Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):
O planeamento urbano
e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação
– Infohabitar # 883
Artigo XI da série
editorial da Infohabitar – “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo
entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série
editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo
Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através
de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada,
pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na
Infohabitar.
Infohabitar, Ano XIX,
n.º 883
Edição:
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
Caros leitores da Infohabitar,
Com o presente artigo continuamos
a edição da série editorial dedicada à temática geral da “Segregação sócio-espacial
em contexto urbano”, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil; tal como tínhamos
planeado.
Informa-se que a matéria
editorial ligada ao estudo da habitação intergeracional participada fica agora
suspensa, numa fase de divulgação de bases editoriais e de referência, em
princípio, até ao início de 2024.
O presente conjunto de artigos
sobre “Segregação sócio-espacial em contexto
urbano”, que agora editamos, foi desenvolvido pelo Professor Anselmo Belém
Machado um dos mais assíduos articulistas da nossa Infohabitar, e que, assim, e com base na adaptação da sua tese de
doutoramento a uma sequência de artigos, nos irá acompanhar ao longo de algumas
semanas com a edição de mais um conjunto de artigos sequenciais relativos
à, hoje em dia, fundamental e sempre presente problemática da “Segregação sócio-espacial em contexto urbano”.
Saudamos, então, novamente, o
colega e amigo Anselmo Belém Machado, por mais esta excelente e substancial contribuição
editorial.
Recorda-se, como sempre, que
serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui
editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).
E desde já se refere que, em
breve, terão notícias sobre a realização de um novo Congresso Internacional da
Habitação no Espaço Lusófono – CIHEL – que será já o nosso 5.º CIHEL, que terá lugar,
novamente, em Lisboa no início de outubro de 2024; assim como da reativação do GHabitar-APPQH.
Com as melhores saudações a todos
os caros leitores,
Lisboa, Encarnação, Olivais Norte,
em 15 de novembro de 2023
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
O planeamento urbano
e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação
– Infohabitar # 883
Anselmo Belém Machado
Resumo curricular de Anselmo
Belém Machado
Doutor em geografia
Humana pela Universidade do Minho (Portugal). Com mestrado em Organização do
Espaço Rural no Mundo Subdesenvolvido, licenciado e bacharel em geografia na
Universidade Federal de Sergipe (Brasil).
O autor tem
experiência profissional em ensino, pesquisa e extensão nas seguintes
Universidades: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor associado no
Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
O autor tem as
seguintes áreas de interesse: Geografia Humana, Geografia Urbana e em Estudos
de Segregação Sócio Espacial (Portugal e Brasil).
Série Editorial sobre Segregação
Sócio-espacial em Contexto Urbano: Texto de apresentação
Face ao contexto actual de urbanização acelerada, são vários os desafios
que se colocam ao desenvolvimento das cidades contemporâneas, de entre os quais
aqueles que se relacionam com a urgência de novas políticas de gestão urbana,
capazes de promover um urbanismo inclusivo que contribua para o surgimento de
cidades socialmente mais coesas, integradas e justas. Assim, importa reforçar o
conhecimento existente em torno das dinâmicas urbanas de segregação sócio-
espacial. Este trabalho contribui para esta reflexão a partir de uma
investigação que se singulariza por uma abordagem comparativa desenvolvida a
dois níveis. Por um lado, trata-se de um estudo de geografia urbana que
privilegia a comparação entre duas cidades (Braga em Portugal e Aracaju no
Brasil), que embora se enquadrem em países diferentes e com culturas e
realidades sócio- econômicas específicas, enfrentam ambas processos de
segregação sócio-espacial no interior das suas malhas urbanas. Por outro lado,
trata-se de um estudo que confronta simultaneamente a análise de dinâmicas
espaciais distintas, quer a concentração de cidadãos de baixo nível sócio-
económico (segregação imposta), quer a realidade oposta onde a homogeneidade
sócio- económica de algumas bolsas territoriais se faz sentir pela presença
exclusiva de cidadãos de altos rendimentos (auto-segregação).
O planeamento urbano
e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação
– Infohabitar # 883
Depois de abordar como a elevada concentração de
cidadãos de baixos rendimentos em determinadas áreas urbanas, é em certa medida
também causada por planeamentos urbanos inadequados, importa agora avaliar como
opções tomadas em matéria de planeamento urbano tiveram também influência na promoção
da concentração de cidadãos de alto poder aquisitivo e com mais altas qualificações.
Nomeadamente através de políticas urbanas que impulsionaram a multiplicação de condomínios
privados e bairro de luxo.
Como vimos atrás, o desenvolvimento das relações
sociais de produção decorrente da industrialização impulsionou a diferenciação de
classes sócio-económicas, o que por sua vez teve reflexos nos processos de desenvolvimento
urbanos que foram eles próprios ajudando a demarcar contextos de residência distintos
consoante o nível sócio-económico dos seus residentes. Esta é uma tendência que
persiste pois a cada ano mais bairros novos e de alto padrão estão sendo
construídos com característica de condomínios condomínios privados fechados e com
vigilância 24 horas. Esta é em grande parte a consequência de uma sociedade cuja
organização não assenta no primado da integração e na garantia de uma qualidade
de vida, conforto e bem estar ao alcance da generalidade dos cidadãos. Toda a acumulação
de riqueza possibilitada pela sequência de diferentes revoluções tecnológicas tem
sido encaminhada para a afirmação de uma organização social piramidal e não para
a integração dos diferentes grupos sociais.
Sem se repensar os objectivos gerais que devem comandar
as lógicas de desenvolvimento não se conseguirá alcançar uma sociedade integrada
que verdadeiramente combata a exclusão social, e na qual perca sentido a existência
e crescente profusão de condomínios fechados. Pois é certo que se se verificasse
uma melhor distribuição da riqueza entre as populações, os níveis de qualidade de
vida seriam mais semelhantes entre os cidadãos, o que não provocaria tanto o desejo
de auto-segregação das classes sociais mais privilegiadas. Mas esta não parece ser
a tendência de evolução e de facto a concentração da riqueza não é apenas claramente
visível em termos sociais mas também em termos geográficos. Uma leitura geográfica
da distribuição da riqueza evidencia fortes diferenciações no planeta. As maiores
concentrações de riqueza localizam-se na América do Norte, em grande parte da Europa
e na Austrália. Nestas áreas o PIB per capita é de mais de 100 mil dólares. No patamar
inferior encontram-se países com um PIB per capita abaixo de 5 mil dólares, em grande
parte no continente africano e alguns países da Ásia e América do Sul, sendo assim
os territórios com maior concentração de pobreza.
Conclui-se assim facilmente que os
desequilíbrios na distribuição da riqueza e a diferenciação social têm aumentado
mesmo apesar das inúmeras ações de recuperação dos países pobres e das ações
realizadas por ajudas humanitárias. Na verdade os programas de financiamentos e
“rolagem” da dívida promovidos pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional
devem ser repensados visto que essas ações apenas estão aprofundando a crise económica
das nações pobres ao invés de recuperá-las. Essas instituições
“[…] têm, porém, que explicar
porque é que em todos estes anos a pobreza extrema não deixou de aumentar em termos
absolutos, porque é que no seio de cada país «em tratamento» os desequilíbrios sociais
e económicos aumentaram entre ricos e pobres. Até nas instâncias financeiras internacionais
está a ganhar terreno a dúvida de que as políticas de ajustamento económico
estrutural, da forma como estão a ser implementadas, fazem mais mal que bem. Mas
as instituições de Bretton Woods [Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional]
estão animadas por certezas ideológicas que não deixarão pôr em xeque o seu modo
de agir.”. Fonte:http://www.alemmar.org/.
Uma vez que a prioridade não está na integração social
mas no favorecimento de desequilíbrios e de uma organização social piramidal, daí
decorrem processos que ajudam a explicar as preferências residenciais que estão
na base da multiplicação dos condomínios fechados. Desde logo a pobreza extrema
de uma parte significativa da população mundial que vive em situação de miséria,
sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, e em relação à qual a população
mais abastada desses países procura distanciamento. Desta justaposição de
realidades sociais diferenciadas decorre um sentimento crescente de
insegurança, que a tipologia dos condomínios fechados consegue de algum modo controlar.
Para Bauman (2006, [2005]: 36), Op. Cit. Martins (2013, p. 77), os residentes dos
condomínios fechados se isolam fugindo da realidade desconcertante que a vida urbana
impõe, pois é desagradável e em muitos casos ameaçadora, pelo que para fugir desse
contexto que causa fobia e tristeza, se isolam “num oásis de calma e segurança”.
Esses condomínios permitem que os seus moradores não sejam confrontados com a realidade
em que vive a restante população e que tanta insegurança lhes promove. Assim, um
planeamento urbano que favorece um processo de urbanização assentes na multiplicação
destes condomínios, é um planeamento urbano que se alinha por lógicas mais gerais
que evitam a integração social.
Para uma redução duradoura da insegurança, o Relatório
de Desenvolvimento Humano 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNPUD, 2014) recomenda políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população,
com forma mais eficaz de prevenção do crime e da violência por meio de um crescimento
económico inclusivo. Segundo este Relatório das Nações Unidas, não basta apenas
aprovar o financiamento aos países pobres (a altos juros), mas concentrar os esforços
na qualidade de vida das populações pobres e no aumento da justiça social. No entanto,
hoje o que pode ser constatado é um crescente aumento do índice GINI (10),
o que representa uma tendência crescente de alta desigualdade social, mais
fortemente em alguns contextos, como nos países da América Latina, o que acaba por
ser favorecedor da multiplicação de condomínios fechados.
Assim a questão dos condomínios fechados é um assunto
que está se tornando muito presente na sociedade contemporânea, e que merece ser
analisada principalmente quando o planeamento urbano favorece a difusão desta modalidade
residencial. Historicamente importa referir que antes de se concretizarem como condomínios
efetivamente habitacionais e fechados, existiram alguns precursores mas que não
tinham a função exclusivamente residencial. Segundo Barajas (2003) Op. Cit. Sposito
(2013), já existiram no final do século XIX, essas comunidades restritas, que foram
denominadas de “gated communities” nos Estados Unidos, quando algumas ruas
foram privatizadas. Mas é na década de 1960, que surgiram na Califórna os condomínios
habitacionais fechados enquanto conjuntos de moradias cercadas e de acesso
restrito (Martins, 2013), que vieram a se difundir intensamente por muitos
países nas décadas seguintes, originando o que Barajas (2003) denominou de
“cidade fechada”, devido ao acesso exclusivo e restrito a estas parcelas urbanas.
A expansão desse tipo de habitação, segundo Ascher (2001), Op. Cit. Martins
(2013, p.65), está se tornando como “nova forma de segregação social”, estimulada
em muitos contextos pelos planeamentos urbanos atuais, em que respondendo a aspirações
de acréscimo de segurança para alguns (poucos) acabam por proporcionar um aumento
significativo na arrecadação de impostos e favorecer os grupos privilegiados.
Essa “nova” forma de habitar constitui um dos frutos
da lógica capitalista, por vezes designados de guetos dos ricos, que se diferenciam
em muito dos guetos dos pobres. Os guetos dos pobres são uma solução habitacional
involuntária e imposta pelas condições económicas e sociais na qual se encontra
esse grupo populacional. Esta visão é partilhada por Bauman (2001), para quem o
contraste entre a homogeneidade interna no gueto voluntário e a heterogeneidade
dos que permanecem fora dele, é central na sua própria definição. Este autor ilustra
a expansão dos condomínios fechados em cidades globais recorrendo à imagem das “[vedações
que separam] o ghetto voluntário dos ricos e dos poderosos dos inumeráveis ghettos
forçados em que os deserdados vivem” (Bauman (2001: 116, 36), Op. Cit. Martins (2013,
p.69)).
Hoje de fato os condomínios habitacionais fechados,
que se assumem como “a noção mais ampla de enclaves fortificados” Caldeira (2000:259)
Op. Cit. Marques (2013, p. 68), são um fenómeno global que reforça a auto segregação
dos que têm alto poder aquisitivo, e que se apresenta como fruto da cidade segregada
por antagonismos sociais e em que se assiste a uma perda da qualidade dos ambientes
construídos públicos e comunitários. O que traduz o mau desempenho dos poderes públicos
na gestão urbana, na manutenção da infraestrutura da cidade, no mau uso dos
equipamentos públicos existentes, na conservação e animação das praças e áreas de
lazer, comprovam que de fato o planeamento
urbano deve dirigir maior atenção e investimento para esses ambientes construídos
públicos e comunitários.
Em suma, a concentração de riqueza em desprimor de
uma aposta na elevação da qualidade de vida para a generalidade da população, está
assim associada com a segregação sócio-espacial urbana que é reforçada por planeamentos
urbanos que em muitos casos estão mais comprometidos com a dotação de condições
para a satisfação das pretensões das classes mais privilegiadas, do que comprometidos
com a qualidade de vida da generalidade da população que reside nas cidades procurando
garantir uma maior justiça espacial nos modos de organização e funcionamento das
cidades. Todavia é certo que existem também exemplos distintos, que demonstram como
o planeamento urbano se tornou responsável em minimizar estes problemas de segregação
sócio-espacial nas cidades, sobre os quais se reflectirá na secção seguinte. Nuns
casos com maior sucesso do que noutros, em que se avançou sobretudo nas formulações
das legislações urbanísticas existentes, sem grandes efeitos na condições sociais
das populações de baixa renda.
Notas:
(10) O ponto positivo
desse índice “é capacidade de mensurar a distribuição de renda, não cedendo às limitações de outros dados, como a renda
per capita, que nada mais é do que a média aritmética entre o Produto
Nacional Bruto e o número
de habitantes. Mas existe a desvantagem desse índice, visto que, ele mensura a desigualdade de renda em termos estáticos, sem dar ênfase
na oportunidade ou no potencial
que um local possui em se tornar mais ou menos desigual a curto e longo prazo.
Além disso, uma boa distribuição de renda em um país, por exemplo,
não corresponde necessariamente a uma justiça
social...” (Pena, 2018, s.p.)
Bibliografia geral (A a C)
Devido à natural extensão da bibliografía esta é,
novamente, apresentada em diversos “blocos” sequenciais.
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definição. Finisterra. Lisboa: Universidade de Lisboa, 37(74),101-128.
Nota: a base bibliográfica deste
conjunto de artigos, por ser muito extensa, é repartida em quatro partes,
sequencialmente editadas, ao longo dos diversos artigos que integram a série
editorial .
Notas editoriais gerais:
(i) Embora a edição dos artigos
editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no
sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo
nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários
apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores
desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos
mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural
responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos
de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos,
gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos
autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias
autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o
referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta
a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários
"automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos
conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição
da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos
editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à
verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da
revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de
eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
O planeamento urbano
e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação
– Infohabitar # 883
Artigo XI da série
editorial da Infohabitar – “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo
entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série
editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo
Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através
de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada,
pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na
Infohabitar.
Infohabitar, Ano XIX,
n.º 883
Edição:
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho, Investigador
Principal do LNEC
Edição: Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja
abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt
A
Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da
Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na
Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e
anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.
Apoio à
Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.
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