Notas sobre a palestra de Nuno Portas a propósito do tema “humanização e vitalização dos espaços públicos” (reedição de artigo de 2006) - Infohabitar # 944
Informa-se que para aceder (fazer download) do mais recente
Catálogo Interativo da Infohabitar, que está tematicamente organizado em mais
de 20 temas e tem links diretos para os 922
artigos da Infohabitar, existentes em janeiro de 2025 (documento pdf
ilustrado e com mais de 80 pg), usar o link seguinte:
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Infohabitar, ano XXI,
n.º 944
Edição: quarta-feira 30 de julho de
2025
Fig. 0: Grande Auditório do LNEC, em
24 de Novembro de 2009, no âmbito da Conferência Bairros Vivos Cidades
Vivas, com a qual se marcaram os 40 anos de atividade do Núcleo de Arquitetura,
criado por Nuno Portas e onde tivemos a rara oportunidade de conviver com e
ouvir testemunhos de importantes colegas que marcaram a história deste Núcleo e
a investigação teórica e prática em Arquitetura e Habitação feita em Portugal e
no quadro do grande espaço Lusófono. Na primeira fila estou bem acompanhado
pelo Chefe do Departamento de Edifícios Vasconcelos Paiva, e pelos outros dois
Chefes de Núcleo desse grande NA/NAU, para sempre vivo, Nuno Portas e
Reis Cabrita.
Editorial
Em mais uma pequena homenagem à grande importância
de Nuno Portas - Vila Viçosa 23 de Setembro
de 1934, Loures 27 de Julho de 2025 -, como Arquitecto pensador e investigador nas
áreas da Arquitectura, do Urbanismo e do Habitar, e aproveitando-se para
sublinhar a especial riqueza que sempre caracteriza as contribuições teórico-práticas
dos Arquitectos que são, como ele, simultaneamente projectistas e investigadores
com obra escrita, reedita-se, em seguida, praticamente sem quaisquer alterações,
o artigo Infohabitar # 106, aqui editado em Setembro de 2006, onde se registam,
INFORMALMENTE, algumas notas sobre a excelente palestra de Nuno Portas, realizada
em 5 de Julho de 2006 no LNEC, sobre a temática da “humanização e vitalização
dos espaços públicos”, intervenção esta que marcou o lançamento do N.º 4 da
Série do LNEC Cadernos de Edifícios, que reúne 15 artigos de 15 autores sobre
esse mesmo tema, sempre crucial e designadamente quando, em Portugal, estamos a
organizar a construção de dezenas de milhares de novas habitações de interesse social.
António Baptista Coelho
Editor da Infohabitar
Azambuja, Casais de Baixo, Casa das Vinte, em
30 de julho de 2025
Notas sobre a palestra de Nuno Portas a propósito do tema “humanização
e vitalização dos espaços públicos” (reedição de artigo de 2006) – Infohabitar #
944
(António Baptista Coelho, notas e imagens)
Introdução
Porque se considera uma temática crucial e porque houve, como
sempre, ideias lançadas com grande interesse, e porque se considera que é
também com ideias renovadas que se irá apoiando o estudo e a intervenção nas
áreas do habitar e da cidade, houve a ideia de juntar neste artigo as notas que
foram sendo registadas ao longo da recente palestra de Nuno Portas, sobre a
temática da “humanização e vitalização dos espaços públicos”, que teve lugar no
Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, no dia 5 de
Julho de 2006, a propósito do recente lançamento do N.º 4 da Série do LNEC,
Cadernos Edifícios, uma publicação monográfica, sobre o tema referido, que
integra textos que, foram realizados, sobre o referido assunto, por 15 autores
com diferentes formações e especializações.
Salienta-se que estas notas são informais e criticamente
“sincopadas”, porque resultaram, de forma directa, e, evidentemente, com um
mínimo de complementos, exceptuando os considerados necessários para a
construção do texto, das anotações manuscritas, que foram registadas ao longo
da palestra/charla de NunoPortas; sublinhando-se que, entre aspas, se referem
algumas citações, que se julga serem razoavelmente fiéis a partes da
intervenção de Nuno Portas.
Por eventuais e naturais infidelidades e por uma estrutura discursiva que,
de nenhuma forma, faz justiça à dinâmica e ao interesse do discurso do
palestrante, apresentam-se, desde já as devidas desculpas, seja ao palestrante,
seja aos leitores. Mas entre tentar fazer um relato muito mais fiel e
exigente, no seu desenvolvimento, que seria bastante difícil, ou nada fazer, e
“perder” um encadeado de interessantes ideias, optou-se pela via de se fazer
este registo informal.
E assim se apresenta, repete-se, informalmente, uma versão, sempre pessoal,
daquilo que por Nuno Portas foi dito, na Sala 1 do LNEC, em 5 de Julho de 2006,
sobre o tema da “humanização e da vitalização do espaço público.”
Fig. 1: “Estamos a passar do tempo das cidades para o tempo do urbano” (Fortaleza)
“Estamos a passar do tempo das cidades para o tempo do urbano”, uma referência
a Françoise Choay. E neste tempo do urbano a questão das designações comporta,
hoje em dia novidades, e provavelmente o conceito de “espaço de uso colectivo”,
um espaço que está no passeio, ainda público, mas está, também, no shopping,
que é um espaço privado, mas de uso colectivo e onde se aplicam tratamentos
“choque” para recriação da rua (eu diria mesmo de uma rua cenário e
intensificada).
ESPAÇAMENTO(S) (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
“Espaço livre. Espaço livre de quê? De
construções, penso eu – mas só disso”.
Hoje, com o factor tempo e os novos meios de velocidade, criaram-se maiores
espaçamentos – os “espacements” referidos por Choay –, os espaços “entre” foram
perdendo os contornos, e as próprias cidades também foram perdendo os seus
velhos contornos, de muralhas e, mais tarde, de circunvalações. E na sequência
desta ausência de contornos “os falsos burgos, os faubourgs”, desenvolveram-se
em mancha de óleo sobre o território, criando-se talvez um pouco das “cidades
genéricas”, referidas por Rem Koolhas, embora não pareça que Portas concorde
com esta perspectiva.
Ficou assim evidenciada a importância e a actualidade da ideia de “espacement”,
ou espaçamento(s), importância essa que também decorre do próprio
desenvolvimento histórico do sentido e do carácter de espaço urbano, tal como
acabou de ser, apenas, minimamente apontado.
Desta base de reflexão Portas passou a uma defesa da necessidade de haver uma
mudança de paradigmas, e referiu ser mesmo “necessário reinventar o espaço
público”, não se tratando de um assunto em que chegue “limar arestas”, e sendo
necessária alguma radicalidade, porque o espaço público que era, antes,
unimodal, servindo, essencialmente, ao peão, tornou-se multimodal ou
intermodal, marcado por aspectos monumentais e simbólicos, designadamente, nos
seus pontos fundamentais, como são, por exemplo, as gares que conjugam diversos
tipos de tráfegos e que têm elevados números de utentes. Uma mudança realmente
radical e estruturante.
E há contra-sensos que importa ter em conta pois será, provavelmente, perigoso
passar de edifícios “desconstruídos” para uma paisagem que tenda, também, para
a desconstrução; e exemplificando o que considera ser alguma falta de sentido,
Portas apontou as zonas verdes que, hoje em dia, por vezes têm pouco ou nenhum
verde.
E, desenvolvendo um pouco mais os aspectos fundamentais desta matéria,
que se refere às intenções básicas de como actuar na paisagem urbana, Portas
sublinhou que “o espaço público não é um décor, mas sim a estrutura da cidade”,
e, no entanto, e tal como é apontado num recente livro, as cidades de hoje
estão, realmente, em boa parte desconstruídas e são desestruturantes, porque
abdicaram da unidade e Nuno Portas defende ser necessário encontrar um novo
paradigma, servido por um trabalho muito mais multidisciplinar do que aquele
que foi desenvolvido há cerca de 50 anos face a questões que tinham, já então,
algumas semelhanças aos actuais problemas.
Nuno Portas voltou a salientar que é prioritário o estudo do espaço público, que
é “o elemento aparentemente «negativo», mas que é o mais duradouro da cidade,
porque, afinal, o que mais caracteriza a cidade são os seus «vazios», que são
aquilo que mais perdura na história da humanidade.” Esses espaços que, tal como
sublinha Portas, são apenas “aparentemente vazios.”
Fig. 2: o espaço público é o
elemento mais duradouro da cidade (Fortaleza)
A CIDADE NÃO É UM PALIMPSESTO (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
“A cidade não é um palimpsesto” (pergaminho
manuscrito, de que se fez desaparecer a primeira escrita, para nele escrever de
novo” – definição do Dicionário Francisco Torrinha) refere Portas, e continua
sublinhando que a “cidade não é um quadro com camadas”, e que até os próprios
loteadores clandestinos o sabem, pois também fizeram ruas; e as ruas e as
praças, foi o que sempre ficou, característica esta que já não se verifica com
os edifícios.
Depois, Nuno Portas fez questão de sublinhar a enorme importância dos eixos da
cidade e das formas/usos/hábitos que aí decorrem ao longo de muitas dezenas e
mesmo centenas de anos; e a propósito desta matéria citou a questão
recentemente levantada pela intervenção de Siza Vieira em Madrid, na zona nobre
dos museus, onde Siza se atreveu a mudar algo nos eixos e nos hábitos urbanos,
numa rearrumação de espaços vazios, que foi provavelmente entrar em colisão com
essa unidade, bem reforçada pelo tempo, de formas de uso de espaços urbanos
“vazios” mas estruturadores.
TEMPORALIDADE (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
E foi assim que, nesta sua palestra, Nuno Portas
juntou a noção de temporalidade à, antes referida, noção de espaçamento, e é
muito importante interiorizar bem a temporalidade da cidade, e isto tem de se
reflectir nas forças/expressões com que são representados, na cidade, os seus
aspectos mais certos e, provavelmente, mais permanentes e estruturantes, ou
mais incertos e, provavelmente, mais fugazes; mas, disse Portas, que a situação
mais comum é “o certo e o incerto serem representados da mesma maneira e com a
mesma força – nos planos de pormenor, por exemplo.”
Mas: “Fazer a maqueta da cidade como será daqui a 200 anos é " impossível”, a
cidade não é algo instantâneo, “senão muito excepcionalmente.”
E tem de se trabalhar com esta condição, tratando os diversos elementos urbanos
em combinações ou sequências diversificadas e mutantes de interligações,
contactos e referências, cuja metáfora, diz Nuno Portas, é o “hiper texto”, pois
não é possível trabalhar com todos os elementos ao mesmo tempo, nem todos os
elementos têm, evidentemente, a ver com tudo.
INTEGRAÇÃO (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
E aqui se identifica outra das ideias fortes,
que, para além do espaçamento e da temporalidade, foram salientadas nesta palestra de Nuno Portas, que é a questão da importância de um dado elemento urbano
respeitar aspectos essenciais de integração, e Portas diz que “ele deveria ser,
pelo menos, relativamente integrado”; e Portas ironiza: “como se tudo –
contra–natura – pudesse ser decidido no mesmo instante.”
Mas como tal não é possível, e não corresponde à realidade, é necessária uma
“mudança de paradigma, não só relativamente ao espaço público, mas também
quanto ao planeamento.”
Nestas matérias importa interiorizar que o espaço colectivo pode, por exemplo,
penetrar nos edifícios, e este aspecto, entre outros mais ou menos inovadores
aspectos, têm de estar presentes nessa mudança de paradigma. Mas o que
Nuno Portas parece considerar fundamental em tal mudança é a passagem de uma
preocupação com “tudo”, quando se intervém e pensa (n)o espaço público/comum,
preocupação esta que, sendo impossível, resvala frequentemente para um certo
vazio de intenções e preocupações, para uma actuação seguindo um processo
idêntico ao do “hiper-texto”.
Fig. 3: navegando como através de um hiper-texto (Fortaleza)
“HIPER-TEXTO” (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
Um “hiper-texto” em que estão definidas várias
grelhas gerais de aspectos/itens a considerar, por exemplo, a ecologia, as
infraestruturas, e as actividades – incluindo aqui as que estão contidas nos
edifícios –, sublinhando-se que, evidentemente, cada um desses aspectos, se
estrutura, ele próprio, numa outra grelha temática, mais fina, e assim
sucessivamente.
Portas refere que quando se reflecte e se actua em matéria de espaço urbano as
nossas linhas de procedimentos andam dentro dessas sub-grelhas, ligando,
“navegando”, como que através de um verdadeiro “hiper-texto”; e assim cada
matéria a tratar poderá e deverá ter uma combinação/sequência ou percurso
específico de preocupações e actuações mais desejáveis, porque globalmente mais
adequadas, mais eficazes e mais apropriadas à tal sociedade/cidade em que
realmente não é possível que tudo se passe em simultâneo, e em que a
temporalidade também acaba por desenhar.
Como sublinha Portas isto “é complexo, mas é muito menos complexo do que tudo
ter a ver com tudo.”
SABER DESINTEGRAR (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
Provavelmente para ajudar a reduzir esta
complexidade Nuno Portas referiu o exemplo que costuma dar nas suas aulas de
urbanismo e que é a importância que tem a actuação de “subdividir bem”, ou,
como também designou, “a arte de saber desintegrar”, a arte de saber partir o
problema (urbano) em aspectos mais simples e de conseguir identificar e
entender o melhor processo para começar a resolver o grupo dos problemas e de
conexões.
Neste processo, tal como apontou Nuno Portas, é essencial perceber, o melhor
possível, os desígnios, os desejos, os vários aspectos de uma dada questão, e
depois de perceber bem um dado passo, uma dada situação, deve-se passar a outro
“ponto”, e depois a outro, e a outro, nessa já defendida lógica de conexões de
“hiper-texto”, uma lógica que, naturalmente, será sempre bem marcada pelas
referidas questões de espaçamento e de temporalidade.
PLURIDISCIPLINARIDADE (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
E, neste processo, e considerando-se, tal como
refere Nuno Portas, a grande valia da pluridisciplinaridade, é fundamental ter
bem presente que não é possível, nem desejável, “chamar todos para resolver
tudo”; de certa forma também aqui se aplicará a tal lógica do “hiper-texto.”
Chegado aqui Nuno Portas dedicou-se, um pouco, aos cadernos Edifícios 4, que
abordaram a temática da “humanização e da vitalização dos espaços públicos”, e
salientou que, sendo uma colectânea com grande interesse sobre o assunto, é, na
sua opinião, uma visão marcada por alguma nostalgia dos espaços públicos
citadinos históricos; “o que, sendo natural, não é suficiente.”
E embora na sua palestra a seguinte ideia tivesse sido, apenas, um pouco mais
tarde lançada, não se resiste a referir, já aqui, a importante questão da
“defesa da cidade antiga e da rejeição da cidade que nasceu nas costas dela”,
uma questão que provavelmente explicará esse ”excesso” de nostalgia – e
sublinhe-se que esta hipótese foi aqui anexada pelo responsável por este texto
e coordenador do referido número dos Cadernos.
Continuando, então, já num registo mais direccionado para a actuação no espaço
público, Nuno Portas apontou que, por exemplo, nas intervenções realizadas no
âmbito do programa Polis, o que tem marcado mais tem sido “o redesenho, o
redesígnio e até, por vezes, a própria cosmética urbana”, tendo o cuidado de
sublinhar que esta “cosmética” já não significa qualquer tipo de crítica
negativa; “faz parte do «decor» de hoje mas pode não ser «suficiente».”
Fig. 4: não-lugares e lugares (Olinda)
LUGARES E NÃO-LUGARES (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
E aqui foi abordada, a propósito da tal “cidade
que nasceu nas costas da cidade antiga”, a questão das cidades fragmentadas,
muitas vezes, por Planos de Pormenor, e, sequencialmente, foi referida a
questão dos “lugares e não-lugares” e proposta a reflexão sobre “porquê alguns
lugares deixaram de o ser e outros não-lugares se transformaram em lugares.”
Uma matéria que bem mereceria um número dos Cadernos Edifícios, pela sua
importância e oportunidade – novamente um complemento feito pelo responsável
por este texto –, e toda uma matéria, que tal como apontou NunovPortas teve uma
recente e muito meritória abordagem no recém-publicado livro, intitulado
“Cidade e Democracia: 30 Anos de Transformação Urbana em Portugal”, coordenado
por Álvaro Domingues.
Salientou, ainda, Portas, que há elementos urbanos com distintas
temporalidades, por exemplo, os shoppings são feitos para cerca de 25 anos e
depois serão reciclados ou substituídos, e há espaço público que não aspira a
ser estruturador, e nem todo o espaço público tem a mesma durabilidade e
adaptabilidade.
Portas aponta que o espaço público certamente irá mudar, e os transportes, e o
comércio, tudo muito mudou e tudo muito mudará, e tudo isto se deveria ligar a
um sensível e exigente estudo dos usos, mas numa perspectiva que esclareça bem
que se está a tratar de estilos de vida e de modos de vida cujas
características específicas e de durabilidade não deixarão de ter influências
estruturantes na cidade.
Disse ainda Nuno Portas que o que mais fazemos hoje em
dia é redesenhar espaços públicos preexistentes, mas para o fazer é necessário
procurar as aspirações mais profundas dos seus habitantes, numa referência aos
tais estudos dos usos e das tendências no uso.
Fig. 5: “mais do que quantidade o
que importa é a qualidade dos espaços públicos” (Fortaleza)
MAIS DO QUE QUANTIDADE O QUE IMPORTA É A QUALIDADE DOS ESPAÇOS PÚBLICOS (notas sobre opiniões de Nuno Portas)
E Portas concluiu a sua palestra, sublinhando que
há estudos sobre trechos urbanos, mas que são necessários estudos amplos sobre
o espaço público e que “mais do que quantidade o que importa é a qualidade dos
espaços públicos”, e o que mais interessa é um projecto urbano que seja um
híbrido de arquitectura e de urbanismo, que seja marcado “pelas coisas que
determinem outras” outras, pois os planos são cristalização do futuro. E
referiu, ainda, que a chave dos novos projectos urbanos que sejam capazes de fazer
novos espaços públicos está numa gestão proactiva e no conhecimento científico
que lhe seja fornecido.
Os prometidos vinte minutos de palestra passaram a cinquenta, e passaram
depressa. Sublinha-se aqui, mais uma vez, que se tratou de um relato cuidado,
mas informal, baseado em notas manuscritas.
Nota final sobre a ilustração do artigo: imagens do autor referidas a uma única
sequência de arquivo de uma visita a Fortaleza, Olinda e Recife, reduzindo-se a ilustração a
uma função de acompanhamento pontual e informal das ideias desenvolvidas e naturalmente salientando-se que a respetiva escolha foi estritamente pessoal.
Notas
editoriais gerais:
(i) Embora a edição dos artigos editados
na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de
se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível
técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas
traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses
artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos
autores.
(ii) No mesmo sentido, de natural
responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer
elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias,
desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos
respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as
necessárias autorizações.
(iii) Para se tentar assegurar o
referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta
a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários
"automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos
conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição
da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos
editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à
verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da
revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de
eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.
(iv) Oportunamente haverá novidades no
sentido do gradual, mas expressivo, incremento das exigências editoriais da
Infohabitar, da diversificação do seu corpo editorial e do aprofundamento da
sua utilidade no apoio à qualidade arquitectónica residencial, com especial
enfoque na habitação de baixo custo.
Notas sobre a palestra de Nuno Portas a propósito do tema “humanização
e vitalização dos espaços públicos” (reedição de artigo de 2006) – Infohabitar #
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Infohabitar, ano XXI, n.º 944
Edição:
quarta-feira 30 de julho de 2025
Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de
Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade
do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo
pelo LNEC.
Os aspetos técnicos do lançamento da
Infohabitar e o apoio continuado à sua edição foram proporcionados por diversas
pessoas, salientando-se, naturalmente, a constante disponibilidade e os
conhecimentos técnicos do doutor José Romana Baptista Coelho.
Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para
a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na
Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).
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