Infohabitar,
Ano XIII, n.º 608
Habitar
a Vizinhança Urbana
por António Baptista Coelho
Tal como foi anteriormente divulgado, a Infohabitar está a
retomar as suas edições regulares, procurando disponibilizar um novo artigo em
cada semana e preferencialmente à segunda-feira, aproveitando-se para, mais uma
vez, enviar um amigável desafio aos leitores no sentido de poderem enviar para
o editor (mail referido no final do artigo) propostas de artigos para edição.
Considerando que, durante já um número muito significativo
de semanas a Infohabitar tem editado artigos integrados no âmbito da série
designada “Habitar e Viver Melhor”.
Tendo em conta o elevado número de artigos editados e porque
estamos numa altura de reinício das atividades regulares da nossa revista,
lembrámo-nos de proporcionar uma “revisão da matéria dada”, antes de
prosseguirmos na edição desta série.
Neste sentido apresentam-se, em seguida, os títulos interativos dos
primeiros artigos da série, que abordam temáticas da natureza do habitar e da relação
do sítio que habitamos e das suas caraterísticas com a qualidade habitacional
atingida, sob o título geral: “Habitar a Vizinhança Urbana” e
aproveitando-se para acrescentar ao texto que se segue uma muito pequena e
informal nota de reflexão sobres estas apaixonantes e tão atuais matérias.
Em próximos artigos iremos disponibilizar uma base de estruturação
de um edifício habitacional e dos seus espaços comuns e, sequencialmente,
entraremos nos diversos espaços habitacionais privados.
Lembra-se que bastará ao leitor “clicar” no título do
artigo que lhe interessa para o poder consultar.
Salienta-se que a ordem de apresentação dos artigos que é
em seguida adotada não cumpre, integralmente, a ordem em que foram editados,
porque se entendeu ser preferível introduzir algumas, poucas, alterações na
respetiva sequência.
Lembra-se, ainda, que por motivos alheios à Infohabitar,
que muito lamentamos e que já apontámos, na
Infohabitar, a maior parte dos artigos desta série editorial não
conta, neste momento, com as respetivas ilustrações; estando, no entanto,
disponíveis todos os seus textos, que se caraterizam por expressiva autonomia
relativamente às referidas imagens.
Finalmente regista-se que o processo editorial da
Infohabitar, revista ligada à ação da GHabitar - Associação Portuguesa de
Promoção da Qualidade Habitacional (GHabitar APPQH) – associação que tem a
sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica
(FENACHE) –, voltou a estar, desde o princípio de setembro de 2017, em boa
parte, sediado no Laboratório Nacional de
Engenharia Civil (LNEC) e nos seus Departamento de Edifícios e Núcleo
de Estudos Urbanos e Territoriais (NUT); aproveitando-se para se
agradecer todos os essenciais apoios disponibilizados por estas entidades.
São os seguintes os cerca de 20 artigos disponibilizados sobre
o tema: “Habitar a Vizinhança Urbana”
Habitar pode e deve caraterizar-se por muito mais do que o “simples”
habitar de uma dada habitação, qualificada como espaço essencialmente privado,
pois um verdadeiro “habitar” pode e deve poder exercer-se no próprio eventual edifício
comum/coletivo/multifamiliar onde se integra essa habitação e, também, na
respetiva vizinhança urbana e paisagística; para além de que o próprio habitar
mais privado, que se exerce dentro dos limites de uma dada unidade/célula
habitacional, também pode e deve ter contornos socializadores (menos privados)
e harmonizar vários espaços habitacionais privados e diversas atividades, que
podem ser mais ou menos domésticas.
Esta ideia, que se pretende possa ser expressivamente
prática, para lá do seu natural sentido teórico, relaciona-se diretamente com uma
urgente diversificação e invenção tipológica, expressivamente direcionada para
novas tipologias de habitações, de edifícios com conteúdos habitacionais e
funcionais diversificados e de vizinhanças urbanas igualmente com conteúdos
habitacionais e funcionais diversificados; uma reinvenção tipológica cuja
urgência decorre da necessidade de resposta a novas formas de habitar casa,
cidade e paisagem, a renovadas e novas necessidades humanas e funcionais,
ligadas a um expressivamente novo perfil de habitantes e também a renovadas e novas
necessidades urbanas e até paisagísticas.
Os artigos “arrumados” e direcionados neste texto não
pretendem, evidentemente, dar resposta sistemática a estas questões, mas apenas
contribuir para a sua discussão de uma maneira agradavelmente informal,
recolocando o habitar urbano numa perspetiva talvez mais humana e natural, que
procura investigar e discutir novas e velhas relações, imaginando um habitar
mais integrado, estimulantemente sequenciado e até positivamente lúdico.
Há a certeza que se foi pouco longe nos textos dos diversos
artigos que se apontam neste texto e nos textos editados nas próximas semanas,
no entanto há que começar por algum lado e aproveitaram-se as “estruturas”
razoavelmente “clássicas” da vizinhança, do edifício multifamiliar e da
habitação para se refletir sobre “habitar e viver melhor” com melhor Arquitectura
habitacional e urbana.
Considerando, agora, específica e muito brevemente as
questões levantadas e o riquíssimo potencial arquitetónico e habitacional da
vizinhança urbana, o que apenas e desde já queremos apontar é que a conceção de
um “melhor habitar” deve considerar proximidades e relações urbanas vizinhas,
deve incorporar espaços públicos e de uso público na sua génese, tanto em termos
de “simples” relações visuais como em tudo o que tem a ver com matérias tão
distintas e importantes como o conforto ambiental e social, e deve ousar inovar
no sentido de se aproveitarem e maximizarem as caraterísticas locais, tanto ao
serviço dessas matérias como da construção da sóbria identidade de cada
intervenção; uma corajosa e vital inovação que deve ter em conta como se fez
essa integração entre habitação e cidade densa, ao longo dos séculos, assim
como as necessidades e potencialidades actuais de uma adequada vivência urbana
tão local e doméstica como “central” e muito dinamizada.
De certa forma parece ser, hoje em dia, bem oportuno retomar – agora,
naturalmente, de forma bem premeditada – a consideração do habitar a uma
verdadeira escala de vizinhança de proximidade, estabelecendo-se sequências,
alianças, compensações e misturas funcionais e imagéticas ricas e estimulantes,
pois sendo mais complexa uma tal opção ela é expressivamente muito mais
completa e gratificante quando habitada e assume-se, muito mais, como elemento
dinamizador de todo o espaço urbano;
e a estas matérias voltaremos …
Notas
editoriais:
(i) Embora a edição dos
artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo
editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um
significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e
comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos
respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva
responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) De acordo com o
mesmo sentido, de se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e
científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito
significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver
com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou
negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi
recebido na edição.
Infohabitar,
Ano XIII, n.º 608
“Habitar
a Vizinhança Urbana” – mais de 20 artigos sobre o tema
Infohabitar
Editor: António Baptista
Coelho
abc.infohabitar@gmail.com
GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade
Habitacional
Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação -
Olivais Norte.
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