quarta-feira, novembro 08, 2017

Em memória do grande amigo Arquitecto João Gonçalves Moreira




Em memória do grande amigo Arquitecto João Gonçalves Moreira


São sempre muito tristes estas notícias, mas têm de ser dadas, e muito especialmente quando se trata de um grande amigo.

Na madrugada do passado dia 6 de Novembro de 2017 partiu, o grande e "velho" amigo João Moreira, o Arquitecto João Nuno da Silva Gonçalves Moreira, alguém que conheço e tenho como amigo há cerca de 50 anos, tendo sido, depois, Padrinho do José, o meu filho mais novo.
O João, o João Nuno, o João Moreira e, para mim (durante cerca de 50 anos) e para minha família, o Moreira, é alguém que fica para sempre muito vivo e muito presente nas nossas vidas e na minha vida, e digo-o porque para além da sua presença contínua na nossa memória, que sempre ficará, sem qualquer dúvida,  ele marcou as nossas vidas com a sua amizade, simpatia, gentileza e alegria.
Também marcou muito todos os sítios por onde passou como Arquitecto e marcou aí também, com todas essas qualidades mais as do profissionalismo, da competência e as do raro equilíbrio entre ser um excelente profissional sendo, sempre, um homem muito amigo, alegre e um verdadeiro cavalheiro.
À família enlutada os respeitos sentidos deste velho amigo do João, que sinto, realmente, como irmão, e que quero acreditar que noutras paragens encontrou a paz e a felicidade bem merecidas, para além de mais algumas excelentes e longas novas viagens.

Não me tinha passado ontem pela cabeça, quando comecei a alinhar estas palavras, mas, quem sabe por um estranho acaso na mesa de trabalho doméstica ainda não tinha arrumado o grande “O Regresso dos Remadores” do poeta João Miguel Fernandes Jorge; outro João; e quando o abri, também “quase” por acaso, li as seguintes palavras, que iniciam um dos poemas do livro (também, por acaso, ligado a um outro João), e que aqui transcrevo em memória e em honra bem vivas do João Moreira e com as devidas referências ao respectivo autor:

“Os anjos estão sobre o teu leito
e cantam algum amor de ocasião.
Por toda a vila até ao amanhecer
O grito rouco das aves
[…]”
(*)

Um grande, grande abraço do António Baptista Coelho, querido amigo Moreira e até um dia, e muitos abraços e saudades da Isabel, do José e da Bia, do Pedro, e do Paulo e da Jeni mais a Alice,


(*) João Miguel Fernandes Jorge - O Regresso dos Remadores -  poema “No túmulo de João de Noronha uma canção de embalar” (p. 62); N.º 14 da Colecção Forma, Editorial Presença, Lisboa, 1982 (impresso no Porto).

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