terça-feira, dezembro 04, 2018

667 - Esboços aguarelados sobre Olivais Norte, Lisboa (I) - Infohabitar 667

Infohabitar, Ano XIV, n.º 667
Mais alguns esboços aguarelados sobre Olivais Norte, em Lisboa I
por António Baptista Coelho

Esta semana e as próximas serão dedicadas a uma edição simples, não comentada, de alguns últimos esboços, mantendo-se uma “tradição” da Infohabitar, onde já foram editados algumas dezenas de artigos com esboços diversos, alguns comentados outros não.

Regista-se, apenas, que Olivais Norte, em Lisboa, o bairro agora esboçado em algumas vistas, constitui um conjunto habitacional e urbano de pura traça modernista e sendo, nesta perspectiva, muito provavelmente, o melhor exemplo modernista português, que alia a esta valia cultural e arquitectónica única uma extraordinária qualidade de vivência urbana e habitacional; mas, no entanto, Olivais Norte encontra-se, actualmente e já desde há anos, no que se considera ser um sensível e crescente estado de pouco cuidado com os seus espaços exteriores públicos, que é  bem evidente, designadamente, durante os meses mais quentes (devido à ausência de rega), mas também em pavimentos degradados, falta de mobiliário urbano compatível com o carácter dos espaços, novas intervenções de reformulação de estacionamentos desenquadradas das originais, etc.; uma situação que afecta a fruição do espaço público e a sua imagem, e uma situação para a qual também contribui, intensamente, a contínua “destruição” das fachadas dos seus excelentes edifícios - verdadeiros marcos da nossa história habitacional - com marquises, estores e outras intervenções dissonantes.

Será já tempo de se pensar, urgente e decididamente, em parar esta múltipla e triste  “destruição” do nosso bairro modernista por excelência, e talvez através de uma aliança estratégica e bem acordada entre município/estado e moradores, partir para uma gradual, mas bem afirmada, recuperação da imagem urbana pública de Olivais Norte (integrando espaços públicos e fachadas dos edifícios), restituindo a este bairro a sua clara importância histórica e cultural, que poderia ser bem evidenciada, por exemplo, através de um núcleo  interpretativo do Bairro (por exemplo, sediado, estrategicamente num espaço da estação de metro da Encarnação, centrada no Bairro), e, simultaneamente, revalorizando, assim, muito significativamente, os seus espaços públicos, edifícios e habitações - e já há exemplos excepcionais de moradores que, isoladamente, procuram recuperar a imagem original das suas habitações e até a vizinhança contígua dos seus espaços públicos, faltando transformar este processo numa dinâmica bem enquadrada e ampla, que poderá, eventualmente, recorrer a adequadas soluções inovadoras em termos de imagem produzida/recuperada e de custo/benefício - benefício este no qual talvez se possam também incluir melhorias das habitações em termos do respectivo conforto ambiental (pois julga-se que há programas específicos de apoio a este tipo de intervenções).



Fig. 01 - sem título



Fig. 02 - preexistência entre blocos modernistas e verde urbano
Fig. 03 - a zona verde central



Fig. 04 - sem título



Fig. 05 - sem título



Fig. 06 - o verde urbano entre as diversas tipologias
Fig. 07 - o reino do peão




Fig. 08 - sem título


Notas editoriais:
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Infohabitar, Ano XIV, n.º 667
Maia alguns esboços aguarelados sobre Olivais Norte, em Lisboa I

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Editor: António Baptista Coelho
abc.infohabitar@gmail.com
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