Infohabitar, Ano XV, n.º 678
Novos desenhos em março de 2019, 2.ª parte - Infohabitar 678
por António Baptista Coelho (texto
e imagens)
Caros leitores da Infohabitar,
Prolongando-se
e reafirmando-se o que pode ser já considerado como uma tradição informal da
nossa revista, que é a edição de esboços e desenhos, boa parte deles
aguarelados, edita-se esta semana um conjunto de desenhos à mão, ou esboços, ou
apontamentos, ou esquissos livres, realizados nos respectivos sítios e
coloridos posteriormente.
Casos a
caso poder, ou não haver lugar a alguns comentários, sendo, provavelmente, a
regra a ausência dos mesmos; mas havendo-os eles poderão referir-se aos modos
de fazer do respectivo desenho e/ou aos temas de arquitectura urbana neles
ilustrados.
É,
talvez, oportuno apontar, aqui, a dádiva de prazer/alegria que estes esquissos
pintados nos proporcionam e o interesse que existe no natural acompanhamento
dos modos de fazer neles empregues, seja em termos de escolha e enquadramento
do tema, seja no que se refere às formas de expressão “gráfica” neles usados; e
por aqui fico para não transformar este artigo que se quer “desenhado” em mais
um essencialmente escrito.
Fiquem,
então, caros leitores com mais alguns “rabiscos” deste vosso editor e tenham
coragem para começar ou continuar a brincar e rabiscar, à vontade e por puro
prazer (num quadro de urbansketching e de treesketching, ... brinco um pouco).
E se
quiserem, então depois, ler um pouco mais sobre os referidos modos de fazer e
rabiscar, podem a ceder a uma pequena Sebenta que já editei sobre o tema e que
está disponível em (quando possível haverá uma 2.ª edição, reformulada e
aumentada, e não se deixem intimidar pelo título, bem longo, e onde o que
interessa é a indicação de se irem apontar “100 notas práticas para quem quer
aprender a desenhar melhor à mão livre”):
Saudações calorosas e bons
“rabiscos” bem “à vontade”, enquanto passeiam,
António Baptista Coelho
Fig. 01 - (sobre o Desenho) a busca
da expressão desenhada da profundidade do “cenário”, leva-nos a relembrar
tanto do que foi lido sobre o assunto, mas agora sentido bem “na pele”; e aqui também podemos evidenciar o interesse da marcação de sombras afirmadas e esquematizadas e de um expressivo realce dos elementos protagonistas do desenho (neste caso as árvores).
Fig.02 - (sobre o Desenho) ainda a busca da expressão
desenhada da profundidade existente no tema/enquadramento escolhido, leva-nos a
forçar, realmente, a altura do desenho que é dedicada “ao chão” – aqui ocupando
sensivelmente um pouco mais de metade da altura do desenho (e parece valer a pena, mas
quando esboçamos temos de forçar mesmo a dar este “respiro” ao “chão” que se
desenha e que tem de ter desafogo para poder conter essa expressão de
profundidade).
Fig.03 - (sobre o Desenho) as árvores vão ocupando, naturalmente,
“o palco” do tema e do enquadramento escolhidos, não só pela plasticidade
invernal global, mas também por serem importantes elementos de referência e de
expressão da, acima, referida profundidade; (sobre a Arquitectura Urbana) é sempre interessante
atentar no excelente e raro equilíbrio atingido, aqui em Olivais
Norte/Encarnação, no diálogo entre Arquitectura dos edifícios e Arquitectura da
paisagem (naturalizada) – uma das primeiras intervenções assim desenvolvidas,
em Portugal, e ainda hoje uma das mais “perfeitas” e “únicas”, e que por isso
deveria merecer um muito especial cuidado em termos de preservação e
recuperação da sua paisagem global e pormenorizada.
Fig. 04 - (sobre o Desenho) aqui é mesmo quase só “treesketching” e procurou-se dar um
toque de outono já tardio; e lembra-se a vital importância do apontamento das
sombras, vitalizadoras do esboço.
Fig. 05 - (sobre o Desenho) um apontamento muito rápido e
bastante esquemático (que dá sempre que pensar relativamente ao poder de
síntese e de escolha do que se aponta e do que se deixa de lado); (sobre a
Arquitectura Urbana) um esboço/símbolo dos edifícios no “verde urbano” e de um “verde
urbano” público que (quando bem mantido) pode ser assumido quase como grandes
pátios naturais separando e enriquecendo os edifícios contíguos.
Fig. 06 - (sobre o Desenho) e para concluir este artigo
voltamos aos pássaros, constantes e fiéis companheiros de quem passeia, calmamente, no
verde urbano, designadamente, a horas bem matinais; e que vão sendo observados
nas mais variadas situações momentâneas, depois livremente associados num único
esboço.
Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos
editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no
sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo
nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários
apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores
desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos
mesmos autores.
(ii) De acordo com o mesmo
sentido, de se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico
da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito
significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver
com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou
negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi
recebido na edição.
Infohabitar, Ano XV, n.º 678
Novos desenhos em março de 2019, 2.ª parte - Infohabitar
678
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho
Arquitecto/ESBAL, doutor em Arquitectura/FAUP
– Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Investigador Principal
com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo/LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia
Civil
Revista do GHabitar (GH) Associação
Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação
com sede na Federação Nacional de Cooperativa de Habitação Económica (FENACHE).
Apoio à Edição: José Baptista Coelho -
Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.
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