Habitação de Interesse Social Portuguesa:
passado e futuro (série editorial de oito artigos) – infohabitar # 772
Infohabitar, Ano XVII, n.º 772
Edição: terça-feira,
6 de abril de 2021
Caros
leitores da Infohabitar,
Esta
semana apresenta-se a estrutura e o conteúdo global dos oito artigos acabados
de editar e globalmente dedicados ao desejável desenvolvimento da qualidade
arquitectónica e da satisfação residencial no que ainda falta fazer em termos
de nova Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP).
Em
próximas semanas voltaremos ainda a uma discussão sobre o falta fazer em termos
de nova Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP), seja em termos de um
desenvolvimento da ideia , acima sublinhada, da identidade de objetivos entre
toda a promoção habitacional, seja no que se refere a eventuais edições muito
ilustradas e comentadas no âmbito de casos de referência de HISP realizados,
preferencialmente, nas últimas dezenas de anos.
Continua a salientar-se que a
viagem sistemática pelos espaços do habitar e designadamente pelos espaços
domésticos irá voltar a ser feita, aqui na Infohabitar, daqui a algumas
semanas; e lembra-se a referida “viagem” conta já com um razoável
desenvolvimento, que pode ser verificado no nosso catálogo interativo,
designadamente, no seu tema n.º 6 intitulado “Série
habitar e viver melhor”.
Lembra-se, ainda e novamente, que serão sempre muito
bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e
propostas de novos artigos (a enviar para abc.infohabitar@gmail.com, ao meu cuidado).
Considerando-se que o combate à pandemia está,
agora, a desenvolver-se numa fase tão sensível como importante, e espera-se,
marcado pela chegada de numerosos contingentes de vacinas, continua a
sublinhar-se a vital importância do máximo confinamento, do distanciamento
social, do teletrabalho e do respeito por todas as medidas de higiene e
proteção amplamente divulgadas.
Despeço-me, até à próxima semana, enviando saudações
calorosas e desejos de força e de boa saúde para todos os caros leitores e seus
familiares,
Lisboa, Encarnação, em 5 de abril de 2021
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
Habitação de Interesse Social Portuguesa: passado e futuro (série editorial de oito artigos) – infohabitar # 772
António Baptista Coelho
(texto e fotografias)
Comentário inicial à série
editorial
Importa
sublinhar o que se considera ser um importante comentário inicial a esta série
editorial, salientando-se que o que é referido, ao longo dos oito artigos da
série, para a “habitação de interesse social (HIS)” se aplica, em grande parte
e naturalmente, às outras tipologias de promoção habitacional, designadamente,
no que se refere à sua caracterização qualitativa arquitectónica residencial e
urbana; só que as outras tipologias de promoção habitacional são “marcadas” por
outros objetivos, por vezes, um pouco diferentes daqueles que devem estar bem
embebidos na natureza básica e na pormenorização da HIS e que a habilitam para
um apoio público específico adequado e majorado.
Fig. 1: em 1990 foi concluído um dos melhores conjuntos em mais de duas
décadas de Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP) apoiada pelo
INH/IHRU, trata-se do empreendimento da Cooperativa As Sete Bicas, que nos ofereceu
um exemplo de bem fazer espaços urbanos e habitação nas Azenhas de Cima,
Matosinhos, com projecto dos Arq.s Pedro Ramalho e Luís Ramalho. Integração de
elementos verdes, pólos de equipamento estrategicamente encadeados em eixos
dominantemente pedonais, arranjos exteriores duráveis, extrema racionalidade
construtiva e económica aliada a uma excelente imagem arquitectónica, espaços
domésticos inovadores e uma muito eficaz gestão de bairro, são todas suas
qualidades.
Índice geral da Série Editorial
Índice geral e
estrutura sequencial da (nova) série de oito artigos da Infohabitar intitulada
“Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação residencial na nova
habitação de interesse social portuguesa” sobre o que foi o passado e o que
pode ser o futuro da habitação de interesse social (HIS) portuguesa”:
Série editorial: “Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa” (8 artigos)
Índice geral , estrutura sequencial e links da (nova) série de oito artigos da Infohabitar intitulada “Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa” sobre o que foi o passado e o que pode ser o futuro da habitação de interesse social (HIS) portuguesa:
- 1.º artigo: apresentação e enquadramento
justificativo e pormenorizado dos conteúdos, bases de referência e quadro
qualitativo desta série editorial sobre o passado e o futuro da Habitação de Interesse
Social Portuguesa (infohabitar
# 763).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/02/desenvolver-qualidade-arquitectonica-e.html
- 2.º Artigo: viagem sintética pelo que foram os
cerca de 70 anos de produção de Habitação de Interesse Social Portuguesa antes
do INH/IHRU (infohabitar
# 764).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/02/pequena-viagem-pelo-que-foram-os-cerca.html
- 3.º Artigo: ainda antes da criação do INH,
algumas notas sobre “os anos dourados” da promoção cooperativa de habitação
económica 1974 a 1984
(infohabitar # 765)
http://infohabitar.blogspot.com/2021/02/a-proposito-dos-anos-dourados-das.html
- 4.º Artigo: síntese, essencialmente
qualitativa, do que se julga ter sido o processo de apoio à promoção de
Habitação a Custos Controlados (HCC), indiretamente pelo INH/IHRU e diretamente
por cooperativas, empresas e municípios (infohabitar # 767).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/03/caracterizacao-geral-da-promocao-de.html
- 5.º Artigo: considerações críticas sobre as
características projetuais e vivenciais
nos diversos níveis físicos residenciais da promoção de HCC, privilegiando-se
as consideradas como menos positivas e potencialmente a melhorar na nova HISP (infohabitar # 768).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/03/pequena-revisao-critica-da-ultima.html
- 6.º Artigo: avanço prospectivo e cuidadoso
centrado na caracterização genérica do que poderá ser a promoção da nova Habitação
de Interesse Social Portuguesa (infohabitar # 769).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/03/contribuicao-para-melhoria-da-nova.html
- 7.º Artigo: proposta qualitativa para a Habitação
de Interesse Social Portuguesa ainda em falta, através de um avanço prospectivo
e cuidadoso na respetiva caraterização arquitectónica pormenorizada dos seus
diversos níveis físicos urbanos e residenciais (infohabitar # 770).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/03/nova-habitacao-de-interesse-social.html
- 8.º Artigo (e último Artigo de conteúdo da
série): apontamentos gerais de síntese sobre a qualificação da HCC/ Habitação
de Interesse Social Portuguesa que é ainda necessária, desde a promoção ao
projeto global e aos renovados e, por vezes, inovadores objetivos de qualidade;
acompanhados pela respetiva discussão, ainda que, para já, razoavelmente
sintética. (infohabitar
# 771).
http://infohabitar.blogspot.com/2021/03/nova-habitacao-de-interesse-social_30.html
Fig. 2: o belíssimo interior pedonalizado da cooperativa Coobital, no
Alto de Santo António, em Faro (1991), projectado pelo Arq. José Lopes da Costa
e pelo Arq. Paisagista José Brito, um exemplo de referência do que é um espaço
residencial e urbano marcando uma expressiva vizinhança abrigada e
harmonizadamente doméstica e urbana, por uma inserção cuidadosa e atraente de
equipamentos coletivos (de apoio à infância) e conviviais (restauração e
esplanadas), numa solução urbana que faz as habitações envolventes, que são
tipologicamente muito diversificadas, viverem quase diretamente esse espaço tão
vicinal como público.
Para
um melhor conhecimento dos conteúdos da série editorial apresentam-se, em
seguida, os respetivos Resumos dos oito artigos.
1.º artigo: apresentação e enquadramento justificativo e pormenorizado dos conteúdos, bases de referência e quadro qualitativo desta série editorial sobre o passado e o futuro da Habitação de Interesse Social Portuguesa (infohabitar # 763).
Resumo
No presente artigo faz-se a
apresentação e o enquadramento justificativo e pormenorizado dos conteúdos,
bases de referência e quadro qualitativo de uma na série editorial a editar na
Infohabitar, essencialmente, dedicada ao desejável desenvolvimento da qualidade
arquitectónica e da satisfação residencial na nova habitação de interesse
social (HIS) portuguesa, ainda em falta, salientando-se que nos sete artigos
previstos, nesta série, vai ser abordado, genericamente, o que caraterizou o
passado da nossa HIS, para, em seguida, se refletir sobre o que poderá ser o
futuro da Habitação de Interesse Social (HIS) portuguesa.
Depois de um enquadramento
geral da nova série editorial e sua principal temática registam-se e
comentam-se as principais bases de apoio à reflexão sobre a nova HIS
portuguesa, passando-se, em seguida, para o sublinhar da atenção que se julga
dever ser dirigida para os melhores casos de referência habitacional e
arquitectónica existentes e bem experimentados. Em seguida apresentam-se os
estudos teórico-práticos ligados à análise retrospectiva habitacional e o
processo de avaliação utilizado, durante cerca de 24 anos, no âmbito do
trabalho do júri do Prémio INH/IHRU, considerados como principais elementos de
base de conhecimento e apreciação do que foi a ultima “geração” de promoção de
HIS portuguesa, concluindo-se com algumas notas práticas sobre o quadro de
análise qualitativa usado neste estudo.
O artigo é concluído por
uma breve apresentação dos sete artigos desta série editorial, pelo registo dos
essenciais agradecimentos relativamente a pessoas e entidades que apoiaram e
possibilitaram, direta e indiretamente, a respetiva elaboração e com a
apresentação de uma bibliografia cronológica sobre a matéria da habitação de
interesse social (HIS) portuguesa e sobre qualidade arquitectónica residencial.
2.º Artigo: viagem sintética pelo que foram os
cerca de 70 anos de produção de Habitação de Interesse Social Portuguesa antes
do INH/IHRU
(infohabitar # 764).
Resumo
Neste segundo artigo (de
oito) da série editorial intitulada “Desenvolver a qualidade arquitectónica e a
satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa”
faz-se uma sintética e pessoal viagem pelo que foram os cerca de 70 anos de
produção de Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP) antes do INH/IHRU.
Em primeiro lugar
carateriza-se a reflexão e faz-se um enquadramento da série editorial e numa
perspetiva do que se julga poder ser a sua utilidade.
Em seguida e
sequencialmente: (i) abordam-se alguns dos primeiros conjuntos portugueses de
Habitação de Interesse Social, privilegiando-se os respetivos aspetos
tipológicos; (ii) depois avança-se para a atividade centrada nas Habitações
Económicas da Federeação das caixas de Previdência (HE-FCP), centrando-se a síntese essencialmente em Alvalade, Ramalde
e Olivais Norte; (iii); em seguida viaja-se entre Olivais e Abril de 74, sobre
alguns dos aspetos que marcaram a HISP dos finais dos anos de 1960 a início dos
anos de 1970; depois (iv) aborda-se, globalmente, o período temporal de Abril
de 74 à criação do INH, deixando-se boa parte da promoção cooperativa de
habitação económica para o próximo artigo desta série.
Termina-se, tal como no 1.º
artigo desta série editorial, com os respetivos agradecimenros e uma
bibliografia cronológica sobre a temática.
3.º Artigo: ainda antes da criação do INH,
algumas notas sobre “os anos dourados” da promoção cooperativa de habitação
económica 1974 a 1984
(infohabitar # 765)
Resumo
Em primeiro lugar faz-se o
enquadramento do tema deste terceiro artigo (de oito) na respetiva série
editorial, intitulada “Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação
residencial na nova Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP)”, e
sublinha-se o que se julga ser a sua utilidade no apoio à habilitação do que
que falta ainda fazer, entre nós, de Habitação de Interesse Social (HIS).
No artigo desenvolvem-se
algumas notas de enquadramento geral e histórico e apresentam-se alguns
exemplos práticos e de referência da promoção cooperativa de habitação
económica integrada em espaços urbanos ativos e desenvolvida na década de 1974
a 1984 no âmbito das cooperativas da Federação Nacional de Cooperativas de
Habitação Económica (FENACHE), período que tem sido designado como “os anos
dourados” da promoção cooperativa ligada à Federação.
Sequencialmente abordam-se
as facetas qualitativas que marcaram o primeiro decénio de promoção das
cooperativas de habitação económica, pós 25 de Abril e que perduraram nos anos
posteriores
E finalmente faz-se uma
pequena reflexão histórica e prospectiva sobre a promoção cooperativa de HISP,
numa perspetiva de comentários finais aos referidos “anos dourados” e aos posteriores
anos da mesma promoção.
Termina-se, tal como
acontece em todos os artigos desta série editorial, com os respetivos
agradecimentos e uma bibliografia cronológica sobre a temática.
Fig. 3: em 2002 destacou-se um dos mais interessantes conjuntos de
habitação de interesse social já desenvolvidos entre nós; de certa forma como
que num reinventar de velhas escalas humanas “perdidas” através de um conjunto
de bandas unifamiliares densificadas e de preenchimento urbano pedonalmente
estruturadas: o Bairro ou Conjunto do Telheiro, em S. Mamede de Infesta,
Matosinhos (44 fogos), uma promoção municipal projectada por Manuel Correia
Fernandes com extrema sensibilidade geral e de atenção ao pormenor e à própria
e estratégica afetividade dos espaços de vizinhança e domésticos. Aqui o
realojamento foi feito em grande adequação com as características dos modos de
vida/uso da casa, e foi motivo de claro preenchimento físico, funcional e de
imagem urbana em termos de uma clara melhoria da situação urbana local preexistente
e de um excelente e pormenorizado/variado desenho de arquitectura.
4.º Artigo: síntese, essencialmente
qualitativa, do que se julga ter sido o processo de apoio à promoção de
Habitação a Custos Controlados (HCC), indiretamente pelo INH/IHRU e diretamente
por cooperativas, empresas e municípios (infohabitar # 767).
Resumo
Neste quarto artigo (de
oito) da série editorial intitulada “Desenvolver a qualidade arquitectónica e a
satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa”, faz-se uma síntese, essencialmente
qualitativa, do que se julga ter sido o processo de apoio à promoção de
Habitação a Custos Controlados (HCC), indiretamente pelo INH/IHRU e diretamente
por municípios, cooperativas e empresas.
Em primeiro lugar
desenvolve-se um reenquadramento sistemático e justificativo dos diversos
artigos desta série editorial.
Depois e sequencialmente:
(i) apontam-se algumas das problemáticas/questões globais levantadas pela
promoção de HCC; (ii) apresentam-se as principais características da HCC e suas
principais tendências, primeiro numa perspectiva dos diversos níveis físicos
residenciais e, depois, no âmbito dos três tipos de promoção de HCC –
cooperativa, municipal e privada; e (iii) finalmente apontam-se as facetas mais
significativas do desenvolvimento dos conjuntos residenciais de HCC, desde a
fase de obtenção do terreno à ocupação das habitações.
5.º Artigo: considerações críticas sobre as
características projetuais e vivenciais
nos diversos níveis físicos residenciais da promoção de HCC, privilegiando-se
as consideradas como menos positivas e potencialmente a melhorar na nova HISP (infohabitar # 768).
Resumo
Em primeiro lugar faz-se
uma introdução geral ao artigo, centrada no seu enquadramento na respetiva
série editorial , que aborda o “desenvolvimento da qualidade arquitectónica e
da satisfação residencial na nova Habitação de Interesse Social Portuguesa
(HISP)”.
Sequencialmente passa-se à
apresentação da estruturação geral qualitativa da mais recente Habitação a
Custos Controlados (HCC)/HISP e apontam-se algumas notas sobre a natureza da
qualidade arquitectónica residencial na HCC/HISP.
Em seguida desenvolve-se o
coração temático do artigo onde se aborda a qualificação arquitectónica e a
satisfação residencial que caracterizou os últimos decénios de promoção de
HCC/HISP, apoiados pelo INH/IHRU, numa perspetiva sistemática de análise
comentada dos seus diversos níveis físicos: Vizinhança Alargada (VA);
Vizinhança Próxima (VP); Edifício multifamiliar e unifamiliar (Ed); e Habitação
(Ha).
Em cada um dos referidos
níveis físicos apontam-se conjuntos de aspetos qualitativos a criticar e a
melhorar, utilizando-se uma grelha de 15 qualidades arquitectónicas e
residenciais (conjugadas em 6 “novelos” temáticos), que foram anteriormente estudadas
e editadas em publicações do LNEC. Não sendo, ainda, a altura específica, nesta
série editorial, de se avançar, mais diretamente, para ideias de futuro sobre a
promoção de HISP, haverá, no entanto, lugar para comentários sistemáticos
elaborados já com esse sentido prospetivo.
6.º Artigo: avanço prospectivo e cuidadoso
centrado na caracterização genérica do que poderá ser a promoção da nova Habitação
de Interesse Social Portuguesa (infohabitar # 769).
Resumo
Depois de uma introdução ao
artigo, onde se salienta o respetivo enquadramento na série editorial, que é
também minimamente apresentada, avança-se numa reflexão sobre como apoiar a
proposta de uma renovada Habitação de
Interesse Social Portuguesa (HISP), que aproveite o melhor que se fez nos cerca
de 100 anos de história da HISP, com relevo para os numerosos casos de
referência concretizados no último quarto de século de promoção ativa de
Habitação a Custos Controlados (HCC) apoiada pelo INH/IHRU.
Desenvolvem-se, em seguida,
algumas notas de síntese sobre a nova HCC/HISP, propõem-se alguns temas gerais
no sentido do desejável desenvolvimento da sua qualidade e discute-se, um
pouco, sobre a própria natureza prática de uma afirmada qualidade
arquitectónica residencial aplicada a essa promoção.
No que se pode considerar como uma segunda parte, mais sistemática, deste artigo apontam-se listagens de aspetos associados ao desejado acréscimo de qualidade na nova HCC/HISP, referidos aos seguintes temas práticos: apoio à promoção e processo de promoção habitacional; regulamentação, aprovações e financiamento; projeto e execução; recomendações específicas de projeto; ocupação e manutenção; e matérias associadas a estudo, à divulgação e troca de experiências e à formação/informação, destacando-se, aqui, a proposta de recuperação de um processo sistemático de análise formativa e informativa e de ampla divulgação que foi aplicado durante muitos anos pelo Prémio INH/IHRU.
Fig. 4: o conjunto de 91 fogos de realojamento da Câmara Municipal
de Lisboa na Travessa do Sargento Abílio, Benfica (2001), com projecto de Paulo
Tormenta Pinto, é um excelente exemplo de humanização e urbanidade, que ainda
contribuiu com o seu desenho urbano para a estruturação da zona onde se
implantou. A solução do edificado, “simplesmente”, produz uma imagem urbana
global, simultaneamente unificada e diversificada, associada a uma
pormenorização dos espaços públicos, que é, simultaneamente, uma pormenorização
dos acessos aos edifícios, mas, depois o edifício apaga-se agradavelmente no quarteirão
e podemos, logo, antecipar os espaços domésticos inovadores onde se associam
sala e cozinha e onde a marcação da cozinha na fachada é estrategicamente
diluída.
7.º Artigo: proposta qualitativa para a Habitação
de Interesse Social Portuguesa ainda em falta, através de um avanço prospectivo
e cuidadoso na respetiva caraterização arquitectónica pormenorizada dos seus
diversos níveis físicos urbanos e residenciais (infohabitar # 770).
Resumo
Depois de uma introdução ao
artigo, onde se salienta o respetivo enquadramento na série editorial, que é
também minimamente apresentada, avança-se numa reflexão sobre como apoiar a
proposta de uma renovada Habitação de
Interesse Social Portuguesa (HISP), que aproveite o melhor que se fez nos cerca
de 100 anos de história da HISP, com relevo para os numerosos casos de
referência concretizados no último quarto de século de promoção ativa de
Habitação a Custos Controlados (HCC) apoiada pelo INH/IHRU.
Abordam-se, em seguida, os
aspetos de reflexão prospectiva sobre o que poderá ser a nova HISP de um modo
mais sistemático, em termos dos diversos níveis físicos residenciais e urbanos
considerados: vizinhança alargada; vizinhança próxima ou de proximidade;
edifício multifamiliar; edifício unifamiliar; habitação. Sempre que é
considerado pertinente discute-se, também, a aplicação de variadas e inovadoras
tipologias, designadamente, em termos de edifícios multifamiliares.
Em cada nível físico a
abordagem é realizada através de uma reflexão qualitativa ampla e
diversificada, utilizando-se uma grelha qualitativa que foi, anteriormente,
devidamente estudada e discutida; em todo este desenvolvimento aproveita-se, ao
máximo, o acompanhamento de muitos conjuntos de HISP, que tem sido possível, em
alguns casos, ao longo de uma sua já significativa “vida”; condição esta que se reflete também
numa numerosa ilustração comentada, que vai seguindo a evolução temática do
texto, mas que possui significativa autonomia de leitura.
8.º Artigo (e último Artigo de conteúdo da série): apontamentos gerais de síntese sobre a qualificação da HCC/ Habitação de Interesse Social Portuguesa que é ainda necessária, desde a promoção ao projeto global e aos renovados e, por vezes, inovadores objetivos de qualidade; acompanhados pela respetiva discussão, ainda que, para já, razoavelmente sintética. (infohabitar # 771).
Resumo
Depois de uma introdução ao
artigo, onde se salienta o respetivo enquadramento na série editorial, que
remata, em termos de textos de conteúdo estruturados, desenvolve-se um reflexão
sobre como apoiar a proposta de uma renovada
Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP), que aproveite o melhor
que se fez nos cerca de 100 anos de história da HISP, com relevo para os
numerosos casos de referência concretizados no último quarto de século de
promoção ativa de Habitação a Custos Controlados (HCC) apoiada pelo
INH/IHRU, e tirando-se partido de um acompanhamento destes conjuntos, que tem
sido já possível, em alguns casos, ao longo de uma sua já significativa “vida” (ex., conjuntos realizados na década
de 1990 contam já com cerca de 20 anos de vivência).
Continua a discutir-se a,
julgada essencial, matéria da qualidade atrquitectónica residencial e urbana,
na sua relação com a HISP e, depois, avança-se para o apontamento de orientações gerais na promoção de HCC/HIS.
Depois e sequencialmente
aborda-se aspetos essenciais : da promoção de HCC/HIS; do projecto de HCC/HIS;
ligados aos objectivos de qualidade a reforçar na HCC/HIS; referidos aos
renovados objectivos de qualidade na HCC/HIS; das inovações a favorecer na
promoção de HCC/HIS; da importância da investigação, da divulgação e do
intercâmbio de informações na promoção de HCC/HIS; e da importância da análise
e divulgação de casos de referência de HCC/HIS.
O artigo e a série
editorial são concluídos com algumas breves notas relativas essencialmente à
continuidade da abordagem da temática.
Notas editoriais:
(i)
Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a
caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de
edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões
expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições
individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo
portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii)
No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a
utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por
exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva
responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas
fontes e obter as necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
Infohabitar, Ano XVII, n.º 772
Habitação de Interesse Social Portuguesa:
passado e futuro (série editorial de oito artigos) – infohabitar # 772
Infohabitar
Editor: António Baptista
Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola
Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação
em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil
(LNEC), em Lisboa.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).
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