Qualidade e inovação nas escadas domésticas – infohabitar # 790
Infohabitar,
Ano XVII, n.º 790
Edição:
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Artigo integrado na série
editorial da Infohabitar “Habitar e viver melhor”
Caros leitores da Infohabitar,
Com o presente artigo continuamos
a série editorial da Infohabitar especificamente dedicada a uma viagem
sistemática pelos diversos espaços do habitar, que iniciámos na vizinhança,
avançando, depois para os edifícios e seus espaços comuns (disponível no
catálogo interativo da Infohabitar, no seu tema 6 intitulado “Série habitar e viver melhor”) e “terminando” numa reflexão sobre os diversos tipos
de organizações, opções e espaços domésticos; reflexão esta que esta semana
continua dedicada aos espaços de circução domésticos, levando-nos, depois, a
outros espaços das nossas habitações.
Considerando a recente evolução da pandemia, e a,
cada vez mais provada, grande capacidade de contágio da mais recente variante
do vírus, mesmos entre vacinados,
continuamos a reforçar a vital importância de cumprir com rigor os protocolos
de vacina (n.º de doses e períodos temporais posteriores às mesmas) e de continuar
com os cuidados de proteção próprios e dos outros, designadamente, em termos de
limpeza de mãos, uso de máscara e distância social.
Despeço-me, até à próxima semana, enviando saudações
calorosas e desejos de força e de boa saúde para todos os caros leitores e seus
familiares,
Entre Lisboa/Encarnação e Azambuja/Casais de Baixo,
em 7 de setembro de 2021
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
Qualidade e inovação nas escadas domésticas – infohabitar # 790
António Baptista Coelho
(texto e fotografias)
Resumo
Neste artigo, dedicado à temática específica das escadas domésticas, faz-se,
de início, um enquadramento e uma breve introdução geral aos espaços
domésticos, seguindo-se uma reflexão sequencial sobre as seguintes matérias
específicas: notas introdutórias sobre a natureza específica das escadas
domésticas; escada doméstica como elemento formal e funcional; escada doméstica
como elemento de relação entre espaços e dimensões domésticas; escada doméstica
como elemento de intimidade e mesmo de secretismo; escada doméstica como
elemento complementar, mas marcante, na estruturação e na imagem da habitação;
considerações sobre a importância real das circulações domésticas e sobre o
papel que nelas podem desempenhar as
escadas privativas.
1. Introdução sobre a(s) natureza(s) da circulação doméstica
e sobre a “natureza” específica essencial das escadas domésticas
É evidente a importância real de um adequado e bem
visualizável desenvolvimento das circulações domésticas, considerado tendo em
atenção muito mais do que apenas os respetivos aspetos funcionais e de
acessibilidade aplicáveis, pois, mais do que uma questão de “simples”
conjugação da compartimentação e de serviço à mesma, as opções ligadas ao
desenvolvimento de corredores e outros espaços de circulação doméstica,
entre os quais as escadas domésticas assumem relevo especial, têm a ver com
opções fundamentais de organização e de “formas/opções de habitar”.
Sobre as escadas privativas muito haveria a
dizer, e talvez que o mais que se deveria dizer, tal como acontece com muitas
outras análises de espaços domésticos que aqui são feitas, é que o mais fácil e
o mais simples de considerar são os aspectos dimensionais e funcionais de uma
escada doméstica, depois, depois, deles sobra quase tudo; isto, naturalmente, quando
se quer tirar um partido máximo, arquitectónico e residencial, de uma escada
doméstica.
E
a propósito desta ideia basta lembrar que há escadas cujo interesse e cuja
beleza são tais que a sua funcionalidade ficará claramente relegada para um
segundo plano; evidentemente que esta situação poderá tornar a respectiva
habitação pouco adequada por exemplo para uma pessoa com dificuldades na
movimentação e/ou para uma família com crianças, mas atenção que, mesmo num
caso destes poderá haver uma circulação alternativa e uma possibilidade de essa
pessoa fazer toda a sua vida doméstica sem ter de recorrer àquela escada ou
possibilidades de integração de elementos provisórios ou complementares que
garantam condições mínimas de acessibilidade e/ou segurança.
2. Escada doméstica como elemento formal e funcional
Fig. 01:
Escada doméstica de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of
Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em
2001 (ver nota final) - H8-12, Arquitetura: Kim Dalgaard, Tue Traerup Madsen.
O que acabou de ser referido, a desejável
harmonização entre asptos formais e funcionais numa dada escada doméstica, é
matéria que nos levará longe e bem mais longe do que se chegará no presente
artigo; mas talvez quatro aspetos básicos
e geradores de discussão positivam devam ser, desde já, estrategicamente
evidenciados nesta matéria:
. A segurança no uso que é uma matéria essencial e
incontornável, tendo-se em conta, designadamente: a
ergonomia no desenho dos degraus e tendo-se em conta aos eventuais problemas
provocados pelos degraus sem espelho; a existência de corrimãos com altura
adequada, ergonomicamente adequados e desejavelmente bilaterais; o desenho das guardas
verticais que não devem ser excessiva e mutuamente espaçadas; e o acabamento
dos próprios degraus que deve ser antiderrapante.
. A questão da eventual “liberdade” de podermos ter uma pormenorização
de escadas privadas muito variada, quando se trata de um projecto específico e
feito muito “à medida” de uma determinada ideia do projectista e/ou do cliente;
assunto este que nos leva longe quando considerado em relação com os referidos aspetos de segurança. E nesta matéria dá vontade de haver um esclarecimento
prévio e devidamente registado e rubricado dos riscos implícitos em
determinados desenhos de escadas.
. A questão da diferença que sempre existe entre os
condicionalismos aplicáveis em escadas privadas e em escadas de uso público; e
sendo que as escadas privadas aplicadas em habitação de interesse social devem
ser adequadamente condicionadas em termos da respetiva segurança no uso, pois
os seus utentes são muito diversos e não têm, frequentemente, capacidade de
escolha prévia da respetiva solução habitacional pormenorizada.
. E, finalmente, a questão da adequação da pormenorização das
escadas privadas considerando utentes condicionados na sua movimentação e/ou
percepção, com natural destaque para idosos e crianças.
Em termos globais podemos, no entanto, registar
que a escada privativa, a escada no
interior da habitação deverá ser, sempre, tanto um elemento funcional como um
elemento simbólico e de apropriação do respetivo mundo doméstico, seja ele uma
moradia de luxo ou um dúplex de habitação de interesse social; há sempre que
aproveitar esse sítio estratégico de confluência de acessibilidades e de
imagens plenas de sentidos, que é a escada, para construir, formalmente, algo
marcante, ainda que pela sobriedade e dignidade e funcionalmente algo que em
termos ergonómicos seja plenamente correcto, agradável e seguro.
Isto significa que o seu desenho devera
proporcionar, por regra, um uso expressivamente confortável e seguro,
Em tudo isto importa, no entanto, considerar
que as pessoas com dificuldades na movimentação deverão poder escolher uma casa
num único nível ou usar um quarto e uma casa de banho que desejavelmente deverão
sempre existir no nível de entrada de uma habitação em dois níveis; e que os
habitantes deverão poder considerar a mudança de habitação, quando as suas
condições de mobilidade e percepção se alterem significativamente. Matérias
estas que têm importância específica, designadamente, quando estamos num quadro
de disponibilização de habitação de interesse social por arrendamento.
3. Escada doméstica como elemento de relação entre espaços e dimensões domésticas
Fig. 02: Escada doméstica de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - H 13-14, Arquitetura: Charles Moore, Ruble, Yudell, Bertil Öhrström.
A escada doméstica é, basicamente, um elemento de relação entre planos e entre espaços/volumes e pode configurar, alternativa ou simultaneamente, um elemento espacial/ambiental específico onde até tais aspetos de relação estejam apenas embebidos e sejam aparentemente pouco visíveis; mas, evidentemente, que o grande papel da escada é o de relacionamento entre ambientes da habitação que podem ser razoavelmente distintos, entre eles, ou que se podem prolongar mutuamente.
Reduzir o “elemento escada doméstica” a uma
figura estritamente funcional é arriscar, criticamente, a possibilidade de uma
verdadeira concepção arquitectónica do respetivo espaço e ambiente interior,
pois a escada privada pode e deve, entre outros variados aspetos criativos:
. articular-se com diversos volumes e planos;
. prolongar-se por paredes, pavimentos e ambientes abertos;
. rodear ou ser rodeada por outros elementos;
. e integrar-se e/ou integrar outros elementos espaciais da
habitação.
Para além de tudo isto, e como refere Rob Krier
(1), há grande variedade de tipos de escadas possíveis; destacando, este
autor, que as escadas circulares acanhadas são difíceis para pessoas com
dificuldades físicas e para o acesso de objectos volumosos e que "deve ser
evitada a alternância entre lanços circulares e rectos, porque isso torna muito
difícil cada um encontrar o seu próprio ritmo de passo".
Ainda na matéria de um arquitectar de escadas
privativas que sejam verdadeiros elementos de arquitectura de interiores, mas
que possam oferecer adequadas condições de conforto no uso, e Segundo Lamure, a
aplicação de dimensões mínimas de largura nas escadas privativas dos fogos não
parece ser um factor negativo, mas a existência de patins intermédios é já um
factor que aquele autor considera importante para o seu uso seguro e agradável.
(2)
E, de certa forma, os patins que, aparentemente
podem ser elementos complexos na relação que as escadas estabelecem entre
níveis, podem constituir-se em condições de reforço desse sentido de ralação e de articulação
entre diversos pisos do mesmo mundo doméstico, situação bem evidenciada quando
a habitação se distribui por pisos intermédios, acabando neste caso de
funcionar os pisos como “enormes patins”, ou até a própria habitação como uma
“enorme escada habitada”.
4. Escada doméstica como elemento de intimidade e mesmo de secretismo
Fig. 03: Escada doméstica de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - Arquitetura: autoria não identificada – fica evidenciado algum sentido de recato e de pormenorização “tradicional” na integração da mesma, mas também se evidencia a segurança proporcionada pelas guardas verticais pouco espaçadas e pelos corrimãos bilaterais.
A ideia de uma “escada secreta” sempre foi cara
nos textos que abordam o habitar ou que o colocam no centro de variadas ficções
literárias. De certo modo esta opção que poderá assumir diversificadas
configurações e ambientes acaba por ser uma ideia um pouco “oposta” à atrás
defendida de escada como elemento de relação e de continuidade espacial entre
diversos ambientes domésticos e configura uma opção em que a escada acaba, no
limite, por ser um dispositivo que assegura a comunicação vertical de uma forma
pouco evidenciada, muito sóbria ou mesmo camuflada – por exemplo em painéis com
portas apenas minimamente evidentes.
Dá-se a esta ideia alguma evidência neste
artigo, porque julga tratar-se de uma opção que pode ser de extremo sentido
protector, “reservado” e agradavelmente “doméstico”, consistindo numa opção que
se pode, também, prolongar pela criação de agradáveis sótãos e caves
residenciais, plenos de referências simbólicas, e consistindo numa escolha
oposta a uma outra basicamente funcional, mas que é bem possível e estimulante,
evidenciando, mais uma vez, que fazer habitação é muito mais do que fazer
funções habitacionais.
Em termos de um simples exemplo real, aponto
uma velha casa que habitei há muitos anos e onde se entrava para uma amplo
escritório com diversas zonas e mobília “pesada” e onde em determinada zona se
fazia o acesso a todo o resto da habitação através de uma porta minimamente
assinalada, e quase secreta, que dava para uma escada camuflada num apainelado
de madeira que se prolongava pelas paredes do referido escritório, que servia
também como sala de visitas mais formais
E assim também se sublinha que a escada
privativa pode e deve ser um forte elemento de caracterização do ambiente
doméstico, e ainda que por razões de economia ela deva ser barata e discreta,
ela deve ser sempre protagonista nesse ambiente.
5. Escada doméstica como elemento complementar, mas marcante, na estruturação e na imagem da habitação
Fig. 04: Escada doméstica de habitação do conjunto urbano "Bo01 City of Tomorrow", desenvolvido no âmbito da exposição que teve lugar em Malmö em 2001 (ver nota final) - h15-16, Arquitetura: Mats Molén.
Uma tal reflexão é, naturalmente, distinta de
uma opção profundamente caracterizadora e marcante – por exemplo uma escada
articulada com uma chaminé de sala, tratada como elemento “central” da
composição e integrando outros elementos de composição de funcionais (ex.,
prateleirase gavetas) – mas constitui uma opção igualmente válida, desde que o
sentido de complemetardade atrás referido seja devidamente trabalhado em termos
de uma apurada qualidade da sua forma/carácter e função/ergonomia; a esclha
caberá ao projectista e constitui mais um elemento enriquecedor e
diversificador no uso de escadas domésticas.
6. Breves notas de remate sobre a real importância das circulações domésticas e sobre o papel das escadas privativas
No âmbito da Série
editorial sobre "habitar e viver melhor", na qual temos acompanhado
uma sequência espacial desde a vizinhança de proximidade urbana e habitacional
até ao edifício multifamiliar, e neste os seus espaços comuns, concluímos,
agora, uma reflexão sobre os espaços de circulação que devem estruturar e, em
boa parte, caracterizar as nossas habitações, os nossos “pequenos” mundos
domésticos e privativos, tendo considerado diversas facetas que os qualificam.
No âmbito das
circulações domésticas três matérias foram aqui variadamente abordadas e ficam,
ainda, para posteriores reflexões aprofundadas: a importância da dualidade
entre diversas formas de circulação, estadia e serviço; variados modos de se
relacionarem aspetos formais e funcionais; e a importância, cada vez mais
estruturante e multifacetada, de uma adequada acessibilidade.
E, de certa forma,
podemos considerar que nas escadas domésticas acontece como que um “condensar”
ou concentrar destas três matérias, obrigando, naturalmente, a cuidados
apurados e a um projecto de arquitectura bem pormenorizado e muito qualificado,
e neste sentido podemos concluir que, na situação de uma habitação desenvolvida
em diversos níveis, as escadas devem ser concebidas tanto numa perspectiva de
essencial funcionalidade, ergonomia e segurança no uso, como aproveitando-se este
seu natural protagonismo em termos de acessibilidade e estruturação da habitação
para lhes conferirmos um amplo sentido de apropriação e de caracterização da
respetiva solução doméstica.
Notas:
(1) Rob Krier, "Elements of Architecture", pp. 48 e 49.
(2) Claude Lamure, "Adaptation
du Logement à la Vie Familiale", p. 195.
Notas editoriais ao artigo:
O presente artigo corresponde a uma edição muito
ampliada e modificada do artigo que foi editado na Infohabitar, em 25/01/2015,
com o n.º 517.
Nota importante sobre as imagens que ilustram o artigo:
As imagens que acompanham este artigo e que irão, também, acompanhar outros artigos desta mesma série editorial foram recolhidas pelo autor do artigo na visita que realizou à exposição habitacional "Bo01 City of Tomorrow", que teve lugar em Malmö em 2001.
Aproveita-se para lembrar o grande interesse desta exposição e para registar que a Bo01 foi organizada pelo “organismo de exposições habitacionais sueco” (Svensk Bostadsmässa), que integra o Conselho Nacional de Planeamento e Construção Habitacional (SABO), a Associação Sueca das Companhias Municipais de Habitação, a Associação Sueca das Autoridades Locais e quinze municípios suecos; salienta-se ainda que a Bo01 teve apoio financeiro da Comissão Europeia, designadamente, no que se refere ao desenvolvimento de soluções urbanas sustentáveis no campo da eficácia energética, bem como apoios técnicos por parte do da Administração Nacional Sueca da Energia e do Instituto de Ciência e Tecnologia de Lund.
A Bo01 foi o primeiro desenvolvimento/fase do novo bairro de Malmö, designado como Västra Hamnen (O Porto Oeste) uma das principais áreas urbanas de desenvolvimento da cidade no futuro.
Mais se refere que, sempre que seja possível, as imagens recolhidas pelo autor do artigo na Bo01 serão referidas aos respetivos projetistas dos edifícios visitados; no entanto, o elevado número de imagens de interiores domésticos então recolhidas dificulta a identificação dos respetivos projetistas de Arquitetura, não havendo informação adequada sobre os respetivos designers de equipamento (mobiliário) e eventuais projetistas de arquitetura de interiores; situação pela qual se apresentam as devidas desculpas aos respetivos projetistas e designers, tendo-se em conta, quer as frequentes ausências de referências - que serão, infelizmente, regra em relação aos referidos designers -, quer os eventuais lapsos ou ausência de referências aos respetivos projetistas de arquitetura.
Notas editoriais gerais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar
seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar
assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e
científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o
pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e
comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos
autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos
mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é,
igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que
deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
Qualidade e inovação nas escadas domésticas – infohabitar # 790
Infohabitar
Editor: António Baptista
Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).
Sem comentários :
Enviar um comentário