espaços, de modo direto e informal, transformando a exiguidade em riqueza espacial; e quando associamos este tipo de soluções a condições de espacialidade razoáveis, portanto sensivelmente acima dos respetivos mínimos, então podemos obter excelentes e diversificados resultados em termos da capacidade de relacionamento, vivência e caráter destes espaços:

La ‘Porte Secrète’ s’inspire des portes qui existaient entre deux pièces dans les appartements haussmanniens. Chacune a un accès indépendant depuis le couloir mais sont aussi interconnectées depuis l’intérieur. Ce mécanisme est également utilisé dans les hôtels, généralement les suites, pour connecter les chambres sans passer par le couloir commun.

Appliqué à notre projet de Co-Résidence, la Porte Secrète sera intégrée dans les murs entre deux pièces, les unités pouvant ainsi être agrandies ou réduites pour s’adapter aux besoins des habitants à un moment donné : premièrement un studio, un studio + une chambre s’ils ont un enfant, ou s’ils divorcent, ou si un parent doit emménager avec, etc… (pg. 138)

No estudo que está a ser referido avança-se, depois, para a apresentação de coabitações diversas, marcadas por misturas distintas de pequenos conjuntos de pequenos fogos, eles próprios potencialmente mutantes e muito diversificados (desde estúdios a pequenas habitações), e associados de forma diversificada “em torno” de um agregado de espaços de estar e outros espaços e equipamentos de uso comum.

Finalmente, um aspeto contemplado no estudo em referência e que se considera de grande importância [2] é o cuidado de se prever, na medida do possível, a reversibilidade das soluções que se considerem mais inovadoras ou pouco habituais, no sentido de poderem, eventualmente, converter-se em soluções habitacionais relativamente correntes.

2. Habitação assistida apoiada numa filosofia habitacional

Relativamente à temática global de uma aproximação prático-teórica à tipificação da habitação para as pessoas mais fragilizadas o professor arquitecto Edward Steinfeld  faz-nos uma revisão crítica e uma apresentação, que consideramos magistral, de uma das incontornáveis edições de Victor Regnier, neste caso o muito importante livro  intitulado Design for Assisted Living: Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail [3] , num artigo que vale por si próprio e que desenvolve um conjunto de considerações que são, em seguida, parcialmente, apontadas e minimamente comentadas, designadamente, nos aspetos mais ligados à promoção de conjuntos residenciais amigos dos idosos com caraterísticas intergeracionais participadas e apoiados por espaços e serviços comuns.[4]; e sublinha, assim, Steinfeld, referindo-se a Victor Regnier e à sua obra: (negrito nosso)

To the author, a house is not necessarily a home. His standards are higher. This utopian spirit challenges the field to reach further than formula-driven design.

He exhorts the practitioners of assisted living to create an environment that has certain qualities, not merely a limited set of physical and service characteristics. (pg. 593)

Um dos grandes objetivos de síntese que Edward Steinfeld sublinha serem apontados no livro de Regnier é que a prática da habitação assistida seja ligada a ambientes residenciais bem embebidos de um apurado conjunto de qualidades arquitetónicas residenciais – dizemos, nós, mais exigentes do que na habitação corrente, embora, provavelmente afins – e não apenas caraterizados por uma dada listagem quantitativa de aspetos físicos e funcionais; uma condição que, evidentemente, comentamos nós, apenas decorrerá de um excelente projeto de arquitetura, com um desenho qualificado e muito sensível aos seus habitantes e outros utentes. (pg. 593)

Tal como refere Edward Steinfeld, no estudo acima apontado, Regnier aponta um conjunto de nove critérios que devem ser bem integrados nesse qualificado e sensível projeto de um espaço residencial assistido e dirigido para as pessoas física e mentalmente fragilizadas; o que também é uma excelente forma de integrar os mais idosos num grupo humano naturalmente mais amplo: (pg. 593)

Assisted living, Regnier writes, can be defined by projects that meet these criteria …:

  • Appear residential in character
  • Are perceived as small in size
  • Provide residential privacy and completeness
  • Recognize the uniqueness of each resident
  • Foster independence, interdependence, and individuality
  • Focus on health maintenance, physical movement and mental stimulation
  • Support family involvement
  • Maintain connections with the surrounding community
  • Serve the frail

No estudo que está a ser apontado Edward Steinfeld sublinha que Regnier desenvolve uma crítica negativa ao modelo de cuidados “hospitalizado e institucionalizado”, enquanto salienta o interesse que tem “a descentralização dos cuidados pessoais proporcionados por cuidadores ao domicílio, uma condição que associada aos atuais avanços tecnológicos habilitam os idosos para um excelente envelhecimento na sua própria casa durante um período temporal mais longo”. (pg. 593)

E Regnier, referido por Edward Steinfeld , continua apontando que ao chegar a altura em que os autocuidados apoiados por cuidadores no domicílio já não sejam suficientes, então a oferta de uma solução do tipo “habitação assistida” é preferível à até agora habitual “casa de saúde” para idosos; provavelmente, dizemos nós, por se tratar de uma tipologia muito mais afirmadamente residencial e estimulante da participação dos seus habitantes e da sua própria apropriação. (pg. 593)

E Steinfeld ainda sublinha que Regnier considera a “habitação assistida” mais como uma filosofia residencial, bastante flexível em termos de formas e funções (dizemos nós), do que como uma tipologia edificada: (pg. 594)

He argues that the definition of assisted living should not be focused on a building type, but rather on the philosophy that underlies the program, the way that philosophy is carried out in the design of the building and services, and the experience of the residents, taken as a whole.

 Whether this happens in a context that emphasizes more independent apartment living or a licensed long-term care facility or something in between is immaterial.

Sequencialmente, Steinfeld aponta que a chave para esta ideia é a ênfase que deve ser dada ao sentido de “habitar”, no binómio integrado no termo “habitação assistida”: (pg. 594)

Assisted living provides assistance for living. It helps residents continue their lifelong development as individuals as part of a social network rather than treating them as if they have no future as people and no connection to the community.

E Steinfeld sublinha o aspeto, que julgamos ser extremamente significativo para a nossa ideia do PHAI3C, de que “o desenvolvimento dos cuidados diários aplicáveis aos adultos e dos programas de bem-estar e aúde dirigidos para a longevidade habilitarão as pessoas a permaneceram residencialmente independentes muito mais tempo, com a esposa ou outro elemento da família ajudando a adiar a mudança para uma solução de «habitação assistida»”.

Um aspeto, sublinhamos nós, que se deve aplicar, por inteiro, às soluções residenciais do PHAI3C, onde nos respetivos espaços bem privados, os habitantes serão livres de envelhecer positiva e calmamente nos seus mundos domésticos familiares, embora apoiados por condições funcional e ergonomicamente facilitadoras da vida diária e dos cuidados de assistência pessoal e pelos referidos avanços tecnológicos.

E Regnier, referido por Steinfeld, no estudo que está a ser apontado, acrescenta que uma tal dinâmica levará a que o normal utente/residente de soluções de habitação assistida tenderá a ser, cada vez mais, menos saudável e mais dependente; o que na prática acaba por ditar um sentido funcional para-hospitalar destas soluções embora com toda uma forte caraterização residencial em termos visuais e ambientais.

E finalmente Regnier, referido por Steinfeld, no estudo que está a ser apontado, refere interessantes e inovadores aspetos de futuro, tanto num focar dos aspetos comunitários e de vizinhança da habitação assistida, como na dinamização de um “estilo de vida ativo” terapeuticamente apoiado; ao contrário da letargia que tradicionalmente marcava as “casas ditas de repouso” (nota nossa); e assim Regnier defende, em termos de futuro e de habitação assistida: (pg. 594)

First, he proposes that assisted living should take on an increasing community- based orientation and become a focus of neighborhood services and family support. Assisted living facilities could capitalize on the expertise they have developed in providing individualized services in-house to bring them to the community at large. In particular, they can provide assistance to families in planning and making decisions for the later years of life.

Second, he proposes that an active lifestyle should be encouraged through an emphasis on movement therapies and wellness. In the United States, he observes, contemporary facilities emphasize a passive lifestyle through an environment designed for relaxation … (pg. 594)

Ainda numa mesma linha de crítica comentada ao conteúdo do referido livro de Victor Regnier, realizada por diversos autores, e aproveitando-se para identificar mais dois aspetos práticos considerados importantes para a conceção de soluções habitacionais amigas dos idosos, refere-se que Denise Buchanan - Lecturer in Urban Ecology, USC School of Architecture, Los Angeles, CA – salienta a questão concetual de as residências para idosos serem frequentemente projetadas visando mais os responsáveis pelos idosos do que estes mesmos; e, num sentido, mais pontual e objetivo, mas igualmente importante, o sublinhar do interesse que tem, para os residentes, a integração de jardins terapêuticos – cuja importância está sobejamente provada em termos do seu papel muito positivo como partes da conceção de edifícios dedicados aos cuidados de bem-estar e de saúde dirigidos para pessoas com problemas mentais e, numa distinta mas igualmente significativa perspetiva, integrando, sabiamente, o programa arquitetónico de grandes edifícios de escritórios.

Esta questão de quais serão os principais aspetos, ou os aspetos mais estruturantes da organização/estruturação espacial e da caraterização ambiental e funcional de estruturas residenciais muito dirigidas para idosos e fragilizados, habitualmente aplicados, levar-nos-ia longe, pois se na habitação corrente muitas vezes os potenciais habitantes são pouco considerados em termos da respetiva satisfação e dos respetivos desejos residenciais, sendo estes aspetos frequentemente substituídos por “simples” aspetos funcionais e por vezes quase “maquinais”, talvez demasiado ligados a um quadro de conceção pouco informado e sensível, então o que dizer de quadros residenciais muito dirigidos para pessoas sensíveis e fragilizadas?

Em todas estas matérias não faria qualquer sentido deixar de salientar aqui a que se julga ser a última obra de Victor Regnier sobre estas temáticas, como sempre, desenvolvidas numa excelente ligação teórico-prática e  com o recurso a uma adequada ilustração e análise de casos de referência, intitulada Housing Design for an Increasingly Older Population: Redefining Assisted Living for the Mentally and Physically Frail. [5]

Em termos de um pequeno comentário a esta temática que se refere, de certa forma, a um basear filosófico amplo das tipologias residenciais especificamente assistidas, devido a fragilidades insuperáveis de forma autónoma pelos respetivos moradores, parece ser claramente necessário e muito adequado, pois trata-se, sempre, de uma matéria sensível, complexa e mutante para todos os que estão nela envolvidos: pessoas fragilizadas, suas famílias, cuidadores e outras pessoas ligadas ao respetivo apoio; trata-se, portanto, quer de um tema que tem de ter uma excelente, ampla e sempre atualizada base de conhecimentos científicos e técnicos diversificados (ex., várias especialidades médicas e de enfermagem, especialidades ligadas às áreas sociais, etc,), quer de uma matéria feita de muitas matérias boa parte delas ligadas a aspetos sentimentais, éticos e de essencial humanização dos cuidados prestados, quer de uma problemática que conjuga os interesses e as vontades de muitas pessoas, quer, em primeiro lugar, de uma temática onde o bem-estar e a qualidade de vida residencial, diária e prospetiva da pessoa fragilizada deve ser sempre o principal objetivo.

3. Futuros da habitação para pessoas idosas

Relativamente à temática do desenvolvimento de soluções habitacionais específicas para pessoas idosas, numa perspetiva de apontamento de futuras direções tipológicas, vamos agora abordar, muito pontualmente, a estrutura de apresentação de um curso breve de Victor Regnier e David Hoglund, intitulado Planning and Design Issues in Retirement Housing: Current and Future Directions, designadamente, nos aspetos mais ligados à promoção de conjuntos residenciais amigos dos idosos, com caraterísticas intergeracionais participadas e apoiados por espaços e serviços comuns. [6] (negrito nosso)

Uma questão bem importante é a da diversidade de opções que deveriam ser proporcionadas às pessoas mais idosas relativamente aos seus espaços habitacionais; opções que existem desde talvez mais de 40/50 anos na América do Norte e no Norte da Europa, mas que no Sul do continente europeu e designadamente em Portugal ainda primam por uma quase ausência e incluindo até algumas situações, um pouco caricatas, de oferta de soluções muito onerosas e ditas de nível residencial elevado, mas caraterizadas por ambientes domésticos muito “pobres”, em termos de arquitectura de interiores; tal como Victor Regnier e David Hoglund apontam na referida apresentação do curso: 

New generations of aging adults will have many more options and choices than their parents. It is imperative that designers and developers of senior housing understand and appreciate the nuances of their target market and respond with sensitive and appropriate program and design solutions.

O que Victor Regnier e David Hoglund terão apontado na ação de formação que aqui é referida liga-se a essas matérias da essencial diversidade de ofertas residenciais e urbanas para idosos e fragilizados, que variam em termos de casos de referência existentes e já bem experimentados, entre: (i) soluções de pequena escala, em que o que podemos considerar como uma grande moradia oferece residencialidade e apoios pessoais potencialmente muito elaborados a um conjunto restrito de moradores, numa perspetiva de expressivo ambiente doméstico e de apoio múltiplo por uma equipa em que cada elemento tem várias valências – solução esta muito ligada ao modelo patenteado “Greenhouse”; e (ii) um leque de soluções semelhantes ao processo/”movimento” Apartments for Life (A4L), que já aqui foi abordado, e que se carateriza pela aplicação de uma estratégia de design universal, seguindo-se uma separação entre a disponibilização do espaço residencial e eventuais serviços de apoio doméstico e a separada disponibilização de “cuidados pessoais domiciliares”, que irão apoiando um “envelhecimento em casa”, sem limite de duração, que não seja o natural.

O que aqui se sublinha é o resultado conjugado dos referidos “cuidados pessoais domiciliares” no quadro do desenvolvimento de uma “comunidade intencional”, fisicamente afirmada e socialmente opcional, mas sempre disponível.

Também se sublinha a referência apontada por Victor Regnier e David Hoglund ao que se julga ser “a importância crescente que está a ser dada a uma cultura ligada aos cuidados pessoais e a formas de se mitigarem as suas recorrentes limitações regulamentares;” matéria esta que se julga bem importante no sentido do apoio ao referido “envelhecimento em casa”.

Outras perspetivas bem interessantes e referidas a esta apresentação de Victor Regnier e David Hoglund referem-se a uma abordagem ampla e natural ao conjunto de aspetos que podem facilitar a transição para uma fase de aposentação e de vida mais retirada, aspetos estes onde, evidentemente, a habitação ocupa um lugar fundamental e crescente, à medida que envelhecemos, sendo aqui bem oportuno considerar as recentes ligadas à criação de “aldeias intencionalmente comunitárias” e ao movimento NORC (NORC, Naturally Occurring Retirement Community [7]).

Finalmente e passando do mais geral para o mais pormenorizado, Victor Regnier e David Hoglund, na referida apresentação do curso Planning and Design Issues in Retirement Housing: Current and Future Directions, salientam a importância que tem uma adequada pormenorização interior e exterior, e neste caso uma expressiva componente natural, no bem-estar dos residentes e designadamente quando afetados por demências, tal como se cita em seguida:

the intentional community "Village" and NORC movement. Presentations by landscape architects and interior designers will reinforce the evidence of how natural environments and furniture choices can affect resident well-being especially for people with dementia.

This case study is part of a series of international policies that focus on easing the transition to retirement and later life. The case studies and the accompanying report were produced for the Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch).

  

Bibliografia (referências práticas)

Notas bibliográficas no final do documento

REGNIER, Victor - Design for Assisted Living: Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail. Wiley, 2002.

REGNIER, Victor - Housing Design for an Increasingly Older Population: Redefining Assisted Living for the Mentally and Physically Frail. Wiley, 2018.

REGNIER, Victor; HOGLUND, David – Planning and Design Issues in Retirement Housing: Current and Future Directions [apresentação]. USCalifornia. USC Architecture. XED – Executive Education & Professional Development. [curso breve, 14h, S.D.]

STAR strategies + architecture (mandataire) & MONU Magazine on Urbanism / BOARD com Elioth-Egis Group e Lyn Capital - Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’. Atelier International du Grand Paris. Paris. Abril, 2013.

STEINFELD, Edward – Assisted Living: A Search for Philosophy of Practice. The Gerontologist, Volume 43, Issue 4, August 2003, Pages 592- 595   https://doi.org/10.1093/geront/43.4.592

 

Nota editorial da Infohabitar:

Embora a edição dos artigos na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.


Etiquetas/palavras chave: habitação, habitação intergeracional, habitação para idosos, intergeracionalidade, espaços residenciais, PHAI3C, Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados

Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de soluções – versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar 

António Baptista Coelho  – com base direta nos textos, ideias e opiniões dos autores referidos ao longo do artigo

Artigo XXXVIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado “PHAI3C” 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 870

Edição: quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Infohabitar

Editor: António Baptista Coelho, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo – Departamento de Edifícios do  Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC

abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt

A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.



Notas bibliográficas:

[1] STAR strategies + architecture (mandataire) & MONU Magazine on Urbanism / BOARD com Elioth-Egis Group e Lyn Capital - Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’. Atelier International du Grand Paris. Paris. Abril, 2013.

[2] STAR strategies + architecture (mandataire) & MONU Magazine on Urbanism / BOARD com Elioth-Egis Group e Lyn Capital - Co-Résidence™ ‘Habiter en Grand’ ou Comment Payer pour une ‘2CV’ et Remporter une ‘Co-Rolls Royce’. Atelier International du Grand Paris. Paris. Abril, 2013.

[3] Victor Regnier - Design for Assisted Living: Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail. Wiley, 2002.

[4] Edward Steinfeld – Assisted Living: A Search for Philosophy of Practice. The Gerontologist, Volume 43, Issue 4, August 2003, Pages 592- 595   https://doi.org/10.1093/geront/43.4.592

Professor of Architecture, School of Architecture and Planning, University at Buffalo, State University of New York.

[5] Victor Regnier - Housing Design for an Increasingly Older Population: Redefining Assisted Living for the Mentally and Physically Frail. Wiley, 2018.

[6] Victor Regnier,  David Hoglund – Planning and Design Issues in Retirement Housing: Current and Future Directions [apresentação]. USCalifornia. USC Architecture. XED – Executive Education & Professional Development. [curso breve, 14h, S.D.]

[7] NORC, naturally occurring retirement community: conjunto residencial onde a maioria dos residentes têm mais de 60 anos, embora o conjunto ou comunidade não tenha sido construído visando-se as necessidades específicas deste grupo etário.

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