Infohabitar 218
Com uma apresentação mínima, pois os textos editados são longos, edita-se, em seguida, a primeira parte (de duas) do LIVRO DE CURRICULUM VITAE E RESUMOS do Congresso
“Arquitectura Sustentável – Futuro Com()passado”,
que teve lugar no Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro nos passados dias 3 e 4 de Outubro de 2008, com uma grande adesão, tal como é evidente nas imagens que acompamham esta colectânea.Esta é uma edição dos autores das palestras cujos resumos aqui se juntam, bem como do NAAV e do GH que cooperaram na organização deste grande evento , que manteve a sla do Auditório da Reitoria de Aveiro praticamente cheio até às 19h de uma sexta-feira e de um sábado, um facto que há que realçar.
Aproveita-se a oportunidade para agradecer, publicamente, o apoio da Universidade de Aveiro, da empresa CIN e das restantes organizações que viabilizaram este evento e sublinha-se a exemplar participação havida entre este NAAV e o GH na realização do Congresso, uma participação que, sem dúvida, será renovada em futuros eventos.
E finalmente agradece-se, também, aqui, aos palestrantes, cuja elevada qualidade dos estudos apresentados foi responsável pelo grande interesse e elevada participação que marcaram todas as sessões do Congresso; muito obrigado por isso e por terem dedicado uma parte das vossas carregadas agendas à intervenção neste Congresso e esperamos poder contar convosco em futuros eventos participados pelo GH.
E finalmente uma referência específica ao incansável trabalho do amigo e colega do GH Bruno Marques e da Inês de Carvalho do NAAV.
A Direcção do Grupo Habitar
Notas explicativas:
Segue-se a edição da 1.ª parte do LIVRO DE CURRICULUM VITAE E RESUMOS do Congresso “Arquitectura Sustentável – Futuro Com()passado”, com reduzidas alterações relativamente à edição distribuída no Congresso; retiraram-se, apenas, algumas ilustrações integradas no texto e que são difíceis de editar no blog e juntaram-se imagens dos trabalhos – Esta edição do Infohabitar corresponde às intervenções que tiveram lugar em 3 de Outubro de 2008.
Na próxima semana e também aqui no Infohabitar será edita a 2.ª parte do LIVRO DE CURRICULUM VITAE E RESUMOS do Congresso “Arquitectura Sustentável – Futuro Com( )passado”, correspondente às intervenções que tiveram lugar em 4 de Outubro de 2008.
Fig1
Durante muito tempo pensou-se que a acção humana na natureza seria negligenciável. Hoje sabe-se que os recursos do planeta e a sua capacidade de se auto-regenerar são limitados. Manter o planeta habitável, com qualidade, depende de todos.
O Núcleo de Aveiro da Ordem dos Arquitectos, tem a honra e o prazer de organizar em parceria com o Grupo Habitar e o apoio institucional da Universidade de Aveiro, uma semana dedicada à temática da sustentabilidade em arquitectura.
Este Workshop e Congresso propõem uma visão transversal da questão da sustentabilidade ligada aos agentes do projecto. O necessário envolvimento dos arquitectos com a sociedade civil obriga a estar atento às questões mais prementes, procurando o diálogo interdisciplinar que o desenho e a gestão do espaço obriga. Neste evento, abordar-se-ão para além da história da sustentabilidade, temas em torno da gestão participativa, da responsabilidade social, do desenvolvimento sustentável e outros que permitam às instituições e empresas actuar no sentido de formar consumidores mais responsáveis.
O despertar alargado das consciências mostra que o tema é vital para todas as actividades humanas. Arquitectura e sustentabilidade envolvem o quotidiano de todos nós, profissionais e utentes do espaço construído. Habitar o planeta terá de passar por um habitar melhor. Como dizia Wittgenstein "habitar é cuidar da vida”, torná-la melhor é nossa obrigação.
Para isso são necessárias acções para não se ficar somente pela discussão e enumeração dos problemas.
Esta iniciativa propõe uma atenção alargada ao tema por forma a que estabelecimentos de ensino, autarquias e instituições, bem como empresas assumam a questão da sustentabilidade como primordial. Pensar sustentável exige Gestão dos Recursos, Gestão do Espaço e a Gestão do Uso. Só essa gestão tripartida pode permitir a avaliação correcta das necessidades propondo respostas equilibradas e eficientes. Como dizia Richard Buckminster Fuller, é possível e desejável "fazer mais com menos". É nos tempos de crise que se amadurece. Com recursos menores e cada vez mais caros, com problemas cada vez mais vastos a questão da eficiência torna-se vital.
Projectar é sempre um acto optimista. Prever o futuro é antecipá-lo. Com a participação de todos poderemos integrar no processo de projecto, com naturalidade, valores como Reduzir (as soluções podem passar por não fazer ou fazer menor); Reutilizar (rentabilizando espaços pré-existentes e gerindo horários de funcionamento); e Reciclar.
Para que a sustentabilidade passe a ser natural e as operações possam ser delicadas, atentas e duradouras.
Ricardo Vieira de Melo,Presidente do NAAV
Estrutura dos trabalhos do Workshop e Congresso:
Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008: início do Workshop com visita guiada à Reitoria da Universidade de Aveiro, e palestras dos arquitectos Gonçalo Byrne e Nuno Portas.
Segunda-feira a Quinta-feira: Workshop
Sexta-feira, 3 de Outubro 2008
Abertura:
Vice-reitor da Universidade de Aveiro Prof. Doutor
Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arq. João Belo Rodeia
Presidente do NAAV, Arq. Ricardo Vieira de Melo
Presidente da Dir. do Grupo Habitar, Arq. António Baptista Coelho
Arq. Bruno Marques (NAAV e Grupo Habitar)
Manhã
Arq. Mário Varela Gomes (FCSH, UNL)
Arq. António Baptista Coelho (LNEC e Grupo Habitar)
Arq. Luís Pinto de Faria (U.F.P.)
Arq.ª Maria Fernandes (investigadora do CEAUCP, doutoranda na FCT-UC)
Tarde:
Eng. Humberto Varum (UA)
Arq. Márcio Buson (FAU Univ. Brasília)
Arq.ª Laura Costa (UTAD)
Arq. Bruno Marques (NAAV)
Arq.ª Sara Eloy e Arq.ª Isabel Plácido (L.N.E.C.)
Sábado, 4 de Outubro 2008
Manhã:
Eng. Manuel Duarte Pinheiro (IST)
Arq. Nadir Bonnacorso
Arq. Carlos Coelho
Apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelas equipas integradas no Workshop, realizado com o apoio dos seguintes tutores: engenheiro Humberto Varum e arquitectos José Gigante, Laura Costa, Miguel Veríssimo e Nadir Bonaccorso.
Tarde:
Arq.ª Paula Cadima (EACI)
Arq. Fausto Simões
Arq. José Luís Saldanha (ISCTE)
Arq. Manuel Correia Fernandes (FAUP)
Encerramento:
Arq. Bruno Marques (NAAV)
Dr. Dâmaso Silva (CIN)
Arq. Ricardo Vieira de Melo (NAAV)
Arq. António Baptista Coelho (LNEC e Grupo Habitar)
Fig2
Arq. Mário Varela Gomes
“Habitar no Gharb (séculos XII-XIII), Antecedentes e consequentes.”
CV_ Mário Varela Gomes (n. Lisboa, 1949). Arquitecto (ESBAL, 1976; OA 1096). Docente do Departamento de História da FCSH da UNL, membro da Academia da História, Academia Nacional de Belas-Artes e Associação dos Arqueólogos Portugueses, de que é vice-presidente da direcção.
Foi professor do Mestrado em Reabilitação da Arquitectura e Núcleos Urbanos da FA-UTL (1992-95), do Mestrado em Ecological Architecture & Heritage Studies in Biospheric Design, do San Francisco Institute of Architecture (1995) e da Pós-Graduação em Arqueologia e Património da FCSH da UNL. Foi co-responsável pelos primeiros levantamentos e estudos da arte rupestre de Foz Côa (1995-1998) que conduziram à sua classificação como Património da Humanidade, assessor científico para a Gruta Chauvet (França) e perito junto da Comissão Europeia para o Programa Cultura 2000 (Bruxelas).
Tem publicados mais de duas centenas e meia de estudos, alguns monográficos, dedicados a temas de Arqueologia, História da Arte, Etnologia ou Arquitectura e é co-autor do manual universitário Proto-História de Portugal (Univ. Aberta). Em 2003 recebeu o prémio para a Arqueologia da Academia Portuguesa da História.
É autor de projectos na áreas do Planeamento, Arquitectura e Musealização, tendo o Museu de Silves (de colab. com M. L. Janeiro) recebido o Prémio de Defesa do Património Cultural (SEC 1992).
Foi distinguido com a medalha de mérito, de prata, pela Assoc. dos Arq. Portugueses, pelos trabalhos de musealização ali efectuados (2003).
Fig3 e Fig4
RESUMO_Habitar no Gharb (séculos XII-XIII) – Antecedentes e consequentes
A arquitectura residencial no Gharb al- Andalus, e portanto em tempos de administração muçulmana, dada a sua integração nos impérios magrebinos, almorávida e depois almoada, caracteriza-se por acentuado polimorfismo, embora decorrente de um mesmo modelo, devendo-se aquele sobretudo às distintas formações sociais então existentes.
Desde logo importa referir as diferenças entre o que podemos denominar arquitectura rural e a urbana. Correspondendo a primeira às pequenas unidades agro-pecuárias, do tipo dos montes ainda existentes no Sul do nosso território, a par de pequenas povoações, os casais e as aldeias, as alcarias e de grandes explorações agrícolas (almunias).
As edificações habitacionais das grandes povoações e das cidades, organizadas em bairros e quarteirões, ou integrando alcáçovas, mostram desde palácios, de diferentes tamanhos e constituição, a casas apresentando diversificadas áreas e organização espacial, algumas de muito modestas dimensões.
Técnicas, materiais de edificação e processos construtivos são quase sempre comuns a todas as estruturas habitacionais referidas, utilizando-se alicerces e enrocamentos de pedra, paredes de taipa, capazes de protegerem os seus residentes tanto dos frios invernais como da forte canícula meridional, enquanto as divisórias mostravam tabiques. As coberturas em terraço, eram construídas com madeira e terra, podendo apresentar telhado, com uma ou duas águas, possuindo estrutura de madeira revestida com telhas de canudo. A cal servia largamente para rebocos e estuques, de paredes interiores e exteriores, melhor as protegendo da água, para enriquecer massas para pavimentos, misturada com terra ou areia, ou para fortalecer as taipas militares. Raramente foram utilizados tijolos, em muros e ladrilhos na pavimentação de compartimentos com diversos fins, usando-se sobretudo lajeados de pedra, que podiam ou não serem cobertos com massa de cal e areia.
Se exceptuarmos alguma arquitectura rural, aliás ainda mal conhecida, ou estabelecimentos sazonais, como o que na Carrapateira (Aljezur) acolhia anualmente comunidade que ali se dedicava à pesca e à caça de cetáceos, a arquitectura residencial em apreço caracteriza-se, em termos genéricos, por não constituir, apenas, uma “máquina para habitar”, como escreveu Le Corbusier. De facto, para além de responder àquela necessidade primária, ela segue modelo com importante significado simbólico, desenvolvendo-se, tanto o palácio mais requintado à habitação mais modesta, em torno de pátio central, contendo jardim, por vezes de dimensões quase minúsculas.
O conceito de casa islâmica liga-se à noção de espaço especialmente privado, mesmo íntimo, pelo que as funções nela desenvolvidas decorrem sempre no recato do seu interior, confinado por paredes cegas. A rua não é mais que um acesso sem importância, que não deve expor a habitação, na qual se penetra por entrada mais ou menos dissimulada.
A concepção do pátio central dos palácios e casas muçulmanas herdam modelos conhecidos no Antigo Egipto e no Próximo Oriente, que ascendendo ao II milénio a. C., projectaram reflexos na arquitectura da Idade do Ferro do Sul de Portugal, durante os séculos VIII a VI a.C., de cariz orientalizante e edificada maioritariamente em taipa, como nas arquitecturas grega e romana, que tanto haveriam de influenciar o mundo islâmico.
Por outro lado, as edificação com planta centralizada através de pátio parece quererem aludir à casa que Maomé edificou em Medina, também ela contendo vários compartimentos voltados para aquele espaço central e aberto. Recordemos, que se atribui ao próprio Profeta a seguinte declaração: “ A construção é a realização mais inútil em que o crente pode gastar os seus meios”. É claro que esta frase se deve relacionar com crença religiosa que, procurando a espiritualidade, repudia os bens terrenos, como à pouca tradição das comunidades árabes nómadas edificarem estruturas perenes, situação que se havia de alterar devido ao contacto daqueles com culturas que possuíam longa tradição arquitectónica, designadamente da Síria, Irão, Iraque, Egipto e Bizâncio.
Os pátios e os seus jardins constituíram importante espaço multifuncional, desde logo ajudando à sua iluminação e ventilação, como de circulação e intercomunicação entre os vários compartimentos da casa, efectuado através do passeio que envolvia canteiro central. Este continha plantas diversas, tanto ornamentais, como utilizadas na culinária ou na medicina, formando não raro hortos, rodeados por canaletos onde circulava água. Os pátios permitiam a realização de diferentes actividades ao ar livre, lúdicas ou relacionadas com o subsistema económico (fiação, tecelagem, cozinha, etc…), constituindo espaços de socialização e locais confortáveis, de intimidade e de prazer, onde se podia desfrutar sombra, humidade e frescura, proporcionada pelas plantas e pela água existentes, ajudando a vencer os verões quentes, mas que também sensibilizavam os sentidos e a mente, provocavam a contemplação e ajudavam à aproximação com o Sagrado. Palácios, casas e conventos do mundo cristão, medieval e moderno, sobretudo das zonas meridionais da Península Ibérica mantiveram planta centralizada por pátio, onde não raro existia jardim, com funções idênticas ao das habitações islâmicas.
A simbologia do jardim islâmico traduzia, segundo diferentes autores, o conceito corânico de Paraíso, lugar destinado aos virtuosos, correspondendo ainda à ideia de oásis, que se opõe ao deserto árido e hostil à vida, onde se interagia com a Natureza, verdadeira dádiva de Deus.
Mário Varela Gomes
Arq. António Baptista Coelho (LNEC)
“Arquitectura e sustentabilidade, para além dos aspectos ambientais”
CV_António Baptista Coelho licenciou-se em Arquitectura em 1979, pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, trabalhou com o seu pai, arquitecto, entre 1975 e 1995, ingressou no Núcleo de Arquitectura do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), após Estágio Escolar, em 1983, realizou provas públicas no LNEC, para Assistente de Investigação, em 1985 (15 de Abril), doutorou-se em Arquitectura, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), com o estudo “Qualidade Arquitectónica Residencial", em 1995 (9 Junho), e é, actualmente, Investigador Principal com Habilitação, depois de provas públicas, no LNEC, em 2007 (12 e 13 de Março), para discussão de um estudo sobre “Habitação Humanizada”.
É fundador e Presidente do Grupo Habitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional (GH-APPQH), uma associação técnica e científica sem fins lucrativos que tem sede no LNEC, editor da revista na www, Infohabitar, Vice-presidente da Nova Habitação Cooperativa (NHC) desde Janeiro de 2006, membro da Comissão Técnica da Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e Chefe do Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC desde Janeiro de 2002.
É autor e co-autor de mais de 220 publicações e artigos.
Livros editados como autor e primeiro autor (disponíveis na Livraria do LNEC):
Do Bairro e da Vizinhança à Habitação – ITA 2, LNEC, Lisboa, 1998, 530 pp., ilustrado (c. J.B. Pedro).
Três Conjuntos Residenciais Meritórios, Col. Edifícios 6, LNEC, Lisboa, 1998, 92 pp (c. J.B. Pedro e Reis Cabrita).
Espaços Exteriores em Novas Áreas Residenciais - ITA 3, LNEC, Lisboa, 1999, 154 pp., ilustrado (com Reis Cabrita).
Qualidade Arquitectónica Residencial - ITA 8, LNEC, Lisboa, 2000, 475 pp., ilustrado.
Habitação evolutiva e adaptável - ITA 9, LNEC, Lisboa, 2003, 316 pág., 237 fig. (com Reis Cabrita).
(coordenação) – Cadernos Edifícios n.º 4: Humanização e vitalização do espaço público. LNEC, Lisboa, Out. de 2005, 268 pág. Ilustrado.
INH, 1984 – 2004: 20 anos a promover a construção de habitação social, INH e LNEC, Lisboa, 2006, 456 pp., ilustrado (disponível, por solicitação, no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IHRU).
Habitação Humanizada – TPI 46, . Lisboa, LNEC, Julho de 2006 ( 577 pág., 121 fig.).
Habitação Humanizada: Uma apresentação geral. Memória 836. LNEC, Lisboa, 2007 ( 40 pág., 19 fig.).
Participação em outros livros, a destacar: Guia do Consumidor de Habitação, Instituto Nacional de Defesa do Consumidor Setembro de 1991; Habitat II, Plano Nacional de Acção – Habitação, MEPAT e Secretaria de Estado da Habitação e Comunicações, 1999 (Dep. Legal 141975/99); Diagnóstico sobre Implementação do Programa PER nos Municípios das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto – Estudos, INH, Lisboa, Agosto 1999 (redacção do Cap 3.1- Comentários às características arquitectónicas e urbanísticas do PER); CABRITA, António Reis Cabrita, António Baptista Coelho e Maria João Freitas, Gestão Integrada de Parques Habitacionais de Arrendamento Público – guião recomendativo, MES - Secretaria de estado da Habitação, LNEC, IORU, Lisboa, Dezembro de 2000.
Áreas de investigação
Habitação humanizada (2006/2008)
História da habitação apoiada pelo Estado em Portugal (2004/2005).
Gestão integrada e reabilitação de conjuntos de habitação de interesse social (1999/2000).
Análises retrospectivas multidisciplinares (APO) residenciais (1995, 2000 e 2004).
Qualidade arquitectónica residencial, considerando a satisfação dos habitantes e uma análise integrada, e desenvolvendo os diversos níveis físicos do habitar (1994 a 2000).
Adaptabilidade na habitação (1989).
Recomendações e soluções para habitação popular evolutiva e autoconstrução em Cabo Verde (1987 a 1989).
Estudos sobre espaços exteriores em novas áreas residenciais (1984 a 1986).
Estudos regulamentares sobre Habitação a Custos Controlados (“habitação social”).
RESUMO_ Arquitectura e sustentabilidade, para além dos aspectos ambientais
A ideia que se sublinha nesta intervenção é ser fundamental considerar outros aspectos, além dos ambientais, quando o objectivo é o desenvolvimento arquitectónico de partes de cidade mais humanizadas e sustentáveis.
Salienta-se, assim, ser fundamental:
. considerar uma noção de sustentabilidade completa e integradora;
. dar a devida importância à faceta urbana da sustentabilidade;
. privilegiar as matérias do equilíbrio ambiental, da recuperação da paisagem e da adequada naturalização do espaço urbano;
. e aprofundar e privilegiar, urgentemente, as facetas humanas, sociais e culturais da relação entre Arquitectura e sustentabilidade, favorecendo, sob todas as formas possíveis, cidades amigas/humanizadas, culturalmente valiosas e vivas.
Conclui-se esta matéria da relação com uma reflexão sobre a relação entre as ideias ligadas ao habitar sustentável ou durável, no sentido amplo do termo, e a perspectiva de um habitar gerador de satisfação e mesmo de felicidade.
E desde já se salienta que todas as facetas da sustentabilidade devem ser natural e adequadamente integradas e associadas a um projecto de Arquitectura, que constitua sempre um positivo elemento urbano e paisagístico, o que configura um desafio complexo, mas sempre aliciante; e, afinal, tal como referiram Leonardo Benevolo e Benno Albretch (As Origens da Arquitectura, 2002): “Os desafios a enfrentar no mundo de hoje não dizem apenas respeito às quantidades e aos números, mas também, – e sobretudo – à complexidade e à subtileza.”
Fig5
Arq. Luís Pinto de Faria (U.F.P)
“Eco Arquitectura”
CV_ Luis Pinto de Faria é licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Mestre em Teoria da Arquitectura, e Doutorado em Teoria e História da Arquitectura pela Universidade Lusíada de Lisboa. É Coordenador do Curso de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa, onde é docente desde 2000. É Membro do Conselho Regional de Delegados da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos; pertence ao Conselho de Redacção da Revista de Arquitectura e Urbanismo “A Obra Nasce”; e faz parte da Direcção dos Arquitectos Sem Fronteiras Portugal (ASFP). É sócio-gerente do gabinete “PDF – Pinto de Faria, Arquitectos, Lda”.
Publicações
• FARIA, Luís Pinto de – Arquitectura em Pessoa. arq./a : Arquitectura e Arte: Futurmagazin- Soc.Editora, Lda.. ISSN 151722/00. nº58 (Junho 2008) 99.
• FARIA, Luís Pinto de – (Eco)Arquitectura?. arq./a : Arquitectura e Arte: Futurmagazin- Soc. Editora,Lda.. ISSN 151722/00. nº51 (Novembro 2007) 20-25.
• FARIA, Luís Pinto de – A Casa José Braga. Revista de Arquitectura e Urbanismo : A Obra Nasce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa. ISSN 1645-8729. nº5 (Outubro 2007) 81-87.
• FARIA, Luís Pinto de – (In)Fusões de Territórios. Revista de Arquitectura e Urbanismo : A Obra Nasce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa. ISSN 1645-8729. nº2 (Dezembro 2004) 12-17.
• FARIA, Luís Pinto de – Emscher Park IBA. Corrigir o passado, prevenir o futuro. Revista de Arquitectura e Urbanismo : A Obra Nasce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa. ISSN 1645-8729. nº1 (Julho 2004) 8-16.
• FARIA, Luís Pinto de – Paradigmas teóricos do Pós-Modernismo. Revista de Arquitectura e Urbanismo :A Obra Nasce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa. ISSN 1645-8729. nº0 (Novembro 2003)66-93.
• FARIA, Luís Pinto de – As Novas (Sub) Urbanidades da Era Digital. In GOUVEIA, Luís Borges, org. - Cidades e Regiões Digitais. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa, 2003. ISBN: 972-8830-03-3.
• FARIA, Luís Pinto de – O Desafio Ecológico. Revista Arquitectura e Vida. Lisboa: Loja da imagem. nº37(Abril 2003) 24-27.
• FARIA, Luís Pinto de – Ideia, luz e gravidade, bem temperadas. Revista Arquitectura e Vida. Lisboa: Loja da imagem. n.º 36 (Março 2003) 60-65.
• FARIA, Luís Pinto de – La na-estética de la arquitectura : Recensão. Episteme : Revista Multidisciplinar da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa: Editorial Vega. ISSN 0874-0437. ano IV, nº 10-11-12 (2002)481-482.
• FARIA, Luís Pinto de – O Desafio Ecológico. ECDJ. Coimbra: editorial edarq do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. ISSN 0874-6168. nº 5 (Dez 2001) 106-119.
Comunicações/ Conferências
• “Ecologia Urbana”; Comunicação realizada no âmbito do Seminário “Arquitectura Sustentável: Perspectivas e Práticas de Intervenção”, no Auditório S. Bento Menni, Barcelos, a 5 de Junho de 2008.
• “Arquitectura e Urbanismo : A Sustentabilidade pelo Espaço Urbano”; Comunicação realizada no âmbito do “Mês da Engenharia e da Arquitectura”, no Auditório da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, a 18 de Abril de 2008.
• “Casas Ecológicas”; Conferência realizada na Escola Básica e Secundária da Graciosa, na Ilha Graciosa,Açores, a 7 de Abril de 2008.
• “Casas Ecológicas”; Conferência realizada no Centro Cultural da Graciosa, na Ilha Graciosa, Açores, a 6 de Abril de 2008.
• “Planning for Change within the Change”; Comunicação no âmbito do Congresso Internacional “Digital Cities Summit : From Virtual World to Human World”, 24-25 Setembro de 2007
• “Novos Espaços: Espaço Público e Participação”; Comunicação no âmbito do Workshop "Cidades Digitais : O dia seguinte", na Universidade Fernando Pessoa, 24 de Maio de 2007.
• Comunicação no âmbito do Workshop "Cidades Inovadoras e Competitivas para o Desenvolvimento Sustentável - PROJECTO INTELLIGENT CITIES", CCDRN, Porto, dia 28 de Novembro de 2006
• Participação na “Conférence Internationale DERBI”. Perpignan, 8, 9 e 10 de Junho de 2006.
• Comunicação no âmbito da “Semana de Engenharia e Arquitectura”, organizado pela AEFCT, realizada na Universidade Fernando Pessoa, 22 de Abril de 2005.
• “O Ensino de Arquitectura na U.F.P.”: Conferência realizada no âmbito da “Semana de Arquitectura e Engenharia da Universidade Fernando Pessoa”, no Salão Nobre da Universidade Fernando Pessoa, 22 de Abril de 2004.
• “(Re)Viver (n)a Baixa”: Conferência/Debate organizada pela Associação Campo Aberto, com Arquitecto Nuno Teotónio Pereira, Dr. Joaquim Branco e Dra. Gabriela Casella, no Porto, 18 de Outubro de 2003.
• “As Novas (Sub)Urbanidades da Era Digital”: Conferência realizada no âmbito do Workshop “Cidade e Regiões Digitais”, na Universidade Fernando Pessoa, 6 de Junho de 2003.
• Comunicação no âmbito da preparação do workshop OPORTO 2023, organizado pelo Neurose23, na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 28 de Abril de 2003.
• “Eco-Desenvolvimento e Sustentabilidade do Território”: Conferência realizada no Salão Nobre da Universidade Fernando Pessoa, 14 de Outubro de 2002.
RESUMO_ECO-ARQUITECTURA
Na perspectiva de, como se prevê, a população urbana passar de menos de 30% da população mundial em 1950 para mais de 50% já a partir de 2008 (Worldwatch Institute, 2007), podemos falar já da segunda maior revolução humana a seguir ao sedentarismo planetário de há 10.000 anos atrás (Seixas, 2004: 54). Por outro lado, se atendermos a que existem hoje 20 cidades com mais de 10 milhões de habitantes (UN-HABITAT, 2004: 24), que as Nações Unidas prevêem que em 2015 este número suba para 22, que 10 destas 22 cidades terão mais de 20 milhões de habitantes, e que destas apenas uma estará inserida num país dito desenvolvido (Ledo, 2004: 19), deduzimos facilmente o enorme acréscimo de responsabilidade que hoje recai sobre os vários agentes que planeiam, condicionam e sustentam o desenvolvimento urbano.
No contexto deste novo planeta urbano, onde as cidades são, inevitavelmente, apontadas como o foco principal da destruição ecológica global, debate-se a inevitabilidade de que seja precisamente sobre estas que se proceda aos primeiros estudos e concretizações no âmbito do desenvolvimento sustentável e da ecologia, questionando-se a apetência da arquitectura, enquanto disciplina autónoma, para integrar e resolver estas novas solicitações.
Nesta necessidade emergente de agir e dialogar sobre territórios cada vez mais complexos, mutáveis e interconectados, a arquitectura, na sua actual pluralidade, tende naturalmente a explorar novas estratégias metodológicas, suficientemente incisivas para não perder o sentido mais particular do individual, mas também suficientemente abrangentes para não perder a globalidade e reciprocidade (as partes no todo e o todo nas partes) do real.
A presente comunicação propõe a discussão do papel da Ecologia enquanto referente metodológico e filosófico incontornável no processo de percepção e intervenção desta nova realidade que se reconhece orgânica, complexa e multirelacional: o planeta urbano.
Partindo-se da análise do modo como a ideia de «Sustentabilidade» tem vindo a impregnar o discurso arquitectónico, será abordado o modo como este conceito se deslocou de um enfoque inicial mais parcelar, voltado quase exclusivamente para a esgotabilidade de recursos e para a poluição ambiental, para uma nova perspectiva ecossistémica da realidade, que sem descurar a primeira, lhe imprime uma nova complexidade orgânica, face à qual o referente ecológico tem certamente um papel a desempenhar.
LEDO, Andrés Precedo (2004). Nuevas Realidades Territoriales para el Siglo XXI : Desarrollo local, identidad territorial y ciudad difusa. Madrid; Editorial Síntesis.
SEIXAS, Paulo Castro (2004). O Planeta Urbano : Manual de instruções e alguns esquemas de montagem. In: Antropológicas. Porto, Edições Universidade Fernando Pessoa, nº8.
UN-HABITAT (2004). The State of the World’s Cities 2004/2005 : Globalization and Urban Culture. London; Earthscan.
WORLDWATCH INSTITUTE (2007). State of the World 2007 : Our Urban Future. Washington, W.W.Norton.
Luís Pinto de Faria
Fig6
Arq. Maria Fernandes (CEAUCP)
“Arquitectura em terra”
CV_Maria da Conceição Lopes Aleixo Fernandes, nasceu em Évora em 23/08/1962. Licenciatura em arquitectura, Faculdade de Arquitectura/ Universidade Técnica de Lisboa (1981-6). Mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico, pela Universidade de Évora (1994-98). Doutoranda em arquitectura na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e bolseira do Instituto de Investigação Interdisciplinar (III) da mesma Universidade, desde Março de 2006.
Formação/Experiência: Architectural Conservation, ICCROM, Roma/ Itália 1991. Preservation du Patrimoine Architectural en Terre, CRATerre/EAG, ICCROM, Grenoble/ França 1992. Conservación y Manejo del Patrimonio Arquitectónico Histórico-Arqueológico de Tierra, CRATerre-EAG, ICCROM, GCI, INC-LL, UCP, Trujillo/ Perú, 1996. "Arquitectura, Território e Memória", no departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Portugal, 2003/4. Arquitecta no Município de Montemor – o – Novo de 1988 a 1992. Arquitecta no Núcleo de recuperação do centro histórico de Évora 1992-3; Arquitecta da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais 1993-2006. (DGEMN/DREMS, 1993-8; DGEMN/DREMC1998-2006). Reparte em paralelo a actividade em profissão liberal desde 1992. Responsável por obras e projectos de conservação em edifícios classificados.
Outras actividades:
- Professora convidada, para leccionar disciplinas e seminários referentes à conservação do património construído em terra em diversos mestrados em Portugal: Évora (UE), Lisboa (ISCTE, IST, FA/UTL) e Porto (FA/UP).
- Professora, a tempo parcial, no curso de mestre construtor tradicional em terra, na Escola de Artes e Ofícios Tradicionais de Serpa, em representação da DGEMN (1994-99).
Tem ainda participado como monitora em diversas formações e workshops em Portugal e no estrangeiro.
Recentes comunicações em seminários:- Earth Mortars and Earth-Lime Renders, HMC 08 - Historical Mortars Conference (LNEC, Lisboa, 24-26 September 2008).
- Earth Colour Finishes in Earthen Architecture, COLOURS 2008, Briding Art with Colours (Univesidade de Évora, Portugal, 10-12 July 2008);
- L’adobe au Portugal, 3 éme Échanges transdisciplinaires sur les construction en terre crue – Les cultures construtives de la brique crue (Toulouse University, France, 15-17 May 2008);
- Study of the strutural behaviour of traditional adobe constructions, em co-autoria com Humberto Varum, Aníbal Costa and Dora Silveira, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro;
- L’adobe au Portugal: paysage, archéologie, architecture et conservation (poster), em co-autoria com Maria Conceição Lopes, CEAUCP (Centro de Estudos arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto), TERRA 2008 – 10 th International Conference on the study and conservation of earthen architectural heritage (Bamako, Mali, 1-5 February 2008).
Publicações:
- “Os materiais e os sistemas construtivos tradicionais na região dos mármores”, «Monumentos n.º 27», Lisboa: IHRU, 2007.
- “O adobe e as alvenarias de adobe em Portugal”, actas do V ATP [CD] ISBN 978-989-20-0903-2, 2007 e «Terra em Seminário 2007». Lisbon: Ed. Argumentum, 2007.
- “Os “restauros” do século XX, de 1900 à classificação mundial”. «Monumentos n. º 26». Lisboa: DGEMN, 2007.
- “As casas dos brasileiros na Beira Litoral Portuguesa” e “Portugal Mediterrâneo versus Portugal Atlântico, tipologias arquitectónicas em Terra” (em co-autoria com Victor Mestre), actas do IV ATP/I SACB TerraBrasil 2006 [CD], 2006 e «Terra em Seminário 2007» proceedings. Lisboa: Argumentum, 2007.
-“Técnicas de Construção com terra”, «Terra forma de construir, arquitectura, antropologia e arqueologia». Lisboa; Argumentum, 2006.
- “The conservation of earth architectonic heritage: the contribuition of Brandi’s theory”. International Seminar proceedings «Theory and practice in conservation, a tribute to Cesari Brandi». Lisbon: LNEC, (co-author Mariana Correia).
- “Arquitectura de Terra em Portugal - Earth Architecture in Portugal”. Co-Coordenadora da edição e autora de três artigos. Lisboa: Argumentum, 2005.
- “CHAN CHAN – a metrópole da terra”. Actas do IV SIACOT / III ATP, «Terra em Seminário 2006». Lisboa: Argumentum, 2005 (em co-autoria com Filipe Jorge e Mariana Correia).
- “Planos para um Bosque sagrado e encantado”, «Monumentos n.º 20», Lisboa: DGEMN, 2003.
- “A igreja e a Galeria das Damas, o que resta de um Paço Real”, «Monumentos n. º 17». Lisboa: DGEMN, 2002.
- “Os arcos de um certo jardim – O aqueduto de S. Sebastião em Coimbra”, in «Monumentos n.º 15». Lisboa: DGEMN, 2001.
- “Uso y mantemento de edificios históricos en Portugal”, «Simposio Conseva – lo Futuro y Talleres de Materiales», actas SIPAC 97. Santiago de Compostela (España): Xunta de Galicia, 1999.
- “Memoria y restauración contemporánea”, «Actas de las IX Jornadas de Intervención en el Patrimonio Histórico-Artísitico - Reconstruir La Memoria». Logroño (España): Colegio de Arquitectos de la Rioja, 1997.
RESUMO_Arquitectura em terra
Maria Fernandes
CEAUCP – Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto, Unidade I&D 281 da FCT; Instituto de Arqueologia, Palácio de Sub-Ripas, 3000-305 COIMBRA.
Doutoranda no departamento de arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
ResumoPor arquitectura em terra entende-se toda e qualquer construção que utiliza a matéria-prima “terra” ou solo (material da crosta terrestre proveniente da decomposição de rochas) (1), sem alteração das suas características mineralógicas. Os materiais que por um processo de cozedura ou outro alteram as características iniciais do solo, encontram-se assim excluídos do grupo “terra”, onde a matéria-prima é apenas seca ao sol – terra crua versus terra cozida.
O sector da construção é um dos maiores responsáveis pelo enorme consumo de energia e emissões de CO2 na atmosfera. Hoje mais do que nunca os métodos construtivos centram-se na rapidez de execução da obra menosprezando muitas vezes os factores ambientais e energéticos dos materiais (2). No que se refere aos materiais de construção (em termos da origem da matéria-prima empregue na sua produção), poderemos sintetizar em três classes o emprego dos recursos disponíveis:
- materiais renováveis;
- materiais não renováveis;
- materiais recicláveis.(3)
A arquitectura em terra compreende um grupo vasto de diferentes famílias de construção que utiliza na sua materialização, processos totalmente recicláveis em todas as fases de execução. Pode-se mesmo afirmar que o ciclo de vida de uma edificação em terra termina devolvendo à natureza a matéria-prima inicialmente utilizada na sua construção.
A presente comunicação tem como objectivo a apresentação das diferentes famílias de construção em terra:
- monolítica;
- alvenaria;
- enchimento e revestimento;
que incluem técnicas ancestrais e contemporâneas de construção, mencionando ainda diversos aspectos e características da arquitectura em terra, assim como, exemplos de projectos piloto onde a terra foi o material escolhido para a sua concretização.
Nota
Este resumo foi desenvolvido com o apoio do Instituto de Investigação Interdisciplinar (III) da Universidade de Coimbra.
(1) Obede Faria – Caracterização de solos para uso na arquitectura e construção com terra. Arquitectura de terra em Portugal, Lisboa: Argumentum, 2005, pp. 179.
(2) Vera Schmidberger – A responsabilidade do sector da construção perante o aquecimento global. Terra em Seminário 2007, Lisboa: Argumentum, 2007, pp. 45.
(3) Julian Chabane – Une ossature bois spécifique au remplissages. Mémoire DSA (Diplôme de Spécialisation et Approfondissement – Architecture de Terre, ENSAG (École Nationale Superieure d ‘ Architecture), Grenoble, 2006, pp. 14.
Fig7
Eng. Humberto Varum (UA)
“Caracterização das construções existentes em adobe na região de Aveiro”
CV_Humberto Varum Engenheiro Civil e Mestre em Estruturas pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de Aveiro. Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro. Principais interesses de investigação e actividade profissional: avaliação, reabilitação e reforço das construções existentes; engenharia sísmica; e, construção com materiais naturais. É membro de várias associações científicas e técnicas nacionais e internacionais.
RESUMO_ Caracterização das construções existentes em adobe na região de AveiroResumo não disponível
Arq. Márcio Buson (FAU Univ. Brasília)
“Blocos de terra Compactada produzidos com o KRAFTTERRA (solo+sacos de cimento reciclados)”
CV_Márcio Buson, Arquiteto e Urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (1985-1990). Mestre em Tecnologia da Arquitetura, na área de conforto ambiental (FAU/UnB, 1996-1998).
Professor da Área de Construção do Departamento de Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo da FAU/UnB desde 1998. Responsável pela disciplina Sistema Construtivos 1 e Coordenador do Laboratório de Construção da FAU/UnB. Doutorando em Tecnologia da Construção, tema sobre arquitetura de terra (FAU/UnB, 2006-atual). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Sistemas Construtivos Sustentáveis, Bioconstrução e Bioarquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: construção, arquitetura, sustentabilidade e projeto arquitetônico. Autor do livro “Autoconstrução com tijolos prensados de solo estabilizado”.
RESUMO_ Blocos de terra Compactada produzidos com o KRAFTTERRA (solo+sacos de cimento reciclados)
Resumo não disponível
Fig 8
Arq. Laura Costa (UTAD)
CV_Laura Roldão Costa, possui a Licenciatura em Arquitectura Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa. 1988
Desenvolveu Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Cientifica subordinadas ao tema: “A Vegetação e os Edifícios – Práticas para a aplicação do material vegetal atendendo a princípios de sustentabilidade”, na UTAD, em Janeiro de 2006
Foi docente na Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto - Árvore do curso de Arquitectura no ano lectivo de 1989/1990, tendo leccionado a disciplina de Ecologia (1º ano)
Foi docente na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Faup) até 2004 tendo leccionado a disciplina de Paisagismo (5º ano) desde 1997.
Foi sócia-gerente do gabinete Aparte, Consultores de Arquitectura Paisagista, Lda., desde a sua fundação em 1989 até 2005 data da sua cessação.
Foi consultora no âmbito da Arquitectura Paisagista na Câmara Municipal de Esposende de 1992 a 2002 e na Câmara Municipal da Maia de 1995 até 2005.
TEM COMO ACTIVIDADES PRESENTES:
Docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) onde lecciona a cadeira do 4º ano – Projecto II (desde 2001) e do 5º ano – Projecto III (desde 2003) do curso de Arquitectura Paisagista.
Realiza Estudos e Projectos de Arquitectura Paisagista em regime de profissão liberal tendo um gabinete de projectos sedeado em Matosinhos desde 2005.
RESUMO_Contributos para um Urbanismo mais Sustentável – Coberturas ajardinadas
O Homem vive, trabalha ou desloca-se no espaço urbano para que ai possa desenvolver as suas actividades e garantir a sua sobrevivência. São os aglomerados urbanos os que oferecem uma maior capacidade de gerar empregos e de oferecer serviços dos quais se destacam o lazer, a cultura e a saúde, sendo sem dúvida locais muito atractivos.
Actualmente, e de acordo com Ruano (2000), cerca de 50% da população humana vive em espaços urbanos (no início do século XX apenas 10% vivia em aglomerados urbanos) e prevê-se que em 2030 e de acordo com dados apresentados por Palomo (2003), a percentagem da população que possa viver nestes locais possa ultrapassar os 75% nas regiões mais desenvolvidas. Para poderem responder a estes índices de ocupação e actividades, as cidades como grandes predadores, consumem recursos naturais em grande quantidade e, em troca, oferecem um monte de resíduos.
A Conferência da Terra que decorreu em 1992 foi um marco fundamental do século XX, pois universalizou os problemas do planeta e responsabilizou o Homem pelo futuro do Mundo e dos Homens de amanhã, não sendo mais possível dissociar o homem da sua envolvente e de encarar o modus operandi de fazer projectos desinseridos do contexto global e da importância que cada elemento que se projecta tem neste planeta.
Hoje, a orientação ao nível do ordenamento, planeamento e projecto terá de ser sempre a de minimizar os consumos dos recursos naturais.
Infelizmente havendo já um conjunto vasto de directivas mundiais e comunitárias em vigor que apontam para a necessidade de se construir de uma forma mais sustentável, a prática que se verifica em Portugal é a da continuidade, não havendo estudos, planos, projectos ou obras representativos dessas mesmas directivas (existem alguns casos que são apenas excepções), nem qualquer tipo de estímulos (ex: redução de taxas quando da construção de edifícios bioclimáticos ou sustentáveis) ou penalizações por se depauperarem os recursos (ex: multas quando o edifício quer na construção quer na exploração consuma níveis excessivos de água ou de energia ou quando se impermeabilize excessivamente o solo, etc.).
O Arquitecto Paisagista na sua prática profissional é cada vez mais confrontado com situações limite (escala da intervenção, restrições climáticas e de solo, elementos poluidores, etc.), e a metodologia de trabalho para situações de pequena escala leva a que haja uma grande atenção a todos os elementos constituintes do edifício.
Gostaria de alertar para a importância da utilização do material de construção - vegetação nos edifícios, pois é aí que a acção do Arquitecto Paisagista tem vindo a ser menos utilizada e é ai que também se pode contribuir para um desenho mais sustentável.
Considerando que os edifícios são uns dos principais consumidores de energias fósseis, consumindo na Europa 30% da energia total de um país (considerando a sua fase de construção e utilização), ocupam territórios impermeabilizando o solo, desflorestam e, quase sempre, ocupam solos de elevada qualidade para a prática da agricultura e, em troca, oferecem resíduos sólidos, líquidos e gasosos, torna-se necessário pensar de que forma se pode construir a Casa, o lugar de abrigo do Homem, sem destruir a Casa planetária, o Planeta abrigo do Homem.
Os edifícios, regra geral ocupam áreas pequenas de implantação relativamente aos seus alçados laterais, sendo estas as superfícies mais representativas e onde se podem desenvolver acções capazes de promover uma maior humanização do espaço, de controlo térmico e ventilação.
A colocação de plantas que produzam sombra sobre os alçados leva a uma redução das necessidades de refrigeração, podendo esta redução chegar a 30%. Os alçados Sul e Poente são os que mais necessitam deste tipo de acção e a vegetação a utilizar deverá ser sempre caducifólia, fazendo assim ensombramento no Verão, mas permitindo o aquecimento das superfícies durante os meses frios. Este tipo de prática, regra geral, consiste na colocação de trepadeiras sobre os alçados e tem o efeito acrescido de permitir a redução da temperatura ambiente na envolvente do edifício e passeios, devido ao aumento da humidade por acção da evapotranspiração e do ensombramento. Em cidades fortemente condicionadas pelo excesso de pavimentação e ocupação, esta é uma razoável resposta à necessidade de criar ligações entre as diversas zonas verdes e de aumentar o número de habitats para a fauna.
O quinto alçado, a cobertura, também é de grande relevância pois pode constituir um espaço de uso comum (sociabilização dos utentes do edifício), contribui para a melhoria do microclima urbano e reduz os consumos energéticos do edifício. Especial atenção deve ser dada às coberturas dos edifícios com grandes áreas de ocupação pois permite a implantação de zonas verdes representativas e, porque não, a oportunidade de constituir corredores verdes (continum verde) e de permitir uma rede continua de peões a diferentes cotas nos espaços urbanos.
As coberturas quando revestidas com materiais inertes adquirem temperaturas elevadas no Verão e baixas no Inverno, transmitindo este aquecimento/arrefecimento ao edifício e ao meio ambiente. No entanto, a colocação de uma camada de terra sobre a laje de cobertura permite reduzir as amplitudes térmicas, verificando-se que no Inverno as temperaturas são cerca de 3 a 5ºC superiores ás que se encontram na envolvente e, ainda se podem obter melhores resultados do ponto de vista térmico quando se combina solo com água. Esta é também uma forma de se obterem regimes de drenagem de águas pluviais substancialmente diferentes dos que se obtém em coberturas com revestimentos inorgânicos (godos, gravilhas, lajetas), levando a uma menor pressão sobre as redes de drenagem de águas pluviais e a um melhor aproveitamento do recurso água, nomeadamente para regas. Segundo Ken Yeang (2001), quando em situações de chuva muito fina e ligeira praticamente não se chegam a produzir escorrencias, se a chuva é moderada as escorrencias são aproximadamente metade da quantidade de água da precipitação e, se a chuva é forte as escorrencias podem demorar cerca de uma hora até se verificarem.
Quanto às espessuras de substrato necessárias para o desenvolvimento dos diferentes estratos florísticos apresenta-se um esquema exemplificativo que oferece uma noção geral. Naturalmente que questões relacionadas com as características especificas de cada espécie e de utilização de sistemas de drenagem e de rega terão que ser equacionados para cada cobertura.
As cores a utilizar na cobertura também vão influenciar as temperaturas, sabendo-se que durante o Verão, as coberturas recebem mais sol do que no Inverno (nº de dias de sol e inclinação dos raios solares), pelo que na nossa latitude se torna necessária a utilização de cores claras no sentido de aumentar a reflexão.
A vegetação desempenha um elevado número de funções no espaço urbano nomeadamente na mitigação dos efeitos negativos do clima urbano e no aumento das condições de conforto humano e assegura de forma mais equilibrada o funcionamento dos sistemas naturais, sendo a sua presença absolutamente necessária para a qualidade do ambiente e para a estabilidade psíquica do homem.
O desenho da paisagem urbana tem hoje que estabelecer novos códigos e paradigmas de abordagem onde o homem e a ecologia estejam mais presentes, sendo tão importantes as abordagens do particular para o geral como as do geral para o particular, considerando-se cada “estrutura” e por isso cada edifício como um elemento importante no estabelecimento do equilíbrio entre a biosfera e a polis.
Sabendo-se das vantagens da utilização da vegetação sobre os edifícios, deveriam ser dados estímulos a partir de diferentes entidades, no sentido de se tornar a aplicação destas técnicas numa prática usual. Naturalmente que as entidades públicas têm mais responsabilidades do que as privadas, pelo que deveriam ser accionados de imediato mecanismos capazes de acelerar o processo. De entre as várias entidades com capacidade de acção, considero como fundamentais:
i) as Universidades pela acção de formação de projectistas e decisores e capacidade de investigação;
ii) a administração central / Ministérios por terem que:
- assegurar os interesses nacionais no que concerne à defesa da cultura, do ambiente e do património,
- garantir a aplicação de convénios e tratados internacionais (ex.: Agenda 21, Protocolo de Quioto).
iii) os Municípios por serem os que mais directamente interagem com todos os intervenientes do processo de construir e planear:
. Utilizadores dos espaços;
. Promotores dos empreendimentos;
. Projectistas (Arquitecturas e Engenharias);
. Financiadores;
. Empresas;
Os municípios deveriam desenvolver acções mais directas e imediatas na área da educação e sensibilização ambiental (reciclagem de resíduos, águas, aplicação de energias não poluentes, preservação de ecossistemas, etc.) e na aplicabilidade de normas e taxas que promovam a concretização destes princípios.
Por fim gostaria de sublinhar que a aplicação da vegetação sobre os edifícios (coberturas, terraços, alçados, pátios e jardins interiores) não serve de compensação à necessidade de conservação e implantação de espaços verdes urbanos permeáveis, pois estes são elementos constituintes de um sistema vasto designado de Estrutura Ecológica Urbana - EEU que é responsável pela preservação dos ecossistemas fundamentais do território, nomeadamente: zonas húmidas (zonas de conservação/protecção), parques urbanos e metropolitanos, jardins de proximidade, zonas de produção rural e florestal, etc., estando a EEU integrada numa Estrutura Ecológica mais vasta de carácter municipal, regional ou mesmo nacional.
Bibliografia
GAUZIN – MÜLLER, Dominique - Arquitectura Ecológica. 29 ejemplos europeos. Barcelona, Editorial Gustavo Gili, SA., 2002. ISBN 84-252-1918-3
INTEMPER ESPAÑOLA S.A - Dossier de productos – Fachada ajardinada. Tectónica nº 17– Geometrias complejas, ATC Ediciones, S.l. Madrid, Setembro 2004.
JONES, David Lloyd - Arquitectura e entorno, el diseño de la construção Bioclimática. Barcelona. Blume. 2002. ISBN 84-95939-01-0. (imagem 3)
LANDSCAPE ARCHITECTURE EUROPE - Fildwork. Basel. Landscape Architecture Europe Foundation, 2006; ISBN 10: 3-7243-7508-6. (imagem 2)
PALOMO, Pedro J. Salvador - La Planificación verde en las ciudades. Barcelona. Editorial Gustavo Gili SA. 2003. ISBN 84-252-1517-X
RICHARDSON, Tim, The Vanguard Landscapes and Gardens of Martha Schwartz, Londres, Thames and Hudson, 2004. ISBN 0-500-51131-4 (imagem 1)
RUANO, Miguel - Ecourbanismo. Entornos humanos sostenibles: 60 proyectos. Barcelona. Editorial Gustavo Gili, S.A. 2000. ISBN 84-252-1723-7.
YEANG, Ken - el rascacielos ecológico. Barcelona. Gustavo Gili, SA. 2001. ISBN 84-252-1833
RICHARDSON, Tim, The Vanguard Landscapes and Gardens of Martha Schwartz, Londres, Thames and Hudson, 2004. ISBN 0-500-51131-4
45, 46
Arq. Bruno Marques (NAAV)
“A Influência do Desenho Urbano sobre o Microclima”
CV_Bruno Marques, Arquitecto pela Universidade Lusíada -Porto em 1996, mestre em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) em 2001, está a finalizar o doutoramento na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Docente na Escola Superior Artística do Porto (ESAP) desde 1998, autor de diversos projectos de Planeamento e arquitectura, recebeu o Prémio do Instituto Nacional de Habitação em 2000 e Menção Honrosa em 2001 (Prémio INH).
Fundador e Vogal da Direcção do Grupo Habitar e do NAAV - Núcleo de Arquitectos de Aveiro.
Com várias obras e artigos publicados, tem desenvolvido nos últimos anos investigação na área do desenho urbano e arquitectura bioclimática e construção sustentável.
RESUMO_A Influência do Desenho Urbano sobre o Microclima Considerações e Estudo sobre Cenário Virtual – Litoral Norte Português
Palavras-chave: desenho urbano bioclimático; Cenário virtual; Eficiência energética em edifícios; ensaio em “Townscope III”
O consumo energético nos edifícios portugueses tem vindo a aumentar consideravelmente ao longo dos últimos anos, entre 1990 e 2000, a uma media anual de 3,7% em edifícios residenciais e 7,1% em edifícios de serviços.
Este percurso tem sido contrário aos objectivos estabelecidos pela Comissão Europeia para o ano de 2010, cuja intenção era a de reduzir em 20% o consumo energético em edifícios habitacionais.
É um facto que o planeamento urbano pode desempenhar um papel muito importante na criação de condições micro-climáticas favoráveis, com claras vantagens na eficiência energética em edifícios bem como na obtenção de melhores níveis de conforto térmico no espaço público.
Esta investigação desenvolvida entre o Instituto Universitário de Urbanística da Universidade de Valladolid e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto pretende apresentar estratégias e explorar as vantagens de implementar considerações bioclimáticas e simulações em cenários virtuais aos planos municipais de ordenamento do território.
Na presente comunicação será elaborado um diagnóstico e estabeleceremos considerações bioclimáticas para o território objecto de análise bem como será apresentado um conjunto de resultados da simulação de aumento de densidade urbana sobre um conjunto de quarteirões em Espinho, tendo em consideração as características climáticas locais, com recurso a software apropriado.
Fig9
Arq.ª Sara Eloy e Arq.ª Isabel Plácido (L.N.E.C.)
“A contribuição das novas tecnologias (TIC) na sustentabilidade da habitação”
CV_da Arq.ª Sara Eloy
Licenciada em Arquitectura pela FAUTL em 1998. Colaborou, entre 1996 e 1997 na empresa Viacentro da Sonae e desde 1999 a 2003 no atelier de Nuno Teotónio Pereira e Pedro Viana Botelho.
Duas vezes bolseira da FCT em projectos de investigação desenvolvidos no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1997/2000 no projecto “Habitação a custo controlado com qualidade – Sistema Informático Interactivo para Exploração de Soluções e Desenvolvimento de Projectos” e 2003/2004 no projecto “Habitação para o Futuro. Exigências e modelos para a sociedade da informação e da ecologia”).
Docente como Assistente Estagiária da ULHT desde 2002 no curso de Engenharia Civil e desde 2006 no ISCTE no Mestrado Integrado em Arquitectura nas áreas de Representação Gráfica e Construções.
Doutoranda desde 2005 no Instituto Superior Técnico / LNEC na área de Ciências da Engenharia com o tema “Metodologia de integração de Tecnologias da Informação e Comunicação na Reabilitação Habitacional”.
RESUMO_ A contribuição das novas tecnologias na sustentabilidade da habitação _ Tecnologias da informação e comunicação e domótica
Esta comunicação incide sobre uma investigação em curso que estuda a integração de tecnologias no espaço doméstico. Nesta comunicação procura-se apresentar a integração de tecnologias da informação e comunicação (TIC) e domótica na habitação como estratégias de sustentabilidade social e ambiental.
A utilização de TIC ao nível do fogo e do edifício permitem reduzir o consumo energético e o impacto ambiental na medida em que gerem de forma eficiente os recursos. Por outro lado, as TIC permitem promover a sustentabilidade social ao criarem novas possibilidades aos habitantes. A este nível podemos referir o tele-trabalho, a info-inclusão e a promoção de autonomia que as TIC criam a idosos e pessoas com deficiência.
Fig10: Imagem do prolongamento dos trabalhos no Sábado
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