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Infohabitar, Ano XI, n.º 533
Do desenho ao espaço urbano
Artigo I da Série "Do desenho ao espaço urbano"
por António Baptista Coelho
por António Baptista Coelho
Apresentam-se, em seguida, alguns apontamentos desenhados realizados, no local, a partir da observação de elementos naturais que caraterizam o Bairro de Olivais Norte em Lisboa. Estes desenhos rápidos são dedicados aos meus alunos do 1.º ano de Desenho do Mestrado Integrado em Arquitetura da Universidade da Beira Interior.
Acompanham-se os apontamentos desenhados com breves apontamentos escritos sobre diversas matérias, quer relativas à elaboração dos desenhos, quer sobre aspetos a propósito, relacionados com o urbanismo e o habitat humano.
Inicia-se, assim, uma nova série editorial, intitulada "Do desenho ao espaço urbano".
Os caminhos entre as árvores permitem-nos libertar o pensamento enquanto por eles passeamos, uma possibilidade excelente quando eles se "embebem" em meios urbanos.
Aliar natureza e espaço urbano foi sempre um dos principais objetivos de muitos projetistas, talvez também pela razão acima referida (mais "plástica"), mas esencialmente pelos benefícios que daí resultam para o habitante; é apenas necessário que de tal conjugação nenhum dos elementos resulte menorizado, o que acontece claramente em Olivais-Norte, Lisboa.
E em termos de prática de desenho é óptimo tentarmos "fixar" cenas completas como esta, que duram alguns instantes mas que podemos tentar fixar e colocar rapidamente no papel (a aguada fica para depois).
E reforça-se, aqui, o enorme interesse que há em desenharmos "repetidamente" os mesmos temas e os "mesmos" enquadramentos, uma técnica que nos faz desenhar cada vez com mais naturalidade e liberdade criativa.
De certa maneira aqui fica a justificação do grande interesse da ligação entre natureza e espaço urbano, pois aquela suaviza, naturaliza e esbate a frequente "dureza" e forte geometria dos espaços construídos e edificados.
Infohabitar, Ano XI, n.º 533
Acompanham-se os apontamentos desenhados com breves apontamentos escritos sobre diversas matérias, quer relativas à elaboração dos desenhos, quer sobre aspetos a propósito, relacionados com o urbanismo e o habitat humano.
Inicia-se, assim, uma nova série editorial, intitulada "Do desenho ao espaço urbano".
Desenhos de árvores
Desenhos de árvores, aproveitando estarem ainda sem folhas ou com poucas folhas; a respetiva estrutura fica bem aparente, mais desenhável, e conseguimos atentar mais no sentido orgânico e na expressividade das formas, contando com alguma textura e especialmente com as sombras.Caminhos entre as árvores
Os caminhos entre as árvores propiciam desenhar com um estimulante sentido de profundidade e de perspetiva natural e muito livre; acaba por ser um exercício que alia a libertação sempre dada pelo desenho de elementos naturais a uma aproximação à matéria do ordenamento urbano e paisagístico.Os caminhos entre as árvores permitem-nos libertar o pensamento enquanto por eles passeamos, uma possibilidade excelente quando eles se "embebem" em meios urbanos.
Relação entre edifícios e natureza
Em termos de exercício de desenho é excelente associarmos o desenho de elementos naturais e edificados, pois tanto se referenciam mutuamente em termos dimensionais, como o seu diverso tratamento desenhado permite-nos uma experiência livre e expressiva, acentuando-se os aspetos caratetísticos de uns e outros.Aliar natureza e espaço urbano foi sempre um dos principais objetivos de muitos projetistas, talvez também pela razão acima referida (mais "plástica"), mas esencialmente pelos benefícios que daí resultam para o habitante; é apenas necessário que de tal conjugação nenhum dos elementos resulte menorizado, o que acontece claramente em Olivais-Norte, Lisboa.
Relação entre edifícios e natureza
Os comentários feitos acima aqui se repetem, mas nesta vizinhança bem expressiva eles assumem especial interesse, tanto plástica como urbanisticamente.
E é muito interessante termos aqui uma natureza sabiamente projetada com um sentido quase "bravio", que é em boa parte cercada/contida por grandes e excelentes edifícios modernistas sobre pilares; o que propicia toda uma transparência ao nível térreo.
Natureza e biodiversidade na cidade
A imagem foi real e todos os dias se repete com infinitas variações, pois termos amplas zonas naturalizadas corresponde a termos um apoio forte à biodiversidade.E em termos de prática de desenho é óptimo tentarmos "fixar" cenas completas como esta, que duram alguns instantes mas que podemos tentar fixar e colocar rapidamente no papel (a aguada fica para depois).
"Verde" urbano como espetáculo cromático
Ao longo do ano o verde urbano vai-nos oferecendo um verdadeiro espetáculo de formas, de cores e de cheiros; matéria tão importante para quem desenha como para quem habita estes espaços.E reforça-se, aqui, o enorme interesse que há em desenharmos "repetidamente" os mesmos temas e os "mesmos" enquadramentos, uma técnica que nos faz desenhar cada vez com mais naturalidade e liberdade criativa.
O espetáculo das árvores
As árvores são espetáculo formal geral, de perspetiva e de tons de luz e cor.
Matérias que tanto interessam ao desenhador como ao projetista e, muito mais, ao habitante.
A natureza é contraponto da edificação
Desenhamos a natureza quase sem nos lembrarmos de fazer linhas direitas, quase que deixando o lápis ou a caneta desenharem sozinhos, com o objetivo de captar a forma geral do nosso modelo.De certa maneira aqui fica a justificação do grande interesse da ligação entre natureza e espaço urbano, pois aquela suaviza, naturaliza e esbate a frequente "dureza" e forte geometria dos espaços construídos e edificados.
Infohabitar, Ano XI, n.º 533
Artigo I da Série "Do desenho ao espaço urbano"
Editor: António Baptista
Coelho
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abc@lnec.pt e abc.infohabitar@gmail.com
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GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade
Habitacional
Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação -
Olivais Norte.
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