segunda-feira, março 21, 2005

Quercus apela ao fim do abate das florestas de carvalho - Infohabitar 17

 - Infohabitar 17

Segue-se um texto integral que me foi enviado por mail e cujo interesse dipensa mais comentários.

António Baptista Coelho
Encarnação, 21 de Março de 2005


Quercus apela ao fim do abate das florestas de carvalho


O Dia Mundial da Árvore, que hoje se comemora, levou os ambientalistas
Da Quercus a exigirem ao governo a protecção legal das florestas de carvalho, à semelhança do que já existe para os sobreiros e azinheiras.


"A lei não tem de ser tão restrita como a dos sobreiros e azinheiras.
Mas, de alguma forma, tem de se impedir o abate dos carvalhais", defendeu Domingos Patacho, da Quercus, em declarações à agência Lusa.

Este responsável justificou que os sobreiros e azinheiras, que estão
protegidos pelo decreto-lei 169/2001, representam cerca de 37 por cento
da área florestal portuguesa.

Os carvalhos autóctones constituem apenas quatro por cento da floresta
portuguesa e, por isso mesmo, devem ser protegidos, segundo Domingos
Patacho


"Estas áreas, muitas vezes de pequena dimensão, apresentam uma elevada
importância ecológica pela diversidade de vegetação e de fauna
silvestre que albergam", acrescentou.

Sem a protecção legal que se exige, os carvalhais portugueses vão
continuara ser destruídos sem que existam instrumentos minimamente adequados para travar o desaparecimento desta importante e singular floresta.

Assim, para além do sobreiro e da azinheira, os carvalhos mais raros
Devem também ser alvo de protecção legal, nomeadamente as espécies e habitats de reconhecido interesse comunitário para conservação.

Para a Quercus, as espécies e habitats que deviam merecer mais
protecção são os carvalhais-portugueses Quercus faginea - uma espécie considerada como uma relíquia da floresta portuguesa porque existe em reduzidas áreas no centro do país - e os carvalhais de Quercus robur e Quercus pyrenaica, no Norte de Portugal.

Domingos Patacho defende que estes carvalhais deverão ser protegidos
Através de um quadro legal simples e eficaz que permita acabar com as situações de abate sem qualquer parecer ou licença das entidades competentes.

Cerca de 38 por cento do território continental português é constituído
por área florestal, fundamental para a produção de oxigénio, a fixação de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono), a protecção do solo e a manutenção do regime hídrico.

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