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No próximo dia 5 de Julho de 2006, quarta-feira, entre as 18:00h e as 20:00h vai decorrer no centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, a apresentação formal do novo número da Série do LNEC Cadernos Edifícios, intitulado,
Humanização e vitalização do espaço público
Integra esta apresentação uma palestra sobre a referida temática desenvolvida pelo Arquitecto NunoPortas, que de há longa data se tem dedicado a estas matérias e que esteve ligado ao arranque desta área de estudos no LNEC, desde meados dos anos sessenta do século passado, e no qual coordenou, durante bastantes anos, o Núcleo de Arquitectura, hoje Núcleo de Arquitectura e Urbanismo.
Por considerar ter esta temática grande oportunidade, associou-se a esta iniciativa a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), que irá promover, em Setembro, uma Mesa-Redonda sobre o tema.
A sessão é de entrada livre, solicitando-se a confirmação da presença para o CDIT do LNEC, pelo tel: 21844 3483 Em seguida apresenta-se o sumário dos conteúdos deste número monográfico, concluindo-se com um breve texto de enquadramento da hoje crucial temática relativa à Humanização e vitalização do espaço público.
1. Editorial, por António BaptistaCoelho
2. Espaço público, orgulho e cidadania, por Duarte Nuno Simões (12 pp., ilustrado)
3. Espaço público e liberdade cívica: recordações da cidade clássica, por Fernando Gonçalves (12 pp., ilustrado)
4. Lisboa na minha ideia de cidade - como exemplo de cidade multifacetada, por Maria CelesteRamos (22 pp., ilustrado)
5. A cidade, a criança e a saúde, contributos para uma mudança de paradigmas, por MárioCordeiro e Tiago Queiroz (32 pp., ilustrado)
6. O desencontro urbano. questões geracionais na humanização da cidade, por PauloMachado (18 pp., ilustrado)
7. A coprodução da qualidade no espaço público - la coproduction de la qualite de l’espace public, por Patrice Séchet (8 pp. bilingue, ilustrado)
8. Espaço público urbano e práticas socioculturais de uso, sua apropriação e representação, por Marluci Menezes (14 pp., ilustrado)
9. Apocalípticos – integrados – notas, de “pensamento paralelo”, sobre o espaço público e economia, e sobre alguns novos tipos de espaços públicos, por PedroBrandão (14 pp., ilustrado)
10. A cidade, os cidadãos e o espaço público, por Fernando Cabral Sacadura (12 pp., ilustrado)
11. Cor, espaços públicos, o moderno e a cidade histórica, por José Aguiar (18 pp., ilustrado)
12. A aerodinâmica urbana e o conforto no espaço público: uma proposta metodológica e um caso de estudo, por Francisco José Jerónimo de Almeida (12 pp., ilustrado)
13. Espaços públicos vivos e caracterizados – qualidades do espaço público e da imagem urbana, por António Baptista Coelho (30 pp., ilustrado)
14. Espaço urbano como espaço de cultura e lugar de cidadania - reflexões de viagens ou do que vi no Verão, por António ReisCabrita (12 pp., ilustrado)
Referimo-nos às ideias fundamentais com que todos os cidadãos informados se poderão preocupar relativamente às múltiplas características do que se deve fazer e exigir, sempre que se intervém no espaço público, seja fazendo-se novos espaços urbanos, seja requalificando-se a cidade existente. E aqui faz-se, já, uma estratégica chamada de atenção para não se estar, aqui, a visar especificamente a problemática dos centros históricos, mas o espaço urbano em geral e, essencialmente, o que se poderá designar como o grande leque de situações existente na cidade corrente.
Numa primeira aproximação a esta matéria apuraram-se e privilegiaram-se duas ideias-chave:
- a importância da vitalidade global do mundo público;
- e a necessidade de se visar, de múltiplas formas, a sua humanização.
Desenvolver estas ideias segundo caminhos pessoais e eventualmente especializados cabe aos autores dos diversos textos deste número dos Cadernos Edifícios, que integra catorze textos sobre o tema da “humanização e vitalização do espaço público”, no entanto não é possível resistir, desde já, à vontade de salientar que essa vitalidade é uma vitalidade funcional e social, com um sentido amplo ligado ao habitar – desde as vizinhanças à cidade – e à cultura urbana, enquanto a referida humanização terá obrigatoriamente contornos estéticos (estritos e amplos), éticos, sociais e também, naturalmente, culturais.
É um tema amplo e complexo, mas vital para a sociedade, designadamente, para a sociedade de hoje, e é um tema apaixonante nas questões que levanta. Daí termos previsto abordá-lo, no LNEC, na Série Cadernos Edifícios, com cautela e sequencialmente, iniciando a tarefa por uma primeira viagem na matéria teórico-prática fundamental, evidenciada no título “Vitalidade e humanização do espaço público”.
Poderão seguir-se, em outros futuros números dos Cadernos, quer novas abordagens gerais sobre temáticas igualmente conceptuais (ex., sobre a concepção arquitectónica do espaço público ou sobre o verde urbano) ou mais ligadas a determinados e bem conhecidos problemas (ex., segurança/insegurança no espaço público, conforto ambiental, etc.), quer abordagens mais específicas e projectuais (ex., recomendações e boas práticas no projecto do espaço público).
Deseja-se uma boa leitura deste número dos Cadernos,
Lisboa e LNEC, em 27 de Junho de 2006
O coordenador da edição do Nº 4 dos Cadernos Edifícios
António Baptista Coelho
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