Habitação Intergeracional Adaptável e Participada: síntese do estudo – infohabitar # 953
Informa-se
que para aceder (fazer download) do mais recente Catálogo Interativo da
Infohabitar, que está tematicamente organizado em mais de 20 temas e tem links
diretos para os 922 artigos da Infohabitar, existentes em janeiro de
2025 (documento pdf ilustrado e com mais de 80 pg), usar o link seguinte:
https://drive.google.com/file/d/1vw4IDFnNdnc08KJ_In5yO58oPQYkCYX1/view?usp=sharing
Infohabitar, ano XXI,
n.º 953
Edição: quarta-feira 29 de outubro de 2025
Editorial
Caros amigos e leitores da
Infohabitar, 
Será desta vez que retomamos o
estudo e a divulgação do PHAI3C - Programa de Habitação Adaptável
Intergeracional Cooperativa a Custos Controlado?
Espero que sim! E tudo farei neste sentido
e no de nos aproximarmos rapidamente da respetiva conclusão.
Por isso o presente artigo é uma
síntese do que foi feito e uma “ponte” para o que falta fazer.
O artigo é extenso, mas boa parte
dele corresponde aos “estratégicos” anexos onde é possível ter uma boa perspetiva do atual desenvolvimento
objetivo do estudo.
Boas leituras e naturalmente seria
muito bom poder ter contribuições vossas nesta matéria, seja a título de
sugestões, seja mesmo como artigos publicáveis.
Saudações amigas
António Baptista Coelho
Editor da infohabitar
Habitação
Intergeracional Adaptável e Participada: síntese do estudo – infohabitar # 953
António Baptista Coelho
Índice
1. Introdução ao retomar e à
conclusão do PHAI3C
2.Breve ponto de situação sobre o
desenvolvimento atual do PHAI3C
3. Reflexões breves sobre a própria
natureza de um habitar intergeracional adaptável e participado 
4. Registo comentado dos temas já
desenvolvidos no PHAI3C
5. Sobre a bibliografia já
identificada pelo estudo do PHAI3C
6. Estratégias a seguir na análise
dos casos concretos aplicáveis ao estudo do PHAI3C e na abordagem dos seus aspetos
projetuais a privilegiar
Breves e “provisórias” notas “finais”
com sentido prático 
Anexo I: PHAI3C - Habitação
Intergeracional Adaptável e Participada, as cerca de 40 subtemáticas já
abordadas
Anexo II: listagem linkada dos
artigos já editados no âmbito do PHAI3C
1. Introdução ao retomar e à conclusão do PHAI3C
O presente artigo é o primeiro realizado no
âmbito do que se deseja venha a ser a conclusão do estudo do PHAI3C -
Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlado.
Este estudo foi realizado, parcialmente, entre
há cerca de 2 e 4 anos; designadamente na sua parte de pesquisa documental; e
foi sequencialmente editado, aqui na infohabitar, num conjunto amplo de artigos
estruturados num amplo leque de temáticas – uns e outras constantes dos dois
anexos ao presente artigo.
Uma tal edição permitiu dois aspetos práticos
importantes:
(i) a não existência de uma “necessidade” mais
urgente de continuidade e conclusão do PHAI3C, visto que os seus resultados mais
concretos foram, então, devida e estruturadamente divulgados, permitindo-se o
apoio a outros estudos e práticas, o que sempre foi um dos objetivos deste
estudo;
e (ii) um certo e sempre positivo distanciamento
entre a referida fase de mais intensa e sistemática pesquisa sobre o que pode e
deve ser um habitar intergeracional e participado e a fase subsequente mais
propositiva e virada para a respetiva prática, que se pretende desenvolver
agora.
Um outro conjunto de aspetos são também de
salientar nessa pausa, que acabou por ser estratégica, no desenvolvimento do
PHAI3C, referimo-nos:
(i) à condição de o estudo ter sido
interrompido na fase em que se estava a passar de uma pesquisa mais
bibliográfica, para uma outra pesquisa mais ligada a uma análise de casos
práticos julgados aplicáveis, situação esta que acabou por não prejudicar, especialmente,
o respetivo desenvolvimento global do estudo;
e (ii) à condição de o “intervalo” temporal em
que o estudo esteve “pausado” ter sido por mim aproveitado numa ampla e
sistemática reflexão sobre as urgentes necessidades e a desejável caraterização
da habitação de interesse social em Portugal, situação esta que tudo tem a ver,
direta e indiretamente, com a reflexão teórico-prática sobre o desejável
impulso a um habitar intergeracional participado, forma de habitar que,
evidentemente, tem de estar bem integrada na nova habitação de interesse social
portuguesa; sendo esta e desde já uma das principais conclusões do estudo.
Neste retomar e fase final de desenvolvimento
do PHAI3C há que registar que ele integrou, na sua fase inicial e durante cerca
de dois anos, a Estratégia de Investigação e Inovação do Laboratório Nacional
de Engenharia Civil e que as cooperativas portuguesas de “habitação económica”,
associadas na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica
(FENACHE), apoiaram este estudo desde o seu início, na continuidade do seu
importante papel, desempenhado desde o 25 de Abril, na promoção de habitação de
interesse social, aliando a grande quantidade de habitações disponibilizadas a
uma sua expressiva qualidade arquitectónica, a uma eficaz e humanizada gestão
de proximidade e finalmente mas não em último lugar, a uma essencial formatação
da nova habitação aos diversos modos e gostos de habitar e de vizinhança das
pessoas e das famílias.
2.Breve ponto de situação sobre o desenvolvimento atual
do PHAI3C
O estudo desenvolvido no âmbito do PHAI3C –
Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos
Controlados – visa a proposta de soluções urbanas e residenciais vocacionadas
para a convivência intergeracional, adaptáveis a diversos modos de vida,
adequadas para pessoas com eventuais fragilidade físicas e mentais, mas sem
qualquer tipo de estigma institucional e de idadismo, funcionalmente mistas e
com presença urbana estimulante.
O PHAI3C já identificou um muito amplo conjunto
de temas humanos e residenciais (algumas dezenas, editados em artigos
publicados na infohabitar) que estão ligados a um habitar que participe, cada
vez mais, numa vida diária realmente adequada, funcional e positivamente
apropriada – condições estas fundamentais quando os habitantes têm
condicionalismos diversos – e irá procurar identificar e caracterizar
(minimamemte), nesta fase final do estudo, tipos de soluções adequadas e
sensíveis a uma adequada e natural integração habitacional e intergeracional
dos habitantes mais frágeis num quadro urbano claramente positivo e em soluções
edificadas que possam dar resposta, também, a outras novas e urgentes
necessidades  habitacionais (ex., jovens e pessoas sós), num
quadro residencial marcado por uma gestão participada e eficaz, pela
convivialidade espontânea e social e financeiramente sustentável.
E assim, depois da conclusão do
respetivo ciclo inicial de estudos de base essencialmente documentais –
elementos estes que estão disponíveis, na infohabitar, desde há cerca de dois
anos (e também registados na parte final do presente artigo, através de
uma listagem interativa com links/ligações diretas aos textos dos mesmos) – sob
a forma de 51 artigos editados na Infohabitar em 2022 e 2023, iremos
avançar para uma fase final do estudo, bipartida entre:
(i) uma reflexão sistemática sobre um muito
amplo leque de casos de referência, escolhidos, porque podendo conter aspetos
significativos a considerar no PHAI3C;
e (ii) uma identificação de aspetos
considerados adequados na conceção de conjuntos residenciais vocacionalmente
intergeracionais, adaptáveis, participados e naturalmente conviviais.
É chegada, portanto, a altura, de passar para
uma proposta de aspetos práticos na conceção de soluções residenciais no âmbito
do PHAI3C, baseando-nos numa base de trabalho e documental devidamente
divulgada e muito extensa sobre os amplos aspetos de enquadramento associados
às necessidades, aos gostos e às enormes potencialidades sociais e urbanas de
uma reflexão prática sobre os espaços residenciais dedicados a pessoas idosas e
fragilizadas, mas sempre desejavelmente integrados em quadros intergeracionais,
ativamente urbanos e dinamizados e convivializados por cooperativas dedicadas à
promoção de “habitação económica”.
Importa desde já referir que, tendo-se em conta
o extenso desenvolvimento temático e temporal do estudo não iremos, agora,
realizar uma sequência “simples” de abordagem dos muitos casos de referência e
só depois passando a uma proposta de aspetos concretos projetuais, optando-se
por uma solução “mista” em que artigos mais de referência sobre casos concretos
poderão ter estrategicamente entremeados pela introdução de artigos mais
propositivos e projetuais; proporcionando-se, até, eventualmente algum
“diálogo” entre os dois perfis de artigos e outras contribuições sempre
bem-vindas.
3. Reflexões breves sobre a própria natureza de um
habitar intergeracional adaptável e participado 
Tal como foi já referido em outros artigos
sobre o PHAI3C, considera-se que a própria natureza básica de um habitar
intergeracional, adaptável e participado tem de ser o mais possível assimilável
ao de um habitar positivamente corrente, realizado no âmbito dos aspetos de
qualidade e custo associados à habitação de interesse social e, portanto, passível
de ser promovida de forma “corrente” e económica e, sempre, totalmente distinta
de quaisquer caraterísticas associáveis aos “ditos” equipamentos coletivos.
Isto não significa que tais equipamentos
coletivos específicos de apoio a pessoas carenciadas de diversos cuidados específicos
deixem de existir, mas sim que a habitação visada pelo PHAI3C é habitação e
portanto não é equipamento coletivo.
Tal opção decorre de vários aspetos que aqui e
em seguida apenas se afloram, salientando-se, desde já a importância de se
apoiar uma verdadeira intergeracionalidade residencial e de vizinhança, que
decorra de necessidades pessoais e familiares, mas também de verdadeiros
desejos residenciais e de vizinhança das pessoas e das famílias, um aspeto que
muito ficaria fragilizado, se não mesmo anulado, caso estes novos conjuntos
residenciais tivessem uns quaisquer resquícios de “estigmas” de equipamento
coletivo ou público, designadamente, nos aspetos de despersonalização, de
burocracia e rotinas hieráticas e até de negativa “hospitalização”, que muitos
equipamentos coletivos ainda, infelizmente, têm; e esta consideração embora se
reconheça seja aqui um pouco exagerada, assim o é, porque, REALMENTE, é
fundamental sublinhar que o habitar e a habitação intergeracional, adaptável e
participada que se propõe no âmbito deste PHAI3C, É HABITAR, É HABITAÇÃO,
sendo-o de forma tão natural como qualquer habitação que hoje existe.
Uma positiva “normalidade” habitacional à qual
se juntam caraterísticas:
(i) por um lado, de expressiva amplificação dos
respetivos aspetos de privacidade, apropriação e adaptabilidade pessoal e
familiar dos e nos fogos;
(ii) por outro lado, de contido mas expressivo
desenvolvimento dos respetivos espaços comuns mais funcionais, úteis e
adaptáveis, disponibilizando nestes espaços uma adequada facilitação para
atividades comuns diversificadas, desde as mais utilitaristas, às mais
conviviais, mas NUNCA perdendo o sentido de total opção por uma eventual
vontade de privacidade e de autonomia residencial;
(iii) por outro lado privilegiando-se uma
natural e variada mistura etária em cada conjunto residencial – refere-se aqui
conjunto porque se visam variadas misturas tipológicas, bem relacionadas com os
espaços públicos e comuns de vizinhança.
Sendo, assim, que a opção por estas inovadoras estruturas
residenciais deve ter a ver essencialmente com a sua provável facilitação no
apoio a diversas atividades domésticas que muitos de nós gostaríamos de
simplificar, sem barreiras de idade; e, naturalmente, propiciando-se um meio
residencial caraterizadamente seguro e potencialmente quase “cuidador” – ao
nível doméstico privado, claro – para os muitos habitantes e são cada vez mais,
que têm condicionamentos diversificados no seu dia-a-dia – evidentemente muitos
idosos cabem neste grupo, mas felizmente há cada vez mais “grandes idosos” que,
tendo apoios mínimos, têm uma autonomia de vida diária extremamente prolongada
e há muitos outros perfis pessoais e familiares que muito têm a ganhar com uma
solução de habitar fortemente adaptável, participada e funcionalmente apoiada.
4. Registo comentado dos principais temas já
desenvolvidos no PHAI3C
Numa síntese sempre imperfeita e aproximada
realizaram-se, até, agora as duas partes do estudo, em seguida registadas,  e preparou-se, já, em parte a sua terceira e
última fase.
1.ª Parte do estudo – sobre os aspetos
gerais de enquadramento e respetiva base documental bibliográfica do PHAI3C:
(principais temas abordados)
.Aspetos de enquadramento do PHAI3C
.Qualidade de vida e qualidade
residencial dos idosos
.Habitat, bem-estar e saúde
.Qualidades residenciais mais
específicas para idosos
.Necessidades e satisfação
residencial dos mais fragilizados
.Habitat, velhice, solidão e
convívio, demência e final de vida
2.ª Parte do estudo: aspetos
específicos do estudo do PHAI3C e respetiva base documental e bibliográfica:
(principais temas abordados)
.Idosos, cidade e sociedade
.Os idosos e a vizinhança
residencial
.Os idosos e os variados modos de
habitar
.Os idosos e a opção entre mudança
ou permanência na habitação
.Tipologias habitacionais adequadas
a seniores
.Intergeracionalidade residencial e
usos mistos
.Aspetos gerais de pormenorização na
habitação para idosos
.Aspetos específicos na conceção
residencial para idosos
Procurou-se avançar cuidadosamente e, portanto,
com base em inúmeras referências de especialistas, num razoável
desenvolvimento, bibliográfica e documentalmente fundamentado, das complexas
matérias da relação entre habitação e envelhecimento humano, sempre com uma
natural tónica na habitação; e porque conhecemos as nossas especificidades
formativas e a sensibilidade do tema, procurámos ir desenvolvendo sínteses
subtemáticas dos aspetos apontados pelos diversos autores citados,
privilegiando-se, sempre, os aspetos práticos com aplicação nos respetivos
projetos de arquitectura e avançando-se, ainda que com muito cuidado, nos
aspetos tipológicos e práticos das soluções arquitetónicas residenciais
intergeracionais e participadas associáveis ao PHAI3C.
Salienta-se, ainda, que, tal como é evidenciado
nos respetivos títulos, todos os 51 artigos até agora editados na infohabitar e
associados ao PHAI3C:
. apontados tematicamente na listagem que se
segue e onde entre aspas se encontra o respetivo número do artigo da
Infohabitar em que foi editada,
. e depois no final do presente artigo disponibilizados,
no seu Anexo II, através dos respetivos links, embebidos nos títulos ou
especificamente inseridos nos seus links,  
correspondem a uma “fase de
trabalho” e de “base documental” ou bibliográfica do estudo do PHAI3C – fase esta que, tal como é registado nos títulos dos referidos
artigos, muito deve aos numerosos autores devidamente citados ao longo dos
referidos artigos em notas de pé de página e nas respetivas bibliografias,
salientando-se ainda que boa parte do corpo dos respetivos artigos tem base
direta, devidamente referenciada, nos textos, ideias e opiniões dos autores
sistematicamente referidos no corpo do artigos e nas respetivas listagens
bibliográficas.
Registam-se, em seguida, e numa
ordem cronológica de edição na infohabitar, os temas específicos abordados nos
artigos já editados e referidos ao PHAI3C (entre parêntesis os respetivos
números dos artigos que podem ser consultados no Anexo II, com link próprio):
Pensar um novo habitar intergeracional: alguns
comentários iniciais (706) 
Oportunidade, utilidade e exigências do
Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos
Controlados (PHAI3C) (714)
Sobre o passado e o futuro da habitação
cooperativa a custos controlados e as novas soluções intergeracionais
colaborativas (716)
Notas sobre o enquadramento da qualidade de
vida e residencial especialmente dirigida para idosos e pessoas fragilizadas
(805)
Notas sobre qualidade de vida e qualidade
arquitetónica e urbana na habitação para idosos e intergeracional (806)
Qualidade de vida e qualidade pormenorizada na
habitação para idosos e intergeracional (807 e 808)
Sobre as necessidades habitacionais mais
específicas dos idosos “I” - versão de trabalho e base bibliográfica (810 e
811)
Acessibilidade residencial e habitantes
fragilizados “I” - versão de trabalho e base bibliográfica (813 e 814
Atratividade, identidade e integração na
habitação para idosos I - versão de trabalho e base bibliográfica (815 e 816)
Lazer, arte, aprendizagem e envelhecimento
(817)
Espacialidade e conforto residencial no
envelhecimento (818)
Privacidade e convívio em ambientes
residenciais adequados para idosos (819)
Domesticidade e terceira idade (820)
Segurança na habitação para idosos (821)
Habitação intergeracional: da adaptabilidade à
participação num adequado quadro arquitetónico (822e 823)
Velhice e solidão ou convívio no habitar (825 e
826)
Notas sobre o habitar, a velhice e as
demências (833)
Breves notas sobre o habitar no final de vida
(834)
Idosos: desafio crítico e oportunidade (836 e
837)
Considerações sobre direitos e problemas dos
idosos – versão de trabalho e base bibliográfica (838)
Os idosos e os seus espaços
residenciais (839, 840 e 841)
Caminhos do habitar quando formos idosos (845)
Estudos e temas a salientar no âmbito da
relação entre habitação e envelhecimento (847 e 848)
Idosos e espaço urbano (849)
Idosos e espaços urbanos de vizinhança (851)
Importância da adaptabilidade na habitação para
idosos (852)
Habitação Senior ?” (853)
Apoiar residencialmente um envelhecimento ativo
(854)
Os idosos e o futuro de uma habitação bem
integrada e participada (855)
Habitação, integração etária e
intergeracionalidade (857)
Cooperativas, coohousing e habitação
colaborativa ou participada (858)
Fazer da habitação para idosos uma escolha
apetecível (859)
Uma habitação muito adequada para pessoas
idosas (860
Renovadas soluções residenciais para as pessoas
idosas (868)
Tipologias residenciais etariamente dirigidas
(869)
Tipologias residenciais para pessoas idosas: um
amplo leque de soluções (870
Aspetos estruturantes da tipologia residencial
intergeracional (871)
Facetas tipológicas específicas da habitação
intergeracional –(872)  
Aspetos específicos da conceção residencial
para idosos e fragilizados (873)
Agrupamentos e tipos habitacionais específicos
para pessoas com demência (874)
Intergeracionalidade e convívio na habitação
(875)
Tendo em conta a extensão e a
natureza temática do estudo já realizado foi possível detetar alguns temas que
poderão ser, ainda, aprofundados e que, em seguida, se registam:
- Sobre as tipologias mais adequada
- Mudar ou ficar na nossa “velha” habitação,
quando somos muito idosos?
- Relação entre habitação para idosos e Habitação
de Interesse Social em Portugal.
Considera-se, no entanto, que tais
aprofundamentos temáticos poderão ser embebidos na próxima fase de análise de
casos de referência.
5. Sobre a bibliografia já identificada pelo estudo do
PHAI3C
Esta matéria vai merecer uma atenção específica
em futuros artigos, no entanto regista-se, aqui e desde já, a sua atual
estruturação e os respetivos conteúdos gerais. 
(Bibliografia geral
aplicável) Compilação de uma seleção de estudos habitacionais gerais
aplicáveis - 19 documentos , datados entre 1987 e 2012,
portugueses e em grande parte desenvolvidos no antigo Núcleo de Arquitectura e
Urbanismo (NAU) do LNEC. 
(Bibliografia específica que baseia
os 51 artigos editados) Compilação das bibliografias específicas dos 51
artigos editados (listagem somatório a elaborar).  
(Bibliografia de base e
enquadramento na área temática do estudo) Guias gerais de projeto
habitacional, mas com enfoques específicos e/ou desenvolvidos nos aspetos de
intergeracionalidade, habitação participada e habitação
para idosos (por vezes ligados a soluções para pessoas com
demências) – 47 documentos, datados entre 1994 e 2023,
quase todos eles estrangeiros, internacionais e com variadas origens, quase
todos eles desenvolvidos por entidades oficiais ou por especialistas
reconhecidos.
(Bibliografia específica nas
subáreas temáticas do estudo) Documentos, publicações, artigos e livros
com temáticas inseridas nas subáreas temáticas do estudo e designadamente com
a intergeracionalidade, a habitação para idosos e a habitação participada – 62
documentos, datados entre 1991 e 2023, quase todos eles
estrangeiros, internacionais e com variadas origens, com destaque para
entidades oficiais e para especialistas reconhecidos.
(Bibliografia mais teórica
específica nas subáreas temáticas do estudo) Documentos, publicações,
artigos e livros com temáticas inseridas, globalmente, na área da conceção
habitacional e com enfoques
caraterizadamente mais teóricos e de reflexão integrada, mas cujas matérias
e/ou perspetivas de abordagem têm relações sensíveis e/ou significativas e
potenciais com a intergeracionalidade, a habitação para idosos e a
habitação participada – 84 documentos, datados
entre 1977 e 2023, quase todos eles estrangeiros, internacionais e com
variadas origens, quase todos eles desenvolvidos por especialistas e
projectistas reconhecidos.
(Casos de referência) Documentos, publicações e artigos de apresentação
e/ou análise de realizações concretas e casos práticos de
referência de enquadramento nas áreas específicas da intergeracionalidade,
habitação participada e habitação para idosos (por
vezes ligados a soluções para pessoas com demências) – 119
casos/documentos, datados entre 1890 (desde 1890) e 2023 (a grande maioria
entre 2008 e 2023), nacionais e estrangeiros, com uma atenção especial aos
casos portugueses e espanhóis recentes.
(Casos de referência) Coletânea de casos e respetivos links integrando análises
pormenorizadas e ilustradas a intervenções arquitetónicas e residenciais
concretas, atualmente selecionadas pela “Plataforma” na WWW Archdaily (https://www.archdaily.com/)
sob o título “coohousing” - 16 casos recentes em todo o mundo.
(Casos de referência) Coletânea
de casos e respetivos links integrando análises pormenorizadas e ilustradas a
intervenções arquitetónicas e residenciais concretas, atualmente selecionadas
pela “Plataforma” na WWW Archdaily (https://www.archdaily.com/)
sob o título “retirement”/aposentação (por vezes ligadas a soluções para
pessoas com demências) - 25 casos recentes em todo o mundo.
(Casos de referência) Coletânea
de casos atuais de Cohousing em Espanha (em diversas fases de desenvolvimento)
– 57 casos em Espanha.
(Casos de referência) Coletânea
de casos atuais de intergeracionalidade residencial ou de habitação para idosos
realizada com cuidados específicos em Espanha -  16 casos em Espanha.
(Casos de referência) Coletânea
de casos atuais de referência em habitação para idosos realizados com cuidados
específicos no Reino Unido – designados
como “inspirational achievments” pela The Housing Learning and Improvement
Network (Housing LIN - https://www.housinglin.org.uk/ ) - 25
casos no Reino Unido; mais um conjunto de cerca de 75 casos de
referência também identificados pela Housing LIN.
6. Estratégias a seguir na análise dos casos concretos
aplicáveis ao estudo do PHAI3C e na abordagem dos seus aspetos projetuais a
privilegiar
A estratégia a seguir na análise dos casos
concretos e de referência já identificados e aplicáveis ao estudo do PHAI3C
privilegiam-se os seguintes aspetos:
(i) “Tipologia” dos casos de referência, designadamente,
na sua eventual semelhança global e/ou parcial com o perfil do PHAI3C.
(ii) Origem geográfica dos diversos casos de
referência: uma perspetiva onde se irá procurar privilegiar os casos
portugueses aplicáveis (total ou parcialmente) e os casos europeus,
destacando-se, aqui os casos realizados em Espanha.
(iii) Perfil amplo e/ou de pormenor de cada
caso de referência: uma perspetiva que poderá levar a uma análise mais global
de conjuntos de casos e a “coletâneas” de aspetos de pormenorização, a diversos
níveis e oriundos de variados casos.
Sobre como avançar na análise e no tratamento
escrito e ilustrativo deste estudo de casos de referência: julga-se que será
privilegiada a análise escrita, acompanhada sempre que possível por esquemas
gráficos.
Na abordagem mais projetual dos aspetos que
poderão apoiar e influenciar na conceção de soluções de habitar realizadas no
âmbito do PHAI3C será seguida a sequência de “níveis físicos” residenciais que
marcou a minha “velha” tese de doutoramento em Arquitectura na FAUP, sendo
marcada, portanto, pela importância da pormenorização global da abordagem feita
e nesta pela importância específica que cada vez mais julgo que têm o que
poderemos considerar como os “interníveis” residenciais; e numa sequência que
neste caso vai do interior para o exterior teremos: a pormenorização doméstica;
a relação entre esta e os espaços e compartimentos domésticos; os espaços e
compartimentos domésticos; a relação entre estes e a habitação na sua
globalidade; a habitação; a relação entre esta e os espaços comuns do edifício residencial;
o edifício residencial; a relação entre este e a respetiva vizinhança; a
vizinhança residencial; e finalmente a relação entre esta e a desejável
continuidade urbana.
Breves e “provisórias” notas “finais” com sentido prático
Salienta-se que esta abordagem dos
conjuntos residenciais associáveis ao PHAI3C deverá privilegiar a sua ligação à
temática de um “nova” modalidade de habitação apoiada pelo Estado, marcada por
aspetos de intergeracionalidade, adaptabilidade e participação cooperativa.
Pretende-se, assim, marcar a
necessidade URGENTE de se encarar a habitação em falta, em Portugal, com
qualidade e custos controlados, numa perspetiva especialmente amigável
relativamente aos muitos cidadãos mais idosos e “muito idosos”, que, cada vez
mais marcam a nossa atual mistura geracional e numa perspetiva habitacional
intergeracional, portanto, totalmente integrada.
Desta forma poderemos ter uma tripla
eficácia, ao proporcionar soluções muito adequadas a muitos grupos sociais
habitacionalmente carenciados (ex., idosos, pessoas sós, pequenos agregados
familiares, etc.), ao responder eficazmente e de forma adequadamente integrada
a uma “nova” e urgente necessidade social, e ao poder influenciar na “libertação”
para novos habitantes muitas habitações bastante adequadas a famílias com
significativa dimensão.
 Anexo I: PHAI3C - Habitação Intergeracional Adaptável e
Participada, as cerca de 40 subtemáticas já abordadas
Neste anexo  vamos rever as subtemáticas abordadas nos
cerca de 40 artigos já editados na Infohabitar sobre o PHAI3C, complementando
cada indicação de título/subtemática com algumas frases breves de comentário à
mesma; nota-se que no título de cada item e entre parêntesis é indicado o n.º
do respetivo artigo editado na Infohabitar (e cujos títulos e respetivos links
integram o AnexoII).
(i) Pensar um novo habitar
intergeracional: alguns comentários iniciais (706)
A questão da referida “novidade” de uma oferta
residencial intergeracional deve ser devidamente comentada no sentido em que na
habitação tradicional conviviam várias gerações, partilhando espaços e funções
e disponibilizando um quadro afectivo e formativo único. Naturalmente que o
PHAI3C tem uma abordagem distinta, embora evidentemente, não afastando a
possibilidade de reedição de quadros domésticos desse tipo; visando-se um meio
residencial e de vizinhança expressivamente “urbano”, harmonizador de aspetos essenciais
de privacidade e apropriação domésticas com outros de convivialidade espontânea
e totalmente opcional e ainda com outros aspetos de extrema funcionalidade
doméstica por apoios em equipamentos e serviços comuns.   
(ii) Oportunidade, utilidade e
exigências do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional Cooperativa
a Custos Controlados (PHAI3C) (714)
Sobre a oportunidade e utilidade de um renovado
conceito de habitar intergeracional, adaptável e participado o elevadíssimo e
sempre crescente número de idosos a viverem sós e em companhia de outros idosos
fala por si, assim como também por si fala o elevadíssimo e crescente número de
pessoas que com as mais variadas idades optam por viver sozinhas ou em pequenos
agregados familiares; sendo que os apoios em equipamentos e serviços comuns têm
evidente aplicação no primeiro caso, enquanto no segundo caso também é evidente
que muitas destas pessoas muito gostariam de poder ter a lide doméstica muito
agilizada. Sobre a oportunidade de um conteúdo comum condominial que suscite
convívio ele será mais abaixo abordado em detalhe, mas julga-se ser bem
oportuno na nossa atual sociedade marcada pelo individualismo ( e isto é apenas
constatação, não é uma crítica).   
(iii) Sobre o passado e o futuro da
habitação cooperativa a custos controlados e as novas soluções
intergeracionais colaborativas (716)
Todos os que conhecem a realidade da habitação
cooperativa ligada aos custos controlados sabem que este tipo e promoção foi
pioneiro, em Portugal, quer em aspetos participativos no que se refere às
soluções residenciais escolhidas, quer em aspetos de convivialidade local e de
prestação de variados serviços comuns, quer no assegurar de uma gestão diária e
de proximidade eficaz. Por tudo isto a promoção cooperativa parece ser a
escolha indicada para esta renovada forma de habitar intergeracional, adaptável
e participado; aliás historicamente não será por acaso que aalguns técnicos que
há cerca de 50 anos e mais, estavam na linha da frente de um ativo
cooperativismo habitacional com amplo sentido comum, como aconteceu na Suécia e
na Dinamarca, estão atualmente dedicados a soluções de cohousing, que na
prática são soluções residenciais intergeracionais com forte componente de
comunidade.
(iv) Notas sobre o enquadramento da
qualidade de vida e residencial especialmente dirigida para idosos e pessoas
fragilizadas (805)
Em primeiro lugar importa considerar que os
idosos têm naturalmente condições vivenciais fragilizadas e que serão
facilitadas por alguns quadros físicos específicos e também pela previsão de
apoios específicos; sendo que os “grandes idosos” (com mais de 80 anos) são
natural e felizmente cada vez mais numerosos e com uma vivência residencial
extremamente facilitada por tais quadros físicos e de apoios vários; e havendo
ainda que juntar a este “pelotão” cada vez mais numeroso os múltiplos casos de
pessoas fragilizadas e de pessoas que vivem com pessoas fragilizadas. Tendo
tudo isto em conta e sabendo-se, pois está já provado, que é possível que
pessoas idosas e fragilizadas vivam com um máximo de autonomia, desde com tais
quadros de apoio, e sabendo-se que tais condições são até responsáveis por uma
vida mais longa e em melhores condições de bem-estar e saúde, então,
provavelmente, não podemos deixar de avançar para estas renovadas soluções de
habitar intergeracional, adaptável e participado, que nada têm a ver com os
conhecidos equipamentos colectivos e assistenciais dedicados a este tipo de
carências.   
(v) Notas sobre qualidade de
vida e qualidade arquitetónica e urbana na habitação para idosos e
intergeracional (806)
Um aspeto de grande importância nestas
renovadas soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos
controlados é que o seu êxito depende, em boa parte, de uma assinalável
qualidade arquitectónica global, pois há equilibrar custos globais, condições
de privacidade e de apropriação gerais, condições comuns que potenciem a
interação social de forma, condições gerais de representatividade e
atratividade e adequadas condições de serviços comuns e de gestão; e tudo isto
ao serviço de uma expressiva qualidade de vida. Logo, se a “simples” habitação
de interesse social para ser realmente adequada exige um excelente projecto de
arquitectura, aqui junta-se ao projetar o espaço privado, talvez ainda com
maiores exigências, o projectar do espaço comum; portanto não parece haver
lugar para projectos de arquitectura que não sejam muito qualificados, caso
contrário corremos o risco de estar a fazer “soluções falhadas”, logo à
partida.
(vi) Qualidade de vida e qualidade
pormenorizada na habitação para idosos e intergeracional (807 e 808)
Muito do que se acabou de referir em termos de
uma essencial e exigente qualidade arquitectónica residencial nestas renovadas
soluções de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos
controlados depende da respetiva pormenorização, designadamente, em termos
espaciais, de relação entre espaços, de adaptabilidade, de multifuncionalidade
e de “detalhes” específicos. Há que fazer de cada habitação eventualmente não
muito espaçosa, uma solução cheia de capacidades funcionais e de estímulos
residenciais; e há que configurar as sequências de espaços comuns de modo
extremamente atraente e funcional e tudo isto se joga também e essencialmente
numa excelente pormenorização, que também só é possível com um excelente
projecto de Arquitectura.
(vii) Sobre as necessidades
habitacionais mais específicas dos idosos, uma introdução  (810 e 811)
A questão das necessidades habitacionais mais
específicas dos idosos é algo que tem de ser tratado nestas renovadas soluções
de habitar intergeracional, adaptável e participado a custos controlados, de
uma forma que podemos designar de “natural” ou naturalmente embebida na
respetiva caraterização arquitectónica, de modo a que não seja reconhecível e
seja até muito bem acolhida por quem não tem (ainda) esse tipo de necessidades…
sem quaisquer tipo de estigmas, pensadndo no espaços domésticos como elementos
potencial eevolutivamente mobilizáveis, quando e se necessários … e sendo
excelentes para todos …
(viii) Acessibilidade residencial e
habitantes fragilizados, uma introdução (813 e 814)
As questões da acessibilidade residencial devem
ser, de uma vez, tratadas de forma adequada e “universal”, no sentido de ser
adotado um dimensionamento que facilite a movimentação e o uso da habitação a
todos os habitantes e entre estes aos condicionados na mobilidade e na
perceção, sendo neste caso tais condições essenciais para o uso da habitação
por essas categorias de habitantes. No entanto a adoção de tais condições não
pode ser razão para se qualificar a habitação como especificamente adequada para
esses habitantes condicionados, devendo muitos dos apoios específicos, tais
como barras de apoio pontuais, bancadas vazadas debaixo dos tampos e corrimãos,
serem apenas instalados e adaptados quando forem necessários, e havendo, ainda,
previsão da possibilidade de instalação de outros tipos de apoios mais
elaborados, como banheiras especiais e rails no teto para instalação de
equipamentos elevatórios de apoio à movimentação de pessoas muito
condicionadas. E evidentemente que as janelas e os seus peitoris e os vãos de
portas devem ser adequados ao uso por pessoas condicionadas, em termos de
vistas sobre o exterior e de manobra de cadeiras de rodas. Tudo isto pressupõe
uma nova forma de pensar o habitar que, evidentemente, também se tem de
refletir na programação dos respetivos espaços comuns e de uso público,
facilitando os interfaces entre os condicionados na mobilidade, e as
vizinhanças próxima e alargada.
(ix) Atratividade, identidade e
integração num habitar adequado a idosos, uma introdução (815 e 816)
O desenvolvimento de soluções de habitar que
sejam especialmente adequadas para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a
elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para
outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e
adaptável, devidamente desenvolvido por diversos tipos de espaços – integrando
espaço privados, espaços comuns mais funcionais e espaços comuns e de uso
público com funcionalidades variadas e específicas – obriga a uma sua caraterização
muito exigente no que se refere à sua respetiva e ampla atratividade
relativamente a todas essas categorias de habitantes, capacidade de
identificação e apropriação por todas essas categorias de habitantes, e uma
natural capacidade de integração de todas essas qualidades formais e
funcionais; resultando, de certa forma, numa solução de habitar e de vizinhança
em que cada categoria de residentes, etariamente diversificada, e culturalmente
variada, encontrará motivos de estímulo ativos, adequados “refúgios” privados e
exclusivos e outros espaços também um pouco privatizados, mas já em claro
diálogo com diversos tipos de espaços comuns e de uso público, eles próprios
marcados por uma adequada gradação de potencial de convívio.
(x) Lazer, cultura, arte,
aprendizagem e envelhecimento em espaços residenciais intergeracionais (817)
O desenvolvimento de soluções de habitar que
sejam especialmente adequadas para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a
elas dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para
outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e
adaptável, deve integrar de forma adequada, funcional e positivamente
evidenciada capacidades espaciais, ambientais, funcionais e de gestão dirigidas
para o incentivo e o apoio específico a práticas de lazer, culturais,
artísticas e de aprendizagem, muito diversificadas, e potencialmente
partilhadas ou individuais; práticas estas que é sabido serem, pelo menos,
desejadas numa fase da vida com mais tempo livre e/ou quando facilmente
desenvolvidas em termos de proximidade e qualidade das condições específicas
existentes em espaços e instalações comuns e/ou por serviços de proximidade.
Este desenvolvimento específico de condições múltiplas para atividades variadas
de lazer, cultura, arte e aprendizagem são também excelentes plataformas de geração
de adequadas condições de intergeracionalidade e de partilha de conhecimentos e
mestrias muito diversificados (ex., desde jardinagem a leitura em grupo).
(xi) Espacialidade e conforto
residencial no envelhecimento (818)
A questão da espacialidade muito ligada ao
desenvolvimento de condições de espaciosidade real e aparente acima das
correntes é algo muito sensível quando aplicado a uma vivência intensa e
prolongada dos espaços residenciais por pessoas idosas e fragilizadas, que,
tendencialmente precisam de um pouco mais de espaço para realizarem as suas
atividades correntes e especiais, são mais sensíveis do que os adultos não
idosos a aspetos de funcionalidade problemática ou complexa, são muito mais
sensíveis do que os adultos não idosos ao risco de quedas no uso corrente dos
espaços residenciais e quando desempenhando ações mais exigentes (ex., usar
gavetas elevada ou muito baixa e usar louças sanitárias), e podem ser
extremamente mais sensíveis a aspetos pormenorizados do uso residencial, quando
condicionados em termos de movimentação e de perceção. Nesta perspetiva e
salientando-se que a espaciosidade não é panaceia geral aplicável, tanto por
razões de custo como funcionais, ela é, no entanto, facilitadora da movimentação,
ocupação e manobra doméstica, quando parcimoniosa e cuidadosamente aplicada nos
sítios certos, nas proximidades mais adequadas e em conjugação com acabamentos
e mesmo equipamentos específicos. Por outro lado esta espaciosidade “melhorada”
pode e deve ser conjugada com uma adequada espaciosidade aparente, através de
variados tipos de fusões e transparências espaciais.
(xii) Privacidade e convívio em
ambientes residenciais adequados para idosos (819)
O desenvolvimento de soluções de habitar
especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas
dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para
outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional e
adaptável, depende, fortemente, do desenvolvimento de soluções residenciais
muito bem conseguidas em termos da integração entre as melhores e
diversificadas condições de privacidade nas habitações e mesmo de agradável
recato em certas pequenas zonas dos espaços comuns e de uso público e as
melhores e bem reguladas condições potencializadoras da interação social,
naturalmente convivial e socializadora numa base diária e tranquila, e, podendo
assumir aspetos de convívio franco e intenso de forma pontual e assumidamente
voluntária nessas mesmas zonas comuns e de uso público. Um tal equilíbrio não é
evidentemente fácil, mas joga-se desde aspetos de “simples” máximo isolamento
de ruídos e vistas, a aspetos de gradação destes mesmos ruídos e vistas e de
adequado tratamento das diversas valências de espaços privados e comuns,
interiores, exteriores e de transição.
Nesta matéria e designadamente na atratividade
efetiva que devem ter os espaços comuns do edifício intergeracional importa
referir, desde já, que eles têm de motivar, realmente, o respetivo uso, seja
nas zonas multifuncionais e de estar mais específicas, seja mesmo nas zonas
essencialmente de circulação; desenvolvendo-se condições muito estimulantes e
diversificadas em termos de espaciosidade geral, vistas em sequência,
pormenorização e apropriação, iluminação natural e artificial, vistas e
relações com o exterior, etc. Caso assim não se proceda teremos estes espaços
tendencialmente vazios, anulando-se boa parte da dinâmica intergeracional
pretendida.  
(xiii) Domesticidade residencial em
geral e especificamente na terceira idade (820)
As questões ligadas à caraterização da
domesticidade residencial e à sua importância levam-nos, evidentemente, muito
longe; mas e desde que não se negue, à partida, a validade de uma
caracterização residencial privada e mesmo, parcialmente, comum, em aspetos,
pro exemplo, de marcação evidenciada da escala humana em espaços localizada
e/ou ambientalmente estratégicos, de evidenciação de um sentido de envolvência
e de proteção, de relação marcante com elementos naturais (ex., cores) e com a
natureza (ex., verde urbano), de assumida integração de elementos “chave” da
“casa” como vãos de entrada, escadas, lareiras, etc., de sensível conjugação
entre subespaços e espaços do habitar, essencialmente privados, mas também
pontualmente comuns, e uma adequada aceitação e evidenciação de elementos de
apropriação e de identidade no habitar: tudo isto tem uma evidente importância
na habitação em geral e assume uma importância especial quando estamos em
presença de habitantes mais fragilizados, como é o caso frequente dos idosos.
(xiv) Segurança na habitação para
idosos num quadro intergeracional e participado (821)
O desenvolvimento de soluções de habitar
especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas
dedicadas de forma exclusiva, liga-se, com naturalidade, ao desenvolvimento de
quadros residenciais caraterizados, mas não visualmente marcados, por adequadas
condições de segurança no uso normal e de “segurança pública”; esta é uma
reflexão autoexplicativa, mas que importa ser cumprida desde os aspetos
pormenorizados com escala mais reduzida (ex., condições de limpeza dos vidros
exteriores), até aspetos fundamentais de segurança geral nos espaços comuns e
de segurança pública reforçada nos espaços de vizinhança, de uso público e de
“passagem” ou relação com os espaços naturais e citadinos próximos (desde as
paragens de transportes públicos a percursos pedonais em zonas verdes, por
exemplo); mas tal como acima se apontou a segurança deve estar o mais possível
integrada, embebida e natural nas soluções residenciais de modo a que os
resultados finais tenham um mínimo de caráter securitário evidenciado. É ainda
importante considerar que o próprio caráter intergeracional e o próprio caráter
de usos mistos e não apenas residenciais, que devem marcar estas soluções do
PHAI3C são eles próprios importantes aspetos de reforço natural da segurança
geral das mesmas, combatendo-se, naturalmente, o isolamento e a solidão que são
reais fatores de insegurança direta e indireta.
(xv) Habitação intergeracional: da
adaptabilidade à participação num adequado quadro arquitetónico (822e 823)
O desenvolvimento de soluções de habitar
especialmente amigáveis para pessoas idosas e fragilizadas, mas não a elas
dedicadas de forma exclusiva, sendo, portanto, igualmente apetecíveis para
outras categorias de habitantes num quadro intergeracional, multifuncional,
adaptável e participado é a síntese do que se propõe neste PHAI3C; e de certo
modo é interessante considerar que, tanto a adaptabilidade das “células”
habitacionais e dos diversos espaços e subespaços das mesmas e dos espaços
comuns e de uso público contíguos e próximos é um aspeto vital para a aplicação
dessa intergeracionalidade no sentido de uma adequação natural a muitas formas
e gostos de viver, assim como a muitos tipos de vivência isolada ou em pequenos
agregados familiares; como a própria participação, estrategicamente organizada
num quadro de gestão cooperativa, constitui uma forma de caraterização de uma
solução bem apropriada, bem marcada na sua identidade e na integração, o mais
possível harmonizada, de múltiplas identidades pessoais e familiares;
assumindo-se uma solução exatamente distinta da de um equipamento que na
prática presta serviços coletivos específicos e socialmente bem marcados, isto
até bem ao contrário do relativo anonimato urbano, muito ligado a uma
tradicional dignidade residencial, que deve continuar a marcar os nossos sítios
de habitar, embora funcionalmente apoiados e socialmente acompanhados. E é
evidente o que um adequado quadro arquitectónico pode e deve fazer para se
garantirem tais condições: muito, mesmo muito; e associado a uma gestão tão
sensível como adequada.
(xvi) Velhice e solidão ou convívio
no habitar (825 e 826)
Todos os aspetos sobre os quais que temos vindo
a refletir sinteticamente neste aspetos, que correspondem a artigos já editados
sobre as diversas facetas que baseiam o PHAI3C, concorrem numa problemática
central, mas muito sensível, que é a questão da velhice mais
a  solidão, ou da janela do convívio, caraterizando o habitar dos
mais idosos; questão esta à qual depois se ligam muitas outras problemáticas
ligadas ao respetivo bem-estar e mesmo à saúde destas pessoas. Este é um
assunto recorrente na abordagem de uma habitação, adaptável a muitos, intergeracional
e participada pelos seus habitantes e por uma gestão tão ativa como sensível e
sóbria, pois realmente todos temos, até, o direito claro à solidão, ou melhor
talvez a um isolamento desejado, sossegado e agradável quando acontece quando
queremos e é intercalado por relações sociais cordiais e naturais, numa base
diária – desde o tão importante “bom dia” a uma conversa de circunstância sobre
um qualquer tema – e eventualmente por um outro nível convivial mais efetivo,
desde que sempre e claramente desejado, consentido e opcional; e tudo isto é
bem distinto de um isolamento quase obrigatório, ou mesmo obrigatório, quando
por exemplo nos movimentamos mal e o elevador não funciona e não temos a quem
recorrer; neste caso a solidão torna-se frequentemente uma doença e bem
frequente em muitos idosos.   
(xvii) Notas sobre o habitar, a
velhice e as demências (833)
Os aspetos de desejável equilíbrio e
harmonização entre um isolamento consentido e um convívio também consentido,
são, provavelmente condições que tenderão a atrasar aspetos de envelhecimento
críticas, prolongando-se a vida em melhores condições de saúde física e mental;
muitos estudos assim o apontam. Mas para além disto a possibilidade da
companhia, a possibilidade de uma vizinhança funcional e apaziguadora de
múltiplos temores será também, provavelmente, fator de um bem-estar residencial
mais prolongado no tempo; e evidentemente essa companhia e essa vizinhança são
aspetos vitais, de algum acompanhamento e de vigilância natural, quando a
velhice e a fragilidade pessoal atingem quadros críticos. Atenção que aqui não
se contemplam situações específicas de adequação residencial a demências, por
exemplo, ou a pessoas muito carenciadas de cuidados pessoais específicos, mas
podemos e devemos ir, aqui, até à possibilidade de tais condições poderem ser
proporcionadas numa base “individual” nos respetivos espaços domésticos
privados; e haverá sempre a simples mas por vezes vital possibilidade de um
“aviso” porque alguém não apareceu nos últimos dias, uma possibilidade bem
distinta de outras situações em que tanta gente morre sozinha.
(xviii) Breves notas sobre o habitar
no final de vida (834)
Acabou de se abordar, de certa forma, esta
matéria que cada vez mais assume especial relevo, de como apoiar o habitar no
final da vida. E sobre assunto tão sensível e hoje em dia ainda tão pouco
tratado, importa lembrar, sempre, que na família alargada esta era uma situação
que se colocava com alguma naturalidade pois as gerações viviam frequentemente
em conjunto, ainda que muitas vezes em más condições, e também frequentemente
havia familiares disponíveis para o papel de cuidadores, quando nem este adjetivo
tinha sido especificamente inventado. E é interessante referir, aqui, que a
tendência que existe no meio hospitalar para levar as pessoas no final de vida
a retornarem ao seu meio familiar, pois aí terão uma passagem mais serena e
confortável, está provavelmente inquinada, quer por considerações simplesmente
funcionalistas de libertar camas hospitalares, quer ainda por essa ideia de
meio familiar cuidador e amplo, que, na prática, já deixou de existir em muitos
casos, como bem sabemos; e assim se criam situações complexas e negativas, e se
desenvolve uma oferta de serviços que é frequentemente caraterizada por serem
extremamente dispendiosos ou por terem muito pouca qualidade. O PHAI3C não
pretende resolver tal problema, mas apenas, talvez, suaviza-lo, no sentido em
que se conseguirá prolongar a vida razoavelmente autónoma dos mais idosos e
fragilizados e em melhores condições de bem-estar e, logo, de saúde global; e
suplementarmente ao continuar a aceitar a autonomização da prestação de
cuidados pessoais e específicos em cada “célula” habitacional privada, bem
caraterizada por excelente condições de privacidade e de integração dos mais
diversos equipamentos de apoio aos cuidados pessoais e de saúde, vamos ao
encontro do que é uma tendência atual da prestação de cudados de saúde ao
domicílio, o que também é importante; e ainda suplementarmente podemos aceitar
a integração num dado PHAI3C ou na sua vizinhança muito próxima de certos tipos
de equipamentos de apoio social e de saúde apoiando não apenas os respetivos
residentes, mas evidentemente a respetiva vizinhança urbana, o que também é um
aspeto que pode marcar diferenças no apoio a pessoas na fase final da vida.
(xix) Idosos: desafio crítico e
oportunidade (836 e 837)
A questão do número crítico e crescente de
idosos e grandes idosos coloca, evidentemente, um desafio crítico à sociedade,
desafio este que é muito marcante ao nível das respetivas condições
residenciais e tem sido até agora quase ignorado; sendo inúmeros os casos de
idosos que são encontrados mortos nas suas casas e já falecidos há muito tempo;
o que é algo que não nos pode deixar indiferentes. A condição expressivamente
residencial do problema é evidente porque quanto mais idosos somos mais
tendemos a ficar na nossa habitação e, quando muito, na nossa vizinhança,
quando esta é amigável o que é infelizmente pouco frequente. Tendemos a
focar-nos na falta de habitação para os mais desfavorecidos, o que está certo,
mas não está certo esquecermos a falta de habitação para aqueles que nem se
podem candidatar a uma casa camarária nem dinheiro têm para uma habitação num
qualquer condomínio e não está certo esquecermos a expressiva falta de
habitação e de vizinhanças adequadas para tantos idosos e a falta, quase total,
de habitação para idosos sozinhos e com condicionamentos vários. O famigerado
funcionalismo exacerbado “resolvia” a situação com “equipamentos coletivos”,
uma expressão já mais sóbria do que quando lhes chamávamos “lares”, e até já se
tratam os “internados” (expressão minha) como “clientes”, para transformar,
totalmente, o que deveria ser habitação numa simplificada prestação de serviços
de tipo residencial e de apoio pessoal, sem qualquer sentido residencial
efetivo e afetivo; naturalmente quem pode refugia-se nos “clubes” (expressão
minha) de luxo, que acabam por ser, mesmo assim e muitas vezes, simplesmente,
um “lar” de luxo; mas não podemos transformar um país habitacional num país de
equipamentos residenciais não é possível nem seria desejável; há portanto que
encontrar caminhos adequados e diversificar soluções.
(xx) Considerações sobre direitos e
problemas dos idosos (838)
Esta questão dos problemas e dos direitos dos
mais idosos e dos grandes idosos, deveria, acho, resumir-se aos “direitos”,
pois os problemas são de todos nós que um dia seremos idosos: Deus queira. Mas
infelizmente e por mais comissões, grupos de trabalho e institutos que se
inventem esta matéria parece querer ficar sempre esquecida ou pelo menos
demorada na sua abordagem; mas pode ser que novas soluções residenciais com
serviços mistos integrados, consigam fazer avançar, de forma quantitativamente
significativa, uma oferta residencial que sendo muito adequada a muitos idosos
e a muitas outras pessoas que vivem excessivamente isoladas e pouco apoiadas na
nossa atual sociedade urbana, possa atrair muita gente e assim libertar uma
parte significativa do nosso parque habitacional, apoiando-se uma interessante
rotação de habitantes. Pode ser que uma nova oferta residencial e de serviços
bem integrada e intergeracional, portanto “natural” e não estigmatizada, possa,
por um lado, até gerar poupanças públicas pela integração dos aspetos
residenciais com os aspetos assistenciais e de apoio ao bem-estar e à saúde, e
gerar um excelente potencial de rotação do parque habitacional
existente.    
(xxi) Os idosos e os seus espaços
residenciais (839, 840 e 841)
Os idosos e os seus espaços residenciais
configuram uma temática que deve ser tratada, por um lado, numa perspetiva de
grande naturalidade e continuidade relativamente ao que deve configurar uma boa
habitação, mas, por outro lado, tendo em conta tudo o que os novos
desenvolvimentos técnicos proporcionam no sentido de um melhor uso dos espaços
domésticos em termos de funcionalidade, segurança e apropriação, e, ainda por
outro lado, tendo-se em conta que um uso habitacional por idosos pressupõe,
habitualmente, um uso mais prolongado e exigente dos espaços domésticos, mais
observador, mais crítico e mais carente de múltiplos aspectos que incentivem
esse uso e o tornem mais apetecível. Tendo em conta tudo isto poderemos
considerar que um tal uso corresponde a um nível superior do uso habitacional,
que poderá, portanto, satisfazer de modo “suplementar” todos os outros
candidatos a habitantes e aqui com destaque para as pessoas que vivem sozinhas
e para os pequenos agregados familiares, que talvez também estejam especialmente
“centrados” nas respetivas condições domésticas, porque não “distraídos”, por
exemplo, pelas “obrigações” e pela animação sempre associadas a uma família
mais ampla.
Por outro lado e igualmente muito importante
temos de ter em conta a dimensão comum, especialmente alargada em termos de
espaços e de serviços, que pode estar habitualmente ligada a uma solução
habitacional deste tipo, “ampliando” espaços de vivência diária e de
convivência natural, e transportando serviços  e até equipamentos com
caráter comum para uma aliança estratégica com a vivência doméstica privada;
condições estas que terão sempre a sua influência no próprio espaço privado de
cada fogo, uma influência diversificada consoante a solução específica.
Teremos portanto e assim os idosos podendo
usufruir de um seu novo espaço residencial estratégica e agradavelmente
intergeracional e apoiado por espaços e serviços comuns.
(xxii) Caminhos do habitar quando
formos idosos (845)
Esta é uma questão essencial, pois todos temos
todo o direito de optar por um dado caminho habitacional quando somos idosos;
opção que passa naturalmente por permanecermos nas nossas habitações e nos
nossos mundos domésticos e de vizinhança bem conhecidos e, espera-se, muito
amigáveis. E esta opção é diversificada, embora o seja cada vez menos à medida
que ela é feita por pessoas com menor capacidade financeira. E em continuidade
com esta reflexão também podemos supor que muitos casos existirão em que o quadro
residencial vivido não será o melhor, podendo-se tornar especialmente crítico,
quando em vez de nele quase só pernoitarmos, começamos a nele habitar
praticamente em continuidade.
Pode portanto haver aqui caminhos residenciais
potenciais a serem desejavelmente explorados e permitindo, por exemplo, trocas
benéficas entre habitações tipologicamente maiores e outras tipologicamente
menores, mas melhor concebidas e avizinhadas, e até potencialmente melhor
apoiadas por determinados tipos de serviços; numa escolha que, simultaneamente,
pode participar na resolução da falta de habitação que sentem famílias mais
numerosas.
Este tipo de reflexão coloca a questão de um
habitar intergeracional, exatamente, no caminho das políticas públicas
habitacionais, tanto pela sua adequação real a uma política pública com
evidentes sinergias quando integrada em termos de habitação e apoios sociais e
de bem-estar e saúde direcionada para idosos e “grandes idosos”, como pela sua
natural aliança com apoios específicos relativamente a pessoas isoladas e a
pequenos agregados familiares urbanos, cada vez mais numerosos,, como ainda
pela sua consequência em termos de disponibilização, no mercado, de habitações
com maiores tipologias.
(xxiii) Estudos e temas a salientar
no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento (847 e 848)
Relativamente a esta matéria específica da
relação entre habitação e envelhecimento ela coloca aspetos tão variados, como
sensíveis e difíceis de elencar sem cairmos num cicço um pouco “vicioso” de
teoria; até porque esta matéria tem fronteiras muito expressivas entre a
arquitectura residencial, a medicina, a ergonomia e as tecnologias de
informação, todas elas naturalmente especializadas.
Mas há aspetos fundamentais como serão,
provavelmente, os da funcionalidade nas tarefas domésticas e na movimentação e
em excelentes condições de segurança no uso normal, contra quedas e em termos
de segurança pública; os aspetos da apropriação e identificação com os
respetivos espaços habitacionais, que podem ser novos espaços habitacionais e
que, portanto, exigirão como que uma sua capacidade de assimilação muito
positiva e muito acelerada; e ainda aspetos de grande equilíbrio entre uma
maximização das diversas condições de privacidade e de autonomia no uso dos
espaços domésticos – ex, desde aspetos de privacidade visual e sonora a aspetos
de grande capacidade de ventilação para total ausência de cheiros menos
agradáveis – e a existência nos próprios fogos e especialmente nos espaços
comuns de condições de apoio a um convívio tão natural e espontâneo como
potencialmente intenso, quando desejado; e um tal equilíbrio nunca será fácil
de obter em termos de soluções residenciais marcadas, também e sempre, pelo equilíbrio
de custos de construção e de manutenção e gestão.  
(xxiv) Idosos e espaço urbano e
paisagístico (849)
A continuidade da abordagem deste equilíbrio
entre privacidade e convivialidade tem de se fazer nos próprios espaços comuns
da solução residencial e, em contiguidade, nos respetivos espaços públicos e de
uso público envolventes e próximos.
Esta questão liga-se, em primeiro lugar, à
própria localização do conjunto residencial em questão, que tem de ser sempre
razoavelmente central em termos de posicionamento geral e especialmente em
termos de muito adequada acessibilidade com enfoque especial em transportes
públicos, estacionamento para veículos privados, equipamentos urbanos
diversificados e equipamentos de recreio e lazer como zonas verdes e pedonais.
Não podemos criar “guetos” supostamente
intergeracionais mas onde serão sempre os habitantes mais idosos e mais
sensíveis a sentir, de forma agravada, a situação de afastamento e falta de
equipamento e acessibilidade urbanas.
E havendo tempo livre, que existe habitualmente
em quantidade quando estamos reformados, é essencial podermos, então,
finalmente usar a cidade e usar os transportes, fora das horas de ponta, para
circularmos até em distâncias apreciáveis, aproveitando as intermodalidades.
(xxv) Idosos e espaços urbanos de
vizinhança (851)
Tudo o que acabou de se referir no que tem a
ver com o uso global do espaço público pelos idosos se aplica, de forma muito
intensa, quando se visa o espaço residencial de vizinhança próximos - que
podemos talvez definir situar-se entre a contiguidade com o conjunto edificado
residencial e as paragens de transportes públicos mais próximas (que deverão
estar NO MÁXIMO)  acerca de 200/300 m de distância.
Nesta matéria importa considerar três
“dimensões” possíveis e desejáveis, até de forma interconjugada: uma dimensão
de prolongamento do conjunto residencial em espaços de uso eventualmente
público (pelo menos parcialmente), que podem ser, por exemplo, pequenos
quintais privados mas com relação pontual com espaços de uso
público;  zonas de estar em esplanada e zonas de circulação com uso
público; e zonas públicas muito próximas ou contíguas e bem marcadas pela
prioridade do uso pedonal.
Um outro tipo de uso dos espaços urbanos de
vizinhança em conjuntos residenciais intergeracionais pode caracterizar-se pela
conjugação com equipamentos coletivos de apoio a crianças e a idosos e/ou de
saúde; mas sempre com todo o cuidado de não se transmitir ao conjunto um
qualquer caráter negativamente assistencial, caso contrário os objetivos
residenciais intergeracionais serão dificilmente concretizados.
(xxvi) Importância da adaptabilidade
na habitação para idosos (852)
Esta questão é essencial e não é por acaso que
a “adaptabilidade” integra o próprio título do “PHAI3C” – Programa de Habitação
Adaptável Intergeracional Cooperativa a Custos Controlados.
A adaptabilidade como qualidade tem de ser
“duplamente” existente no habitar – seja em termos de potencialidade geral dos
respetivos espaços e subespaços (ex. desde a diversos usos até variadíssimos
tipos de mobiliário e elementos decorativos de de apropriação), seja em termos
do seu potencial evolutivo em termos de fusões e subdivisões e na sua
capacidade para embeber variados equipamentos e instalações (ex., desde uma
grande TV a barras de apoio para condicionados na mobilidade).
E se a adaptabilidade é uma qualidade essencial
em qualquer projeto residencial desde soluções uni às multifamiliares, então
que dizer das soluções intergeracionais que: domesticamente, em termos dos
espaços privados, devem ser amigáveis para um sem número de tipos específicos
de utilizadores, com um natural destaque para aqueles, mais idosos, que irão
tentar “concentrar” as suas vidas e os seus elementos de apropriação doméstica
em espaços provavelmente mais reduzidos do que aqueles em que anteriormente viviam;
e que em termos dos espaços comuns disponibilizados devem procurar encontrar as
configurações gerais e pormenorizadas e os elementos de apropriação comum
melhor adequados para um “sem número” de gostos e preferências pessoais –
exagero um pouco, ou não exagero nada? 
(xxvii) “Habitação Sénior ?” (853)
Será que se deve colocar esta possibilidade de
existir uma “habitação sénior” ou não faz grande sentido um tal objetivo em
geral; fazendo, sim, todo o sentido pensar em soluções específicas de espaços
domésticos muito amigáveis relativamente a um seu uso por “seniores”; e mesmo
subespaços dos espaços comuns existentes que possam cativar os seniores,
levando-os a saírem de casa mais frequentemente e de modo mais prolongado no
tempo, o que será sempre um excelente resultado.
Evidentemente que ficam sempre por abordar as
questões ligadas às necessidades habitualmente específicas dos “grandes
idosos”, em termos dos seus frequentes apoios específicos ao bem-estar e à
saúde; mas se existir uma adequada capacidade adaptativa das suas habitações
para bem embeberem os aspetos mais físicos de tais cuidados, e se existirem
excelentes condições de adequada privacidade nesses espaços domésticos, não
afetando de qualquer forma os restantes condóminos, e se existirem excelentes
condições de gestão geral e específica no sentido do apoio a essa prestação de
cuidados mesmo em condições especiais de emergência, utilizando-se, por
exemplo, as novas e sempre melhoradas condições de monitorização Esta dos dados
de saúde dos habitantes mais sensíveis; e se um tal quadro for articulado com o
atual desenvolvimento da prestação domiciliar de cuidados pessoais de bem-estar
e de saúde: então, talvez que boa parte das condições residenciais adequadas a
idosos e grandes idosos possam ser asseguradas no quadro das soluções
residenciais intergeracionais equipadas aqui abordadas – e atenção que são cada
vez mais numerosos os casos de “grandes idosos” com excelente autonomia
vivencial.
(xxviii) Apoiar residencialmente um
envelhecimento ativo (854)
Tudo o que acabou de se apontar em termos de
apoios naturais a um meio residencial intergeracional equipado onde convivam
variados habitantes com variadas condições físicas e mesmo psicológicas
caraterizando a sua autonomia vivencial, se liga, evidentemente, ao apoio
residencial a um envelhecimento ativo e participativo.
Teremos então um quadro residencial que em
termos de espaços domésticos é idêntico ao corrente, mas com soluções mais
adaptadas a cada um e mais funcionais e evolutivas à própria evolução das
necessidades pessoais e um quadro de condomínio muito estimulante e
potencialmente participativo, que desencoraja o isolamento “obrigatório” na
habitação de cada um e que pode oferecer variadas valências de lazer; e,
cumulativamente, uma vizinhança que estimula também a sua própria vivência, e a
relação segura e atraente com a cidade: tudo isto aspetos que convidam a um
envelhecimento naturalmente ativo, logo mais pausado e lento, como muitos
estudos apontam. 
(xxix) Os idosos e o futuro de uma
habitação bem integrada e participada (855)
Todos esses aspetos que associam habitação e
lazer, habitação e pass-tempos, habitação e convívio, habitação e pequenas
viagens no dia-a-dia, correspondem ao assumir de uma habitação bem
integrada  e participada.
De certa forma os idosos podem até, talvez, ser
uma “desculpa” para nos libertarmos dos estigmas negativamente funcionalistas
de um habitar que no início do século XX precisava, sem dúvida, de uma
revolução higienista, mas que hoje já bem entrados no século XXI, precisa de
uma revolução social, seja ao nível doméstico seja no que se refere à sua
agregação em conjuntos integrados por espaços ditos comuns – mas onde fugimos
ao encontro – e à configuração física e social de verdadeiras vizinhanças.
(xxx) Habitação, integração etária e
intergeracionalidade (857)
Conhecemos os casos de jovens e idosos a
viverem nas mesmas habitações e/ou partilhando algumas horas das suas
vivências, "trocando-se" convívio com os mais idosos por apoio
residencial aos mais jovens.
Conhecemos também e felizmente muitos
equipamentos onde se desenvolve um excelente cuidado dos mais idosos, cuidado
este por vezes bem ligado a temas de vida e de lazer específicos, que acabam
por dar um sentido especial à vida diária.
Mas não se colocando de parte, evidentemente,
tais excelentes caminhos, talvez que o caminho mais natural para um melhor
envelhecimento possa ser feito nos espaços quase habituais das nossas vivências
diárias, ainda que subtilmente reconfigurados e equipados tanto nas zonas
privadas como nas zonas comuns; talvez que o melhor caminho para se reduzir e
anular o ageísmo seja o proporcionar de espaços excelentes para a vida diária
de variados níveis etários, e quem sabe proporcionando-lhes alguns objetivos comuns
e algumas vantagens práticas (na lide da casa).
E talvez que as possibilidades acima referidas,
relativamente a uma cooperação mais estreita entre jovens e idosos, nos
ambientes privados, e mesmo alguns tipos de serviços domiciliários de apoio
pessoal e mesmo alguns tipos de equipamentos de saúde, possam encontrar nestas
novas estruturas residenciais intergeracionais condições muito adequadas para
um seu desenrolar natural e residencialmente nada intrusivo.
(xxxi) Cooperativas, coohousing e
habitação colaborativa ou participada intergeracional (858)
As cooperativas habitacionais existem desde há
muito e com variadas designações e mesmo objetivos, visando desde as simples
poupanças por anulação de intermediários na obtenção do “bem habitação”, até
objetivos de verdadeira comunhão residencial e de vida comunitária num sentido
lato. Não faz muito sentido chamarmos diversos nomes a realidades que tendem a
ser e que são, quase sempre, as mesmas: variando entra essas duas realidades
“limite”, a poupança financeira e a vida em comum; e há múltiplas variantes possíveis
em termos de um habitar cooperativo, julgando-se não haver necessidade de
invenção de novos termos.  E também não faz evidentemente qualquer
sentido esconder a simples vontade, evidentemente positiva, de fazer uma
poupança financeira, através de cortinas justificativas ligadas à defesa de uma
vida comunitária muito pouco baseada em verdadeiras vontades de comunidade,
hoje em dia tão afastadas de uma realidade marcadamente individualista.
Há, portanto, que fazer escolhas claras em
termos dos objetivos que se pretendem, sendo que se eles estiverem ligados a
uma vida com alguns ou muitos contornos comunitários há que “blindar” a
promoção e a gestão futura do respetivo conjunto residencial para as prováveis
eventuais desistências de pessoas desiludidas com o respetivo dia-a-dia
comunitário; caso contrário teremos evidentes e graves problemas na
continuidade do projeto.
No que se refere ao modelo cooperativo que se
julga essencial para preparar uma solução intergeracional, adaptável a variados
gostos e necessidades habitacionais, apoiada por um leque razoável de espaços e
serviços comuns e estruturada por um significativo pendor participativo,
pensa-se que o melhor será procurar obter o máximo apoio de cooperativas de
habitação económica com muita experiência na preparação e na gestão corrente de
habitação a custos controlados, portanto com fortes exigências financeiras e habituados
a lidar com um variado leque de grupos socioculturais.
(xxxii) Fazer da habitação adequada
para idosos uma escolha apetecível para quase todos (859)
O caminho que aqui se preconiza de
desenvolvimento de uma nova modalidade de Habitação a Custos Controlados (HCC)
– portanto com apoio do Estado – intergeracional e eficazmente participada
corresponde a integrar boa parte das necessidades, hoje urgentes e amanhã
críticas, de uma habitação amiga dos mais idosos, no âmbito de uma HCC que pode
servir uma muito significativa faixa habitacional destes mais idosos, mas
também de muitas pessoas que vivem sozinhas e de pequenos agregados familiares;
o que corresponderá, sem dúvida, a visar-se a resolução de uma parcela da
carência de HCC muito significativa, e a fazer-se isto acabando-se com a
segregação dos mais idosos e de uma forma extremamente positiva para o seu
bem-estar e saúde.
Parece muito interessante a oferta de uma opção
de habitação realmente muito adequada para pessoas idosas mas onde estas não
sintam nem pressintam quaisquer laivos de segregação e tentativa de
afastamento; antes pelo contrário, apostando-se numa integração
natural.  Trata-se, portanto, de fazer da habitação adequada aos mais
idosos uma escolha realmente apetecível e eficaz para quase todos (talvez não
para famílias numerosas), e cumulativamente de poder disponibilizar fogos com
maiores tipologias e antes por eles habitados.
(xxxiii) Uma habitação muito
adequada para pessoas idosas e fragilizadas: uma habitação muito humanizada
(860)
Um aspeto que importa salientar e que nos
poderá e deverá levar longe em termos de reflexões associadas à qualidade
arquitectónica que tem de caraterizar a conceção de soluções residenciais
intergeracionais adaptáveis, participadas e com usos mistos; no sentido de
serviços parceiros da habitação: é que pode e deve ser uma oportunidade para
nos dedicarmos, finalmente, a uma expressiva humanização do habitar, desde os
subespaços da célula residencial privada aos espaços maiores e também aos
subespaços das zonas comuns e de uso público e às transições com a vizinhança
urbana e paisagística.
E não se trata de exagero referir que só se
poderão aceitar boas soluções de arquitectura, pois as exigências são múltiplas
e muito sensíveis; evidentemente que muitos poderão fazer a respetiva
“mistura”, mas não basta juntar as quantidades de “ingredientes”, fazer
realmente viver a respetiva mistura é algo diferente, mas evidentemente
possível.
(xxxiv) Renovadas soluções
residenciais para as pessoas idosas e não só (868)
Sequencialmente ao que se acabou de apontar
relativamente a uma preocupação específica relativamente às soluções
residenciais intergeracionais no que se refere à sua qualidade arquitectónica e
a a uma sua especial e necessária humanização, com reflexos diversificados nos
diversos níveisda solução projetual e de gestão, tem a ver com uma oportunidade
para nos dedicarmos, finalmente, a uma bem-vinda inovação residencial, que nos
afaste da simplista ditadura funcionalista, marcada por quantidades de áreas e
ramos funcionais sempre idênticos.
(xxxv) Tipologias residenciais
etariamente dirigidas mas versáteis (869)
Em termos essencialmente dos subespaços
habitacionais privados e também, pontualmente, nos espaços comuns e de uso
público, poderão existir aspetos reconhecidos como expressivamente amigáveis
para pessoas fragilizadas e/ou que tendem a passar muito tempo na sua
habitação, sendo que tais características deverão poder ter usos e apropriações
alternativas por outros grupos etários e por pessoas não fragilizadas e que
tendam a passar, até, muito pouco tempo nas suas habitações, tais como jovens
que vivem sozinhos e têm usos específicos da sua habitação, por exemplo em
trabalho à distância.
Este será, provavelmente, um dos aspetos de
adaptabilidade mais exigentes a ter em conta numa conceção de partes de fogos
intergeracionais; e quem sabe talvez se possa consubstanciar na proposta de
padrões espaciais e funcionais específicos e integráveis em diversas dimensões
de fogos.
(xxxvi) Tipologias residenciais para
pessoas idosas: um amplo leque de soluções (870)
Importa sublinhar que esta opção
intergeracional deve fazer parte de um amplo leque de soluções residenciais
para as pessoas mais idosas; e nunca deverá ser considerada como oferta
específica para os mais idosos, sendo a oferta “intergeracional” e
sempre residencial, nunca com caráter ou afinidades com equipamentos coletivos.
(xxxvii) Aspetos estruturantes da
tipologia residencial intergeracional (871)
Os aspetos estruturantes da tipologia
residencial intergeracional correspondem, naturalmente, aos presentes na
própria designação do PHAI3C: (Programa de) Habitação, Adaptável,
Intergeracional e Participada – logo Cooperativa – e a Custos Controlados – portanto
ligada a apoios do Estado e com as respetivas limitações em termos de mercado.
(xxxviii) Facetas tipológicas
específicas da habitação intergeracional  (872)  
A questão tipológica específica, ligada ao
"n.º de quartos" mais adequado para conjuntos residenciais com um
expressivo desenvolvimento dos respetivos espaços comuns, estará sempre
presente quando abordamos tipologias e soluções residenciais inovadoras.
Não será nesta síntese que aqui poderemos
avançar significativamente, mas no entanto fica desde já apontado que há que
"enriquecer" as tipologias menores (T0 e T1) com subespaços versáteis
e com alguma espaciosidade "suplementar"; caso contrário limitamos
muito o respetivo potencial adaptativo e os essenciais aspetos de equilíbrio
entre privacidade e socialização domésticas e no contacto com os espaços
comuns.
É essencial que uma pessoa que viva sozinha
possa ter um espaço muito privado sempre recatado, possa usar um significativo
conjunto de "mobiliário familiar" e possa albergar, com naturalidade,
um familiar que o visite; tudo isto pode até colocar em causa a tipologia T0,
quando não configurada e dimensionada quase como um T1.
E uma idêntica reflexão pode e deve ser feita
para o T1, que deve ser sempre uma espécie de T1,5, usando subespaços e zonas
versáteis que podem ser de trabalho/passatempo e de alcova, por exemplo.
E provavelmente idêntica reflexão poderá ser
feita para o T2, que deve sempre tender para um T2,5; aqui talvez já sem
acréscimos de área mas sim de versatilidade e riqueza espacial. 
E as valências muito ricas dos pequenos
exteriores privados devem ser plenamente aproveitadas; nunca nos esquecendo dos
ensinamentos da pandemia.
Mas também nos espaços comuns há que fazer um
cuidado caminho tipológico no sentido de uma "similiar" versatilidade
e riqueza espaciais, acolhendo tão bem "recantos quase individuais",
como pequenos grupos, como, eventual e/ou pontualmente grandes grupos; e
usando-se todo um potencial de relação entre interior e exterior e entre
variadas valências de uso, mais naturalmente privatizado e mais naturalmente de
uso comum ou público.
(xxxix) Aspetos específicos da
conceção residencial para idosos e fragilizados (873)
Evidentemente que os aspetos específicos da
conceção residencial para idosos e fragilizados têm de estar presentes na
conceção da habitação intergeracional, aspetos esses que estão sobejamente
estudados em variados e exigentes estudos, sendo que haverá que traduzir para o
PHAI3C os essenciais e todos aqueles que não coloquem em risco uma adequada e
global caraterização residencial não associada a habitantes qualquer grupo
etário ou de condicionados na mobilidade ou na perceção.
E são muitos e importantes tais aspetos, sendo
muito marcados ao nível dos pormenores dimensionais e de acabamento com relevo
para o mundo da ergonomia doméstica; havendo que os prever ou de forma geral e
dimensional e relativamente ao tipo de acabamentos, ou de forma potencial e
fácil de adaptar, ou de forma bem “embebida” ou de forma camuflada.
(xl) Agrupamentos e tipos
habitacionais específicos para pessoas com demências (874)
Esta é uma matéria muito específica mas que
deve ser considerada desde já até porque pode ser abordada em dois níveis: um
nível de adequação global das soluções tendo-se em conta um “patamar” de
facilidade de acesso e de leitura e estruturação espacial muito adequado a um
muito amplo leque de aptidões físicas e perceptivas, tudo isto sem se arriscar
uma caraterização residencial global relativamente habitual e digna; e um outro
eventual nível em que pode até haver uma parte do conjunto residencial com aspetos
de adequação a pessoas com vários tipos de dificuldades de movimentação e
perceção, ou mesmo com demências – julga-se que esta opção será sempre muito
especial e específica de algumas intervenções e refere-se que a previsão de
zonas residenciais específicas para pessoas com demências parece ser atualmente
a resposta melhor aceite pelos especialistas.   
(xli) Intergeracionalidade e
convívio na habitação e no habitar (875)
Termina-se a abordagem genérica deste conjunto
de aspetos ligados ao desenvolvimento de soluções residenciais
intergeracionais, adaptáveis e participadas, uma abordagem que se faz na
conclusão de um amplo conjunto de artigos sobre cada um desses aspetos, com a
simples referência ao aspeto que também poderia estar associado ao título do
PHAI3C, que é a possibilidade de se “sugerir” condições de convivialidade
significativas, mas tão subtis e naturais como até potencialmente muito
expressivas; e tudo isto numa solução residencial cuja componente privada seja
extremamente valorizada e mesmo evidenciada.
Vivemos numa sociedade que promove o indivíduo
e o individualismo, pensámos neste programa residencial intergeracional, em
primeiro lugar devido aos tantos idosos que sofrem em isolamento quase forçado
e, depois, lembrando, também os tantos que gostam de viver sozinhos, numa
solidão desejada, mas que para o ser deve ser acompanhada, julga-se, pela
possibilidade próxima de algum convívio ou, até, de muito convívio.
Não se juntou a questão da convivialidade ao
título do PHAI3C pois sabe-se que tal passo da proposta de uma estrita
privacidade, contígua a um convívio natural e nunca intrusivo, é algo que tem
muito a ver com o caráter de cada projeto específico; mas a importância desta
matéria é primordial, caso contrário iremos fazer conjuntos de fogos variados e
conjugados por longos espaços essencialmente de circulação.
Anexo II: listagem linkada dos artigos já editados no
âmbito do PHAI3C
Listagem linkada de 51 artigos
realizados por António Baptista Coelho na infohabitar, com base direta nos
textos, ideias e opiniões dos autores referidos nos documentos que integram a
respetiva listagens bibliográficas.
.  Infohabitar, Ano XV, n.º 706,
terça -feira, outubro 22, 2019, Pensar
um novo habitar intergeracional: alguns comentários iniciais - Infohabitar
706 (5 pp., 2 ffigg.).
.  Infohabitar, Ano XVI, n.º 714,
terça -feira, janeiro 07, 2020, Oportunidade,
utilidade e exigências do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional
Cooperativa a Custos Controlados (PHAI3C) - Infohabitar 714 (4
pp.).
Infohabitar, Ano XVI, n.º 716, terça -feira,
janeiro 21, 2020, Sobre
o passado e o futuro da habitação cooperativa a custos controlados e as novas
soluções intergeracionais colaborativas – Infohabitar 716 (7
pp., 4 figg.).
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 805
– Notas
sobre o enquadramento da qualidade de vida e residencial especialmente dirigida
para idosos e pessoas fragilizadas - versão de trabalho e base bibliográfica #
805 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, fevereiro 16, 2022. (21
p.)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 806
– Notas
sobre qualidade de vida e qualidade arquitetónica e urbana na habitação para
idosos e intergeracional - versão de trabalho e base bibliográfica # 806
Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, fevereiro 23, 2022. (57 p.)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º
807 – Qualidade
de vida e qualidade pormenorizada na habitação para idosos e intergeracional
“I” - versão de trabalho e base bibliográfica # 807
Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, março 09, 2022; e 
Infohabitar, Ano XVIII, n.º 808 –  Qualidade
na habitação para idosos e intergeracional “II” - versão de trabalho e base
bibliográfica # 808 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, março 16,
2022. (61 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi
editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora
editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º
810 (IV) – Sobre
as necessidades habitacionais mais específicas dos idosos “I” - versão de
trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 810. Lisboa,
quarta-feira, março 30, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 811 –  Sobre
as necessidades habitacionais mais específicas dos idosos “II” - versão de
trabalho e base bibliográfica – Infohabitar # 811. Lisboa,
quarta-feira, abril 06, 2022. (22 p.) . (Notar que esta
temática, por ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois
artigos semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 813
– Acessibilidade
residencial e habitantes fragilizados “I” - versão de trabalho e base
bibliográfica – Infohabitar # 813. Lisboa, quarta-feira, abril 21,
2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 814 – Acessibilidade
residencial e habitantes fragilizados “II” - versão de trabalho e base
bibliográfica – Infohabitar # 814. Lisboa, quarta-feira, abril 27,
2022. (17 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi
editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora
editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 815
– Atratividade,
identidade e integração na habitação para idosos I - versão de trabalho e base
bibliográfica – Infohabitar # 815.  Lisboa, quarta-feira,
maio 11, 2022; e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 816 –  Atratividade,
identidade e integração na habitação para idosos II - versão de trabalho e base
bibliográfica – Infohabitar # 816. Lisboa, quarta-feira, maio 18,
2022. (26 p.) . (Notar que esta temática, por ser extensa, foi
editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora
editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 818
– Espacialidade
e conforto residencial no envelhecimento - versão de trabalho e base
bibliográfica # 818 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 08, 2022.
(14 p.)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 819
– Privacidade
e convívio em ambientes residenciais adequados para idosos - versão de trabalho
e base bibliográfica # 819 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho
15, 2022. (11  p.)
.   Infohabitar, Ano XVIII, n.º
820 – Domesticidade
e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica # 820 Infohabitar.
Lisboa, quarta-feira, junho 22, 2022. (17  p.)     Infohabitar,
Ano XVIII, n.º 817 – Lazer,
arte, aprendizagem e envelhecimento - versão de trabalho e base bibliográfica #
817 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 01, 2022. (18 p.)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 821
– Segurança
na habitação para idosos - versão de trabalho e base bibliográfica # 821
Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, junho 29, 2022. (15 
p.)    
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º
822 – Habitação
intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro
arquitetónico I – versão de trabalho e base bibliográfica # 822
infohabitar . Lisboa, quarta-feira, julho 06, 2022;
e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 823 – Habitação
intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro
arquitetónico II – versão de trabalho e base bibliográfica # 823
infohabitar .  Lisboa, quarta-feira, julho 13, 2022.       
(25 p.) (Notar que esta temática, por ser extensa, foi editada
originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é agora editada no
DSpace num único documento)
. Infohabitar, Ano XVIII, n.º 825 – Velhice
e solidão ou convívio no habitar I – versão de trabalho e base bibliográfica #
825 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, agosto 03, 2022;
e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 826 – Velhice
e solidão ou convívio no habitar II – versão de trabalho e
base bibliográfica # 826 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira,
agosto 10, 2022. (36  p.) (Notar que esta temática, por
ser extensa, foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos
semanais, mas é agora editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 833
– Notas
sobre o habitar, a velhice e as demências – versão de trabalho e
base bibliográfica 
# 833 Infohabitar. Lisboa, quarta-feira, setembro 28, 2022. (26 p.)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 834
– Breves
notas sobre o habitar no final de vida – versão de trabalho e
base bibliográfica # 834 Infohabitar.  Lisboa,
quarta-feira, outubro 12, 2022. (12  p.) 
. Infohabitar, Ano XVIII, n.º 836 – Idosos:
desafio crítico e oportunidade I - versão de trabalho e base bibliográfica –
Infohabitar # 836. Lisboa, quarta-feira, outubro 26, 2022;
e Infohabitar, Ano XVIII, n.º 837 –  Idosos:
desafio crítico e oportunidade II - versão de trabalho e base bibliográfica –
Infohabitar # 837, Lisboa, quarta-feira, novembro 02,
2022. (22  p.) (Notar que esta temática, por ser extensa,
foi editada originalmente em duas partes e em dois artigos semanais, mas é
agora editada no DSpace num único documento)
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 838
– Considerações
sobre direitos e problemas dos idosos – versão de trabalho e base bibliográfica
– Infohabitar # 838. Lisboa, quarta-feira, novembro 09, 2022. (16 
p.) 
.  Infohabitar, Ano XVIII, n.º 839
– Os
idosos e os seus espaços residenciais I – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 839, Lisboa, quarta-feira, novembro 16,
2022; Infohabitar, Ano XVIII, n.º 840 – Os
idosos e os seus espaços residenciais II – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 840, Lisboa, quarta-feira, novembro 23,
2022; Infohabitar, Ano XVIII, n.º 841 – Os
idosos e os seus espaços residenciais III – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 841,  Lisboa, quarta-feira, novembro
30, 2022. (31  p.) (Notar que esta temática, por ser extensa,
foi editada originalmente em três partes e em três  artigos semanais, mas
é agora editada no DSpace num único documento)
. Infohabitar, Ano XIX, n.º 845 – Caminhos
do habitar quando formos idosos – versão de trabalho e base documental –
Infohabitar # 845 , Lisboa, quarta-feira, 18 de Janeiro de 2023, (14
p.); Artigo XXIV da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa
de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/01/caminhos-do-habitar-quando-formos.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 847
– Estudos
e temas a salientar no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento –
versão de trabalho e base documental  (I) – Infohabitar # 847,
Lisboa, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023 (35 p. partes I e II);
Artigo XXV da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de
Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/estudos-e-temas-salientar-no-ambito-da.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 848
– Estudos
e temas a salientar no âmbito da relação entre habitação e envelhecimento –
versão de trabalho e base documental (II) – Infohabitar # 848, Lisboa,
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023 (35 p. partes I e II); Artigo XXVI
da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação
Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/estudos-e-temas-salientar-no-ambito-da_15.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 849
– Idosos
e espaço urbano – versão de trabalho e base documental – Infohabitar
# 849, Lisboa, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023 (19 p.);
Artigo XXVII da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de
Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/02/idosos-e-espaco-urbano-versao-de.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 851
– Idosos
e espaços urbanos de vizinhança – versão de trabalho e base documental –
Infohabitar # 851, Lisboa, quarta-feira, 15 de março de 2023 (9 p.);
Artigo XXVIII da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de
Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/idosos-e-espacos-urbanos-de-vizinhanca.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 852
– Importância
da adaptabilidade na habitação para idosos – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 852, Lisboa, quarta-feira, 22 de março de
2023 (13 p); Artigo XXIX da série editorial da Infohabitar
“PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma
Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/importancia-da-adaptabilidade-na.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 853
– “Habitação
Senior ?” – versão de trabalho e base documental – Infohabitar # 853,
Lisboa, quarta-feira, 29 de março de 2023 (24 p.); Artigo XXX da série
editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de Habitação Adaptável e
Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/03/habitacao-senior-versao-de-trabalho-e.html
. Infohabitar, Ano XIX, n.º 854 – Apoiar
residencialmente um envelhecimento ativo – versão de trabalho e base documental
– Infohabitar # 854, Lisboa, quarta-feira, 5 de abril de 2023 (29 p.);
Artigo XXXI da série editorial da Infohabitar “PHAI3C – Programa de
Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/04/apoiar-residencialmente-um.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 855
– Os
idosos e o futuro de uma habitação bem integrada e participada – versão de
trabalho e base documental – Infohabitar # 855, Lisboa, quarta-feira,
19 de abril de 2023 (23 p.); Artigo XXXII da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/04/os-idosos-e-o-futuro-de-uma-habitacao.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 857
– Habitação,
integração etária e intergeracionalidade – versão de trabalho e base documental
– Infohabitar # 857, Lisboa, quarta-feira, 3 de maio de 2023 (11 p.);
Artigo XXXIII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação
Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/habitacao-integracao-etaria-e.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 858
– Cooperativas,
coohousing e habitação colaborativa ou participada – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 858, Lisboa, quarta-feira, 10 de maio de
2023 (10 p.); Artigo XXXIII da série editorial da Infohabitar –
“Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a
Custo Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/cooperativas-coohousing-e-habitacao.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 859
– Fazer
da habitação para idosos uma escolha apetecível – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 859, Lisboa, quarta-feira, 17 de maio de
2023 (17 p.); Artigo XXXIV da série editorial da Infohabitar –
“Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a
Custo Controlado” “PHAI3C” ; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/fazer-da-habitacao-para-idosos-uma.html
. Infohabitar, Ano XIX, n.º 860 – Uma
habitação muito adequada para pessoas idosas – versão de trabalho e base
documental – Infohabitar # 860, Lisboa, quarta-feira, 24 de maio de
2023 (13 p.); Artigo XXXV da série editorial da Infohabitar –
“Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a
Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/05/uma-habitacao-muito-adequada-para.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º
868 – Renovadas soluções residenciais para as pessoas idosas –
versão de trabalho e base documental #
868 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 19 de julho de 2023 (26 p.);
Artigo XXXVI da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação
Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/07/renovadas-solucoes-residenciais-para-as.html
. Infohabitar, Ano XIX, n.º 869 – Tipologias
residenciais etariamente dirigidas – versão de trabalho e base documental # 869
Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 26 de julho de 2023 (28 p.); Artigo
XXXVII da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação
Adaptável e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/07/tipologias-residenciais-etariamente.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 870
– Tipologias residenciais para pessoas idosas: um amplo leque de
soluções –
versão de trabalho e base documental # 870 Infohabitar , Lisboa,
quarta-feira, 2 de agosto de 2023 (24 p.); Artigo XXXVIII da
série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e
Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/tipologias-residenciais-para-pessoas.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 871
– Aspetos estruturantes da tipologia residencial
intergeracional –
versão de trabalho e base documental # 871 Infohabitar ,
Lisboa, quarta-feira, 9 de agosto de 2023 (14 p.); Artigo
XXXIX da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável
e Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/aspetos-estruturantes-da-tipologia.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 872
– Facetas tipológicas específicas da habitação intergeracional –
versão de trabalho e base documental # 872 Infohabitar ,
Lisboa, quarta-feira, 16 de agosto de 2023 (23 p.); Artigo XL
da série editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e
Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/facetas-tipologicas-especificas-da.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 873 – Aspetos
específicos da conceção residencial para idosos e fragilizados – versão de
trabalho e base documental # 873 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 23 de
agosto de 2023 (26 p.); Artigo XLI da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/aspetos-especificos-da-concecao.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 874
– Agrupamentos e tipos habitacionais específicos para pessoas com
demência –
versão de trabalho e base bibliográfica # 874 Infohabitar ,
Lisboa, quarta-feira, 30 de agosto de 2023 (16 p.); Artigo XLII da série
editorial da Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e
Intergeracional através de uma Cooperativa a Custo
Controlado” “PHAI3C”; http://infohabitar.blogspot.com/2023/08/8agrupamentos-e-tipos-habitacionais.html
.  Infohabitar, Ano XIX, n.º 875
– Intergeracionalidade e convívio na habitação – versão de trabalho
e base documental # 875 Infohabitar, Lisboa, quarta-feira, 6 de
setembro de 2023 (38 p.); Artigo XLIII da série editorial da
Infohabitar – “Programa de Habitação Adaptável e Intergeracional através
de uma Cooperativa a Custo Controlado” “PHAI3C”;  http://infohabitar.blogspot.com/2023/09/intergeracionalidade-e-convivio-na.html
Notas editoriais gerais:
(i) Embora a edição dos artigos
editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no
sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo
nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários
apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores
desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos
mesmos autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural
responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer
elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias,
desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos
respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as
necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o
referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta
a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários
"automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos
conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição
da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos
editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à
verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da
revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de
eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
(iv) Oportunamente haverá novidades
no sentido do gradual, mas expressivo, incremento das exigências editoriais da
Infohabitar, da diversificação do seu corpo editorial e do aprofundamento da
sua utilidade no apoio à qualidade arquitectónica residencial, com especial
enfoque na habitação de baixo custo. 
Habitação
Intergeracional Adaptável e Participada: síntese do estudo – infohabitar # 953
Informa-se
que para aceder (fazer download) do mais recente Catálogo Interativo da
Infohabitar, que está tematicamente organizado em mais de 20 temas e tem links
diretos para os 922 artigos da Infohabitar, existentes em janeiro de
2025 (documento pdf ilustrado e com mais de 80 pg), usar o link seguinte:
https://drive.google.com/file/d/1vw4IDFnNdnc08KJ_In5yO58oPQYkCYX1/view?usp=sharing
Infohabitar, ano XXI,
n.º 953
Edição: quarta-feira 29 de outubro de 2025
Editor: António Baptista Coelho
Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas
Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da
Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura
e Urbanismo pelo LNEC.
 Os aspetos técnicos do lançamento da
Infohabitar e o apoio continuado à sua edição foram proporcionados por diversas
pessoas, salientando-se, naturalmente, a constante disponibilidade e os
conhecimentos técnicos do doutor José Romana Baptista Coelho.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa
para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na
Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).
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