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Infohabitar,
Ano XI, n.º 543
Lavandaria doméstica - Infohabitar n.º 543
António Baptista Coelho
Artigo
LXXXIV da Série habitar e viver melhor
Continuamos, em seguida, a Série editorial sobre
"habitar e viver melhor",
na qual temos acompanhado uma sequência espacial desde a vizinhança de
proximidade urbana e habitacional até ao edifício multifamiliar.
Estamos a abordar , com algum detalhe, os
espaços que constituem os nossos “pequenos” mundos domésticos e privativos,
refletindo sobre as diversas facetas que os qualificam; e continuamos a desenvolver uma reflexão sobre os espaços de lavandaria
domésticos.
Lavandaria doméstica - associações interessantes
Habitualmente a lavandaria e rouparia doméstica está associada à
cozinha e, eventualmente, a uma casa de banho mais ampla, mas há que manter
total independência com os usos ligados à preparação de refeições.
Lavandaria doméstica - hábitos interessantes
O
estender a roupa no exterior é um hábito interessante que convém salvaguardar,
havendo excelentes soluções que harmonizam esta atividade com o respetivo e
relativo recato e a sobriedade da imagem pública produzida.
Fig. 01: pormenor de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - H 15 - 16, Arquitetura: Mats Molén.
Lavandaria doméstica - aspectos motivadores
A associação de boa parte do tratamento de roupa doméstico –
lavar, engomar e costurar – num espaço desafogado do tipo sala de família ou
mesmo grande cozinha familiar e multifuncional é uma solução associada a uma
interessante dinamização do convívio doméstico, desde que os aspectos
associados ao ruído da lavagem estejam minimizados, assim como os aspetos de
ventilação que são essenciais.
Lavandaria doméstica - problemas correntes
Os problemas correntes nestas matérias têm a ver,
frequentemente, com a quase ausência de apoios domésticos específicos ao
tratamento de roupas, ou à existência de situações em que espaços desse tipo
interiorizam criticamente os espaços de cozinha contíguos.
E há ainda que referir situações críticas onde se propõe uma
íntima associação sem qualquer sentido entre tratamento de roupas e espaço de
preparação de refeições – por exemplo com um estendal interior cruzando e
cortando transversalmente o espaço de cozinha.
Fig. 02: pormenor de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - H 33 - 34, Arquitetura: Greger Dahlström.
Lavandaria doméstica - questões levantadas por áreas mínimas
As áreas e dimensões mínimas agravam as situações de deficiente
previsão do tratamento de roupas, tendendo a “amalgamá-lo” juntamente com as
diversas funções de cozinhas, sendo estas espacialmente exíguas e mal
equipadas.
Lavandaria doméstica - novidades e tendências (ex., idosos, etc.)
As principais tendências relativas ao tratamento de roupas
doméstico na sociedade urbana actual, marcada pelo isolamento de cada um na sua
célula habitacional têm a ver, frequentemente, com a transferência desta
actividade para serviços especializados, uma solução que, provavelmente, será
também bastante adequada a uma população envelhecida.
Fig. 03: pormenor de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - H 36 - 37, Arquitetura: Bengt Hidemark, Ingemar Jönsson.
References/Referências/notas
Nota importante sobre as imagens que
ilustram o artigo:
As imagens que acompanham este artigo e
que irão, também, acompanhar outros artigos desta mesma série editorial foram
recolhidas pelo autor do artigo na visita que realizou à exposição
habitacional "Bo01 City of Tomorrow", que teve lugar em Malmö em
2001.
Aproveita-se para lembrar o grande
interesse desta exposição e para registar que a Bo01 foi organizada pelo
“organismo de exposições habitacionais sueco” (Svensk Bostadsmässa), que
integra o Conselho Nacional de Planeamento e Construção Habitacional (SABO), a
Associação Sueca das Companhias Municipais de Habitação, a Associação Sueca das
Autoridades Locais e quinze municípios suecos; salienta-se ainda que a Bo01
teve apoio financeiro da Comissão Europeia, designadamente, no que se refere ao
desenvolvimento de soluções urbanas sustentáveis no campo da eficácia
energética, bem como apoios técnicos por parte do da Administração Nacional
Sueca da Energia e do Instituto de Ciência e Tecnologia de Lund.
A Bo01 foi o primeiro desenvolvimento/fase
do novo bairro de Malmö, designado como Västra Hamnen (O Porto Oeste) uma
das principais áreas urbanas de desenvolvimento da cidade no futuro.
Mais se refere que, sempre que seja
possível, as imagens recolhidas pelo autor do artigo na Bo01 serão referidas
aos respetivos projetistas dos edifícios visitados; no entanto, o elevado
número de imagens de interiores domésticos então recolhidas dificulta a
identificação dos respetivos projetistas de Arquitetura, não havendo informação
adequada sobre os respetivos designers de equipamento (mobiliário) e eventuais
projetistas de arquitetura de interiores; situação pela qual se apresentam
as devidas desculpas aos respetivos projetistas e designers, tendo-se em conta,
quer as frequentes ausências de referências - que serão, infelizmente, regra em
relação aos referidos designers -, quer os eventuais lapsos ou ausência de
referências aos respetivos projetistas de arquitetura.
Notas
editoriais:
(i) Embora a edição dos
artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo
editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um
significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e
comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos
respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva
responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) De acordo com o
mesmo sentido, de se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e
científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito
significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver
com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo
em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na
edição.
Infohabitar, Ano XI, n.º 543
Artigo
LXXXIV da Série habitar e viver melhor
Lavandaria doméstica - Infohabitar n.º 543
Editor: António Baptista
Coelho
abc@lnec.pt e abc.infohabitar@gmail.com
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GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade
Habitacional
Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação -
Olivais Norte.
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