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Infohabitar, Ano XVI, n.º 739
Notas sobre a importância do silêncio na Arquitectura – Infohabitar # 739
Por António Baptista Coelho (texto e imagens)
Edição: terça-feira, 21 de
julho de 2020
Editorial:
Caros leitores da Infohabitar, estimados
amigos,
Ainda um pouco numa sequência genérica de
últimos artigos, aqui editados, em que refletimos sobre paisagem urbana baseada
em misturas diversificadas de tipologias edificadas e sobre aspetos de identidade,
apropriação e escala humana, que devem estar bem presentes e marcar os espaços
que habitamos interior e exteriormente,
dedicamo-nos no presente artigo a uma
qualidade ambiental e urbana, até no sentido amplo do termo “urbana”, o
silêncio, cuja presença, mais ou menos intensa, ou cuja ausência, parecem ser aspetos
expressivamente qualificadores na experimentação do espaço arquitectónico e
urbano; além do aspeto essencial associado à qualificação do silêncio como
exigência/matéria básica na conceção arquitetónica e numa sua aprofundada e
sentida fruição.
Continuando a "tradição" da Infohabitar referida à divulgação de
iniciativas merecedoras de atenção, salienta-se a chamada
de artigos para o novo número da revista Gestão & Tecnologia de projetos, que abordará o emprego de tecnologias digitais no campo do patrimônio,
envolvendo ações nacionais ou cooperações internacionais; neste sentido, no final da presente edição anexa-se o respetivo conjunto de elementos de
divulgação e informação enviados por um dos editores, o amigo e colega Prof.
Eng.º Márcio Minto Fabrício do IAU-USP.
Lembrando que serão sempre muito
bem-vindas eventuais ideias comentadas a propósito dos artigos aqui editados e propostas
de novos artigos (a enviar para abc.infohabitar@gmail.com ao meu
cuidado),
despeço-me, até à próxima semana, com saudações
calorosas e desejos de muita força e de boa saúde,
Lisboa, Encarnação, em 20 de julho de 2020
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
Notas sobre a importância do silêncio na
Arquitectura – Infohabitar
# 739
António Baptista Coelho
No presente artigo aborda-se, em primeiro lugar, o silêncio como matéria
de base vital do espaço projetado e que, depois, se quer vivo; portanto base da
conceção e objetivo essencial qualitativo, importante, entre outros, mas
frequentemente esquecido.
Desenvolve-se, em seguida, uma natural reflexão sobre a relação entre o silêncio
e o meio natural, sítio óbvio de potencial e “alimentador/apaziguador” silêncio,
passando-se, depois, para uma menos óbvia natureza do silêncio como veículo de
intimidade e de urbanidade; a relação com a intimidade é razoavelmente natural,
enquanto o sentido de uma urbanidade calma, protetora e mesmo potencialmente introspetiva
será sempre menos direta, mas considera-se que é de extrema relevância; importância
esta que vai ganhando tanto maior relevo quanto mais urbana e densificada for a
sociedade – como acontece com o atual habitat humano.
Passa-se, em seguida, para uma pequena reflexão talvez mais disciplinar a
propósito de se encarar e defender, mesmo, o silêncio como verdadeira matéria
ou motivo da Arquitectura; naturalmente não única, mas, frequentemente, como
ampla e amigável base habilitadora de outras matérias e motivos de conceção;
para além de ser, sempre, matéria própria e motivo específico de conceção.
E avançando-se nesta matéria específica de conceção associada ao
silêncio, surge o “velho” e sempre pouco considerado tema das ruínas e do
silêncio das/nas ruínas como estimulante motivo de perceção e criação
arquitectónica.
O silêncio como base vital do espaço projetado e que, depois, se
quer vivo
Falar
um pouco sobre o silêncio na arquitectura, considerando esta,
naturalmente, como conjunto articulado de espaços interiores, exteriores e de
transição, com presença doméstica e urbana e importantes ligações com o
bem-estar que deve caraterizar os nossos cenários de vivência, será, talvez,
falar de uma qualidade arquitectónica que acompanha e valoriza:
·
seja, numa primeira linha, os respetivos atos de conceção desses
espaços e ambientes, que têm de se fazer sempre num relativo silêncio, de
concentração e de diálogo íntimo com os diversos aspetos em que se fundamenta
essa concepção, esse projeto;
·
seja, um silêncio que, numa segunda linha, embebe e caracteriza as
primeiras vivências directas desses espaços logo que recém-concluídos, e
atraentemente vazios e expectantes, produzindo-se, assim, imagens quase que
estranha e eloquentemente silenciosas.
Produzem-se, assim, imagens que acabam por ser projetos quase feitos realidade,
e daí ainda tão calmas, numa primeira apresentação real da obra, que é sempre
única e estimulante, em termos de uma fruição íntima do resultado real desse
projeto de arquitectura; e talvez daqui resulte boa parte da importância que se
dá à ilustração fotográfica dessa primeira fase de obra concluída e de certo
modo vazia dos seus posteriores e essenciais conteúdos vivenciais, sociais e
conviviais.
Fig. 01: Centro das Artes Casa das Mudas, na
Calheta, Madeira., Arq.º Paulo David; e à direita, em silêncio, sentindo a
obra, Raúl Hestnes Ferreira.
Temos, assim, o
silêncio como base de preparação do espaço que se quer vivo e como uma espécie
de condição de prova de fogo, individualmente sentida, de como resulta esse
espaço, quando construído, uma prova caraterizada por uma certa disponibilidade
desse espaço ser entendido, globalmente, como algo que apresenta um certo
potencial de acolhimento, que depois será, ou não, comprovado, quando
habitarmos esse espaço; e sendo que tudo isto, da fase de projeto à fase final
de vivência preliminar da obra acabada, obriga a um quadro básico de silêncio,
ou de silêncio preenchido pela boa música, por exemplo, e será sempre
impossível num quadro marcado pelo ruído e pela desordem que está
frequentemente associada ao ruído.
Talvez que por isso tantos amadores de fotografia, e tantos arquitectos,
privilegiem os espaços vazios, desabitados e de certa forma silenciosos, não
numa negação da sua essencial utilidade como quadros da vida humana nos seus
mais variados aspetos, mas sim numa facilitação ou clarificação da leitura
global e, depois, mais detalhada desses espaços, quase uma sua apresentação
prévia, quase um cenário mesmo cenário ainda que provisoriamente cenário, e
afinal quase um verdadeiro desenho em escala natural e volume, um desenho que
sempre nos traz novidades relativamente ao desenho em papel que o antecedeu;
mas um desenho real que, tal como o desenho-desenho, obriga a uma sua leitura
silenciosa, e cuidadosamente vagarosa, num vagar que também se liga ao silêncio
e que provavelmente tem clara expressão nas sempre tão apreciadas calmas e
sóbrias imagens a preto, branco e cinzentos.
O silêncio e o
meio natural
Dito isto, que pretendia fazer, apenas, um
enquadramento esquemático e global da matéria que aqui se propõe, mas que, tal
como sempre acontece, foi tema que avançou por si próprio e que deixou outros
caminhos de desenvolvimento, deve-se, talvez, agora voltar atrás, ao meio natural,
que é aquele onde fundamentamos, quase sempre, direta ou indiretamente, os
projectos de Arquitectura.
Salienta-se que nos sítios naturais ou expressivamente naturalizados, o
silêncio é base de quase tudo e nem é silêncio, pensa-se no silêncio natural e
no silêncio na natureza, marcado por sons naturais e que acabamos por
considerar como integrando o silêncio; e esta é matéria interessante pois,
entre muitos outros aspetos, um dos objetivos de uma boa arquitetura é proteger
e servir o homem em termos de um seu conforto amplo, em termos de um adequado
equilíbrio com as condições naturais e não será por acaso que está provado que
o meio natural, o seu quadro ambiental e o sossego que o marca são aspetos
essenciais no bem-estar humano, sendo por exemplo usados, objetivamente, no tratamento
de determinados problemas de saúde e na suavização do tão conhecido stress
urbano.
Temos então, assim, o silêncio como virtude natural que, conjuntamente com
outras condições de conforto ambiental, procuramos proporcionar estrategicamente
nas nossas casas, nas nossas vizinhanças urbanas e mesmo até, pontualmente, em
determinados espaços urbanos mais intensos, onde é sempre possível e desejável
que existam oportunidades de gozar um pouco de silêncio ou de significativa
redução do ruído; e estas pequenas ilhas de calma, rodeadas de ruído e bulício
urbano, serão tanto mais estimulantes, quanto mais associadas estiverem a
condições naturais de estabelecimento dessa acalmia do ruído envolvente, sendo
o contrário exemplificado por soluções muito condicionadas e associadas a
instalações com essa finalidade específica.
Fig. 02: os meios naturais ou
expressivamente naturalizados são como que "geradores de silêncio"
E
é interessante lembrar que os meios naturais ou expressivamente naturalizados
são como que "geradores de silêncio", porque captam e amortecem os
ruídos envolventes e próprios, porque produzem ruídos naturais de camuflagem, e
porque associam condições de silêncio e conforto a vistas e quadros naturais,
marcados pelo verde, pelas árvores e até pela água naturalizada.
De certa forma tais quadros
naturais diretamente indutores de condições mais silenciosas e indiretamente
associados a memórias de ambientes silenciosos, são, depois, ferramentas que o
projetista deve usar quando projeta ou reprojeta arquitetura; naturalmente não
de uma forma solta e por vezes cega, mas sim integrada nos diversos aspetos de
conforto ambiental que tantas pontes comuns apresentam – aspetos acústicos,
higro-témicos e de conforto visual – uma integração que precisa, urgentemente,
de avanços e de sínteses facilmente aplicáveis por não especialistas – e
perdoem esta espécie de divagar técnico não muito adequado ao perfil da
temática, ou será que é adequado e então estaremos numa reflexão extremamente
sensível onde se tentam abordar, integradamente, aspetos mais objetivos e
outros ainda considerados menos objetivos.
O silêncio como
veículo de intimidade e de urbanidade
Falou-se, um pouco, do enquadramento do silêncio como matéria da própria conceção
arquitetónica básica e, em seguida, do mesmo silêncio como qualidade natural,
ou da natureza, associada a múltiplos aspetos do conforto, e por sua vez
matéria da referida conceção arquitetónica; e assim até parece que não nos
conseguimos dele libertar; mas há ainda e naturalmente outras perspetivas a
considerar no silêncio como quadro base de arquiteturas e pano de fundo do
habitat humano, e nestas uma há cuja importância é basilar e que se refere
ao silêncio como veículo de intimidade e de urbanidade.
Nesta matéria é extremamente interessante, por um lado, encarar a possibilidade
de viver o espaço doméstico com relativa autonomia em termos de vivência
acústica, não prejudicando vizinhos e familiares com os nossos ruídos e música
e não sendo muito prejudicados por eles pelas mesma razões, e diz-se
relativamente, mas poderia dizer-se absolutamente, em termos de determinados
espaços onde possa ser realmente possível ouvir música alto ou trabalhar sem
limitações de ruído pela noite fora; e engana-se quem acha ser de pouca
importância o fator do silêncio no quadro mais amplo da essencial privacidade
doméstica e entre vizinhos do mesmo edifício ou de edifícios próximos; e está,
por exemplo, provado que a falta de silêncio, que também se pode dizer falta de
isolamento e conforto acústico, é aspeto que produz problemas graves e/ou
frequentes entre vizinhos e habitantes das mesmas unidades de uso (por exemplo,
habitações e escritórios) e dos mesmos edifícios, podendo chegar a más
influências na respetiva saúde física e psíquica, e indiretamente no bem-estar
social dos respetivos edifícios e vizinhanças.
E será, aqui, estratégico referir que
para o desenvolvimento, atualmente tão estimulante e necessário, de vizinhanças
e edifícios funcionalmente mistos (ex., incluindo habitação, escritórios e
lojas conviviais) é de grande importância o objetivo específico no sentido de
se poderem gozar excelentes condições de isolamento sonoro nessas unidades,
sejam quais forem as suas contiguidades e continuidades.
Ainda
nessa matéria da associação entre silêncio, intimidade e urbanidade, é, por
outro lado, necessário referir que ao nível do espaço urbano também a quietude
e o sossego são sinónimos de bem-estar, de proteção, de uma certa intimidade e
apropriação positiva das vizinhanças que habitamos, e se referem ao
desenvolvimento de espaços urbanos que articulam zonas animadas e até, eventual
e razoavelmente ruidosas, com recintos urbanos estrategicamente localizados e
marcados pelo sossego e pela acalmia do tráfego, recintos estes frequentemente
caraterizados por uma expressiva componente verde e natural, ainda que muito
urbana, e que entre outros aspetos nos proporciona viver mais intensa e
prolongadamente o exterior e quase a natureza à porta de casa, de certa forma
prolongando usos domésticos sobre partes desse exterior e permitindo que esse
exterior calmo e envolvente, e mesmo esse silêncio que, de certa forma,
"se ouve", preencha os vãos das nossas habitações e nos entre
agradavelmente casa dentro.
Falou-se, assim, um pouco do silêncio como fator de projeto de arquitectura,
algo óbvio mas raramente lembrado; depois do silêncio natural ou da natureza
como elemento com importância própria e associada ao projeto de arquitetura; e,
finalmente, do silêncio como veículo de intimidade e de urbanidade
Fig. 03: no Centro Histórico de
Guimarães.
Sobre o
silêncio como verdadeira matéria ou motivo de
Arquitectura
Falta falar de muita coisa, nesta temática do silêncio como base de
preparação e de vital experimentação do espaço que se projecta e que, depois,
se quer vivo, falta sempre falar de muita coisa, quando começamos a
aprofundar estas matérias da conceção arquitectónica, e, designadamente, falta
falar do silêncio como verdadeira matéria ou motivo da Arquitectura, sem
derivações, sem relações indirectas, pois parece haver obras que capturam um
positivo silêncio local, ou que criam um positivo quadro local de acalmia e de
sossego, um remanso e um quadro que propiciam, naturalmente, a contemplação e a
reflexão sobre essas obras e as suas paisagens pormenorizadas ou amplas de
integração e enquadramento; e, indiretamente, tal introspeção acaba por ser catalisadora
das mais diversas atividades privadas (ex., leitura, escrita e trabalho online)
e de um estimulante e prolongado convívio limitado, assegurando-se, assim,
condições para longas e intensas permanências no exterior de uso público.
Fig. 04: Casa
Pacheco de Melo, Arq.º Pedro Maurício Borges, Canada dos Barões, S. Miguel.
Mas podemos sempre colocar, paralelemente a tais reflexões, a “velha” e
boa questão da possibilidade de tal condição, de certa forma, geradora de um
sossego local, de uma certa acalmia local, grande aliada da boa caraterização
de cada obra e de cada local ser (também?) caraterística própria de toda a boa
arquitectura? Reflexão que nos levará/levaria muito longe e para a qual o autor
confessa ter reduzida habilitação teórica.
Questões bem estimulantes, que talvez tenham sido, ou venham a ser, aqui
tratadas e que se espera poder, pelo menos, aflorar em outras oportunidades.
Sobre o
silêncio das ruínas
No entanto não se poderia terminar esta reflexão sobre a privilegiada relação entre
arquitetura e silêncio, sem falar, ainda que apenas um pouco, e mais como
apontamento final e prospetivo, do silêncio das ruínas: um silêncio bem ligado
àquelas construções reduzidas, “apenas”, aos seus conteúdos formais e mesmo
estes já “estilizados” pelo abandono e pelo tempo; um silêncio quase palpável,
que todos sentimos e que ,de certa forma, corresponde ao sentido de um silêncio
que parece ser libertado pelas ruínas de edifícios e construções, quando estes
iniciam o seu retorno ao caos natural originário.
Lembrando a sequência de reflexão aqui feita será como imaginarmos que o
silêncio, que usámos como meio integrador e caracterizador de uma da obra, e um
pouco como ponte de ligação à sua envolvente natural e urbana, é devolvido ao seu
quadro prévio local e natural.
Sobre esta matéria, parece que as ruínas acabam por resgatar o silêncio, de que
tínhamos, nós, embebido algumas construções e espaços, devolvendo-o à natureza,
associando o silêncio das construções abandonadas ao silêncio do meio natural.
Evidentemente que a nostalgia e até a cenografia são também importantes aspetos
nesta sensibilidade que todos temos para com as ruínas, por vezes até simuladas
estrategicamente em jardins e espaços cenicamente naturalizados, mas por alguma
razão até assim acontece e realmente as ruínas são verdadeiramente silenciosas;
uma matéria interessante e estimulante, mas que, evidentemente, tem contornos
bem negativos quando as ruínas ou quase-ruínas se referem a espaços urbanos
abandonados e sem vida.
Fig. 05: ruínas perto de Melgaço.
O silêncio na
Arquitetura
Assim se conclui, sempre provisoriamente, uma
pequena e sempre preliminar viagem iniciada pela reflexão sobre o silêncio como
base de preparação da obra de arquitectura, continuada por apontamentos das
relações entre silêncio e meio natural e entre sossego, intimidade e urbanidade,
apontada, depois, no realçar do papel do silêncio como matéria ou motivo da
Arquitectura e, finalmente, em alguns apontamentos sobre as ruínas como quadros
privilegiados de um silêncio arquitectónico fortemente caraterizado.
Tentou-se, assim, abordar, o mundo emotivo do silêncio, em alguns dos seus
aspetos, salientando-se a importância da interiorização e da reflexão sobre
estas verdadeiras bases de reflexão sobre uma arquitectura que tem de estar,
sempre, muito para além de simples cascas visuais mudas e sem carácter; e o
silêncio, na sua calma e no seu remanso, é sempre rica base de conceção e
essencial quadro de perceção de edifícios e espaços urbanos.
O
presente artigo corresponde a uma nova versão, revista e aumentada, dos artigos
publicados nos números 485 e 486 da Infohabitar, repetivamente, em 25 de maio e
em 1 de junho de 2014.
Gestão & Tecnologia de projetos: Tecnologias Digitais e Cooperações Internacionais na Gestão do Patrimônio Cultural, Arquitetônico e Urbanístico
Caro(a) Sr(a) pesquisador(a)/investigador(a),
Revista Gestão &
Tecnologia de projetos: Tecnologias Digitais e
Cooperações Internacionais na Gestão do Patrimônio Cultural, Arquitetônico e
Urbanístico
Editor Convidado: Prof. Dr. Giacomo Pirazzoli- Università degli Studi di Firenze. Scuola di Architettura.
Editor
GTP: Prof. Dr. Márcio
M. Fabricio – Universidade de São Paulo. Instituto de
Arquiteto e Urbanismo.
Esta
chamada especial aborda o emprego de tecnologias digitais no campo do
patrimônio, envolvendo ações nacionais ou cooperações internacionais, dentro
dos seguintes temas:
- Casos de cooperação internacional no campo das tecnologias digitais empregadas à documentação e gestão do patrimônio arquitetônico e urbanístico;
- Levantamento com uso de técnicas fotogramétricas digitais, varredura a laser, luz estruturada ou outras técnicas digitais;
- Aprendizado de Máquina e Interpretação de dados digitais do patrimônio arquitetônico;
- Bancos de dados aplicados à documentação arquitetônica ao patrimônio cultural;
- Fabricação digital aplicada ao patrimônio cultural.
- Integração de sistemas de captura de imagens terrestres e aéreas;
- Internet das Coisas (IoT) aplicado ao patrimônio arquitetônico e urbanístico;
- Métodos para processamento automatizado de fotografias;
- Modelagem da Informação da Construção em edifícios históricos (HBIM);
- Modelagem paramétrica aplicada ao patrimônio arquitetônico e aos centros históricos;
- Plataformas Unificadas de Gestão da Manutenção de patrimônio arquitetônico e urbanístico;
- Processamento e segmentação de nuvens de pontos;
- Reconstruções digitais de edificações de interesse histórico-cultural.
- Registros digitais de patologias construtivas;
- Sistemas de Gestão de Legado do Patrimônio Cultural ou Heritage Information Systems (HIS);
- Tecnologias imersivas, Realidade Aumentada e Realidade Virtual.
CCaracterísticas dos Trabalhos:
Serão
avaliados manuscritos originais redigidos em português ou inglês. As regras de
submissão e formatação de manuscrito estão disponíveis pelo link: http://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/information/authors
Cronograma:
- Lançamento da Chamada: 25 fevereiro de 2020;
- Prazo para submissão de trabalhos: até 10 de setembro de 2020;
- Prazo máximo para avaliação preliminar pelos editores e distribuição para revisores: 30 de setembro de 2020;
- Prazo para retorno aos autores com o resultado da primeira rodada de avaliação: 15 outubro de 2020;
- Prazo máximo para os autores submeterem versão revisada, caso seja demandado pelos revisores: 15 novembro de 2020;
- Prazo para retorno aos autores com o resultado da segunda rodada de avaliação: 15 dezembro de 2020;
- Prazo par eventuais ajustes de formatação pelos autores: 20 de janeiro de 2021;
- Publicação: fevereiro de 2021.
Muito Obrigado.
Atenciosamente,
Márcio Minto FABRICIO
Professor
Instituto de Arquitetura e Urbanismo
Universidade de Sao Paulo
Editor da Revista:
Gestão & Tecnologia de Projetos
http://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos
Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada,
caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha
de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões
expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições
individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto
da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos
artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos
artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é,
igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão
referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e
científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito
significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver
com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou
negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido
na edição.
Infohabitar, Ano XVI, n.º 739
Notas sobre a importância do silêncio na
Arquitectura – Infohabitar
# 739
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola
Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação
em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil
(LNEC), em Lisboa.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para
a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na
Federação Nacional de Cooperativa de Habitação Económica (FENACHE).
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