quarta-feira, junho 22, 2022

Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 820

Ligação direta (clicar no link seguinte) para: listagem interativa de 800 Artigos, edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 - 38 temas e mais de 100 autores:

https://docs.google.com/document/d/1WzJ3LfAmy4a7FRWMw5jFYJ9tjsuR4ll8/edit?usp=sharing&ouid=105588198309185023560&rtpof=true&sd=true


Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 820

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 820

Edição: quarta-feira, 22 de junho de 2022


Artigo XI da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”



Caros leitores da Infohabitar,


Com o presente artigo continuamos a série editorial da Infohabitar dedicada a uma abordagem global e bibliográfica dos amplos, sensíveis e urgentes aspetos associados às necessidades, aos gostos e às potencialidades sociais e urbanas de espaços residenciais dedicados a pessoas idosas e fragilizadas, desejável e naturalmente integrados em quadros intergeracionais, dinamizados e convivializados pelas cooperativas que estão, desde há dezenas de anos, dedicadas à promoção de habitação de interesse social com expressiva qualidade e frequentemente associada a um amplo leque de variadas e vitais atividades vicinais e urbanas.

Lembra-se, como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de artigos (a enviar para abc.infohabitar@gmail.com).

Despeço-me, até à próxima semana, enviando saudações calorosas e desejos de força e de boa saúde para todos os caros leitores,     


Lisboa, em 22 de junho de 2022

António Baptista Coelho

Arquitecto, Investigador do LNEC, Editor da Infohabitar


Nota introdutória à temática do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional – Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C)

Considerando-se o atual quadro demográfico e habitacional muito crítico, no que se refere ao crescimento do número das pessoas idosas e muito idosas, a viverem sozinhas e com frequentes necessidades de apoio, a actual diversificação dos modos de vida e dos desejos habitacionais, e a quase-ausência de oferta habitacional e urbana adequada a tais necessidades e desejos, foi ponderada o que se julga ser a oportunidade do estudo e da caracterização de um Programa de Habitação Adaptável Intergeracional (PHAI), adequado a tais necessidades e a uma proposta residencial naturalmente convivial, eficazmente gerida e participada e financeiramente sustentável, resultando daqui a proposta de uma Cooperativa a Custos Controlados (3C).

O PHAI3C visa o estudo e a proposta de soluções urbanas e residenciais vocacionadas para a convivência intergeracional, adaptáveis a diversos modos de vida, adequadas para pessoas com eventuais fragilidade físicas e mentais, mas sem qualquer tipo de estigma institucional e de idadismo, funcionalmente mistas e com presença urbana estimulante. O PHAI3C irá procurar identificar e caracterizar tipos de soluções adequadas e sensíveis a uma integração habitacional e intergeracional dos mais frágeis num quadro urbano claramente positivo e em soluções edificadas que possam dar resposta, também, a outras novas e urgentes necessidades habitacionais (ex., jovens e pessoas sós), num quadro residencial marcado por uma gestão participada e eficaz, pela convivialidade espontânea e social e financeiramente sustentável.

Trata-se, tal como se aponta no título do artigo, de uma “versão de trabalho e base bibliográfica ” e, portanto, de um artigo cujos conteúdos serão, ainda, substancialmente revistos até se atingir uma versão estabilizada da temática referida no título; no entanto, em virtude da metodologia usada, que se considera bastante sólida, marcada pelo recurso a abundantes referências de fontes, devidamente apontadas e sistematicamente comentadas no sentido da respetiva aplicação ao PHAI3C, e tendo-se em conta a utilidade de se poder colocar à discussão os muitos aspetos registados no sentido da sua possível aplicação prática no PHAI3C, considerou-se ser interessante a divulgação desta temática/problemática nesta fase de “versão de trabalho”, que, no entanto, foi já razoavelmente clarificada – como exemplo do posterior tratamento para passagem a uma versão mais estável teremos, provavelmente, referências bibliográficas mais reduzidas e boa parte delas em português, assim como comentários mais desenvolvidos; mas mesmo este desenvolvimento irá sendo influenciado pelo(s) caminho(s) concreto(s) tomado(s) pelos diversos temas e artigos que integram, desde já, a estrutura pensada para o designado documento-base do PHAI3C, que surgirá, em boa parte, da ligação razoavelmente sequencial entre os diversos temas abordados em variados artigos.

Ainda um outro aspeto que se sublinha marcar, desde o início, o teor do referido documento-base do PHAI3C (a partir do qual serão gerados vários documentos específicos: mais de enquadramento e mais práticos) é o sentido teórico-prático que privilegia uma abordagem mais integrada e exemplificada da temática global da habitação intergeracional adaptável e cooperativa, apontando-se exemplos e ideias concretas logo desde as partes mais de enquadramento da abordagem da temática como as que se desenvolvem neste artigo.

Notas introdutórias ao novo e presente conjunto de artigos sobre habitação intergeracional

O presente artigo inclui-se numa série editorial dedicada a uma reflexão temática exploratória, que integra a fase preliminar e “de trabalho”, dedicada à preparação e estruturação de um amplo processo de investigação teórico-prático, intitulado Programa de Habitação Aadaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C); programa/estudo este que está a ser desenvolvido, pelo autor destes artigos, no Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e que integra o Programa de Investigação e Inovação (P2I) do LNEC, sublinhando-se que as opiniões expressas nestes artigos são, apenas, dos seus autores – o autor dos artigos e promotor do PHAI3C e os numerosos autores citados no texto.

Neste sentido salienta-se o papel visado para o presente artigo e para aqueles que o precederam e os que lhe darão continuidade, no sentido de se proporcionar uma divulgação que possa resultar numa desejável e construtiva discussão alargada sobre as muito urgentes e exigentes matérias da habitação mais adequada para idosos e pessoas fragilizadas, visando-se, não apenas as suas necessidades e gostos específicos, mas também o papel e a valia que têm numa sociedade ativa e integrada.

Nesta perspetiva e tendo-se em conta a fase preliminar e de trabalho da referida investigação, salienta-se que a forma e a extensão do texto que é apresentado no artigo reflete uma assumida apresentação comentada, minimamente estruturada, de opiniões e resultados de múltiplas pesquisas, de muitos autores, escolhidos pela sua perspetiva temática focada e por corresponderem a estudos razoavelmente recentes; forma esta que fica patente no significativo número de citações – salientadas em itálico –, algumas delas longas e incluídas na língua original.

Julga-se que não se poderia atuar de forma diversa quando se pretende, como é o caso, chegar, cuidadosamente, a resultados teórico-práticos funcionais e aplicáveis na prática, e não apenas a uma reflexão pessoal sobre uma matéria bem complexa como é a habitação intergeracional adaptável desenvolvida por uma cooperativa a custos controlados e em parte dedicada a pessoas fragilizadas.

Solicita-se a compreensão dos leitores para lapsos e problemas de edição que, sem dúvida, acontecem no texto que se segue, mas a opção era prolongar, excessivamente, o período de elaboração de um texto que, afinal, se pretende seja essencialmente prático; as próximas edições serão complementarmente revistas e melhoradas.

Regista-se, também, que foram, pontualmente, retiradas, em alguns dos textos citados as numerações relativas a notas bibliográficas específicas desses textos. 


Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 820

António Baptista Coelho

Com base direta nos textos, ideias e opiniões dos autores referidos ao longo dos documentos que integram a listagem bibliográfica registada no final do artigo.


Resumo

Este artigo é globalmente dedicado à temática de uma habitação especialmente adequada para idosos e pessoas fragilizadas, em termos ergonómicos e funcionais, mas sem quaisquer tipos de estigmas associados ao idadismo, e, portanto, integrada numa solução residencial e urbana intergeracional, participativa e bem relacionada em termos sociais, urbanos e arquitetónicos. 

Em termos específicos no presente artigo aborda-se, em primeiro lugar a matéria associada a uma habitação que possa constituir um lugar positivo para o corpo, para a mente e para o espírito ; sequencialmente desenvolve-se uma reflexão sobre a caracterização doméstica considerada essencial para o futuro da habitação e finalmente tratam-se as vantagens de uma domesticidade envolvente – matéria esta que é ainda repartida, primeiro, na abordagem da qualidade arquitetónica como indutora de calma/acalmia residencial e, depois, a subtemática do papel da domesticidade no apoio ao bem-estar e à saúde dos habitantes.

Introdução

Subtemáticas do presente item :

(1) Uma habitação que seja um lugar para o corpo, para a mente e para o espírito

(2) Domesticidade e futuro da habitação

(3) Vantagens de uma domesticidade envolvente

Tentando avançar, um pouco mais, e especificamente na matéria da importância de uma forte caraterização doméstica dos espaços residenciais adequados para idosos e fragilizados, assunto que se sabe muito sensível, em termos de aceitação, mas que se julga ter grande importância na configuração de soluções residenciais realmente atraentes e, portanto, viáveis para os seniores, vamos, no presente item, abordar, em primeiro lugar os subtemas ligados a uma habitação cujas características a definam como um lugar marcado por uma significativa unidade de qualidades ligadas ao bem-estar físico e mental, e mesmo a uma caraterização existencial e « simbólica » ; sendo que é essencial que tudo isto possa ser desejavelmente aplicado em unidades residenciais tipologicamente pouco ambiciosas, complementadas por espaços e serviços comuns cuidadosamente desenvolvidos e possíveis a custos controlados. 

Depois da referida abordagem e sequencialmente, apontaremos e comentaremos a ideia de uma domesticidade considerada como um dos caminhos a privilegiar no futuro próximo da conceção residencial, sendo que essa qualidade terá de ser considerada de uma forma expressivamente marcante e envolvente ; assunto este de uma expressiva « envolvência » da domesticidade com o qual se conclui este item e que, na prática, se refere ao que se julga ser uma essencial caracterização da própria domesticidade. 

  

1. Uma habitação que seja um verdadeiro lugar para o corpo, para a mente e para o espírito

Embora pudéssemos ter ficado pela abordagem ampla da domesticidade, feita nos itens anteriores, considerou-se que o seu potencial de empatia, designadamente, quando aplicada a soluções residenciais para idosos e fragilizados suscitava um desenvolvimento suplementar e daí as presentes considerações sobre fazer habitações que possam constituir verdadeiros lugares para os corpo, as mentes e os espíritos dos seus habitantes, espaços de concentração e de envolvência com os quais acabamos por estabelecer laços tão fortes como sensíveis, que vão muito e mesmo muito para além dos meros aspetos funcionais : uma « casa » que para além de abrigo ou alojamento do nosso corpo, seja mundo inteiro e dinâmico para a nossa mente e lugar de sonho e de memórias vivas para o nosso espírito.

Define-se, assim, frequentemente um complexo mas efetivo/afetivo novelo de aspetos qualitativos residenciais expressivamente domésticos e capazes até de compensar alguns eventuais desvios quantitativos, condição esta que, provavelmente, exigirá tanto um projeto arquitetónico muito sabedor e qualificado, como um diálogo íntimo e rico com os respetivos habitantes , condição esta sempre muito facilitada nas promoções habitacionais cooperativas e diálogo este que se julga bem presente na citação que se segue.

Sobre estas matérias de uma verdadeira construção de um espaço e tempo residenciais, expressivamente qualificados e marcados por uma forte relação entre quem habita e o que é habitado, citamos e comentamos, brevemente, em seguida, alguns excelentes parágrafos de Robert Barzan, do seu estudo intitulado My Spirituality of Place: (1)

Wherever I live, even when I know I will live there for only a short time, I try to develop an attitude of reverence, a respect not just for all the residents, human and non-human, but also for the inanimate beings that make up that place ... I savor the sensuality of the place, its smells, sights, tastes, and sounds.

As much as I can, I enjoy the time and the place. This intimacy is important because it informs a way of living that promotes my own wellbeing and the wellbeing of the community.

Experience, reflection, and evidence help me use my own intelligence and creativity and the multi-faceted intelligence and creativity of my community in my efforts to realize my own wellbeing and the wellbeing of the community. For me, this is what spirituality is all about. (pg. 10)

E naturalmente que a referida “espiritualidade de um lugar”, neste caso um sítio residencial, depende muito de existir aí um verdadeiro sentido do lugar, tema recorrente nos melhores pensadores arquitectos e em grandes filósofos e que, aqui, apenas, se regista, minimamente, através de algumas reflexões de Anne Buttimer, constantes do seu texto intitulado Home, reach, and the sense of place, que citamos em seguida: (negrito nosso) (2) 

O lugar é construído, significado, recomposto e criado pelas pessoas que nele vivem. Mas é impossível desconsiderar a ação de agentes externos, sobretudo no que concerne as ações de planejamento, frequentemente liderada por agente públicos que obedecem normas e critérios universais, ignorando o conhecimento e as especificidades que só as pessoas do lugar podem conhecer...

A “lugarização” de objetos e atividades dentro do espaço interior também foi algo surpreendente para alguém socializado dentro de um lar irlandês rural. Por causa da ênfase americana no consumismo, tornou-se não apenas elegante, mas também lucrativo, desenhar espaços interiores de maneira a apelar aos potenciais compradores. A proxêmica e a territorialidade – dentro e fora do lar – tendem a se tornar pontos de pesquisa academicamente interessantes em períodos de claustrofobia coletiva ou comprometimento político para a expansão do Lebensraum – como no final dos anos 1960 dos dois lados do Atlântico... (pg. 12)

Lebensraum - Comumente traduzido como “espaço vital”, ou seja, o espaço necessário para a sobrevivência, manutenção e expansão de uma sociedade, é um conceito difundido na ciência geográfica por Friederich Ratzel, ...

Norberg-Shulz (1971), em seu lúcido livro sobre arquitetura, destaca o que está envolvido no fazer do espaço arquitetônico um reflexo do espaço existencial. Eu sou, é claro, incrédula de que todos os aspectos significativos da existência possam ser prontamente traduzidos no lugar em termos arquitetônicos, mas isso realmente não parece ser o ponto mais importante. O problema filosófico e pragmático crucial está em qual papel potencial é permitido aos moradores terem qualquer palpite criativo no desenho dos lugares. (pg. 13)

Aqui há matéria para despoletar mais um livro sobre o tema, referindo-se a uma matéria que carece de posterior desenvolvimento, mas ficamos, para já, apenas por estas ideias que associam a criação de verdadeiros lugares a uma ampla e profunda caraterização dos nossos espaços existenciais e avancemos para focar uma perspectiva metódica de desenvolvimento das possíveis múltiplas dimensões dessa caraterização, a propósito das reflexões práticas de Lynne C. Manzo, relativas a um conjunto de questões direcionadas para uma aproximação ao significado da ideia de « lugar », constantes do seu livro, intitulado For better or worse: Exploring multiple dimensions of place meaning, que citamos e comentamos em seguida: (3) (negrito nosso)

All questions included probes to explore the nature of participants’ experiences in each place mentioned, the qualities of those places, and the process of meaning making, i.e. how that place came to hold its particular meaning, what happened there, and what aspects of the place contributed to those experiences and meanings. For the full interviewinstrumen t, please contact the author.

The meaning and importance of places findings demonstrate the richness and complexity of people’s relationships to a whole range of places, both residential and nonresidential, revealing that these relationships are a fundamental part of their lives. (pg. 73)

… When asked specifically about their feelings about their current residence, some participants (23%) said they did not feel connected to their residence at all. Others disliked their residence and said that they avoided spending time there (15%). When discussing previous residences, a full 25% of participants described some past residence as a painful place, and their relationship to it reflected struggles for self-affirmation and a sense of belonging that eluded them there. For participants whose residence was a painful place, places outside the residence became very important, particularly if they symbolized distance from that place. (pg. 79)

Conjugando estas reflexões com as conclusões que podemos retirar de algumas dezenas de anos de estudos habitacionais e de numerosas análises pós-ocupação ou retrospectivas a conjuntos residenciais de habitação de interesse social – portanto « unificados » por um conjunto de « regras » bem definidas, o que proporciona  mais facilmente o apurar de algumas ideias – podemos considerar que o desenvolvimento de aspetos/fatores específicos direcionados para a maximização do desenvolvimento de sentimentos de pertença a determinados conjuntos de habitação para idosos e fragilizados é algo muito positivo e que deve ser privilegiado ; sendo que tais sentimentos ou relações de afetividade para com o sítio onde se habita, estarão muito provavelmente associados à respetiva caraterização local, e portanto à construção, em cada sítio, de um adequado sentido do lugar, ou identidade local.

E algo que também decorre das últimas reflexões, quando apontam para a noção que certos habitantes têm dos sítios que habitam como painful places (a retroversão para locais agrestes , locais pouco amigáveis ou literalmente, para sítios dolorosos/desgastantes é difícil), é que pode acontecer com alguma frequência que a habitação « atual » de alguns idosos agrade, realmente, muito pouco, para além de eventuais aspetos funcionais críticos ; condição esta que será indiretamente « motor » de uma boa predisposição para a mudança já numa fase avançada da vida ; e nesta perspetiva há que registar a situação de eventual desagrado pela vivência de pequenos espaços habitacionais, arquitetonicamente mal desenhados, e integrados em conjuntos urbanos sem adequadas funções urbanas, condições estas que, infelizmente ainda caraterizam, entre nós, um número significativo de conjuntos de habitação de interesse social.

Ainda na referida perspetiva de se proporcionarem novas condições habitacionais amplamente positivas e mutuamente integradas, seja em termos mais de afetividade e atratividade, seja em termos mais objetivos , designadamente, ligados a aspetos de espaciosidade voltamos a uma temática que já nos mereceu diversas reflexões, e que se liga à real viabilidade ou mesmo sustentabilidade da previsão de áreas mínimas ou pouco folgadas e consequentemente pouco versáteis em termos de ocupação funcional e apropriação.

Nestas vitais matérias ligadas ao que podemos designar de uma « avaliação » humana/pessoal de uma espaciosidade "especialmente à escala doméstica" (expressão nossa), vamos citar, em seguida, e depois comentar brevemente, o estudo de Varit İmamoğlu, intitulado Assessing the Spaciousness of Interiors: (4) (negrito nosso)


… It seems that the most outstanding architects of this century were the ones who were particularly sensitive to man-environment relationship and deeply concerned with the functional and aesthetic aspects of space. This intuitive sensitivity of master architects might perhaps become more explicit and widespread as a result of an increasing concern in the present-day architects and environmental psychologists to understand man-environment relationship better and to examine various dimensions of architectural space.

A number of researchers have dealt with the problem of spaciousness directly or indirectly and have related it to one or a few of the following features of interiors: Window size, interior illuminance, color of surfaces, room size and proportion, furniture density, etc.Some other research projects showed or implied a positive correlation between satisfaction and spaciousness. (pg.128)

As questões de uma, designável, espaciosidade aparente ou sentida, que não tenhamos dúvidas é diferente da respetiva espaciosidade real tem importância direta na conceção de espaços domésticos que sendo objetivamente pouco espaçosos, designadamente, em termos de número de compartimentos e também, de alguma forma, na espaciosidade dos existentes, têm expressiva agradabilidade espacial e proporcionam um estimulante uso diversificado. Esta é uma matéria que se liga com uma adequada estruturação doméstica e uma também adequada e criativa pormenorização, designadamente, em termos de microespaços, seus aspetos de conforto ambiental e seus potenciais de capacidade para mobilar/decorar e serem apropriados. E esta é uma matéria de grande importância para o desenvolvimento dos espaços domésticos e mesmo dos espaços comuns do PHAI3C, que encontra excelentes fontes de referência na estruturação e pormenorização das melhores soluções domésticas de habitação de interesse social.

Nestas matérias e no âmbito do PHAI3C importa ter presente que estamos a lidar com pessoas sensíveis e fragilizadas o que, de certeza, irá tornar mais complexa o diálogo que se preconiza quando da opção por determinados níveis de espaciosidade a adoptar essencialmente nos espaços privados, mas também nos comuns ; e mais uma vez fica evidenciada a necessidade de só se aceitarem bons projetos de arquitetura. 


2. Domesticidade e futuro da habitação

Continuando a abordar as ligações entre uma expressiva domesticidade residencial – caraterização e tratamento     muito sensíveis e integrados dos diversos espaços e qualidades habitacionais – e as melhores condições habitacionais para idosos e fragilizados, vamos em seguida citar e comentar, brevemente, um estudo muito interessante e que põe em relevo variados aspetos direta e indiretamente associados à domesticidade no âmbito do futuro da habitação ; futuro este, naturalmente, marcado pelo número exponencialmente crescente de idosos.

E neste sentido citam-se, em seguida, e comentam-se, mais à frente, diversas ideias do estudo intitulado How Will People Live in Future? , do Swiss Krono Group:  (5)  (negrito e sublinhado nosso)

1. Living will become more decentralised, thus creating a greater need for “third places” (a concept coined by urban sociologist Ray Oldenburg: home is the “first place”, the workplace is the “second place”, and informal public gathering places are defined as “third places”) as well as new living concepts

Our own four walls – whether owned or rented – are and will remain the centre of our lives: our personal, individual places of refuge. Parallel to them, however, there will increasingly be a need for other spaces where people gather, for example large kitchens, libraries, cafes, clubs and parks, schools and universities etc. We will also tend to think more in terms of zones instead of rigidly defined rooms. 

The keyword here is flexibility, for example in the form of adaptable wall systems. Furniture will become more mobile and be used more extensively to structure or divide up spaces. Where new buildings are concerned, architects will have to pay considerably more attention to implementing concepts that allow flexible use. What we need are large rooms that can be subdivided as wished into zones of different kinds. The maxim will no longer be “built for a lifetime”; instead, we will stress the ability to transition flexibly and smoothly between the successive stages of our lives. The more flexibly a dwelling can be adapted to changing circumstances, the better. 

An example that points the way forward here is a multigenerational house in Berlin that already features a flexible layout and common rooms. 

2. XS living without any loss of quality will become established as new services and common rooms supplement living space “on demand”. 

This trend is closely related to the first. If we are able to share rooms with others, we require less exclusively personal space of our own. You can already find many examples of how to cleverly and efficiently furnish and equip very small spaces. And there will be digital platforms that we can use to find rooms elsewhere that we can use when there’s a need. 

3. Interiors will acquire fresh importance, driving a boom for suppliers of furniture, decorations etc. 

Personalised interiors and furnishings will become the new standard of luxury. The focus here is on the details. We will increasingly seek out one-of-a-kind objects and items with their own history or special texture... 

4. In future, technology will define our everyday lives and give rise to a growing market for things that make them easier. 

There will be new services that we take advantage of daily to reduce our stress levels. New, health-promoting technologies will also become established. Difficult-to-use applications will disappear from our living spaces and be replaced by clever self-teaching technologies...

5. Nature will become the theme of the future, and living and building will be geared even more strongly to preserving the environment. 

Environmental and health criteria will become the forces driving the design of living space. We will strive increasingly for a green, sustainable living environment. Nature will therefore grow in importance for many people. There will be more and more gardens (here the buzzwords are urban gardening and indoor gardening) that serve not only to enhance personal wellbeing but also contribute to improving the urban climate. 

Overall the experts of the Zukunfsinstitut have concluded that living is set to become a more holistic endeavour. Space, materials, colours, light and sounds will all be combined to create a unique experience. Natural surfaces and wood looks will be integrated in open, flexible living concepts. The distinctions between one’s own space that jointly used rooms and areas will blur. Besides environmental and health concerns, a greater role will be played by the inclusion of people with disabilities, connectedness and participation

Teremos assim novos conceitos de habitar, marcados pela adaptabilidade e por uma espaciosidade tendencialmente mais reduzida, porque/mas complementada por « terceiros espaços » e por interiores domésticos que irão adquirir uma nova importância, marcados pela personalização e por uma arquitetura de interiores elaborada e muito bem pormenorizada, capaz de reinterpretar os « velhos » espaços funcionais da habitação de uma forma mais fluída, integrada e caraterizada, incluindo ao máximo os aspetos mais positivos, ambientais e visuais, da natureza; e nisto tudo é bem evidente a importância direta e indirate da domesticidade residencial. 

A questão de um habitar « XS » é realmente discutível e julga-se que apenas considerável num quadro de forte suplementaridade entre espaços privados e comuns e ainda assim aceitando-se muito mais uma redução tipológica do que dimensional ; e nesta, mais uma eventual redução de áreas e menos de dimensões lineares : mas esta é uma daquelas matérias que irão configurar as partes finais do presente estudo. 

É também muito interessante a percepção de um habitar muito flexível, realizado de modo um pouco fluído entre espaços mais privados e mais comuns e, além disso, um habitar que vai fluindo e se vai modificando ao longo do tempo e ao sabor das necessidades, obtendo-se novos espaços quando necessários e vagando-se tais espaços quando já não necessários, uma possibilidade cujo êxito depende também da boa arquitetura dos espaços que intermedeiam entres estes espaços mais privatizados; e pontuando tudo isto os aspetos de uma pormenorização bem adequada, apropriável e bem identificada de todos estes espaços e de uma estruturação e pormenorização de todos o habita rem relação forte e diversificada com a natureza e com os elementos naturais.

3. Vantagens de uma domesticidade envolvente

Continuando a abordar as ligações entre uma adequada domesticidade residencial e as melhores condições habitacionais para idosos e fragilizados vamos agora aprofundar, um pouco mais, as matérias associadas ao que parece ser o interesse do desenvolvimento de uma domesticidade residencial envolvente, isto é : (i) bem ligada a uma qualidade arquitetónica indutora de uma expressiva acalmia e potencial de fruição plena e alongada das vantagens de um mundo doméstico bem estruturado e estimulante ; e (ii) direta e indiretamente associada ao apoio da saúde e do bem-estar pessoal e familiar.  

(i) Qualidade arquitetónica e indução de calma/acalmia

Na perspetiva de uma aproximação estratégica ao que poderemos considerar ser um caráter residencial « doméstico » bem ligado a uma qualidade arquitetónica indutora de uma expressiva acalmia e de um potencial de fruição plena e alongada das vantagens de um espaço residencial privativo bem estruturado, envolvente e estimulante e um pouco a título de exemplo, julgado muito significativo e de referência, abordam-se em seguida aspetos de acalmia (redução de de situações de violência e de agressão) por via do « desenho/projeto », aplicados em potenciais situações de ocorrência de Acidentes e Emergências (Accident & Emergency/A&E), tal como apontados em mais um excelente estudo do Design Council -  Commision for Architecture and the Built Environment (CABE). (6)


Sabemos que tais situações (de A&E) serão apenas eventuais e pontuais no âmbito do PHAI3C, mas a ideia é que este programa « destile » apropriação, dignidade e acalmia ambiental ao longo dos seus espaços comuns e das suas imagens públicas, prolongando-se tais condições, com o devido filtro de uma expressiva apropriação doméstica, no interior das respetivas unidades residenciais; e citam-se a propósito um conjunto de aspetos retirados do referido estudo do CABE: (negrito nosso)

The word hospital comes from the Latin hospes, signifying a stranger or foreigner, hence a guest. Another noun derived from this, hospitium, came to signify hospitality, that is, the relation between guest and shelterer, friendliness, hospitable reception. (pg. 2)

Based on the research to date, we then issued six briefs to the UK design community via a national design challenge:

(1) User-centred process - Redesign the A&E process so that it better meets the needs of patients and other service users from start to finish.

(2) Versatile spaces - Consider how spaces in A&E can be made more versatile and better able to deal with diverse client groups and unpredictable workloads.

(3) A good wait - Improve the waiting experience for patients and other service users to ensure that both clinical and non-clinical needs are better met.

(4) Perceptions of A&E - Identify ways to use communication and design to reinforce positive behaviour and avoid aggression and violence.

(5) Making safe - Consider how design could be used to minimise both perceived and actual vulnerability and risk throughout the A&E environment for staff, patients and other service users.

(6) Place and process clarity - Identify ways to make A&E processes and patient pathways more transparent and easier to understand. (pg. 7)

(7) Creating more comfort - The waiting areas could be made more comfortable both physically and emotionally. This could include changing colours, smells, light, sounds, seating and temperature.

(8) Getting things working - Minor issues may not create dissatisfaction on their own. However, when combined with a shuttered reception kiosk at X-ray and poor directions resulting in a patient getting lost, a faulty TV screen, for example, could result in a patient becoming aggressive.  (pg. 64)

Naturalmente que uma intervenção do PHAI3C não é um hospital nem uma “casa de saúde”, é, sim habitação; mas no entanto estes aspetos terão grande importância no respetivo êxito global na criação de um espaço residencial facilitador do seu próprio uso e de eventuais ações de emergência, numa perspectiva geral marcada por um agradável sentido de acalmia e segurança.

Há que salientar que as referidas condições muito propícias em termos de segurança corrente e de apoio adequado a eventuais situações acidentais e de emergência, ou podemos ainda acrescentar, situações de apoio e de prestação de cuidados pessoais mais elaborados e exigentes acabam por ajudar a qualificar um dado espaço residencial como seguro e confiável, qualidades estas que estão muito ligadas aos aspetos de domesticidade

 (ii) Domesticidade e apoio ao bem-estar e à saúde

Também um pouco a título de exemplo, muito significativo e de referência, de um espaço residencial que, além de « securizador » é objetivamente amigo dos seus habitantes, porque promotor de expressivas condições de bem-estar e de saúde, qualificando-se, também, portanto, como um espaço amigável e, indiretamente, como um espaço bem conhecido, informal e doméstico, podemos considerar os aspetos associados a uma amenização visual e envolvente de equipamentos de saúde, objetivo este que tem sido aplicado desde já há alguns anos em equipamentos desse tipo.

E sobre isto importa referir que se estamos a « domesticar », desde há bastante tempo, os ambientes do tipo « hospitalar », seja nos seus aspetos de arquitetura de interiores, seja até nos uniformes dos respetivos trabalhadores, então o que deveria ser aplicado em intervenções essencialmente residenciais em parte dirigidas para idosos e fragilizados ? E a resposta será sempre a ausência até de resquícios mínimos « assistencialistas » e de apoio hospitalar.

Neste sentido citam-se e comentam-se, depois, alguns aspetos constantes do estudo de Rodd Bond, significativamente intitulado  Almost home? The ‘Teaghlach initiative’ promoting ‘home’ in Irish Nursing Homes: (7) (negrito e sublinhado nosso)

• The overall objective of the ‘Teaghlach initiative’ is to support a

change in culture from a task orientated, institutional model of

residential care to one which supports older people to continue

to direct their own lives ‘at home’ supported by consistent and

valued teams of health care staff. This means that living in

residential care settings must become a home in all respects.

Not just homelike, or homely, but Home. A change to a ‘culture

of home’ needs a change to an ‘environment of home’.

• The word Teaghlach – in Irish- has many connotations. It

means a family group, living comfortably together, cosily warm

around a glowing fire, all engaged in conversation, each person

protective of the others. It suggests a respect and familiarity

and a happy and helpful ambience to share experiences. (pg. 3)

Dá vontade de dizer que não são precisos comentários : « This means that living in residential care settings must become a home in all respects. Not just homelike, or homely, but Home ».

International practice influences - some themes and patterns:

• Self-contained living units ( home)

• Nutrition – shared rites, preparation, meals

• Light – glass, visual connectedness

• Hearth – the fireside

• Materials – finishes and colours

• Inside/outside transitions

• Garden – leisure and healing

• Shared spaces – social and therapeutic

• Adjacency of services - transport

• Evolvability - adaptability

• Front door to household

• Kitchen at heart

• Layered zones of privacy

• No nursing station

• Front door to room

• Household and neighbourhood

• Managing connection ambiguity (pg. 5)

... Principles & patterns

Transformational challenges

Privacy

Choice / freedom

Autonomy/independence

Person-centred/individual

Safety/protection

Social/therapeutic relationships

Dignity / respect

Character / aesthetic

Sensory experience

Flexibility / adaptability

Orientation / way-finding

Transformational challenges Principles & patterns

Entering and leaving / transitions

Personal and secret spaces & places, sanctuary

The dining/mealtime experience

Personal and therapeutic care

Getting-up and settling down

Sleeping and rest

Personal and social milieu

Dying, death and after death care (pg. 7)

Considera-se haver aqui matérias muito interessantes seja na estruturação global de uma intervenção residencial especialmente amiga de idosos e fragilizados, mas bem integrada, seja na consideração de aspetos de grande sensibilidade e complexidade, como é o caso de situações pessoais que exigem muitos cuidados e de um ritmo significativo de óbitos. E considera-se que a cuidadosa e muito digna aplicação de um ambiente caracterizadamente doméstico constitui um dos principais caminhos a seguir nesta matéria, tal como se aponta no referido estudo e se cita em seguida:

Areas for further development

• Achieving an operational balance - It is a home for residents and a workplace for staff?

• Achieving a spatial identity balance – when is the private room one’s home, and the household is the neighbourhood. (personality, privacy and social connectedness) ?

• Connecting with the wider community – a place for all, in-flow and out-flow. ?

... (pg. 8)

Numa perspetiva que quer fazer evidenciar as, tão frequentes, situações opostas às acima apontadas e que marcam tantas das intervenções ditas residenciais para idosos faz-se em seguida mais uma citação da obra referida, e que é da autoria de um residente de um dos conjuntos estudados: 

“ I cannot see out of the windows that stretch above me as they are too high.

• I can only see the changing colour of the sky.

The bed is situated beside three others and is separated by curtains around

each bed for privacy!

The passage beside the beds is busy with staff passing by and the traffic of

the meal trolley ,drug trolleys, and all the other things that are necessary to

move past day or night.

There is no space for my radio or other belongings.

My clothes are stored away over there as we have no room for hanging

clothes or shoes etc.

I cannot find a corner to chat with my visitors when they come in, without

everyone hearing each other talk.

I have lived here for six years and will be here until I die”. (pg. 2)


Os aspetos que acabaram de ser apontados não se referem, realmente, a um quadro residencial e muito menos marcado por uma digna e apropriada domesticidade. 

Mas há situações de referência, felizmente, como, por exemplo, as aplicadas em Ros Anders Gard, Hanninge, Suécia, onde existem unidades/quartos espaçosas (T0 com cerca de 31m2), funcionais e subdivisíveis em microzonas funcionais e/ou ambientais (entrada bem privatizada, grande casa de banho com janela), com boa capacidade no sentido da introdução de elementos de mobília e de decoração próprios, apontando-se, em seguida uma síntese do seu quadro qualitativo, citada do estudo que está a ser referido:

• Located in a sub-urban, populated area

• Has a view of both nature and residential buildings

• Huge influx of daylight

• Bright interior colour schemes & wooden floors

• Strong feeling of being at home

• Spaciousness/open layout for common areas

• Kitchen/cooking the central area –no nursing station (pg. 10)



E não podemos deixar de apontar, apenas em termos de uma conclusão totalmente provisória a estas matérias de uma adequada e regrada domesticidade aplicada a espaços residenciais expressivamente amigos dos idosos e fragilizados, que se esta é uma temática ainda muito "verde" na habitação corrente, o que teremos de dizer da sua aplicação a estes casos? E no entanto até parece que tais aspetos de domesticidade poderão integrar o conjunto dos aspetos mais determinantes do êxito destas soluções habitacionais.



Notas bibliográficas:

(1) Robert Barzan - My Spirituality of Place. Kansas State University. Architecture Department (2017) "Environmental & Architectural Phenomenology Vol. 28, No. 2," New Prairie Press  ISSN 1083–9194. 9-18-2017 -  “The Labyrinth: Doorway to the Sacred,” em EAP, 2017 winter/spring issue. bbarzan@yahoo.com. Text © 2017 Robert Barzan.

(2) Anne Buttimer . Home, reach, and the sense of place . lugar e lar - LAR, HORIZONTES DE ALCANCE E O SENTIDO DE LUGAR; Tradução do texto “Home, Reach, and the Sense of Place”, publicado na coletânea The Human Experience of Space and Place (Nova York: St. Martin’s Press, 1980. p.166-187), editada por Anne Buttimer e David Seamon. Traduzido por Letícia Pádua.. Geograficidade | v.5, n.1, Verão 2015. ISSN 2238-0205

(3) Lynne C. Manzo iii - For better or worse: Exploring multiple dimensions of place meaning. Department of Landscape Architecture, College of Architecture and Urban Planning, University of Washington, Seattle, WA 98195, USA. www.elsevier.com/locate/yjevp. Journal of Environmental Psychology 25 (2005) 67–86, Elsevier

(4) Varit İmamoğlu. Assessing the Spaciousness of Interiors. "Spaciousness of interiors", unpublished Ph.D thesis, University of Strathclyde, Glasgow, 1975

(5) Swiss Krono Group, How Will People Live in Future? 16 December 2016 | Futurologists are developing visions of how we will live in 20-30 years. https://www.kronotex.com/News/News/How-Will-People-Live-in-Future-0415354449.html KRONOTEX, BY SWISS KRONO GROUP

(6) iII design e acalmia - REDUCING VIOLENCE AND AGGRESSION IN A&E - Design Council. CABE, DEPARTMENT OF HEALTH. 2011. Design Council. The design briefs. Londres.

(7) Rodd Bond. Almost home? The ‘Teaghlach initiative’ promoting ‘home’ in Irish Nursing Homes . Irish Architectural Perspectives. Rodd Bond m.r.i.a.i. Netwell Centre, Dundalk Institute of Technology. Transforming social networks, environments and technologies for longer living. Dementia and Design Conference. DSIDC St James, Dublin. 23r d November 2010. WHO Global Age-Friendly Cities Network Conference Dublin, Ireland – 26/27/28 September 2011. O documento contém uma apresentação em Power Point muito grande e interessante, e que integra muitas imagens e plantas de casos de referência.



Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.


Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 820

Infohabitar, Ano XVIII, n.º 820

Edição: quarta-feira, 22 de junho de 2022


Artigo XI da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”


Infohabitar – a revista da GHabitar

Editor: António Baptista Coelho

Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa


abc.infohabitar@gmail.com

abc@lnec.pt


Revista da GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).




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