Infohabitar, Ano XVII, n.º 779
Edição:
terça-feira, 15 de junho de 2021
Caros leitores da Infohabitar,
Continuamos a série editorial da
Infohabitar especificamente dedicada a uma viagem sistemática pelos diversos
espaços do habitar, que iniciámos na vizinhança, avançando, depois para os
edifícios e seus espaços comuns (disponível no catálogo interativo da
Infohabitar, no seu tema 6 intitulado “Série habitar e viver melhor”) e “terminando” numa reflexão sobre os diversos tipos
de organizações, opções e espaços domésticos; reflexão esta que aqui será
desenvolvida ainda durante bastantes semanas editoriais.
Lembra-se,
novamente, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre
os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar para abc.infohabitar@gmail.com
, ao meu cuidado).
Considerando a atual e ainda crítica evolução da
pandemia, sublinha-se a vital importância de não perdermos, agora, o que
ganhámos, dando-se agora tempo e cuidado até estarmos todos, em boa parte,
imunizados.
Despeço-me, até à próxima semana, enviando saudações
calorosas e desejos de força e de muito boa saúde para todos os caros leitores
e seus familiares,
Lisboa/Encarnação e Azambuja/Casais de Baixo, em 14
de junho de 2021
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
Opções de compartimentação na habitação – infohabitar # 779
António Baptista Coelho
(texto e imagem)
Resumo
Neste artigo,
dedicado a uma reflexão sobre as opções de compartimentação na habitação, inicia-se
o desenvolvimento da temática com a indicação do que se considera ser a urgência
da abordagem do tema e numa perspetiva ampla e integradora.
Avança-se, em
seguida, para a exploração de diversos caminhos de consideração das opções
domésticas de compartimentação, primeiro de uma forma mais ampla e de certo
modo “tipológica” e, depois, apontando-se alguns caminhos, considerados (mais)
práticos da compartimentação doméstica. Depois a compartimentação doméstica é um pouco
discutida tendo-se em conta a dimensão e a idade das famílias
Finalmente e
a modos de comentário final associa-se esta pequena reflexão sobre a
compartimentação doméstica à, sempre presente, importância da qualidade
arquitectónica dos respetivos projetos.
1. Sobre a ampla e urgente temática da compartimentação doméstica
As questões
associadas à compartimentação doméstica constituem-se, por um lado,
provavelmente nas temáticas mais debatidas e comuns da qualidade do habitar,
bem presentes na sempre presente referência ao n.º de assoalhadas de uma dada
habitação – número de compartimentos de uma habitação, excluindo arrumos,
despensas, casas de banho e cozinha (“a casa que visitei tinha 4 assoalhadas”);
referência estaque tem vindo a ser substituída pela, sempre mais hermética,
referencia ao número de quartos, concretizada, por eemplo, na designação “ T2
ou T3”, referida a habitações, respetivamente, com 2 ou 3 quartos – estes
mesmos habitualmente referidos a “quartos de dormir” – uma designação que ela
própria nos leva longe.
Há variadas
formas de abordar a temática da compartimentaçãoo doméstica sendo que, e
primeiro lugar, importa salientar que é mais do que tempo de questionar as
“bases mesmo” de uma tal compartimentação, pois, tantas vezes, nos sentimos
melhor e servem-nos melhor espaços e sub-espaços domésticos que não têm lugar
em tais categorias de análise/definição – por exemplo, aquele pequeno recanto
de uma grande cozinha onde tanto se lê o jornal e mesmo um livro, como se vai
convivendo, aquela posição da mesa de jantar que a torna extremamente mais
agradável e multifuncional do que tantas outras posições, talvez mais formais e
desligadas da envolvente.
Talvez mais
do que numa compartimentação a habitação viva e deva viver numa natural, mas
compassada, continuidade de espaços e sub-espaços volumétrica e ambientalmente
qualificados, onde, em cada um deles, possam acontecer/”suceder” um razoável
leque de atividades, ações e comportamentos mais individuais ou mais de grupo.
E talvez mais
do que numa rígida repartição/separação compartimentística, aliás, ainda mais
rígida e globalmente monofuncional devido à “incontornável” hierarquização
doméstica (das zonas mais sociais, mais íntimas e mesmo privadas), a habitação
se possa, novamente, compor de espaços razoavelmente multifuncionais e com uma
significativa capacidade estratégica e previamente bem definida (ausência de
elementos estruturais e de instalações) para se poderem fundir (ex., dois
espaços tornando-se um) e cindir (ex., um espaço tornando-se dois).
2. Opções domésticas de compartimentação
De certa
forma, deixando-se o amplo caminho de reflexão e discussão, que acabou de ser
seguido, um pouco em suspenso, proporcionando-se outras reflexões posteriores e
mais aprofundadas, vamos, em seguida, procurar aplicar um pouco estas ideias em
termos de propostas práticas de organização doméstica.
Neste sentido, trata-se, em seguida, da
possibilidade de juntar e dividir compartimentos e espaços, da escolha entre
ter mais compartimentos mais pequenos ou menos compartimentos maiores e,
finalmente, da separação entre zonas mais sociais ou mais íntimas.
Possibilidade de juntar e dividir compartimentos e
espaços
A
possibilidade de juntar e dividir compartimentos e espaços, desde que feita com
um mínimo de despesas, permite uma forte adaptação da casa ao crescimento da
família (mais quartos para os filhos) e, mais tarde, a criação de amplas zonas
de estar, de trabalho e lazer em casa (quando os filhos deixam o fogo).
Uma tal
possibilidade pode estar já parcialmente concretizada, por exemplo, através dos
compartimentos maiores com “golas”, que proporcionavam usos globais,
minimamente destacados (ex., zona de estar e zona de refeições formais) ou
assumidamente destacados, por exemplo, através do fecho da zona da “gola” por estante
ou mesmo por tabique. E não será pode acaso que tais soluções caíram, de certa
forma em desuso, pois definiam uma tipologia doméstica um pouco ambígua e
comercialmente menos atraente (ex., T3/4 em vez de T4); uma situação que, tal
como outras, põe em destaque a necessidade de se dinamizar uma cultura de
qualificação doméstica muito menos “quantitativa” e mais associada a um amplo
leque de qualidades arquitectónicas residenciais – qualidades estas hoje em dia
apenas “praticadas”, e muitas vezes parcialmente, na habitação destinada aos
grupos sociais mais favorecidos.
Maior número de compartimentos, embora mais pequenos
A existência
de um maior número de compartimentos, embora mais pequenos, é fundamental para
que os jovens tenham o seu espaço privativo (formação da personalidade e
repositório do mundo pessoal de cada um).
Cabe talvez
aqui uma referência específica a muitas das soluções domésticas aplicadas no
excelente Bairro de Alvavalade em Lisboa e designadamente nas suas “células”
ditas sociais, onde, mercê de um aturado estudo funcional e de movimentações
domésticas, se viabilizaram conteúdos espaciais e funcionais marcados,
frequentemente, por esse privilvegiar de um maior número de compartimentos
embora não espacialmente folgados; numa condição que provavelmente também
decorrente desse excelente estudo inicial proporcionou, para além desse serviço
“de primeira geração” de habitantes muito favorecedor da individualidade e do
desenvolvimento dos variados mundos pessoais, ocupações e apropriações
posteriores muito interessantes e adequadas à evolução das famílias (ex.,
pequena cozinha que se prolonga por quarto contíguo, criando-se uma peeuqna
sala de família; quarto junto da entrada que se transforma em escritório,
etc.).
E daqui se
retira também, novamente, a importância de um verdadeiro estudo básico espacial
e funcional, estudo este que se aplica a todas as categorias de espaciosidade
doméstica, mas que, evidentemente, é muito crítico quando estamos a “jogar” com
áreas reduzidas e dimensões arriscadamente perto dos mínimos; estudo este que,
evidentemente, não se tem de repetir em cada exercício prático, mas que deve
sempre obrigar a uma cuidada e bem baseada reflexão e, designadamente, a
comparações e consultas de projetos e casos de referência.
Menor número de compartimentos, mais espaçosos
A opção por
espaços mais generosos, um pouco em detrimento da individualização dos espaços,
embora possa ser justificada, quando há um modo de vida familiar marcadamente “comunitário”
e desinibido ou pouco formal, tem quase sempre contrapartidas negativas na
necessária privacidade de cada um, que é uma necessidade complementar à
formação e ao equilíbrio da personalidade.
Afinal há que
deixar a cada um, sempre que seja possível, a possibilidade de uma construção
gradual do seu respetivo e “próprio” pequeno mundo doméstico, sendo para tal
necessário, pelo menos, um espaço mínimo, adequadamente organizado e
expressivamente apropriável; desta forma e talvez só desta forma sejam de
aceitar as referidas opções domésticas muito unificadas e de grupo, pois cada
um terá sempre o seu “recanto”, o seu pequeno espaço de remanso/retiro e de
algum estratégico e relativo isolamento.
Ainda nesta
perspetiva de desenvolvimento de menos compartimentos mas mais espaçosos, importa
considerar que estes deverão proporcionar, mais do que a sua ocupação espacial
e funcional por “microespaços” com variadas multifuncionalidades, que tais
microespaços possam ser extensa e intensamente apropriados; afinal, a
quantidade de espaço, tomada essencialmente como isso mesmo, “quantidade”,
nunca será sinónimo de qualidade doméstica e não podemos esquecer que há, até,
grandes salas miseravelmente ocupáveis em termos de uma adequada
multifuncionalidade.
Fig. 1: Considerando-se o desenvolvimento de menos compartimentos mas mais espaçosos, importa ter em conta que estes deverão proporcionar, mais do que a sua ocupação espacial e funcional por “microespaços” com variadas multifuncionalidades, que tais microespaços possam ser extensa e intensamente apropriados.
3. Alguns caminhos (mais) práticos da compartimentação doméstica
Sala ampla ou subdividida em dois
espaços
A questão da
escolha entre mais compartimentos mais pequenos ou menos compartimentos maiores
e a da separação entre a sala e a zona de quartos (zona íntima) encontra um
"terreno" propício, embora mais pormenorizado, na opção entre uma
sala ampla e uma outra parcialmente subdividida em dois espaços; sendo um deles
estrategicamente mais relacionado com a zona de quartos, enquanto o outro se
abre, preferencialmente, para a entrada do fogo e se conjuga, mais ou menos
directamente, com a cozinha.
Uma sala
constituída por uma única zona ampla e regular (sem grandes recantos) constitui
um espaço muito diferente de uma outra sala organizada em duas zonas mutuamente
articuladas e diversa e estrategicamente ligadas aos restantes espaços do fogo;
esta diferença é fundamental, devendo ser muito cuidadosamente ponderada,
quando se dispõe de áreas controladas a atribuir aos diversos espaços
domésticos (exº, habitação social ou de "custos controlados").
Parece ser
natural, no caso de áreas relativamente restritas, a primeira opção, por uma
sala regular e num único espaço; no entanto, quando a solução em dois espaços
se integra perfeitamente na organização do fogo, através da criação de zonas
multifuncionais, que não provoquem problemas de privacidade, esta solução é
mais rica e caracterizadora do espaço doméstico (exº, zona de entrada no fogo
bem articulada, ou integrada, com uma zona da sala muito adequada para as
refeições formais e com a circulação que leva à zona de quartos,
proporcionando-se uma segunda zona da sala mais recatada e ainda ampla).
Cozinha ampla ou subdividida em dois
espaços
Estas
questões da compartimentação e de, podemos chamar “para-compartimentação”,
aplicam-se, também, de forma interessante na zona de cozinha, produzindo-se
duas “situações-limite”, ambas marcadas por uma expressiva capacidade de convívio doméstico, mas muito distintas, designadamente, em termos de
caracterização ambiental.
Uma das
situações corresponde a uma grande e espaçosa cozinha, que até pode ser
ambiental e funcionalmente “tradicional” ou marcada por novos ambientes e
tecnologias, mas sempre uma solução em que este compartimento é marcado pela
imagem e presença do ambiente cozinha, suas funções e referências.
A outra
situação liga-se a uma zona doméstica em dois espaços articulados mas
razoavelmente distintos na sua caracterização ambiental, sendo um deles mais de
cozinha e outro mais de estar informal e familiar, podendo existir uma zona de
refeições correntes na transição entre estes dois espaços.
Um corredor que além de
compartimentar é um compartimento
Ainda nestas
questões da compartimentação um dos aspetos que pode marcar, fortemente, a organização doméstica é a possibilidade de a zona de corredor poder
constituir-se não apenas como elemento doméstico que apoia a compartimentação
da habitação, mas também ela própria, praticamente como compartimento,
eventualmente alongado, mas com funções específicas para além das de
acessibilidade e separação.
E assim
poderemos ter desde corredores que funcionam como pequenas galerias de arte,
onde se penduram, por exemplo, gravuras e outros elementos artísticos, a
corredores que funcionam como zonas de serviço a longos armários embutidos, até
zonas de corredor largas e onde é possível desenvolver atividades de lazer e/ou
de trabalho doméstico ou não doméstico (funcionando um pouco como uma saleta
alongada e eventualmente informal).
Notas sobre a importância da
para-compartimentação doméstica
Remata-se
esta reflexão com uma referência à importância que tem para a
multifuncionalidade da habitação, na sua globalidade, e para a
multifuncionalidade dos diversos compartimentos domésticos que existam
estrategicamente disseminados pelo fogo micro-espaços apenas parcialmente
compartimentados e/ou, mais frequentemente, apenas com uma sugestão de
separação/para-compartimentação onde
seja possível desmultiplicar as diversas necessidades e os diversos gostos
funcionais dos diversos membros da família; e não podemos deixar apenas para o
mobiliário esta função, até porque, frequentemente, é bastante reduzida a
capacidade dos habitantes para obterem mobiliário de qualidade e para o
integrarem e associarem com verdadeira qualidade doméstica – matéria esta à
qual iremos voltar em próximos textos.
4. Compartimentação e dimensão das famílias
Naturalmente,
as famílias pequenas terão preferência por menos compartimentos e mais
espaçosos, mas há que acautelar as necessidades em espaços próprios para actividades
muito exigentes em sossego e relativa independência, como é o caso das
actividades profissionais feitas em casa (algumas recebendo clientes que são
estranhos ao lar) e das actividades de lazer doméstico e de passa-tempos,
nomeadamente aquelas que exigem espaços e equipamentos especiais (revestimentos
laváveis, bancas de trabalho, etc.).
Essas actividades ficarão melhor situadas em quartos mais relacionados com a zona da sala de estar e fora da tradicional, e sempre desejável, zona de quartos ou zona íntima da casa; esta deve existir, mas nem todos os quartos devem estar nela incluídos (um dos quartos pode ter relação com a sala, servindo para actividades menos domésticas ou para o alojamento de um filho mais velho ou de um parente).
5. Compartimentação e idade das famílias
E também,
naturalmente, as famílias mais jovens tenderão a sentir-se melhor e mais
“à-vontade” em soluções domésticas menos compartimentadas, mais flexíveis,
informais e convertíveis, no tempo, por exemplo, simplesmente, através da mudança
de colocação de elementos de mobiliário, eles próprios também tendencialmente
marcados por aspetos de multifuncionalidade.
Enquanto as
famílias menos jovens, e que foram, habitualmente, constituindo, ao longo do
tempo, um crescente e significativo património de mobiliário e de elementos de
decoração e apropriação, tenderão a apreciar mais soluções domésticas mais
compartimentadas e talvez até com espaços mais ligados a funções específicas.
Mas chegando
ás famílias mais idosas, novamente reduzidas ao casal e, por vezes, a uma
pessoa sozinha, fica em aberto, aqui neste texto, qual será ou quais serão as
tendências a favorecer em termos da organização, compartimentação e
funcionalidade e espacialidade domésticas.
Breves notas de remate sobre a importância da qualidade
arquitectónica
Tal como
noutros subtemas desta ampla matéria da qualificação do espaço doméstico, as
questões da compartimentação versus desafogo e relativa unidade espacial
levam-nos longe e obrigarão à continuidade destas reflexões, pois, afinal, para
que o espaço doméstico – sempre dimensionalmente relativamente reduzido e
limitado – possa cumprir o seu essencial papel de (pequeno) “mundo” e
habitat bem apropriável de uma família e de um habitante, ele tem de se
caraterizar por uma extensa riqueza qualitativa, marcada por múltiplos aspetos
de técnica e de arte, uns mais objetivos e mensuráveis e outros que não o
sendo, são bem da responsabilidade da boa Arquitectura.
Notas finais editoriais
Os temas abordados neste artigo foram, inicialmente apontados,
pelo autor, de forma ainda pouco desenvolvida, para o estudo “Guia do comprador
de habitação”, editado pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor de
Portugal em 1991.
O presente artigo corresponde a uma edição ampliada,
modificada e revista do artigo que foi editado na Infohabitar, em 11/08/2014,
com o n.º 495.
Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar
seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar
assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e
científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o
pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e
comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
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autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos
mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é,
igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que
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técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade
muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm
a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e
pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos
comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se
circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é
pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser
de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado
tal e qual foi recebido na edição.
Infohabitar, Ano XVI, n.º 779
Opções de compartimentação na Habitação – infohabitar # 779
Infohabitar
Editor: António Baptista
Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.
Revista do GHabitar (GH)
Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar –
Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica
(FENACHE).
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