Passados quase seis anos após a primeira reunião do Grupo Habitar (GH), a 28 de Junho de 2001 em Santo Tirso, e pouco mais de quatro anos após a sua fundação, o Grupo Habitar (GH) assegurou 17 sessões de apresentação e debate (entre cerca de 30 a 150 participantes) e 10 visitas técnicas, em parcerias com diversas instituições, parcerias estas que, por sua vez, geraram e apoiaram diversificadas actividades de discussão e disseminação técnica, desenvolvidas, seja pelo GH, seja por outras entidades.
Neste seu período inicial o Grupo Habitar (GH) montou um site, que está alojado no site do LNEC, e assegura, desde há dois anos, a edição de uma revista na Internet, o Infohabitar, que semanalmente disponibiliza um novo artigo técnico sobre matérias que mantêm a actualidade, o que proporciona, hoje em dia, um património editorial que ultrapassa já os 130 artigos e as 600 páginas de textos ilustrados, que, naturalmente, tem gerado “picos” de leitura que, várias vezes, ultrapassaram as 450 leituras diárias de artigos.
Neste seu período inicial o Grupo Habitar (GH) montou um site, que está alojado no site do LNEC, e assegura, desde há dois anos, a edição de uma revista na Internet, o Infohabitar, que semanalmente disponibiliza um novo artigo técnico sobre matérias que mantêm a actualidade, o que proporciona, hoje em dia, um património editorial que ultrapassa já os 130 artigos e as 600 páginas de textos ilustrados, que, naturalmente, tem gerado “picos” de leitura que, várias vezes, ultrapassaram as 450 leituras diárias de artigos.
Terminada, assim, a fase de consolidação do GH, constatando-se a nossa vitalidade e utilidade e na oportunidade de se aproximarem as segundas eleições do GH, há que privilegiar uma nova fase de crescimento, o mais possível sustentado, pois só assim será possível aproximarmo-nos do cumprimento dos objectivos que nos propusemos. Neste sentido inicia-se aqui uma reflexão, seja sobre a natureza básica do GH, seja sobre o que o GH fez e pode/quer fazer a curto e médio prazos, seja sobre como passar, eficaz e rapidamente, para um nível um pouco mais dinamizado de actividade, baseado no aprofundamento das boas práticas havidas, mas procurando, basicamente, diversificar os tipos de actividades desenvolvidas e aumentar a sua frequência.
É uma tal reflexão que se inicia neste artigo, e sublinha-se querer ser este texto apenas uma abertura dessa reflexão, pois é fundamental que ela seja retomada e desenvolvida por outros colegas, designadamente, aqui nas páginas do Infohabitar, e, salienta-se, sempre feita no cumprimento de uma abordagem das temáticas habitacionais e dos modos de as aprofundar e melhor conhecer, que tenha também utilidade para todo o nosso universo de leitores. É assim que se coloca este texto, que é ilustrado, informalmente, por uma sequência de imagens das acções do Grupo Habitar.
Sobre a natureza do Grupo Habitar
O Grupo Habitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional é uma associação de natureza técnica e científica, de direito privado e sem fins lucrativos, com natureza basicamente multidisciplinar, que nasceu do interesse de pessoas com diversas formações e práticas profissionais, ligadas às temáticas da habitação, do urbanismo e da qualidade de vida, um interesse direccionado seja para um estudo teórico e prático das mais diversas matérias do habitar (da habitação à cidade e do mundo físico ao mundo social), seja para o perspectivar de um tal aprofundamento numa acção, o mais possível contínua, de ligação entre a prática e a investigação mais técnica e teórica, seja para a já referida e afirmada perspectiva multidisciplinar e multiprofissional, seja para um objectivo que sempre tenderá a tentar harmonizar e articular, positivamente, a acção técnica e a satisfação de quem habita a casa e a cidade.
E por isso o GH visa a melhoria da qualidade da habitação e do espaço urbano que todos habitamos, através de variadas actividades, entre as quais a visita e a análise de conjuntos habitacionais e o estudo, a discussão e a divulgação dos principais problemas e dos aspectos qualitativos que caracterizam as nossas habitações, os nossos bairros e as nossas cidades.
Picos de leitura do infohabitar durante Março de 2007
E é assim que o GH quer actuar em duas frentes de acção, distintas, mas potencialmente boas aliadas: (i) visar uma estimulante e fundamental variedade de aspectos da qualidade de vida, desde a integração paisagística e ambiental, à qualidade de desenho de arquitectura, desde a qualidade construtiva, a durabilidade e o equilíbrio de custos, à satisfação dos moradores e à preparação dos aspectos de gestão; (ii) e privilegiar, cada vez mais, acções disciplinares conjuntas e disciplinarmente abertas e interactuantes, seja entre as diversas disciplinas e especialidades associadas, seja relativamente aos habitantes e à sua fundamental satisfação, considerando aqui, entre outros aspectos, as actuais tendências de mutação nos modos de vida e de uso das casas, dos conjuntos residenciais e da cidade.
- Estudar e discutir o habitar numa forma ampla, multidisciplinar e integrada, numa perspectiva teórico-prática que considere uma visão prospectiva fundamentada sobre o que deverá ser o espaço habitacional, em Portugal, neste novo século, assegurando-se a análise consistente do que já foi estudado e realizado, numa perspectiva que privilegie os casos português, europeu e da CPLP.
- Considerar o habitar nos seus diversos níveis físicos, do fogo ao conjunto habitacional, e nas suas grandes problemáticas: da constituição de continuidades urbanas vitalizadas à integração paisagística e ambiental, da qualidade de desenho de arquitectura à qualidade construtiva, da satisfação dos moradores à preparação dos aspectos de gestão e as especificidades da habitação apoiada e a custos controlados.
- Apoiar o desenvolvimento de um habitar condigno e de qualidade e promover, a nível nacional, o progresso e a difusão dos conhecimentos teórico-práticos sobre o habitar, designadamente, através da observação, do estudo e da discussão das realidades e da problemática habitacional.
Dinamização e desenvolvimento do Infohabitar
O que se pretende para o Infohabitar é que editorialmente ele se continue a articular com as actividades de discussão e informação do Grupo Habitar, seja publicitando estas actividades, seja constituindo um repositório vivo dos temas e percursos desenvolvidos.Em termos de impacto pretende-se realizar a curto prazo um redesenho do próprio Infohabitar, dotando-o com uma imagem que se deseja mais coerente com o seu perfil de revista interactiva sobre as temáticas abordadas, de modo a que o leitor possa encontrar um cenário editorial e uma página ainda mais amigável e estimulante.
Iniciou-se já a edição no Infohabitar da análise e divulgação de boas práticas habitacionais e urbanas, e considera-se que esta actividade poderá vir a ser dinamizada, designadamente, através de múltiplas contribuições desenvolvidas por um amplo leque de colaboradores, que poderão desenvolver as suas análises sob diversas perspectivas; condição esta que, desde que clarificada, se considera muito rica.
E apontam-se, em seguida, os temas do Infohabitar:
- Memória
- Análise de casos habitacionais e urbanos de referência (novo)
- Investigação habitacional e urbana
- Grupo Habitar e Infohabitar
- Sustentabilidade no habitar
- Habitar de interesse social e habitar cooperativo
- Intervir e construir no construído
- Gestão da cidade habitada
- Escalas e tempos do habitar
- Humanidades e habitar
- Cidades amigas – conviviais, acessíveis, para todos, e seguras
- História(s) e tipologias do habitar
- Desenho e a humanização do habitar
- Integrar o habitar
- Natureza, tempo, cidade e lugar
- Actualidades, comentários, notícias, informações
Dinamização das Visitas Técnicas do GH
As visitas técnicas já realizadas pelo GH abordaram os seguintes temas específicos, numa ordem cronológica aproximada:
- Bairros citadinos integrados – o bairro de Telheiras em Lisboa e as intervenções coordenadas pelo Arq. Duarte Nuno Simões
- Requalificação e regeneração de conjuntos de habitação apoiada em Lisboa e Vila Nova de Gaia.
- Boas práticas recentes do realojamento promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, finais dos anos noventa e início do século XXI.
- História dos primeiros bairros sociais lisboetas no período de 1918 a cerca de 1940.
- Regeneração urbana e habitacional de um conjunto cooperativo – a requalificação e a conclusão do conjunto da Bouça no Porto, projecto de Siza Vieira.
- Importância do verde urbano, a história de um jardim exemplar – o Jardim Gulbenkian.
- Humanização dos espaços residenciais de iniciativa cooperativa, exemplos em Lisboa e Faro.
- Reabilitação habitacional e urbana em centros históricos – o caso de Coimbra
Temas de Visitas Técnicas de curta duração
Apontam-se em seguida novos temas para visitas de curta duração do GH, considerando, especificamente, aspectos de humanização do habitar.
Cidades na cidade – os bairros da vida urbana humanizada: A cidade viva, humana e atraente tem de ser uma cidade de bairros e conjuntos urbanos vivos e caracterizados, uma cidade feita de pequenas cidades. Os bons bairros citadinos, aqueles em que gostamos/gostaríamos de viver existem realmente, mais velhos, orgânicos e populares, ou mais recentes e planeados.
Considerando-se isto pretende-se percorrer e comentar estas cidades na cidade, evidentemente, em várias visitas e desejavelmente com base em sessão/sessões de introdução geral ao tema.
Natureza e cidade: Privilegia-se, numa primeira linha, a aproximação à importância global e à actual urgência da previsão de espaços de natureza na cidade, para a suavizar e humanizar e porque o contacto com a natureza é vital . Parques, jardins e espaços urbanos ajardinados serão assim tratados, primeiro de uma forma genérica e naturalmente ligada à sua evolução histórica, deixando-se aberta uma desejável linha de visitas, reflexão e divulgação, por exemplo, de casos de referência.
Contribuições para uma pequena história dos bairros sociais de Lisboa e do Porto – sequências de visitas: Quem conheça minimamente as respectivas soluções urbanas e habitacionais não tem dúvidas sobre o seu interesse para a reflexão teórico-prática sobre a importância e as várias facetas da humanização do habitar. Na sequência das visitas já realizadas em Lisboa até ao início da década iniciada em 1940, considera-se que as próximas visitas devem privilegiar as células sociais do Bairro de Alvalade e o Bairro de Olivais Norte/Encarnação. Será, no entanto, prioritário iniciar também as visitas aos primeiros bairros sociais no Porto e Matosinhos.
Cidade Nova de St. André – sessão técnica de apresentação seguida de visita: Trata-se de uma visita importante seja devido a se poder visitar uma grande intervenção urbana em que houve uma afirmada intenção de harmonização paisagística profunda e ampla, seja por se estar em presença de uma das poucas intervenções que, entre nós, se tentaram aproximar da fundação de uma nova cidade, de raiz e praticamente sem preexistências urbanas próprias. Considera-se que a associação de uma sessão técnica e de uma visita tem plena justificação sendo essencial garantir a cooperação de técnicos associados à concepção global e de pormenor desta cidade.
Exemplos de humanização e de sustentabilidade urbana no habitar cooperativo – uma sequência temporal: Propõem-se pequenas viagens por sequências de conjuntos urbanos habitacionais desenvolvidos pela promoção cooperativa e onde se visou criar um sentido funcional e ambiental de cidade completa, equilibrada e integrada, em termos paisagísticos, físicos, sociais e de equipamentos.
Lançamento de Visitas Técnicas de média duração
Pretende-se montar viagens técnicas, ligadas a matérias do habitar, com duração superior a um dia, dirigidas para um leque relativamente amplo de profissionais ligados às matérias do habitar, embora com uma tónica específica nos temas da arquitectura e do urbanismo residencial e designadamente numa perspectiva de conhecimento directo de soluções urbanas e habitacionais que aliem a qualidade do desenho com objectivos específicos de humanização e satisfação residencial. Em termos profissionais também se considera ser muito benéfica a participação multidisciplinar, pois assim se consegue uma atenção diversificada e motivadora de um interesse dinamizado seja nas visitas, seja nos encontros técnicos, seja na discussão que naturalmente caracteriza todas as actividades do GH.De forma genérica pretende-se que cada viagem seja organizada no respeito por uma temática “central”, que será abordada numa perspectiva completa, histórica e estratégica. A temática privilegiada em cada viagem será, no entanto, acompanhada por um programa de encontros e de visitas que proporcione, complementarmente, o conhecimento e a vivência de elementos arquitectónicos, urbanos e culturais marcantes, que sejam estrategicamente acessíveis e que desejavelmente propiciem referências para a temática “central” da viagem. A organização de cada viagem irá privilegiar o contacto directo com as condições de vida correntes nas zonas visitadas, condição esta que se liga também a uma pontual imersão em cenários de habitar que marquem o dia-a-dia das respectivas populações.
Dinamização das Sessões Técnicas do GH
Relembram-se os temas já desenvolvidos em sessões técnicas e desenvolvem-se um pouco alguns temas previstos:- Bairros do futuro presente – o caso da BO01 uma perspectiva de síntese.
- Programa Especial de Realojamento (PER).
- Associação entre habitar e requalificar a cidade.
- Facetas mais e menos objectivas da qualidade do habitar (ex., a iluminação natural).
- Sustentabilidade habitacional e urbana.
- Prática profissional e promoção de habitação .
- Idosos numa cidade e sociedade envelhecidas.
- Habitar o espaço público com sustentabilidade.
- Sustentabilidade ambiental, arquitectura e habitação.
- Prática profissional e promoção de habitação – Proporciona-se um tempo de reflexão sobre a prática profissional de projectistas considerados essenciais na intervenção no domínio do habitar e da construção, ao longo de um período temporal significativo. Visa-se uma reflexão fundamentada e prospectiva sobre o projecto e construção de habitação. A ideia é, assim, a propósito de exemplos meritórios de projectistas, debater aspectos e problemas que por eles sejam considerados como hoje em dia mais determinantes nos amplos domínios da arquitectura, do urbanismo habitacional e da construção, bem como as respectivas perspectivas de futuro, tudo isto com uma atenção específica à área da promoção da habitação apoiada pelo Estado.
- As novas práticas profissionais no habitar – Pretende-se apresentar uma perspectiva de novas arquitecturas urbanas que aliem a humanização do habitar e a contribuição para a regeneração urbana local com soluções de desenho e funcionais inovadoras e bem fundamentadas nos desejos e hábitos habitacionais; pretende-se também privilegiar a apresentação das novas gerações de projectistas na área da habitação apoiada pelo Estado.
- Natureza, cidade e ordenamento paisagístico – sessão dirigida para a importância global e urgente da previsão de espaços de natureza na cidade, para a suavizar e humanizar e porque o contacto com a natureza é vital . Parques, jardins e espaços urbanos ajardinados serão aqui tratados de uma forma genérica e numa perspectiva que privilegia a sua relação com a defesa de um fundamental ordenamento paisagístico nas nossas cidades de hoje.
- Bairros do futuro presente – o caso da BO01 e o “Campo de Batatas” de Charles Moore em Malmö, entre outras novas soluções de vizinhança residencial, a propósito da adopção de um conjunto significativo de inovadoras tipologias residenciais, pretende-se suscitar uma tarde de discussão sobre as novas formas humanizadas de viver a casa na cidade. Pretende-se articular esta apresentação com mais uma oportunidade de discutir as novas tipologias domésticas e de edifícios de habitação, naturalmente numa perspectiva de aprofundamento de um serviço habitacional humanizado, extremamente sensível e adaptável aos desejos e hábitos habitacionais, mas claramente influenciador de um habitar que alie o serviço da pessoa ao da cidade.
Sobre as Conferências Alargadas do GH
Relembram-se os temas já tratados em conferências alargadas e aponta-se um novo tema possível:
- Requalificar a cidade com habitação
- O espaço público sustentável
- As acessibilidades da cidade e do habitar: Pretende-se aprofundar as acessibilidades suaves e do desenvolvimento de uma “âncora verde” nas acessibilidades e na promoção da qualidade, da vitalidade e do fundamental encadeamento dos espaços públicos urbanos. As praças, pracetas e ruas citadinas são as salas e os corredores da cidade, locais que devem ser veículos da humanização e da segurança em meio urbano. Chega de uma cidade espartilhada e feita de parcelas autistas em que passar de uma para outra é difícil ou mesmo impossível, mas para avançar solidamente neste sentido é fundamental basearmo-nos nos principais pólos de coesão da vida urbana dos bairros e das parcelas urbanas com maior identidade e vitalidade. E para que assim aconteça é fundamental partirmos de uma acção que favoreça a sua funcionalidade e humanização, bem como o desenvolvimento das suas competências locais e do seu carácter próprio em termos dos seus usos e imagens urbanas; simultaneamente há que intervir nas ligações mútuas entre estas parcelas de humanização e urbanidade, (re)constituindo gradualmente grandes e extremamente motivadoras sequências urbanas.
Reuniões de discussão sobre temas específicos (nova iniciativa)
A ideia, ainda em desenvolvimento, é reunir, durante uma dado período de tempo, um conjunto seleccionado e limitado de técnicos e representantes de instituições com responsabilidade na promoção, no projecto e na gestão de habitação, para se discutir, em regime de imersão, um tema previamente definido com a contribuição do GH. Para motivar a discussão poderá ser previamente concretizada uma pequena apresentação e/ou realizada uma visita técnica.
O objectivo geral é a caracterização e o debate das temáticas da qualidade de vida, da qualidade de desenho, da técnica e da durabilidade e sustentabilidade do nosso habitat residencial. Visa-se a programação da 1.ª edição de uma conferência internacional bienal, que será, sequencialmente realizada em diferentes cidades e em parceria, de primeira linha, com as respectivas autarquias. A 1.ª edição desta Conferência Internacional Bienal será o “Habitar 2007 – município “X” (a divulgar proximamente) – um habitar para os habitantes e para a cidade. Conferência internacional promovida pelo Grupo Habitar e por um dado município, contando com a colaboração e o apoio de um determinado conjunto de instituições e entidades.
De certa forma o “segredo” da dinamização das actividades do Grupo Habitar é fácil de descobrir, trata-se de poder vir a replicar tipos de actividades já desenvolvidas, realizando-as, segundo certas regras de boa prática, em parte já identificadas, em variados sítios do país, e segundo uma adequada distribuição temporal e territorial.
Pensa-se, por exemplo, na possibilidade de dobrar as actividades:
- replicando as acções que mais êxito tiveram, por exemplo, associando, no mesmo dia, Visitas e Sessões Técnicas, realizadas em estreita parceria com um dado município;
- passando-se, assim, de uma promoção de cerca de 3 sessões/reuniões técnicas por ano, por exemplo, para cerca de 6;
- passando-se de cerca de 3 visitas técnicas por ano, também para cerca de 6;
- provavelmente, associando-se ou alternando-se as sessões e as visitas de modo a cobrir-se o melhor possível todo o ano; e uma forma muito prática de assegurar esta actividade é distribuir responsabilidades específicas de organização dos diversos eventos, considerando-se que o seu enquadramento será assegurado pela direcção do GH e a sua divulgação feita com o apoio das nossas mailing lists e dos meios de divulgação dos parceiros com quem, em cada caso, unirmos esforços;
- e no que se refere ao Infohabitar o que mais importa é assegurar três aspectos: um deles é continuar a edição semanal; outro é diversificar o corpo redactorial (condição para a qual bastará um pequeno esforço de muitos potenciais “redactores”); e o terceiro disseminar intensamente a divulgação do Infohabitar, e este é um trabalho fácil de fazer se verdadeiramente desmultiplicado; e afinal basta manter a tendência actual de crescimento das leituras, hoje bem próximas de 40.000 acessos e de 60.000 page views .
Evolução das leituras do infohabitar ao longo dos anos de 2006/2007
Como palavras finais de um artigo que quer fazer o registo de um marco de dinamização do Grupo Habitar, nas vésperas da sua 5.ª Assembleia Geral, vale bem a pena lembrar o nosso nome, que começa pela palavra “grupo”, o que significa a nossa vontade básica de sermos uma associação activa e verdadeiramente colegial, assegurando actividades em conjunto, mas em que cada elemento do grupo traga um valor acrescido e específico a essas iniciativas, e assim aqui fica o desafio para que todos nós os que já integram o GH, sejam um pouco mais participantes, e para todos aqueles que se sintam motivado para estas actividades, connosco contactarem e poderem começar a participar com o GH nas suas actividades, que se desejam cada vez mais diversificadas, dinamizadas e estimulantes.
E termina-se, naturalmente, com o sublinhar dos apoios prestados ao GH e com as referências a quem tem ajudado nesta excelente aventura e ao seu rico leque de objectivos específicos.
Registos de referência:
- Quem tem apoiado o Grupo Habitar
- Corpos sociais do GH
- Objectivos específicos do GH
- Contactos do GH
Quem tem apoiado o Grupo Habitar
O Grupo Habitar tem a sua sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo (NAU) do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, e tem merecido fundamentais apoios periódicos, designadamente, ao nível de aspectos organizativos e de acções conjuntas, do Instituto Nacional de Habitação (INH), da Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e do próprio LNEC. Mas nesta matéria há que sublinhar que a Delegação no Porto do INH, dirigida pelo Eng. Defensor de Castro, que é Vice-presidente do GH, tem cumprido sempre um papel, informal, de sede gémea do Grupo Habitar no norte do país; foi aliás um dos objectivos fundadores do GH, que este nunca fosse um grupo ligado a uma cidade e a um círculo tendencialmente fechado, mas sim uma associação ligada, tendencialmente, a todas as cidades e sítios de Portugal e que honre um conjunto de associados cujo alargamento apenas tem e terá como motivo a valia humana e profissional e naturalmente a concordância com a natureza e a razão de ser do Grupo Habitar, acima apontadas.
E por isso se referem aqui algumas das entidades que connosco já colaboraram em diversos eventos e a quem o GH deve agradecimentos, numa ordem temporal apenas aproximada: Câmaras Municipais de Lisboa, Porto, Matosinhos, Évora, Faro, Tavira e Coimbra, Gebalis, SRU do Porto, CIN, Fundação Calouste Gulbenkian, Universidade de Évora, Grupo MCH Algarve, Universidade do Algarve, GAT de Faro, Cooperativas As Sete Bicas, Coobital e Caselcoop, Ordem dos Engenheiros – Região Centro, Gabinete para o Centro Histórico da CM de Coimbra, Inválidos do Comércio, Imperalum, e ADENE – Agência para a Energia.
E entre as muitas pessoas que connosco cooperaram há que sublinhar alguns, cujas intervenções foram fundamentais nas actividades do Grupo Habitar (igualmente, numa ordem cronológica apenas aproximada): Duarte Nuno Simões, Vasco Folha, Paulo Alzamora, Paulo Tormenta Pinto, Guilherme Vilaverde, José Teixeira Monteiro, António Madureira, José Coimbra, Luís Anglin, Carlos Coradinho, Justino de Morais, Gonçalo Ribeiro Telles, José Vasconcelos Paiva, Orlando Vargas, José Lopes da Costa, Rogério P. Inácio, José Brito, Nuno Teotónio Pereira, Alberto Soares, José Clemente Ricon, Manuel Correia Fernandes, A. Leça Coelho, António Santos, Carlos Coelho, Hermano Vicente, Paulo Machado, António Reis Cabrita, Duarte Nuno Gonçalves, Raúl Hestnes Ferreira, José Teixeira Trigo, João Soares, Fernando Pinto, Elisabete Arsénio, Luís Bramão, Amélia Santos, Manuela Rosa, Celestino Flórido Quaresma, João Bigotte de Almeida, Sidónio Simões, Leopoldo da Cunha Matos, Nuno Figueiral, António Azenha, Isabel Lucena, Maria Alexandra Nunes, Sílvia Soares, Maria João Freitas, Rui Loza, Fausto Simões, Pina dos Santos, Alexandre Fernandes e Jorge Ramos.
E naturalmente há que registar o grupo, já extenso, cujas contribuições construíram o Infohabitar (em ordem referida à ordem de edição): Duarte Nuno Simões; Celeste d'Oliveira Ramos; Marilice Costi; Sheila Walbe Ornstein; José Walter Galvão; Maria João Eloy; António Reis Cabrita; Nuno Teotónio Pereira; Sara Eloy; António Baptista Coelho; Paulo Machado; João Carvalhosa; Guilherme Vilaverde; Maria Luiza Forneck; Khaled Ghoubar; José Coimbra; Pedro Baptista Coelho; Sidónio Simões; José L. M. Dias; Manuel Tereso; António Novais; Rita Abreu; Teresa Heitor; Ana Tomé; Fausto Simões; Carlos Pina dos Santos. Mas aqui mal estaria o GH se não fizesse um agradecimento público e evidenciado à Arq.ª Paisagista Maria Celeste Ramos, cujos inúmeros e muito qualificados artigos têm contribuído fortemente para o dinamismo do nosso Infohabitar.
Corpos sociais do Grupo Habitar
Mesa da Assembleia Geral:
Presidente: Arq.º Duarte Nuno Gomes Simões
Vice-Presidente: Eng.º Hermano Vicente
Secretário: Orlando Manuel Ezequiel Vargas dos Santos
Direcção:
Presidente: Arq.º António Júlio Marques Baptista Coelho
Vice-Presidente: Eng.º Defensor Fernando Gomes de Castro
Secretário: Arq.º José Clemente Beira Peres Ricon de Oliveira
Tesoureiro: Dr. Jorge Amável da Silva Quintela
Vogal: Arq.º António Manuel da Silva Rocha Reis Cabrita
Vogal: Arq.ª Pais. Dora Helena de Albuquerque Lampreia
Vogal: Dr.ª Maria Teresa Ribeiro Machado
Conselho Fiscal:
Presidente: Arq.º António Carlos de Oliveira Coelho
Vogal: Dr. Dâmaso Lopes de Sousa Silva
Vogal: Eng.º José Manuel Martins Soares de Sousa
Objectivos específicos do Grupo Habitar (Artigo 2º dos Estatutos do GH):
O Grupo Habitar orientará a sua actividade, designadamente, para os seguintes objectivos específicos:
a) Aprofundar a história e a teoria da arquitectura habitacional, privilegiando a realidade nacional e atendendo às características específicas da habitação apoiada.
b) Considerar as ligações e os conflitos mais frequentes entre os aspectos da concepção residencial que decorrem de noções fundamentais da teoria e da história da arquitectura e a realidade de uma promoção habitacional que privilegie a satisfação dos moradores.
c) Fomentar o retorno cultural e social dos investimentos em habitação, pois o património de amanhã realiza-se hoje, sendo necessário privilegiar empreendimentos com uma qualidade adequada.
d) Incentivar a melhor utilização do dinheiro público, através da promoção e difusão de procedimentos e medidas tecnicamente correctas na concepção e construção de conjuntos urbanos e edifícios, assim como na aplicação de uma estratégia de custo-benefício com uma perspectiva temporal alargada.
e) Incentivar a concepção e a prática da promoção residencial marcadas por projectos e objectivos programáticos qualificados, exigentes e actuais.
f) Considerar a articulação das medidas de política habitacional nos seus vários níveis e com os diversos tipos de modelos residenciais e de promoção existentes.
g) Considerar as condicionantes e os proveitos de uma relação harmoniosa entre o território, entendido como suporte físico e biológico, e a promoção habitacional; os fundamentos do correcto Ordenamento do Território e da Paisagem como orientadores da ocupação urbana.
h) Aprofundar as características urbanas residenciais prioritárias, quer em termos físicos, funcionais e formais, quer no diálogo com o preexistente, quer em termos socioculturais fundamentados.
i) Reflectir sobre o espaço habitacional num contexto de cidade-região, ou metropolitano, e sobre as Estruturas Ecológicas Urbanas e Municipais como suportes e garantia da qualidade ambiental e do recreio das populações.
j) Considerar a importância do espaço exterior urbano como um espaço próprio, multifuncional e complementar do espaço construído, tanto à escala da cidade como à escala do bairro habitacional, nomeadamente na sua organização, funções, uso e fruição.
k) Aprofundar conhecimentos e o diálogo técnico sobre a concepção e execução do edifício habitacional, numa perspectiva ampla e multifacetada.
l) Desenvolver uma perspectiva técnica amplamente fundamentada do corpo exigencial, normativo e legal ligado à promoção de habitação.
m) Abordar as expectativas do utilizador numa base de formulação exigencial que favoreça cada vez mais as soluções baseadas no desempenho, em detrimento das soluções integralmente prescritivas, como forma de promover a inovação.
n) Reflectir sobre a importância da múltipla dimensão do conforto ambiental residencial.
o) Reflectir sobre os aspectos da segurança contra incêndio em conjuntos e edifícios residenciais.
p) Reflectir sobre a valia e adequação habitacional dos mais conhecidos ou mais inovadores processos de construção, materiais, componentes, tipos de acabamentos e respectivo controlo de custos.
q) Reflectir sobre a importância de se adequar a organização dos espaços residenciais exteriores e interiores às características e à evolução do funcionamento citadino, da estrutura vicinal, do uso do espaço público, da organização familiar, e da apropriação habitacional.
r) Considerar e desenvolver a problemática das ligações entre habitação e ecologia através de um entendimento amplo, multifacetado e aprofundado de eco-urbanismo, ecologia do habitat e sustentabilidade energética, atendendo às bases essenciais de ética e de verdadeira humanização nos espaços habitacionais.
s) Reflectir sobre soluções de requalificação urbana e residencial, bem como sobre as especificidades deste tipo de intervenção em conjuntos de habitação apoiada.
t) Considerar e aprofundar as práticas de promoção residencial ligadas a processos habitacionais participados pela população e localmente sustentados e apoiar tecnicamente as actuações locais tendentes à defesa dos direitos habitacionais dos cidadãos.
u) Aprofundar as exigências e a importância de uma perspectiva multidisciplinar na actual concepção e promoção residencial e respectivos cuidados de gestão.
v) Reflectir sobre os instrumentos legais, políticas e programas de habitação em vigor, assinalando os aspectos positivos e negativos e perspectivando os seus efeitos futuros.
Contactos do GH
Sede: Grupo Habitar, Av. do Brasil 101, 1700 – 066 Lisboa. Contactos: Lisboa: António Baptista Coelho, abc@lnec.pt Tel. 218443679/Fax. 218443028, Tm. 914631004 Porto: José Clemente Ricon, jroliveira@inh.pt Tel. 226079670 Para qualquer informação complementar bastará um contacto telefónico ou por e-mail. Notar que a adesão ao Grupo Habitar está prevista nos seus estatutos e depende de uma inscrição prévia a realizar em ficha própria, que pode ser enviada por mail ou solicitada na sede do GH. Posteriormente a Direcção do GH apreciará a proposta de inscrição.
Lisboa, Encarnação Olivais Norte, 22 de Março de 2007
Editado por José Romana Baptista Coelho
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