domingo, fevereiro 03, 2013

425 - Sobre o 2.º CIHEL: temas, organização e continuidade - Infohabitar 425


Infohabitar, Ano IX,  nº425

Importante: Considerando a proximidade do 2.º Congresso Internacional Habitação no Espaço Lusófono (2.º CIHEL) e 1.º Congresso CRSEEL evidenciam-se, já de seguida, os principais artigos/links sobre este evento:

Site do 2.º CIHEL; com acesso a ficha de inscrição e quadro de apoios
2.º CIHEL - "Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento", no âmbito da lusofonia: 2.º CIHEL, LNEC, Lisboa, 13 a 15 de março de 2013 - Comissões do 2.º CIHEL (n.º 418, 2 Dez. 12, 9 págs., 12 figs.).
2nd CIHEL - International Congress on Housing in the Lusophone Territory - António Baptista Coelho e Elisabete Arsénio (n.º 403, 23 Jul. 12, 6 págs., 5 figs.).


Sobre o 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL: temas, organização e desejada continuidade

António Baptista Coelho

Salienta-se que ao 2.º CIHEL em boa hora se aliou o 1.º Congresso Construção e Reabilitação Sustentável de Edifícios no Espaço Lusófono (1.º CCRSEEL), desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL).

Grandes temas do 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL

São oito as temáticas do 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL, referidas, de a) a h).  Refere-se a seguir ao título do tema o número de trabalhos a apresentar e já recebidos, registando-se, depois, uma síntese "mínima" de cada tema.
a) Programas e políticas urbanas e habitacionais - 25 comunicações
Apresentar e discutir programas e políticas urbanas e habitacionais associadas à temática do congresso, considerando as políticas públicas e sectoriais e a importância da reabilitação e da gestão, considerando uma realidade marcada, frequentemente, por necessidades críticas e por reduzidos meios de ação, e tendo em conta uma perspetiva associada ao desenvolvimento da sociedade e aos amplos objetivos de sustentabilidade.
b) Cidade habitada, território e ambiente - 23 comunicações
Desenvolver ligações entre ambiente, acessibilidades numa perspetiva multimodal, território, paisagem e uma cidade viva, que se deseja possa ser dinamizadora de um desenvolvimento sustentável, coerente e integrado e aliado da paisagem natural. A investigação e a formação sobre a cidade e a evolução do habitat humano, tendo em conta o "novo" mundo urbano, de megacidades e megaperiferias. Considerar a cidade como espaço de vida, de cultura, de vitalização territorial, para a competitividade e coesão social e territorial. Ter em conta os equilíbrios: cidade-campo; cidade habitada e cidade industriosa; mundo urbano dinâmico –ambiente adequado, considerando também as estratégias de adaptação e mitigação face a riscos naturais e tecnológicos.
c) Da urbanidade no espaço público à cidade informal -10 comunicações
Aprofundar as perspetivas de humanização do mundo urbano, como espaço bem habitado e equipado, tendo em conta diversos perfis de infraestruturação e as potencialidades do espaço público e dos serviços urbanos e sociais. Desenvolver os aspetos de análise, reorganização, acupuntura urbana e preenchimento positivo da cidade, atendendo a fatores de segurança. Considerar formas mais adequadas de reabitar o centro e reordenar periferias. Apresentar e discutir processos e ações de intervenção e reurbanização na "cidade informal", a promoção de um sentimento de pertença e a prevenção contra a criminalidade e as incivilidades.
d) O habitar nas comunidades rurais - 2 comunicações
A caracterização do habitar nas comunidades rurais, considerado como padrão urbano determinante e vitalizador na organização das sociedades em desenvolvimento,e como processo emergente em contextos já mais estruturados, mas marcados por uma crescente sensibilidade sobre o ambiente e pela reinterpretação de velhos modos de vida e pela perspetiva do “regresso ao campo”.
e) Da habitação de interesse social à diversificação tipológica - 17 comunicações
Visar a discussão do direito, do acesso e do apoio à habitação e as práticas mais adequadas aos diversos atores sociais, institucionais e económicos associados à promoção habitacional. Perspetivar uma diversificação e adequação estratégica das soluções habitacionais (da habitação à vizinhança). Discutir opções de realojamento adequadas. Considerar a relação entre soluções habitacionais, modos de vida e exigências funcionais e de conforto, tendo em conta velhas e novas formas de habitar, desejos e necessidades e relações entre família e vizinhança e entre vizinhança e cidade.Ter em conta as inovações nos modos de vida e o papel da integração das novas tecnologias na cidade e no espaço doméstico.
f)  Integrar a reabilitação urbana e habitacional - 11 comunicações
Visar a relação entre habitar e reabilitar, considerando a múltipla importância do construir no construído e do preenchimento e da densificação no incremento de uma ampla sustentabilidade urbana, abrangendo ainda a questão dos vazios urbanos. Considerar as principais ferramentas da reabilitação urbana e habitacional com destaque para as análises de habitabilidade. Perspetivar uma reabilitação urbana e habitacional vitalizadora, socialmente integradora, funcionalmente diversificada e valorizadora.
g) Sistemas, processos, tecnologias e materiais de construção - 31 comunicações
Apresentar e discutir sistemas, processos, tecnologias e materiais direcionados para a construção nova e para a  reabilitação habitacional e urbana, considerando aspetos ligados à relação custo-benefício e, designadamente, à escassez de recursos, às técnicas e meios localmente disponíveis e à adequação em termos de conforto ambiental; considerar a ligação destas matérias às diversas facetas da sustentabilidade – ambiental, económica e sociocultural.
h) Práticas de investigação e intervenção urbana e habitacional - 22 comunicações
Adaptação das comunidades e dos habitantes às propostas urbanísticas e arqutetónicas; o desgaste das soluções construtivas e a quantificação do investimento na manutenção; a evolução de usos e necessidades urbanas e domésticas; a relação com os moradores e a respetiva participação; a aplicação de diversos processos de análise da satisfação, com destaque para Avaliação Pós-Ocupação (APO). A multidisciplinaridade na intervenção urbana e habitacional.



Pequena síntese organizativa do 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL
Em termos organizativos a apresentação das mais de 140 comunicações entregues é assegurada nas manhãs dos dias 14 e 15 de março em sessões simultâneas, que decorrerão em sete salas do Centro de Congressos, tendo-se tentado realizar uma distribuição cuidadosa dos conteúdos das comunicações, tanto por tema e por sala, como por subtemática tratada; de modo a que quem participa no Congresso possa ter apresentações focadas em temáticas afins. Naturalmente que este processo terá, sem dúvida, muitas imperfeições, mas na prática tentou-se realmente esta estratégia, o que levou até à conjugação de comunicações de vários temas numa mesma sala/sessão, quando há assuntos com afinidade e, naturalmente, porque o número diferente de comunicações em cada tema assim obriga.
Outro cuidado havido refere-se à provável edição do livro do Congresso cumprindo esta mesma lógica, na sua parte editada em papel, que segue exatamente a divisão por temas e salas acima indicada, de modo a facilitar-se a escolha e o acompanhamento das diversas comunicações e sessões.
A edição dos textos completos das comunicações no CD seguirá, muito provavelmente, uma ordem simples de consulta referida ao n.º de ordem com que as comunicações foram chegando ao secretariado (ex., A001 a A025; C001 a C010); isto porque se considera que o acesso ao CD será feito habitualmente com o objetivo de consulta de uma dada comunicação, sendo neste caso essencial uma forma simples de acesso à mesma (ex., N.º de ordem geral tal como indicado, título do trabalho, autores do trabalho).
Nas tardes dos dias 13, 14 e 15 de março os trabalhos decorrerão sempre em plenário, centrados nas cerca de 12 intervenções convidadas.
Prevê-se ainda que nos intervalos da manhã e da tarde dos dias 14 e 15 se realizem breves intervenções de apresentação de livros, junto às respetivas editoras.




Algumas notas sobre o 2.º CIHEL e sobre o CIHEL   
O principal objetivo deste 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL e das suas atividades associadas é a constituição de um fórum sociotécnico do mundo da lusofonia e com afirmada continuidade temporal, que possa ter uma utilidade clara e crescente na grande área temática “da habitação, cidade, território e desenvolvimento", visando-se a dinamização de um processo que assegure, numa base de realizações itinerantes, os próximos Congressos e atividades intercalares com forte caráter prático e de utilidade socioeconómica.
Neste sentido espera-se que seja aliciante o programa previsto, onde se destacam: as cerca de 12 intervenções convidadas e as 140 comunicações a apresentar no Centro de Congressos do LNEC, em sete salas, de 13 a 15 de março de 2013; a pequena "feira do livro" técnico que se espera poder assegurar no átrio do Centro de Congressos; as exposições previstas, com destaque para a que vai ser organizada pelo CIALP, sobre património de origem portuguesa no âmbito da lusofonia; o workshop que antecede o Congresso; e a visita técnica que está em estudo.
Do 1.º para o 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL, estamos a passar de 5 para cerca de 12 intervenções convidadas, e de 50 para mais de 140 comunicações, tendo crescido fortemente na promoção de atividades associadas; esperemos, então, que o 3.º CIHEL e, quem sabe, outras atividades intercalares, possam aprofundar a utilidade desta iniciativa no apoio ao bem-estar das populações e nos amplos territórios onde se fala português. 
E como nada se pode fazer sem ser num grupo coeso, julga-se que é de grande oportunidade a operacionalização do Secretariado Permanente do CIHEL, que foi esboçado no final do 1.º Congresso, mas que deveria, agora, assumir uma atividade continuada e estratégica - designadamente através da criação de uma Comissão Coordenadora -, no lançamento e enquadramento dos próximos Congressos e outras tipologias de eventos e instrumentos de discussão, formação, divulgação e partilha de informação, nesta grande área dos habitares no espaço lusófono; habitares estes que, tal como se aponta neste 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL, têm a ver com o ambiente, o território, a cidade e um desenvolvimento adequado e sustentado.



Regista-se também o interesse, por parte das pessoas e entidades que apoiaram na realização do 1.º e 2.º CIHEL e 1.º CCRSEEL, de se desenvolver e aprofundar a cooperação com outras pessoas e entidades que visem o mesmo leque de objectivos, associados a um melhor habitar no mundo de língua portuguesa.

Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados no Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico, as opiniões expressas nos artigos apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores.


Editor: António Baptista Coelho
Ano IX,  nº425
Notas sobre os temas, a organização e a continuidade do 2.º CIHEL,
Edição de José Baptista Coelho
Lisboa, Encarnação - Olivais Norte, SEM DATA (em actualização periódica)

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