Em memória do grande amigo Arquitecto João Gonçalves Moreira
São sempre muito tristes estas notícias, mas têm de ser
dadas, e muito especialmente quando se trata de um grande amigo.
Na madrugada do passado dia 6 de Novembro de 2017 partiu,
o grande e "velho" amigo João Moreira, o Arquitecto João Nuno da
Silva Gonçalves Moreira, alguém que conheço e tenho como amigo há cerca de 50
anos, tendo sido, depois, Padrinho do José, o meu filho mais novo.
O João, o João Nuno, o João Moreira e, para mim (durante
cerca de 50 anos) e para minha família, o Moreira, é alguém que fica para
sempre muito vivo e muito presente nas nossas vidas e na minha vida, e digo-o
porque para além da sua presença contínua na nossa memória, que sempre ficará,
sem qualquer dúvida, ele marcou as
nossas vidas com a sua amizade, simpatia, gentileza e alegria.
Também marcou muito todos os sítios por onde passou como
Arquitecto e marcou aí também, com todas essas qualidades mais as do
profissionalismo, da competência e as do raro equilíbrio entre ser um excelente
profissional sendo, sempre, um homem muito amigo, alegre e um verdadeiro
cavalheiro.
À família enlutada os respeitos sentidos deste velho
amigo do João, que sinto, realmente, como irmão, e que quero acreditar que
noutras paragens encontrou a paz e a felicidade bem merecidas, para além de mais
algumas excelentes e longas novas viagens.
Não me tinha passado ontem pela cabeça, quando comecei a
alinhar estas palavras, mas, quem sabe por um estranho acaso na mesa de
trabalho doméstica ainda não tinha arrumado o grande “O Regresso dos Remadores”
do poeta João Miguel Fernandes Jorge; outro João; e quando o abri, também “quase”
por acaso, li as seguintes palavras, que iniciam um dos poemas do livro (também,
por acaso, ligado a um outro João), e que aqui transcrevo em memória e em honra
bem vivas do João Moreira e com as devidas referências ao respectivo autor:
“Os anjos estão sobre o teu leito
e cantam algum amor de ocasião.
Por toda a vila até ao amanhecer
O grito rouco das aves
[…]”
(*)
Um grande, grande abraço do António Baptista Coelho,
querido amigo Moreira e até um dia, e muitos abraços e saudades da Isabel, do
José e da Bia, do Pedro, e do Paulo e da Jeni mais a Alice,
(*) João Miguel Fernandes Jorge - O Regresso dos Remadores - poema
“No túmulo de João de Noronha uma canção de embalar” (p. 62); N.º 14 da
Colecção Forma, Editorial Presença, Lisboa, 1982 (impresso no Porto).
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