- Infohabitar 174
O Grupo Habitar, os primeiros quatro anos e um pouco de futuro
Esta semana e na próxima semana marcando os primeiros quatro anos de vida e de iniciativas do Grupo Habitar (GH) edita-se um relato informal do que o GH tem feito e algumas notas sobre o que queremos vir a fazer.Fig. 00
A apresentação geral refere-se às seguintes oito matérias, cinco das quais editadas esta semana e outras três na próxima semana:
-Apresentação geral do GH
-Composição do Grupo Habitar
-Temas disciplinares do Grupo Habitar
-Reuniões, Sessões e Conferências do GH
-Visitas Técnicas do GH
-Dinamização da revista Infohabitar
-Outras inciativas do GH
-Notas finais sobre a dinamização do GH
Apresentação geral do GH
Passados seis anos após a primeira reunião do Grupo Habitar (GH), a 28 de Junho de 2001 em Santo Tirso, e perto da conclusão do primeiro quadriénio após a fundação desta Associação (em Janeiro de 2004), o GH assegurou 34 eventos (estando mais dois em preparação), entre reuniões, assembleias, sessões e visitas técnicas (com entre cerca de 20 a 150 participantes), e em parcerias com diversas instituições.
Ainda neste seu período inicial o GH montou um site, alojado no site do LNEC, e assegura, desde há pouco mais de dois anos, a edição de uma revista na Internet, o Infohabitar, que semanalmente disponibiliza um novo artigo técnico sobre matérias que mantêm a actualidade, estando já facilmente disponíveis mais de 150 artigos e cerca de 1000 páginas ilustradas, cujos “picos” já várias vezes ultrapassaram as 600 consultas diárias; a média actual em dias úteis é de cerca de 200 consultas diárias.
A sede do Grupo Habitar é no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo (NA) do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) – n.º 101 Av. do Brasil, Lisboa – e a chefia deste Núcleo cooperou na fundação e assegurou a primeira presidência da Direcção do GH.
Fig. 02: os picos de leitura do infohabitar durante Maio de 2007
O Grupo Habitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional é uma associação técnica e científica, de direito privado e sem fins lucrativos, com natureza basicamente multidisciplinar, que nasceu do interesse de pessoas com diversas formações e diversas práticas profissionais, ligadas às temáticas da habitação, do urbanismo e da qualidade de vida. Um interesse direccionado seja para o estudo teórico e prático das mais diversas matérias do habitar (da habitação à cidade e do mundo físico ao mundo social), seja para uma acção de ligação entre a prática e a investigação, seja para a já referida perspectiva multidisciplinar e multiprofissional, seja para a melhor harmonização entre a acção técnica e a satisfação de quem habita a casa e a cidade. (ele)
Fig. 03: a fundação do Grupo Habitar
O GH visa a melhoria da qualidade da habitação e do espaço urbano através de variadas actividades, entre as quais se destacam a visita e a análise de conjuntos habitacionais e urbanos e o estudo, a discussão e a divulgação dos principais problemas e dos aspectos qualitativos que caracterizam as nossas habitações, os nossos bairros e as nossas cidades.
O GH actua, basicamente, em duas frentes de acção complementares:
(i) visa uma estimulante e fundamental variedade de aspectos da qualidade de vida, desde a integração paisagística e ambiental, à qualidade de desenho de arquitectura, desde a qualidade construtiva, a durabilidade e o equilíbrio de custos, à satisfação dos moradores e à preparação dos aspectos de gestão;
(ii) e privilegia acções conjuntas, disciplinarmente abertas e interactuantes, seja entre as diversas disciplinas e especialidades associadas, seja relativamente aos habitantes e à sua fundamental satisfação, considerando aqui, entre outros aspectos, as actuais tendências de mutação nos modos de vida e de uso das casas, dos conjuntos residenciais e da cidade.
Salienta-se que a vantagem organizativa e de planificação de conteúdos associada à dinâmica do Grupo Habitar (GH) radica, essencialmente, numa grande autonomia e flexibilidade de acção nas principais cidades do país e designadamente em Liboa, Porto, Faro, Matosinhos e Coimbra.
Fig. 04: visita em Vila Nova de Gaia
Composição do Grupo Habitar
Contando com cerca de 80 associados , dos quais quatro “de honra” (os engenheiros José Teixeira Trigo e José Vasconcelos Paiva, o arquitecto Nuno Teotónio Pereira e o paisagista Gonçalo Ribeiro Teles), o GH é basicamente multidisciplinar e tem, actualmente, a sequinte composição geral:
40% de arquitectos
25% de engenheiros
15% de economistas/gestores
15% de outras formações (ex., sociologia, geografia, antropologia, geologia, física)
5% de paisagistas
Sublinha-se ainda que os corpos sociais, estão igualmente repartidos entre Lisboa e Porto (6+6), mas também com uma representação de Faro; desta forma se pretendeu assegurar a implantação nacional do GH, que fica evidente na distribuição das suas acções.
Temas disciplinares do Grupo Habitar
São os seguintes os grandes temas disciplinares do GH:-Estudar e discutir o habitar numa forma ampla, multidisciplinar e integrada, numa perspectiva teórico-prática que considere uma visão prospectiva fundamentada sobre o que deverá ser o espaço habitacional, em Portugal, neste novo século, assegurando-se a análise consistente do que já foi estudado e realizado, numa perspectiva que privilegie os casos português, europeu e da CPLP.
-Considerar o habitar nos seus diversos níveis físicos, do fogo ao conjunto habitacional, e nas suas grandes problemáticas: da constituição de continuidades urbanas vitalizadas à integração paisagística e ambiental, da qualidade de desenho de arquitectura à qualidade construtiva, da satisfação dos moradores à preparação dos aspectos de gestão e as especificidades da habitação apoiada e a custos controlados.
-Apoiar o desenvolvimento de um habitar condigno e de qualidade e promover, a nível nacional, o progresso e a difusão dos conhecimentos teórico-práticos sobre o habitar, designadamente, através da observação, do estudo e da discussão das realidades e da problemática habitacional.
Fig. 05: Sessão no INH em Lisboa
Reuniões, Assembleias e Sessões Técnicas do Grupo Habitar
Antes da fundação oficial do GH foram promovidas 6 Reuniões técnicas; e depois daquela fundação foram realizadas 6 Assembleias e 12 Sessões Técnicas.
Temas das reuniões e sessões realizadas
-Bairros de um futuro presente – o caso da BO01 uma perspectiva de síntese.
-Programa Especial de Realojamento (PER).
-Facetas mais e menos objectivas da qualidade do habitar (ex., segurança contra incêndio e iluminação natural).
-Sustentabilidade habitacional e urbana.
-Prática profissional e promoção de habitação .
-Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas.
-Habitar o espaço público com sustentabilidade.
-Associação entre habitar e requalificar a cidade.
-Sustentabilidade ambiental, arquitectura e habitação.
-Casos recentes de habitação de interesse social em Portugal.
-Habitação de interesse social em São Paulo.
Fig. 06: Sessão em Coimbra
Listagem das Reuniões, Assembleias e Sessões Técnicas:
1.ª Reunião do GH, Reunião de Fundação do Grupo Habitar, na “Pedra do Couto”, em Santo Tirso, a 28 de Junho de 2001.
2.ª Reunião do GH, sobre a temática dos “Bairros do futuro presente – o caso da BO01 uma perspectiva de síntese”, Lisboa, LNEC, 17 de Outubro de 2001.
3.ª Reunião do GH, sobre a temática do Programa Especial de Realojamento (PER), com Vasco Folha, Lisboa, LNEC, 30 Janeiro, 2002.
4.ª Reunião do GH, sobre a temática da reabilitação habitacional e urbana, com Paulo Alzamora e Clemente Ricon, no Auditório Dr. Coutinho Pais, da Delegação do INH no Porto, em 10 de Julho de 2002.
5.ª Reunião do GH, sobre os novos conjuntos de realojamento da CM de Lisboa, com Paulo Tormenta Pinto e Manuel Abílio, no Lisbon Welcome Center, com apoio da CM de Lisboa e coordenação de Duarte Nuno Simões e João da Veiga Gomes, em 16 de Outubro de 2002.
6.ª Reunião do GH e Assembleia Constitutiva do Grupo Habitar (Acta n.º 1 do GH), em 24 de Janeiro de 2003, no LNEC, em Lisboa, seguindo-se o processo de legalização da Associação.
1.ª Assembleia-Geral e 1.ª Assembleia-Geral Eleitoral do Grupo Habitar (Acta n.º 2), associada a uma sessão sobre a temática “A qualidade no habitar”, com Teotónio Pereira e Ribeiro Telles, Lisboa, LNEC, 3 de Dezembro de 2003; nesta Assembleia foram designados quatro Membros de Honra do GH: arquitecto Nuno Teotónio Pereira, arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e engenheiros José Teixeira Trigo e José Vasconcelos Paiva.
2.ª Assembleia-Geral (Acta n.º 3) do GH, no Auditório Dr. Coutinho Pais, da Delegação do INH no Porto, em 31 de Março de 2004; não se fazem, em seguida, referências específicas às AG ordinárias que decorreram, depois, estatutariamente: (3.ª AG, Acta n.º4) em 29 de Março de 2005 no LNEC em Lisboa; (4.ª AG, Acta n.º 5) em 24 de Março de 2006 no auditório da Coobital em Faro; (5.ª AG, Acta n.º6) em 29 de Março de 2007, na Ordem dos Engenheiros, Coimbra.
1.ª Sessão Técnica: “Iluminação natural e segurança contra incêndio em edifícios de habitação”, Lisboa, LNEC, 5 de Março de 2005.
3.ª Assembleia Geral (Acta n.º 4), realizada em Lisboa, na Sala 2 do Centro de Congressos do LNEC, em 29 de Março de 2005.
2.ª Sessão Técnica: “Sustentabilidade habitacional e urbana; a inovação no conjunto da Norbiceta na Ponte da Pedra, Matosinhos e na reabilitação e completação da Bouça de Siza Vieira”, com Guilherme Vilaverde, José Coimbra e Carlos Coelho, Auditório da Cooperativa As Sete Bicas, 5 de Maio de 2005.
3.ª Sessão Técnica: “Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas – enquadramento e novas formas de habitar”, com Paulo Machado, Reis Cabrita, Duarte Gonçalves e Guilherme Vilaverde, Lisboa, LNEC, 22 de Novembro, de 2005.
4.ª Sessão Técnica: “Prática profissional em projectos e reflexão para o futuro na promoção de habitação”, com Nuno Teotónio Pereira, Raúl Hestnes Ferreira e José Teixeira Trigo, Lisboa, INH, 24 de Janeiro de 2006.
5.ª Sessão Técnica: “Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas – a ligação com a reabilitação e com novas formas de habitar”, com Paulo Machado, Reis Cabrita, João Soares e Fernando Pinto e ciom o apoio da CM de Évora e da Universidade de Évora, no Colégio do Espírito Santo da U. de Évora, 23 de Fevereiro de 2006.
4.ª Assembleia Geral (Acta n.º 5), realizada em Faro, na Sede da cooperativa Coobital e do Grupo MCH Algarve, em 24 de Março de 2006.
6.ª Sessão Técnica: “Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas – outras perspectivas disciplinares”, com Paulo Machado, Celestino Flórido Quaresma (OE), Sidónio Simões (Dir. do Gabinete. Centro Histórico da CM de Coimbra), João Bigotte de Almeida (Escola Universitária das Artes de Coimbra), Leopoldo da Cunha Matos (Conselheiro da Ordem dos Engenheiros); e Nuno Figueiral e António Azenha do Serviço de Medicina Física e Reabilitação dos HUC, no Auditório da Associação Nacional de Municípios, com apoio da Ordem dos Engenheiros, 1 de Junho de 2006.
7.ª Sessão Técnica: “Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas – a concepção arquitectónica e o habitar assistido”, com Paulo Machado, Duarte Nuno Simões, Guilherme Vilaverde, Isabel Lucena (Dir. Técnica dos Inválidos do Comércio) e as Arquitectas Maria Alexandra Nunes e Sílvia Soares, com a moderação da Doutora Maria João Freitas, Vogal do Conselho Directivo do INH Lisboa, INH, 22 de Junho de 2006.
8.ª Sessão Técnica: “Requalificar e habitar uma cidade amigável – I”, com Sidónio Simões, do Gabinete para o Centro Histórico da CM de Coimbra, e com Rui Loza, da SRU do Porto, Coimbra, Casa Municipal da Cultura de Coimbra, 11 de Janeiro de 2007.
9.ª Sessão Técnica: “Regulamentação térmica, sustentabilidade e qualidade habitacional”, com Fausto Simões, Pina dos Santos, Alexandre Fernandes (Dir. Geral da ADENE) e Jorge Ramos, Lisboa, INH, 15 de Fevereiro de 2007.
5.ª Assembleia-geral (Acta n.º 6), realizada em Coimbra, na Sede da Região Centro da Ordem dos Engenheiros, em 29 de Março de 2007.
10.ª Sessão Técnica: “Requalificar e habitar uma cidade amigável – II”, co Rui Loza, da SRU do Porto e com Sidónio Simões do GCH da CM de Coimbra, Porto, INH ou Casa do Infante, 28 de Junho de 2007.
11.ª Sessão Técnica: “Uma pequena viagem pelas últimas cinco edições do Prémio INH-IHRU”, no LNEC a 19 de Julho de 2007.
12ª Sessão Técnica do Grupo Habitar (GH), em 15 de Novembro de 2007, no ISCTE em Lisboa, integrando a Palestra de João Alberto Cantero, sobre a Habitação de Interesse Social em São Paulo; a sessão foi realizada em cooperação com o Departamento de Arquitectura e Urbanismo (DAU) do ISCTE e apoios e divulgação do NAU do LNEC, da FENACHE e do IHRU.
Fig. 07: Sessão em Évora
Comentários sobre alguns temas previstos do GH:
Como temas previstos apontam-se:
-Reabilitação urbana e habitacional
-Apresentação e discussão de casos residenciais de referência
-Prática profissional e promoção de habitação.
-As novas práticas no habitar
-Natureza, cidade e ordenamento paisagístico
-Bairros do futuro
Reabilitação urbana e habitacional – Foi desenvolvida uma sessão dupla, ao longo de todo o dia 28 de Junho de 2007 no Porto, para visita (matinal) e debate (à tarde), sendo a visita, a 11ª do GH, feita a obras de reabilitação no Centro Histórico do Porto, estruturada pelo Arq. Rui Loza (SRU do Porto), e o debate, que constituiu a 10ª Sessão do GH, realizado, pela parte da tarde, também com Rui Loza e após a apresentação do Eng.º Sidónio Simões sobre a experiência do Gabinete para o Centro Histórico da CM de Coimbra nas áreas da reabilitação urbana e habitacional. Entre outros aspectos, designadamente, processuais, pretendeu-se apresentar uma perspectiva de renovadas arquitecturas urbanas que aliem a humanização do habitar e a contribuição para a regeneração urbana local com soluções de desenho e funcionais inovadoras e bem fundamentadas nos desejos e hábitos habitacionais; pretendeu-se também privilegiar a apresentação das novas gerações de projectistas na área da habitação apoiada pelo Estado; pretende-se continuar esta linha de acção (visita e debate).
Apresentação e discussão de casos residenciais de referência – pretende-se desenvolver um espaço de apresentação e de comentários informais e multidisciplinares sobre vários tipos de soluções residenciais urbanas e de vizinhança, a partir da amostragem de imagens comentadas referidas a boas práticas habitacionais e citadinas; iniciou-se esta temática por uma selecção de conjuntos de Habitação a Custo Controlado premiados e mencionados nos últimos cinco anos do Prémio do Instituto Nacional de Habitação, incluindo-se o Prémio INH-IHRU 2007, cujos trabalhos terminaram em Junho de 2007. A Sessão, que foi a 11.ª do GH, foi no LNEC em Julho de 2007; pretende-se continuar esta linha de acção.
Prática profissional e promoção de habitação – Proporciona-se um tempo de reflexão sobre a prática profissional de projectistas considerados essenciais na intervenção no domínio do habitar e da construção, ao longo de um período temporal significativo. Visa-se uma reflexão fundamentada e prospectiva sobre o projecto e construção de habitação. A ideia é, assim, a propósito de exemplos meritórios de projectistas, debater aspectos e problemas que por eles sejam considerados como hoje em dia mais determinantes nos amplos domínios da arquitectura, do urbanismo habitacional e da construção, bem como as respectivas perspectivas de futuro, tudo isto com uma atenção específica à área da promoção da habitação apoiada pelo Estado.
As novas práticas profissionais no habitar – pretende-se apresentar uma perspectiva de novas arquitecturas urbanas que aliem a humanização do habitar e a contribuição para a regeneração urbana local com soluções de desenho e funcionais inovadoras e bem fundamentadas nos desejos e hábitos habitacionais; pretende-se também privilegiar a apresentação das novas gerações de projectistas habitacionais.
Natureza, cidade e ordenamento paisagístico – sessão dirigida para a importância global e urgente da previsão de espaços de natureza na cidade, para a suavizar e humanizar e porque o contacto com a natureza é vital . Parques, jardins e espaços urbanos ajardinados serão aqui tratados de uma forma genérica e numa perspectiva que privilegia a sua relação com a defesa de um fundamental ordenamento paisagístico nas nossas cidades de hoje.
Bairros do futuro – a propósito de alguns casos de novas soluções de vizinhança residencial e da adopção de um conjunto significativo de inovadoras tipologias residenciais, pretende-se suscitar a discussão sobre as novas formas humanizadas de viver a casa na cidade e articular esta apresentação com mais uma oportunidade de discutir as novas tipologias domésticas e de edifícios de habitação, naturalmente numa perspectiva de aprofundamento de um serviço habitacional humanizado, extremamente sensível e adaptável aos desejos e hábitos habitacionais, mas claramente influenciador de um habitar que alie o serviço da pessoa ao da cidade.
Fig. 08: a 1.ª Conferência Alargada, no Porto
Sobre as Conferências Alargadas do GH
Relembram-se os temas já tratados em duas conferências alargadas e aponta-se um novo tema a desenvolver e que já foi preliminarmente discutido com colegas do LNEC:
1.ª Conferência Alargada: “Requalificar a cidade com habitação”, com Manuel Correia Fernandes e a participação de técnicos da CM do Porto e da CM de Matosinhos, no Porto, Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, 31 de Maio de 2004.
2.ª Conferência Alargada: “O espaço público sustentável”, com José Apolinário, Macário Correia, Elisabete Arsénio, Reis Cabrita, Orlando Vargas e especialistas da Universidade do Algarve, do GAT de Faro e do Grupo MCH Algarve, no Auditório do MCH Algarve e da Cooperativa Coobital, 25 de Março de 2006.
Peão ou automóvel, Cidade acolhedora ou cidade agreste: para aprofundar as acessibilidades suaves e do desenvolvimento de uma “âncora verde” nas acessibilidades e na promoção da qualidade, da vitalidade e do fundamental encadeamento dos espaços públicos urbanos.
As praças, pracetas e ruas citadinas são as salas e os corredores da cidade, locais que devem ser veículos da humanização e da segurança em meio urbano. Chega de uma cidade espartilhada e feita de parcelas autistas em que passar de uma para outra é difícil ou mesmo impossível, mas para avançar solidamente neste sentido é fundamental (re)constituir gradualmente motivadoras sequências urbanas que nos devem poder levar com prazer, a pé e em transportes públicos, da porta da nossa casa e do nosso espaço de vizinhança, passando pelo coração bem caracterizado do nosso bairro, até outros bairro da nossa cidade e, finalmente, ao coração bem caracterizado dessa cidade.
Fig. 09: em Faro
Acções conjuntas
Foram realizadas, entre 2005 e 2007, algumas outras acções conjuntas com outras entidades e designadamente com o INH/IHRU, a FENACHE, o LNEC, a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades e o CECODHAS.P – Comité Português de Coordenação da Habitação Social.
A Direcção do Grupo Habitar cooperou com o INH e a FENACHE na realização do Encontro sobre “Sustentabilidade na Construção de Habitação”, que teve lugar no Auditório do INH em Lisboa, em 7 de Julho de 2005.
A Direcção do Grupo Habitar cooperou com o INH e a FENACHE na realização do Encontro sobre “Sustentabilidade na Habitação”, que teve lugar no Auditório Dr. Coutinho Pais, da Delegação do INH no Porto, em 9 de Novembro de 2005.
A Direcção do Grupo Habitar, através do Arq. António Reis Cabrita, cooperou, durante 2007, com a APSI - Associação para a Promoção da Segurança Infantil, no âmbito do Plano de Acção para a Segurança Infantil.
Palestra do Presidente do Grupo Habitar, no Pequeno Auditório do LNEC, em 18 de Junho de 2007, no âmbito do ciclo de palestras de entidades com sede no LNEC.
Workshop “promoção da qualidade do habitar”, promovido em Coimbra, a 11 de Outubro de 2007, na Sala Polivalente da Casa Municipal da Cultura, em cooperação com o Gabinete para o Centro Histórico (GCH) da Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito da Presidência Portuguesa da UE e por iniciativa da Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades e do CECODHAS.P/ Comité Português de Coordenação da Habitação Social.
Fig. 10: Workshop “promoção da qualidade do habitar”, promovido em Coimbra, a 11 de Outubro de 2007
Visitas Técnicas do GH
Visitas realizadas
As visitas técnicas já realizadas pelo GH abordaram os seguintes temas específicos, numa ordem cronológica aproximada:
Bairros citadinos integrados – o bairro de Telheiras em Lisboa e as intervenções coordenadas pelo Arq. Duarte Nuno Simões
Requalificação e regeneração de conjuntos de habitação apoiada em Lisboa e Vila Nova de Gaia.
Boas práticas recentes do realojamento promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, finais dos anos noventa e início do século XXI.
História dos primeiros bairros sociais lisboetas no período de 1918 a cerca de 1940.
Regeneração urbana e habitacional de um conjunto cooperativo – a requalificação e a conclusão do conjunto da Bouça no Porto, projecto de Siza Vieira.
Importância do verde urbano, a história de um jardim exemplar – o Jardim Gulbenkian.
Humanização dos espaços residenciais de iniciativa cooperativa, exemplos em Lisboa e Faro.
Reabilitação habitacional e urbana em centros históricos – o caso de Coimbra
Fig. 11: com a Gebalis em Lisboa
Visitas Técnicas a destacar:
Nas visitas técnicas destacam-se as seguintes:
1.ª Visita Técnica: Bairro de Telheiras, em Lisboa, com o Arq. Duarte Nuno Simões, 9 de Março de 2002.
2.ª Visita Técnica: Intervenções de requalificação urbana e habitacional de conjuntos de realojamento da CM de Vila Nova de Gaia, com os arquitectos Paulo Alzamora e Clemente Ricon, em 10 de Julho de 2002.
3.ª Visita Técnica: Conjuntos de referência do PER de Lisboa, com Paulo Tormenta Pinto, em 16 de Outubro de 2002.
4.ª Visita Técnica: Aos espaços exteriores requalificados de sete bairros de realojamento lisboetas, com o apoio da GEBALIS, Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa – EM, durante todo o dia 20 de Abril de 2005.
5.ª Visita Técnica: Primeiros bairros sociais em Lisboa – Arco do Cego, Ajuda à Boa-Hora, Alvito e Encarnação – em 30 de Abril de 2005.
6.ª Visita Técnica: À inovadora intervenção cooperativa de regeneração urbana no bairro da Bouça, projecto de Siza Vieira, Porto, em 21 de Maio de 2005, com enquadramento de António Madureira, Guilherme Vilaverde e José Coimbra.
7.ª Visita Técnica: Primeiros bairros sociais em Lisboa – Restelo e Caselas – e apresentação do recente conjunto da Cooperativa Caselcoop, projecto de Justino de Morais, integrado no velho Bairro Social de Caselas, com apoio da Caselcoop e do seu Presidente Carlos Coradinho, em 9 de Julho de 2005.
8.ª Visita Técnica: Em 18 de Fevereiro de 2006, decorreu a 8.ª Visita Técnica do GH ao Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que contou com a participação do Prof. Gonçalo Ribeiro Telles, que nos apresentou as bases de desenvolvimento do mesmo e nos acompanhou numa interessantíssima visita comentada.
9.ª Visita Técnica: A 25 de Março de 2006, desenvolveu-se a 9.ª Visita Técnica aos quarteirões residenciais da COOBITAL em Faro, projectos do Arq. José Lopes da Costa, do Arq. Rogério P. Inácio e do Arq. Pais. José Brito.
10ª Visita Técnica: Sob o tema “requalificar e habitar uma cidade amigável”, numa organização conjunta do GH e do Gabinete para o Centro Histórico da Câmara Municipal de Coimbra (GCH), dirigido pelo Eng. Sidónio Simões, decorreu no Centro Histórico de Coimbra (Baixa e Alta da cidade) em 11 de Janeiro de 2007.
11.ª Visita Técnica: Em 28 de Junho de 2007 a 11.ª Visita Técnica do GH, também sob o tema “requalificar e habitar uma cidade amigável”, numa organização conjunta do GH e do Arq. Rui Loza, da SRU do Porto, a obras de reabilitação no Centro Histórico do Porto.
1.ª Visita Alargada do Grupo Habitar - “O Habitar e a História: entre o habitar de hoje e as primeiras soluções de habitar” associada a um percurso pela Rota do Românico, 12 e 13 de Outubro de 2007, com o apoio da C.M. de Paços de Ferreira.
Fig. 12: no Jardim Gulbenkian
Novos temas de Visitas Técnicas
Pretende-se dinamizar visitas técnicas, ligadas a matérias do habitar, dirigidas para um leque relativamente amplo de profissionais ligados às matérias do habitar, embora com uma tónica específica nos temas da arquitectura e do urbanismo residencial e designadamente numa perspectiva de conhecimento directo de soluções urbanas e habitacionais que aliem a qualidade do desenho com objectivos específicos de humanização e satisfação residencial
Apontam-se em seguida novos temas para visitas de curta duração do GH, considerando, especificamente, aspectos de humanização do habitar.
Cidades na cidade – os bairros da vida urbana humanizada: A cidade viva, humana e atraente tem de ser uma cidade de bairros e conjuntos urbanos vivos e caracterizados, uma cidade feita de pequenas cidades. Os bons bairros citadinos, aqueles em que gostamos/gostaríamos de viver existem realmente, mais velhos, orgânicos e populares, ou mais recentes e planeados. Considerando-se isto pretende-se percorrer e comentar estas cidades na cidade, evidentemente, em várias visitas e desejavelmente com base em sessão/sessões de introdução geral ao tema.
Natureza e cidade: Privilegia-se, numa primeira linha, a aproximação à importância global e à actual urgência da previsão de espaços de natureza na cidade, para a suavizar e humanizar e porque o contacto com a natureza é vital . Parques, jardins e espaços urbanos ajardinados serão assim tratados, primeiro de uma forma genérica e naturalmente ligada à sua evolução histórica, deixando-se aberta uma desejável linha de visitas, reflexão e divulgação, por exemplo, de casos de referência.
Praças, pracetas e ruas citadinas, as salas e os corredores citadinos: Desejavelmente o cidadão deverá poder circular em continuidade através de um mundo urbano de surpresa, diversidade funcional adequada, humanização e atractividade. Toda esta matéria, tal como um grande edifício, tem as suas melhores fundações, no tecido urbano preexistente das praças, pracetas e ruas mais vivas e mais atraentes, associadas aos hoje vitais aspectos de convivialidade e de uso vitalizado do exterior; e sobre isto sublinha-se que há autores que se referem a estes espaços como verdadeiras salas da cidade. Simultaneamente há que intervir nas ligações mútuas entre estas parcelas de humanização e urbanidade, (re)constituindo gradualmente grandes e extremamente motivadoras sequências urbanas.
Contribuições para uma pequena história dos bairros sociais de Lisboa e do Porto – sequências de visitas: Quem conheça minimamente as respectivas soluções urbanas e habitacionais não tem dúvidas sobre o seu interesse para a reflexão teórico-prática sobre a importância e as várias facetas da humanização do habitar. Na sequência das visitas já realizadas em Lisboa até ao início da década iniciada em 1940, considera-se que as próximas visitas devem privilegiar as células sociais do Bairro de Alvalade e o Bairro de Olivais Norte/Encarnação. Será, no entanto, prioritário iniciar também as visitas aos primeiros bairros sociais no Porto e Matosinhos.
Intervenções de preenchimento urbano em Lisboa e no Porto – sequências de visitas: Uma primeira ronda de visitas e debates sobre velhas e novas soluções de integração física pormenorizada, preenchimento, densificação e enriquecimento funcional em espaços urbanos consolidados e sobre as perspectivas que daí se podem retirar, designadamente, para os objectivos de mistura social diversificada, de vitalização pontual de certas zonas da cidade e de melhoria das respectivas imagens urbanas, físicas e globais.
Cidade Nova de St. André – sessão técnica de apresentação seguida de visita: Trata-se de uma visita importante seja devido a se poder visitar uma grande intervenção urbana em que houve uma afirmada intenção de harmonização paisagística profunda e ampla, seja por se estar em presença de uma das poucas intervenções que, entre nós, se tentaram aproximar da fundação de uma nova cidade, de raiz e praticamente sem preexistências urbanas próprias. Considera-se que a associação de uma sessão técnica e de uma visita tem plena justificação sendo essencial garantir a cooperação de técnicos associados à concepção global e de pormenor desta cidade.
Prémio INH – um percurso e uma escola de boas práticas habitacionais e urbanas: Considerando a pequena história, já com mais de vinte anos, da Habitação de Custos Controlados (HCC) em Portugal, propõem-se visitas guiadas e comentadas por percursos marcados por conjuntos residenciais de HCC que se destacaram no âmbito das edições anuais dos Prémios do Instituto Nacional de Habitação (os Prémios INH), cuja história vai também já até 1989.
Exemplos de humanização e de sustentabilidade urbana no habitar cooperativo – uma sequência temporal: Propõem-se pequenas viagens por sequências de conjuntos urbanos habitacionais desenvolvidos pela promoção cooperativa e onde se visou criar um sentido funcional e ambiental de cidade completa, equilibrada e integrada, em termos paisagísticos, físicos, sociais e de equipamentos.
Fig. 13: no Porto
Estão também em preparação pequenas viagens técnicas (Visitas Técnicas de média duração), ligadas às matérias do habitar, com duração superior a um dia, dirigidas para um amplo leque de profissionais ligados às matérias do habitar, para conhecimento directo de soluções urbanas e de habitar que aliem a qualidade do desenho com objectivos específicos de humanização e satisfação. Cada viagem será organizada no respeito por uma temática “central”, abordada numa perspectiva completa, histórica e estratégica, mas acompanhada por um programa de encontros e de visitas que proporcione, complementarmente, o conhecimento e a vivência de elementos arquitectónicos, urbanos e culturais marcantes; pretende-se ainda que a organização de cada viagem privilegie o contacto com os cenários de habitar que marquem o dia-a-dia das respectivas populações. A primeira viagem está prevista para finais de Setembro de 2007 e terá como objectivo alguns casos na Galiza.
Artigo de António Baptista Coelho
Contactos do GH
Sede: Grupo Habitar, Av. do Brasil 101, 1700 – 066 Lisboa. Contactos: Lisboa: António Baptista Coelho, abc@lnec.pt e abc.infohabitar@gmail.com Tel. 218443679/Fax. 218443028, Tm. 914631004 Porto: José Clemente Ricon, mailto:jroliveira@inh.pt Tel. 226079670. Para qualquer informação complementar bastará um contacto telefónico ou por e-mail. Notar que a adesão ao Grupo Habitar está prevista nos seus estatutos e depende de uma inscrição prévia a realizar em ficha própria, que pode ser enviada por mail ou solicitada na sede do GH. Posteriormente a Direcção do GH apreciará a proposta de inscrição.
Nota: como se referiu o artigo conclui na próxima semana
Editado por José Romana Baptista Coelho, Encarnação e Olivais Norte,
13 Dezembro de 2007
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