segunda-feira, maio 21, 2018

642 - Uma rua bem habitada - A propósito do livro de Xavier Monteys “La calle y la casa. Urbanismo de interiores” - Infohabitar 642

Infohabitar, Ano XIV, n.º 642

Artigo da Série “Apresentação comentada de livros sobre o Habitat Humano", n.º I


Uma rua bem habitada 


A propósito do livro de Xavier Monteys (*) “La calle y la casa. Urbanismo de interiores” - Infohabitar 642


Nota prévia editorial sobre a nova Série: “Apresentação comentada de livros sobre habitat humano”

Com este artigo inicia-se uma linha editorial da Infohabitar, intitulada  “Apresentação comentada de livros sobre habitat humano”, desejada desde há muito e referida a uma apresentação, desenvolvida e, em alguns casos, comentada, de livros recentes e/ou considerados significativos nas áreas temáticas da nossa revista.


Não vai haver grandes limites relativamente ao ano de edição, havendo, naturalmente, um privilegiar de livros recentes e, portanto, provavelmente, menos conhecidos dos leitores, e sendo, sempre, de ter em conta a desejável disponibilidade editorial dos livros apresentados e comentados; havendo, sempre, as bibliotecas...


Como os leitores sabem tem havido já apresentações de livros na nossa revista, mas realizadas de modo eventual e sem periodicidade, ou sem um desenvolvimento ou comentário, decorrentes de uma sua leitura completa e atenta, por um dado autor, que, naturalmente, apresenta a sua opinião pessoal sobre a obra que é apresentada.


Julga-se que numa actualidade marcada pela enorme riqueza do acesso directo e indirecto à informação, através do muito que lemos na WWW e do muito que descobrimos na mesma WWW, mas uma actualidade também marcada por uma expressiva “velocidade” e, por vezes, alguma ligeireza na consideração e na reflexão sobre o praticamente infinito campo de documentação existente sobre uma dada temática, velocidade essa que é incontornável face à quantidade da referida documentação e informação, mas que, por vezes, talvez não nos proporcione um adequado “respiro” no pensar sobre um dado tema, dificultando pensamentos bem desenvolvidos sobre o mesmo, e aliás numa actualidade em que mesmo as livrarias dificilmente disponibilizam um adequado acervo editorial, substituído pelo leque de edições mais recentes e continuamente renovadas,


será altura para poder reduzir um pouco essa velocidade de “absorção de ideias/informação”, concentrando-nos, também, com algum detalhe e tempo sobre a sequência de ideias que um dado autor desenvolve num dado livro; nesta caso, evidentemente, em matérias referidas às temáticas abordadas aqui na nossa revista – e quando estava a escrever esta “justificação” lembrei-me que será um pouco resgatar o “slow-reading”, conceito este aqui inventando um pouco à imagem da “slow-food” e das “slow-cities”, numa perspectiva que não põe em causa, nem o podia fazer, a velocidade do tempo actual, mas que deseja não perder a riqueza de uma velocidade mais lenta, e eventualmente talvez mais fundamentada e ponderada, o que parece ser até bem oportuno quando se está a (re)pensar sobre o actual quadro do habitat humano pormenorizado, urbano e habitacional.


A partir de agora a Infohabitar irá procurar manter uma periodicidade mensal relativamente a esta sua nova linha editorial de apresentação comentada de livros na grande temática do habitat humano.


O editor da Infohabitar
António Baptista Coelho


Uma rua bem habitada

A propósito do livro de Xavier Monteys intitulado “La calle y la casa. Urbanismo de interiores”

por António Baptista Coelho
abc.infohabitar@gmail.com

Notas explicativas

No texto que se segue faz-se uma reflexão livre e uma apresentação comentada relativamente ao livro de Xavier Monteys (*) intitulado “La calle y la casa. Urbanismo deinteriores”, editado pela Editorial Gustavo Gili (GG), Barcelona, em 2017 (**).
Importa desde já clarificar que os comentários desenvolvidos são, evidentemente, pessoais, designadamente, quando se apresentam reflexões que decorreram da respectiva leitura.
Na parte inicial do texto incluem-se aspectos objectivos referidos à constituição, estrutura e conteúdos do livro, embora possa acontecer que as respectivas traduções não sejam as mais correctas e/ou adequadas à intenção do autor; e por este facto e desde já se apresentam as devidas desculpas.
Nas referidas reflexões procurou-se um perfil de natural contenção, seja porque se considera que a apresentação de um livro não será o local adequado para maiores desenvolvimentos, seja porque de forma alguma se pretende substituir a leitura directa do livro; cuidado este que também esteve presente na apresentação da sua estrutura geral, que não integra todas as temáticas presentes no livro.
E desde já se recomenda a leitura desta obra de Xavier Monteys.

Apresentação geral

Nas palavras de Xavier Monteys: “este livro aspira a integrar uma trilogia sobre o espaço que habitamos – com os meus livros anteriores Casa collage (2001, com Pere Fuertes) e La habitación (2014)”; livros estes também já disponíveis na mesma coleção da Editorial Gustavo Gili.
Embora não seja este o objectivo deste texto apetece referir a cuidada e atraente edição deste livro, agradavelmente quadrangular e bem manuseável, com uma capa a duas cores, bem ilustrada com um desenho esboçado de Louis Khan, que, tal como aponta o autor do livro procura “ajudar a tornar visível uma dimensão poliédrica da rua, mas com a atenção centrada em tudo aquilo que a relaciona mais intensamente com a casa”; objectivo este que, segundo o autor, é o objectivo deste seu livro.
Um objectivo que, cruzado com a excelente e desenvolvida “Introdução” de reflexão teórico-prática com cerca de 15 pp, e uma estratégia de apresentação agradavelmente comentada, bem fundamentada (ver as úteis e quase constantes, mas bem legíveis, notas de pé de página) e muito bem ilustrada (todo o livro é extensamente ilustrado a preto/branco), nos leva a uma sua leitura estimulante; pois quando se termina a introdução estamos, praticamente, dentro do “miolo” temático da obra e está bem ganha a embalagem para se ir, com gosto, até ao fim.
O livro tem 168 pp. e a sua organização geral proporciona: (i) seja uma leitura sequencial a partir da referida introdução de apresentação teórica e prática, seguindo-se os 24 subtemas de reflexão; (ii) seja uma leitura subtema a subtema, que se recomenda que seja feita após a leitura da introdução; (iii) seja uma leitura inicial mais global e que proporciona um prático guia de (re)leitura posterior.
Interessa ainda sublinhar tratar-se de um livro com um muito amplo leque de potenciais leitores, naturalmente, bem marcado por arquitectos interessados no urbanismo de pormenor e no habitat humano, mas igualmente apetecível por todos aqueles profissionais e cidadãos que se interessem por essas matérias; a agradabilidade formal da escrita de Xavier Monteys, o seu encadear de ideias bem claras e ricas, a referida extensa ilustração, que acompanha a par e passo o texto, e o tema geral referido a como podemos ter uma cidade feita de ruas e habitações mutuamente vitalizadas, assim o proporciona.

Estrutura

Depois de uma introdução com grande interesse e expressiva autonomia como texto, o autor abre para 24 subtemas ilustrados, que em seguida se exemplificam na sua diversidade e oportunidade e que podem ser lidos, sequencialmente ou, isoladamente, um a um.
Exemplos dos subtemas abordados: entrar!; as ruas de Piranesi; ruas cobertas; ruas como palácios, janelas singulares, o que fazemos na rua, as extensões da rua, ruas de celulóide, a rua de Corbusier, a rua como escola, ruas no espaço, a pintura as ruas e a chuva, a casa praça e a casa rua, etc.

Conteúdos

Apontam-se, agora, algumas ideias que vão sendo revisitadas ao longo do livro de Xavier Monteys, seja mais directamente, na introdução, seja, bem a propósito, à medida que se dedica aos diversos subtemas, alguns dos quais acima apontados; e para uma mais fiel relação com a obra do autor vão sendo citadas, entre aspas, algumas das suas frases; lembrando-se as já apresentadas desculpas relativamente a eventuais deficiências na tradução.
Este livro aborda a rua e o habitar a rua numa perspectiva ampla, considerando-a e comentando-a como “um espaço mental, mas também um espaço mental, um estado de ânimo.”
Refere-se que terá havido um certo privilegiar da praça urbana, designadamente, em termos do seu papel na promoção do convívio, enquanto que “a rua não teve a mesma sorte”.
E salienta-se algo que ficou muito presente depois da leitura do livro: a ideia de se dever assumir a rua como verdadeiro lugar e para além da rua com infraestrutura; uma ideia que se considera ser de grande oportunidade, pois “a rua não é o resto [...], é o que mantém juntos os edifícios.” E decorrendo destes aspectos a bem útil ideia de “rua como espaço servido e não apenas espaço servidor.”
Há, depois, um privilegiar, bem oportuno, em diversas das subtemáticas (itens que estruturam o livro) de uma reflexão sobre a actual e futura diversidade, inovação e “matização” dos usos associados à rua e à habitação (à “casa”), em “contaminações mútuas”, que podem e poderão gerar desenvolvimentos da convivialidade e mesmo de um uso público dos espaços domésticos e, inversamente, de usos mais privados e/ou domésticos do espaço público, enquanto e simultaneamente podem também ser gerados interessantes e diversificados “espaços ambíguos que assumem inegável interesse na actualidade”.
E aqui, com certeza, poderão ser feitas interessantes pontes temáticas com as matérias que o autor desenvolveu nas suas obras anteriores –Casa collage, com Pere Fuertes e La habitación.
Conjugadamente com estas ideias o autor lança a noção, que se partilha, de que a função de circulação não é elemento determinante de uma habitação e, sequencialmente, pensa-se, de um espaço de habitar que integre edifícios e espaços públicos (vizinhança urbana); e simultaneamente lança-se a noção da importância que numa rua bem habitada/habitável tem o “espacio compartido” e “negociável” [entre peões e condutores], que o próprio autor refere ter sido proposta pelo Eng.º de tráfego Hans Mondermann; e aqui há que comentar que se trata de mais uma interessante noção proposta pela engenharia de tráfego e lembro que nas minhas reflexões sobre o tema foi também na engenharia de tráfego que encontrei, há bastantes anos, as primeiras referências destacadas à importante noção de vizinhança próxima.
Importa, agora, salientar a fluidez e a riqueza da leitura deste livro, que nunca fica “aprisionado” (aspas minhas) nas matérias arquitectónicas, mas que aborda e exemplifica ideias e conceitos com noções, imagens e textos, bem a propósito e bem claros, não só de arquitectos, mas, frequentemente, de outros artistas e escritores, como é o caso Orhan Pamuk e George Perec; e o resultado ganha muito na clareza discursiva e exemplificativa, fica, afinal, tal como acima referi, um livro para todos sobre um assunto que a todos nos interessa, o de uma rua mais viva e, muitas vezes, até agradavelmente doméstica.
Um aspecto cumulativo do interesse deste livro é basear-se, em parte, na vivência urbana de duas cidades: Barcelona e Lisboa. Lisboa relativamente à qual o autor aponta: a luz, a variedade, o dramatismo, etc. Muitos aspectos a ter em conta no (re)fazer da rua, num “olhar por cima da racionalidade ou funcionalidade”, que o autor considera determinante.
Ao longo do livro e sempre tendo em contas estas perspectivas, abordam-se e desenvolvem-se 24 subtemas de reflexão; iniciados com o tema “entrar” – entrar no edifício e sair da rua e vice-versa –, abordando-se aspectos físicos de “acompanhamento” e marcação das diversas acções desempenhadas na rua e dando-se o devido relevo à própria experiência humana do viver a rua e as suas margens edificadas de uma forma rica e o mais possível completa; o que, portanto, nos leva muito para além dos aspectos funcionais aplicáveis.
Desenvolvem-se e ilustram-se, assim, reflexões: (i) tanto sobre aspectos mais ligados à paisagem urbana, como as perpectivas; (ii) como sobre elementos concretos urbanos como são, por exemplo,  as pequenas ruas/ruelas e as ruas verdes/arborizadas, (iii) e como sobre as ligações destas temáticas às interpretações amplas e sintéticas que delas são feitas por quadros artísticos diversificados, designadamente, ligados ao cinema e à pintura; mas sempre interpretações centradas na rua, e no seu sentido de paisagem urbana humanizada e estrategicamente confinada.
Trabalham-se, depois, neste livro, as margens das ruas, na sua ligação/fusão com os edifícios e as habitações e, ainda, os espaços ambíguos, que não se sabe se serão ruas, tal como aponta e comenta o autor.
Sobre as margens da rua aborda-se uma “primeira coroa” dos edifícios e suas habitações que deve ser influenciada por esse seu papel dialogante com a rua e com as respectivas habitações – pois, tal como aponta o autor, a cidade molda a envolvente mais pública dos quarteirões e, designadamente, os compartimentos e outros elementos edificados que integram essa primeira coroa mais pública, na qual surgem vãos com diversas funções, de protecção, de ligação, de estadia e de relação.
E, em seguida, o autor oferece-nos outras reflexões bem a propósito, entre as quais e a título de exemplo se apontam as seguintes:
E as catedrais e as grandes galerias comerciais o que são?
E as muito discutidas galerias habitacionais, suas origens e desenvolvimentos; como se ligam à natureza das ruas?
E a evolução actual da rua, gradualmente a esvaziar-se dos serviços que a basearam?
Abordam-se, ainda, aspectos particulares mas muito estimulantes do uso da rua e da sua caracterização, desde as montras, aos espaços em que a rua, praticamente, entra no seu edificado marginal, àqueles espaços que se estendem sobre a rua a partir dos edifícios marginais e a outras tipologias fisicamente marginais.
Desenvolve-se, ainda, no livro uma pausada reflexão sobre a rua pensada como um cenário e não só como sítio de trânsito e de actividades, tendo-se em conta a rua de hoje, que propicia e acolhe actividades e comportamentos de hoje e não se esquecendo que a rua e a casa  “intercambiam coisas” e têm fronteiras entre ambas que “parecem por vezes diluir-se e outras afirmar-se com clareza.”
Matérias estas que constroem a riqueza e a humanização da rua.
Lembra-se a rua citadina sem horários, que serve bem a cidade das muitas pessoas sozinhas e dos casais, pois “cada vez mais a rua parece ser um serviço doméstico [...]”.
Avança-se, depois, no livro, na rua das “anomalias” (elementos de arquitectura urbana) positivas, que transformam algumas ruas em lugares mais habitáveis do que outras, pois “há algo nos acidentes/circunstâncias físicas de uma rua, nas suas irregularidades, que concede a esses espaços uma qualidade quase doméstica.”
E, sequencialmente, lembram-se as ruas que convidam a sentar, que estimulam relações de proximidade e que favorecem o lazer e o passeio; e as ruas que se prolongam por outras ruas, mais pequenas, por becos (sem saída) e que de certo modo pertencem já em boa parte, também, aos edifícios envolventes, criando-se uma unidade urbana muito estimulante e localmente caracterizada, onde as esquinas têm uma importância bem real.
Paralelamente a estas reflexões sobre espaços urbanos reais o autor regista e ilustra outras matérias, entre as quais as ligadas à presença da rua na arte e especificamente no cinema, sublinhando que esta arte procura sempre “transmitir a ideia de uma cidade habitada e real” e marcada pelo peso/presença da habitação/da casa e da rua como cidade habitada.; e que a pintura procura representar a rua “na sua totalidade e, portanto, e ainda que com os seus erros, recriar o seu espaço e a sua atmosfera. ”
E considera-se ser muito interessante e oportuna esta procura da representação e caracterização da rua na sua máxima totalidade; uma procura que nos pode ajudar a resgatar tantos fracassos urbanos.
Mais no final do livro e de certa forma abrindo a reflexão para outros níveis físicos, abordam-se interessantes e inovadoras novas formas de habitar a rua e a casa .
E termina-se lembrando, e desenvolvendo, extensamente, a noção, que “há ruas em que o mais importante são as árvores.” E considera-se muito significativo que, praticamente no remate deste livro, Xavier Monteys dedique a sua atenção à relação entre natureza e cidade, ou verde urbano e rua citadina. 

Reflexões a propósito

Seriam muitas, mas ficarão, essencialmente, para os leitores aos quais se recomenda a leitura deste livro; e que, caso o queiram poderão, até, depois dessa leitura, dialogar sobre ele nesta nossa revista, bastando para tal que nos enviem esses comentários, que poderão ficar ligados a este artigo, e aí disponíveis para quem os queira ler.
Julgou-se, no entanto, interessante lembrar, aqui, como minha reflexão pessoal e de síntese sobre este livro (portanto, salienta-se ser uma escolha muito pessoal), a ideia, lançada, pelo autor, e com contribuições de Alejo Carpentier e Alexander Humboldt, de que por vezes um “mau traçado” urbano nos oferece “uma impressão de paz e frescura, que dificilmente encontraríamos onde os urbanistas conscientes exerceram a sua ciência.”

Breves notas de remate e sobre uma importante característica suplementar deste livro

Já vai longa esta apresentação comentada, mas este livro merece-a bem; e apenas para concluir sublinha-se que, para aqueles que, como eu, procuram, por regra e naturalmente, em cada livro caminhos para outras reflexões, livros e fontes, associadas ao que trata cada livro, então não tenham dúvida porque este “La calle y la casa. Urbanismo de interiores”, de Xavier Monteys, nos oferece esse importante suplemento de alma e interesse suplementar de abertura e aprofundamento temáticos, através de um rico e diversificado manancial de indicações relativamente a muitas outras leituras e referências sobre este excelente tema da relação entre rua e habitar.


Boa leitura é o que se deseja,

António Baptista Coelho



(*)Xavier Monteys é catedrático da Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), na qual dirige o grupo de investigação Habitar e é professor na Escola Tècnica Superior d’Arquitectura de Barcelona (ETSAB).


(**) Xavier Monteys, "La calle y la casa. Urbanismo de interiores", Editorial Gustavo Gili (GG), Barcelona, 2018
Espanhol, ISBN/EAN: 9788425229756

Página do site da editora dedicado ao livro:


https://ggili.com/la-calle-y-la-casa-libro.html



Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) De acordo com o mesmo sentido, de se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

Infohabitar, Ano XIV, n.º 642

Uma rua bem habitada

A propósito do livro de Xavier Monteys “La calle y la casa. Urbanismo de interiores” - Infohabitar 642

Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho
abc.infohabitar@gmail.com
abc@lnec.pt

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Editado nas instalações do Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais (NUT) do Departamento de Edifícios (DED) do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.

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