Ligação direta (clicar) para: 717 Artigos Interactivos, edição revista, ilustrada e
comentada (38 temas e
mais de 100 autores)
Infohabitar, Ano XVI, n.º 727
Pequenas e grandes paisagens (II) –
Infohabitar # 727
Por António Baptista Coelho (imagens e textos)
Notas prévias:
Caros
leitores da Infohabitar, estimados amigos,
continuamos
a “batalha” contra o inimigo invisível, julgo, agora um pouco mais habituados
ao teletrabalho e ao confinamento doméstico e talvez com um sentido de
esperança e de confiança no futuro próximo, gradualmente, mais afirmado,
tendo-se em conta a continuidade da evolução dos dados da pandemia em Portugal.
Mas não tenhamos dúvida de que continua
a ser altura de manter a força e procurar reforçar o cumprimento das indicações
para “estar em casa” e manter a distância social (por afastamento e por
máscara); só assim poderemos proteger-nos e proteger os outros.
E lembremo-nos de que quem sai
de casa sem ser por razões plenamente justificadas está, realmente, a colocar em risco o esforço de confinamento que
todos estamos a fazer e, no mínimo, a contribuir para o prolongamento desta
situação.
Realmente, nestes tempos tão difíceis
para todos e verdadeiramente inacreditáveis (até para velhos
amadores de ficção, como é o meu caso e, por favor, não considerem este último
comentário menos respeitoso, pois trata-se, apenas, de colocar, por escrito, um
pensamento que, provavelmente, tem ocorrido, a muitos de nós, nestas últimas
semanas), é fundamental,
por um lado, e tal como acima se referiu, atender e cumprir, fielmente, entre
outros aspetos, as indicações de confinamento doméstico – e não tenhamos quaisquer dúvidas de que
“ficar em casa” é a única forma de nos protegermos, de protegermos os outros e
de facilitarmos o heroico esforço dos profissionais de saúde e de tantos outros
que não podem estar em teletrabalho (e são muitos e
importantes os testemunhos que destacam a importância vital do isolamento
doméstico no combate ao vírus) – e, por outro lado, procurar construir,
gradual, mas seguramente, uma fundamental rotina de atividades, entre as quais
: (i) os cuidados de higienização própria e do espaço doméstico,
(ii) os cuidados de distância social no espaço de uso público (distância
física e máscara) e mesmo, sempre que possível, no próprio espaço doméstico,
(iii)a prática das mais variadas atividades complementares e de lazer adequadas
ao espaço doméstico e (iv) o desenvolvimento de uma razoável e bem
saudável disciplina de teletrabalho doméstico.
E é com este sentido que estamos a assegurar a
continuidade das edições semanais da Infohabitar, tanto com novos artigos sobre
aspetos teórico práticos que se poderão, talvez, designar como mais “consistentes”
– por exemplo, o retomar da Série “Habitar e Viver Melhor” e o desenvolvimento
de uma nova Série editorial dedicada à “Habitação Colaborativa Intergeracional”
–, como através da reedição, eventualmente comentada, de artigos editados nos
primeiros anos da Infohabitar, e ainda através da continuidade de uma edição comentada
de esquissos/desenhos e, no caso pfresente, de fotografias, seja numa
perspectiva da própria prática do desenho livre, seja considerando,
especificamente, os aspectos de arquitectura e de habitar que estejam,
eventualmente, associados a cada tema desenhado; quando seja o caso disso,
naturalmente.
Esta
semana há, de certa forma, uma novidade editorial, através da edição, muito
pouco ou nada comentada (consoante os casos), de um conjunto de imagens muito
próximas de elementos naturais e de esquissos/desenhos coloridos sobre temas
idênticos.
Finalmente, faz-se um apelo sincero:
. a novos artigos que nos possam ser enviados
com o objetivo da respetiva edição, que poderão ser de variada índole, desde
que referidos ao grande tema do habitat humano - ex., desde temas estruturados e/ou inovadores,
a reflexões específicas sobre determinada matérias (e o confinamento doméstico
proporciona sem dúvida muita matéria de reflexão teórico-prática sobre o que
são e o que poderiam ser os nossos “mundos” domésticos);
. a recensões sobre livros ou filmes, conjuntos
de imagens, pelo menos, minimamente apresentadas e/ou comentadas, como fotos e
esboços (cuidado com a autoria), etc.
. e a “simples” comentários relativos a
determinados artigos, comentários estes que deverão ser acompanhados pela
referência de autorização para divulgação editorial (caso assim o desejem).
E tais submissões de propostas de artigos
poerão ser feitas para o mail: abc.infohabitar@gmail.com
ao meu cuidado.
Para já é tudo, desejos de boas leituras e na
próxima semana voltaremos.
Com saudações calorosas e desejos de muita
força e de boa saúde,
Lisboa, Encarnação, em 20 de abril
de 2020
António Baptista Coelho
Editor da
Infohabitar (em teletrabalho doméstico)
Alguns
desenhos e fotografias (muito pouco) comentados
Em seguida apresentam-se 8 “peças” gráficas – desenhos
coloridos e fotografias – praticamente sem comentários (há exceções), porque as
imagens realmente falam e se estivermos atentos e sensíveis estamos, realmente,
rodeados por um incrível e muito estimulante universo de grandes e pequenas
paisagens.
Fig. 01: um tema simples, que
vive de texturas, formas gerais contrastadas e cores igualmente contrastadas; o
que parece ser o exemplo de como é sempre possível identificar enquadramentos
pormenorizados cuja referida simplicidade temática deixa boa liberdade à
experimentação gráfica.
Fig. 02: as colónias de
cogumelos, quando fotografadas em proximidade sugerem sempre pequenos povoados,
neste caso bem fundado numa “rocha” que é um velho tronco.
Fig. 03: o sempre apetecível tema
dos jarros, com as suas flores e folhas fortemente “estilizadas”, aqui tratado
num enquadramento pleno de verde, como se tratasse de uma “microselva”
pontualmente marcada por sombras bem negras e espaços mais brancos do que a
própria folha de papel.
Fig. 04: e aqui temos uma outra “microselva”
composta por folhas de hera e folhas e vagens todas alongadas e num muito
extenso leque de tons de verde, que vai praticamente até ao verde/negro, qualificando
a imagem com um certo sentido de mistério; hera e glicínia ambas trepadeiras mutantes
e lenhosas nas suas bases, aqui bem misturadas cobrindo um pequeno muro de
suporte.
Fig. 05: novamente os jarros,
umas das flores mais belas, também pela sua elegância e “simplicidade”, bem
marcadas nas suas folhas e flores naturalmente estilizadas e no mundo de
variação cromática que proporcionam com as suas transparências, sombras e
efeitos variados de luz; trata-se de um tema de desenho/esquisso em que se pode
comentar que o desenho já lá está, faltando “apenas” não o estragar muito
quando o “fixamos” no papel – um excelente tema tanto para jovens como para
seniores amadores.
Fig. 06: o exemplo da
simplicidade que pode e deve ter uma casual e gozada recolha de imagens
enquanto se passeia, por exemplo num jardim, nas diversas estações do ano;
neste caso jogando-se com o contraste entre a vitalidade e a secura e entre os
verdes e os sépias.
Fig. 07: o último
esquisso/desenho deste artigo avança um pouco mais na cor, neste caso aproveitando
um jogo de rosas e de vermelhos proporcionado por uma proximidade entre pequenas
rosas e flores de glicínia; há um certo sentido gráfico, marcado pelos caules
muito orgânicos e multiformes das plantas, que se quer fazer, de certa forma, acompanhar
pelas fortes tonalidades cromáticas usadas.
Fig. 08: a última fotografia desta
primeira viagem temática sobre pequenas/grandes paisagens retoma a ideia do “habitar”
um fundo rochoso por pequenas colónias de plantas, cuja evidente fragilidade
acaba por ser desmentida pela simbiose conseguida com a pedra, num contraste de
fortes texturas e num equilibrado contraste cromático – reduzido pela própria
colonização do musgo e outras micro plantas que marcam fortemente as faces das
pedras.
Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada,
caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha
de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões
expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições
individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto
da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos
artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos
artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é,
igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão
referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e
científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito
significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver
com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo
GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à
respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas
e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do
teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou
negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido
na edição.
Infohabitar, Ano XVI, n.º 727
Pequenas e grandes paisagens (II) – Infohabitar # 727
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola
Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação
em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil
(LNEC), em Lisboa.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para
a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na
Federação Nacional de Cooperativa de Habitação Económica (FENACHE).
Sem comentários :
Enviar um comentário