quarta-feira, junho 26, 2024

Atenção aos prazos para entrega de artigos para o 5.º CIHEL – Infohabitar # 906

 Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing




Atenção aos prazos para entrega de artigos para o 5.º CIHEL – Infohabitar # 906

Editorial

Caros leitores da Infohabitar,

O presente artigo é dedicado ao desenvolvimento do 5.º Congresso Internacional da Habitaçao no Espaço Lusófono – 5.º CIHEL – que decorrerá em Lisboa entre 2 e 4 de outubro de 2024; e que também irá focar aspetos ligados à atual reativação das atividades da GHabitar-APPQH.

Em termos de matérias editoriais continua em primeira linha o artigo da passada semana intitulado:

Conjunto de 23 artigos sobre Habitação de Interesse Social em Portugal – Infohabitar # 905


Nota: o cartaz do 5.º CIHEL será em breve atualizado com o conjunto das entidades que apoiam o Congresso.


Atenção aos prazos para entrega de artigos para o 5.º CIHEL – Infohabitar # 906

Caros congressistas:

Estamos, agora, numa fase de recepção dos artigos completos, agradecendo-se, desde já a chegada de um número significativo e esperando-se que muitos outros chegarão até à manhã da próxima segunda-feira dia 1 de julho; o prazo respetivo termina no final de junho.

Chama-se a atenção dos autores e potenciais inscritos para a recente e sensível redução dos custos de inscrição no 5.º CIHEL, possibilitada por apoios obtidos para o congresso e que está já divulgada no site do congresso.

Caro/a autor/a, a Comissão Científica e a Comissão Organizadora do 5.º CIHEL estão cientes da situação, que é, afinal, como sabemos, habitual na realização de Congressos deste tipo, e tivemos há poucos dias uma reunião onde essa matéria foi debatida, tendo-se optado por deixar para o final de junho uma decisão final, que será na altura devidamente divulgada aos autores e no site do 5.º CIHEL

Gostaríamos no entanto de referir, desde já, que consideramos que no caso do 5.º CIHEL os respectivos prazos de entrega das comunicações estão já perto do limite do aceitável, para se proporcionar uma adequada análise dos trabalhos antes de um período (agosto) que em Portugal é tradicionalmente um mês marcado por férias, e neste sentido e reservando a decisão final para 1 de julho próximo, podemos desde já referir que, havendo prolongamento do prazo de entrega das comunicações este nunca será mais do que uma semana; o que dará, em princípio o domingo dia 7 de julho - e neste caso esperando-se que os textos enviados estejam o mais possível adequados às respetivas regras de apresentação; mas repete-se que tal adiamento depende da sua respetiva confirmação no próximo dia 1 de julho .

Aproveita-se para salientar, mais uma vez, aos autores que nesta fase de elaboração das comunicações deverão ser cumpridas com rigor as indicações relativas ao respetivo template – disponível no site do 5CIHEL – sendo que o próprio resumo deverá ser adequadamente revisto tendo-se em conta o cumprimento rigoroso do respetivo template em termos formais/de apresentação, de legibilidade da temática abordada e de representatividade do texto do resumo relativamente à respetiva comunicação, tendo-se em conta que será apenas este texto do resumo, mais as notas biográficas e as fotografias dos autores que integrarão a prevista edição em papel das atas prevendo-se que os respetivos textos completos serão disponibilizados em outro suporte, a considerar (ex., drive ou na WWW); será, portanto o resumo revisto e complementado na fase de entrega da comunicação que irá sintetizar e representar o trabalho de cada autor e portanto deverá ser adequadamente elaborado.


Com os nossos melhores cumprimentos e desejos de bom trabalho,


A Comissão Científica do 5CIHEL

Fernando Pinho

António Baptista Coelho


Atenção aos prazos para entrega de artigos para o 5.º CIHEL – Infohabitar # 906

Infohabitar, Ano XX, n.º 906

Edição: quarta-feira, 26 de junho de 2024

Infohabitar

Editor:

António Baptista Coelho, Arquitecto (ESBAL), doutor em Arquitectura (FAUP), Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC)

abc.infohabitar@gmail.com

Edição:

Olivais Norte,  Encarnação, Lisboa;  e Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja.

A Infohabitar é uma Revista da GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho – Lisboa





 


quarta-feira, junho 19, 2024

Artigos recentes sobre como fazer Habitação de Interesse Social em Portugal – Infohabitar # 905

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing




Conjunto de 23 artigos recentes sobre Habitação de Interesse Social em Portugal – Infohabitar # 905

Infohabitar, Ano XX, n.º 905

Edição: quarta-feira, 19 de junho de 2024

NOTA MUITO IMPORTANTE: salienta-se que devido a um lapso editorial, já corrigido, os links de artigos que têm sido apontados nas últimas semanas nesta série editorial da Infohabitar sobre Habitação de Interesse Social em Portugal enviavam para um único artigo, apresentando-se, por isso as devidas desculpas aos leitores: tal como acabou de se referir este lapso já foi anulado e os links encontram-se agora correctos nos diversos artigos da série, como será possível comprovar mais abaixo na listagem de 23 artigos sobre este tema que é apresentada no presente artigo.

Nota: o cartaz do 5.º CIHEL será em breve atualizado com o conjunto das entidades que apoiam o Congresso.

Atualidades: Notícias do 5.º CIHEL

Caros congressistas:

Depois de concluída a fase de receção de resumos com propostas de artigos a submeter ao 5.º CIHEL e da comunicação aos respetivos autores da respetiva apreciação por parte da Comissão Científica (CC) do congresso, estamos, agora, numa fase plena de elaboração dos referidos artigos, salientando-se que haverá todo o interesse na receção “adiantada” dos trabalhos, o que permitirá um trabalho eficaz por parte da CC.

Chama-se a atenção dos autores e potenciais inscritos para a recente e sensível redução dos custos de inscrição no 5.º CIHEL, possibilitada por apoios obtidos para o congresso e que está já divulgada no site do congresso.

Nesta perspetiva está em consideração pela organização a possibilidade, bastante provável, de existir um número limite de apresentação de comunicações pelo mesmo autor; obrigando-se a uma inscrição reforçada caso seja ultrapassado esse limite, condição esta que também decorre da opção feita pela redução maximizada do custo das inscrições.

Aproveita-se, desde já, para salientar aos autores que na fase, agora iniciada, de elaboração das comunicações deverão ser cumpridas com rigor as indicações relativas ao respetivo template – disponível no site do 5CIHEL – sendo que o próprio resumo deverá ser adequadamente revisto tendo-se em conta o cumprimento rigoroso do respetivo template em termos formais/de apresentação, de legibilidade da temática abordada e de representatividade do texto do resumo relativamente à respetiva comunicação, tendo-se em conta que ele integrará a prevista edição em papel das atas – prevendo-se que os respetivos textos completos serão disponibilizados em outro suporte, a considerar (ex., drive ou na WWW); será, portanto o resumo revisto e complementado na fase de entrega da comunicação que irá sintetizar e representar o trabalho de cada autor e portanto deverá ser adequadamente elaborado.

A Comissão Científica do 5CIHEL

Fernando Pinho

António Baptista Coelho

 

Editorial

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo continuámos uma pequena secção de “atualidades”, que nos irá acompanhar semanalmente e que, com frequência, divulgará matérias ligadas ao desenvolvimento do 5.º Congresso Internacional da Habitaçao no Espaço Lusófono – 5.º CIHEL – que decorrerá em Lisboa entre 2 e 4 de outubro de 2024; e que também irá focar aspetos ligados à atual reativação das atividades da GHabitar-APPQH.

Salienta-se que a Infohabitar está a abordar um conjunto de reflexões sobre a problemática habitacional e designadamente da habitação de interesse social, numa altura em que esta temática está bem viva até na comunicação social e foi há poucos dias objeto de um plano específico do Governo que visa desenvolver um elevado número de fogos num reduzido número de anos.

Recorda-se que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

Finalmente refere-se que iremos, em breve, voltar, aqui na nossa revista, à abordagem do estudo da habitação intergeracional participada e numa fase que se julga muito interessante e de divulgação de bases editoriais e de referência de soluções e casos habitacionais intergeracionais.

 

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Olivais Norte, Encarnação, Lisboa, em 19 de junho de 2024

António Baptista Coelho, Editor da Infohabitar

 

Conjunto de 23 artigos recentes sobre Habitação de Interesse Social em Portugal – Infohabitar # 905

António Baptista Coelho

 

NOTA MUITO IMPORTANTE: salienta-se que devido a um lapso editorial, já corrigido, os links de artigos que têm sido apontados nas últimas semanas nesta série editorial da Infohabitar sobre Habitação de Interesse Social em Portugal estavam errados, apresentando-se, por isso as devidas desculpas aos leitores: tal como acabou de se referir este lapso foi anulado e os links encontram-se agora correctos nos diversos artigos da série, como será possível comprovar mais abaixo na listagem de 23 artigos sobre este tema que é apresentada no presente artigo.

  

Relativamente ao que foi apontado nos últimos artigos, aqui editados nas semanas que passaram, sobre a Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP), suas principais e mais recentes caraterísticas e o que se julga deverem ser os seus principais aspetos de projeto, construção e gestão posterior, visando-se a satisfação dos seus habitantes e a sua adequada qualidade arquitectónica residencial e urbana, importa sublinhar que é tempo de acabar de vez com perigosas e cíclicas “tábuas rasas” relativamente a matérias socialmente tão sensíveis e importantes, pois se há aspetos relativamente novos que importa encarar, com relevo para a revolução no habitat humano que decorre do exponencial aumento de pessoas mais idosas e muito idosas, muito aspetos já devidamente experimentados e refletidos estão, de novo, “em jogo”, numa atual nova e significativa fase de urgente promoção de HISP.

Há, portanto, em termos de promoção de HISP muito já aprendido que importa reaplicar, naturalmente com todos os cuidados de adequação caso a caso, e muito há também que é de bom senso reaplicar e melhorar, tendo por base os rumos qualitativos que foram identificados num relativamente recente e coeso conjunto de estudos realizados e editados, designadamente, com coordenação do Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC, com o essencial apoio do INH/IHRU e intervenção de muitos outros técnicos e investigadores, durante cerca de 20 anos, entre 1984 e 2004: e afinal somos humanos e as nossas necessidades e os nossos desejos residenciais e urbanos não podem ser assim tão distintos nem mudar assim tão depressa, sendo essencial melhorar o modo de fazer a habitação e a vizinhança de forma cumulativamente aperfeiçoada e tendo por base sempre as melhores soluções que foram sendo realizadas por municípios, cooperativas e empresas.

E listam-se, sem seguida, alguns estudos editados e um conjunto de artigos recentes (2024) e menos recentes (2021), mas igualmente oportunos, com os respetivos links para acesso direto.

Boas leituras é o que se deseja, e por favor comentem e/ou enviem textos de comentário editáveis.


Sobre as temáticas habitacionais ligadas à Habitação de Interesse Social em Portugal: últimos artigos e artigos mais pertinentes com links nos títulos (formato usado na Infohabitar)

A Infohabitar – https://infohabitar.blogspot.com/ – é uma revista semanal na www – E-zine magazine – sobre o habitat humano ligada à associação GHabitar – Associação Portuguesa de Promoção da Qualidade Habitacional; a Infohabitar está no seu 20.º ano editorial ininterrupto tendo já passado as faquias dos 900 artigos, 100 autores e milhão e meio de consultas.

Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 904 – Lisboa, quarta-feira, junho, 12, 2024. (14 p.)

Sugestão de aspetos operacionais para a urgente promoção, em Portugal, de habitação de interesse social com qualidade e custo controlados – Infohabitar # 903. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 903 – Lisboa, quarta-feira, maio, 29, 2024. (15 p.)

Sobre o Grupo Habitar, hoje GHabitar APPQH (GH) e a sua renovação I – Infohabitar # 902. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 902 – Lisboa, quarta-feira, maio, 22, 2024. (11 p.)

Uma opinião sobre como fazer “habitação para o maior número" – Infohabitar # 901. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 901 – Lisboa, quarta-feira, maio, 15, 2024. (8 p., 2 fig.)

Habitação e Cidade de Interesse Social em Portugal; mais algumas opiniões – Infohabitar # 900. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 900 – Lisboa, quarta-feira, maio, 8, 2024. (9 p., 4 fig.)

Sobre a Habitação de Interesse Social Portuguesa já feita e a que falta fazer, e a propósito dos 50 Anos do 25 de Abril – Infohabitar # 899. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 899 – Lisboa, quarta-feira, abril, 24, 2024. (11 p., 8 fig.)

AAVV – Catálogo interativo Infohabitar em Janeiro de 2024 - https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view

Comentários sobre a recente promoção de habitação de interesse social cooperativa em Portugal – infohabitar # 800. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 800 – Lisboa, quarta-feira, dezembro, 01, 2021. (5 p., 1 fig.)

Por uma nova “Habitação (de Interesse) Social” com boa Arquitectura – Infohabitar # 785. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 785 – Lisboa, terça-feira, julho, 27, 2021. (11 p., 6 fig.)

Das Vizinhanças à Habitação de Interesse Social em três artigos ilustrados – infohabitar # 776. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 785 – Lisboa, terça-feira, maio, 11, 2021. (4 p., 6 fig.)

A propósito dos fogos de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 775. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 775 – Lisboa, terça-feira, maio, 04, 2021. (17 p., 21 fig.)

A propósito dos edifícios de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 774. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 774 – Lisboa, terça-feira, abril, 27, 2021. (15 p., 16 fig.)

A propósito das vizinhanças de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 773. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 7738 – Lisboa, terça-feira, abril, 20, 2021. (12 p., 12 fig.)

Habitação de Interesse Social Portuguesa: passado e futuro (série editorial de oito artigos) – infohabitar # 772. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 772 – Lisboa, terça-feira, abril, 06, 2021. (9 p., 4 fig.)

Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa:  aspetos a salientar – infohabitar # 771. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 771 – Lisboa, terça-feira, março, 30, 2021. (30 p., 25 fig.)

Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa: do bairro à habitação – infohabitar # 770. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 770 – Lisboa, terça-feira, março, 23, 2021. (31 p., 24 fig.)

Contribuição para a melhoria da nova Habitação de Interesse Social Portuguesa - infohabitar # 769. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 769 – Lisboa, terça-feira, março, 16, 2021. (31 p., 18 fig.)

Pequena revisão crítica da última Habitação de Interesse Social Portuguesa; do pequeno bairro ao fogo - infohabitar # 768. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 768 – Lisboa, terça-feira, março, 09, 2021. (20 p., 8 fig.)

Caracterização geral da promoção de Habitação a Custos Controlados (HCC) apoiada pelo INH/IHRU – infohabitar # 767. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 767 – Lisboa, terça-feira, março, 02, 2021. (15 p., 8 fig.)

A propósito dos “anos dourados” das cooperativas de habitação económica, entre 1974 e 1984, ainda antes da criação do INH (série editorial: artigo 3/8) – infohabitar # 765. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 765 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 16, 2021. (20 p., 15 fig.)

Pequena viagem pelos cerca de 70 anos de Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP) antes do INH/IHRU (série editorial: artigo 2/8) – infohabitar # 764. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 764 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 09, 2021. (24 p., 14 fig.)

Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa (série editorial: artigo 1/8) – infohabitar # 763. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 763 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 02, 2021. (11 p., 3 fig.)

COELHO, António Baptista – Infohabitar, Ano XIV, n.º 656, segunda -feira, setembro 17, 2018,O HABITAR DE INTERESSE SOCIAL E O HABITAR COOPERATIVO Conjunto de 13 artigos (3 pp.).

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing

Conjunto de 23 artigos recentes sobre Habitação de Interesse Social em Portugal – Infohabitar # 905

Infohabitar, Ano XX, n.º 905

Edição: quarta-feira, 19 de junho de 2024

Infohabitar

Editor:

António Baptista Coelho, Arquitecto (ESBAL), doutor em Arquitectura (FAUP), Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC)

abc.infohabitar@gmail.com

Edição:

Olivais Norte,  Encarnação, Lisboa;  e Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja.

A Infohabitar é uma Revista da GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho – Lisboa

 

 

 

quarta-feira, junho 12, 2024

Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing

 

Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904

Infohabitar, Ano XX, n.º 904

Edição: quarta-feira, 12 de junho de 2024

Nota: o cartaz do 5.º CIHEL será em breve atualizado com o conjunto das entidades que apoiam o Congresso.


Atualidades: Notícias do 5.º CIHEL

Caros futuros congressistas:

Estamos, agora, numa fase plena de elaboração dos referidos artigos, salientando-se que haverá todo o interesse na receção “adiantada” dos trabalhos, o que permitirá um trabalho eficaz por parte da CC; sendo o prazo limite o domingo dia 30 de junho.

Chama-se a atenção dos autores e potenciais inscritos para a sensível redução dos custos de inscrição no 5.º CIHEL, possibilitada por apoios obtidos para o congresso e que está já divulgada no site do congresso.

Nesta perspetiva está em consideração pela organização a possibilidade, bastante provável, de existir um número limite de apresentação de comunicações pelo mesmo autor; obrigando-se a uma inscrição reforçada caso seja ultrapassado esse limite, condição esta que também decorre da opção feita pela redução maximizada do custo das inscrições.

Aproveita-se, desde já, para salientar aos autores que na fase, agora iniciada, de elaboração das comunicações deverão ser cumpridas com rigor as indicações relativas ao respetivo template – disponível no site do 5CIHEL – sendo que o próprio resumo deverá ser adequadamente revisto tendo-se em conta o cumprimento rigoroso do respetivo template em termos formais/de apresentação, de legibilidade da temática abordada e de representatividade do texto do resumo relativamente à respetiva comunicação, tendo-se em conta que ele integrará a prevista edição em papel das atas – prevendo-se que os respetivos textos completos serão disponibilizados em outro suporte, a considerar (ex., drive ou na WWW); será, portanto o resumo revisto e complementado na fase de entrega da comunicação que irá sintetizar e representar o trabalho de cada autor e portanto deverá ser adequadamente elaborado.

A Comissão Científica do 5CIHEL

Fernando Pinho

António Baptista Coelho

 

Editorial

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo continuámos uma pequena secção de “atualidades”, que nos irá acompanhar semanalmente e que, com frequência, divulgará matérias ligadas ao desenvolvimento do 5.º Congresso Internacional da Habitaçao no Espaço Lusófono – 5.º CIHEL – que decorrerá em Lisboa entre 2 e 4 de outubro de 2024; e que também irá focar aspetos ligados à atual reativação das atividades da GHabitar-APPQH.

Salienta-se que a Infohabitar está a abordar um conjunto de reflexões sobre a problemática habitacional e designadamente da habitação de interesse social, numa altura em que esta temática está bem viva até na comunicação social e foi há poucos dias objeto de um plano específico do Governo que visa desenvolver um elevado número de fogos num reduzido número de anos.

Nesta perspectiva e no presente artigo incidimos a atenção na sugestão de um conjunto de aspetos operacionais que favoreçam a urgente promoção, em Portugal, de habitação de interesse social com qualidade e custo controlados

Recorda-se que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

Finalmente refere-se que iremos, em breve, voltar, aqui na nossa revista, à abordagem do estudo da habitação intergeracional participada e numa fase que se julga muito interessante e de divulgação de bases editoriais e de referência de soluções e casos habitacionais intergeracionais.

 

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Olivais Norte, Encarnação, Lisboa, em 12 de junho de 2024

António Baptista Coelho, Editor da Infohabitar

 

Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904

António Baptista Coelho


1. Enquadramento do artigo

Este artigo baseia-se diretamente no estudo do autor, intitulado “Qualidade Arquitectónica e Satisfação Residencial na Habitação de Interesse Social em Portugal no Final do Século XX”, editado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em 2011 (Relatório 176/2011-NAU); este estudo foi desenvolvido no âmbito de uma análise essencialmente arquitectónica, embora multidisciplinar, realizada no saudoso Núcleo de Arquitectura e Urbanismo (NAU) do Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) , em 1998, ao parque de Habitação a Custo Controlado (HCC), financiado pelo Instituto Nacional de Habitação (INH) no período de 1989 a 1995. O referido estudo teve como principal objectivo contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre os factores que influenciam a qualidade arquitectónica habitacional, e afigura-se de grande utilidade pois permite, quer fundamentar acções de melhoria das condições habitacionais dos empreendimentos construídos, quer aproximarmo-nos às características que se julga deveremos procurar alcançar em novos conjuntos residenciais de “habitação de interesse social” ou a "custos controlados".

O referido estudo incluiu a apreciação dos modelos de arquitectura urbana, considerando desde os processos de promoção à sua caracterização hierarquizada, desde a Vizinhança Alargada aos agrupamentos de Vizinhança Próxima, aos Edifícios e aos Fogos e tendo em conta a apropriação e a satisfação dos habitantes. O referido estudo visou o apontamento da caracterização da promoção de habitação de interesse social pelo Estado, em Portugal no final do Século XX, julgando-se, no entanto, que muitas das suas observações mantêm grande actualidade.

Importa também sublinhar dois aspetos essenciais: que o referido estudo foi realizado no âmbito de um estudo maior e tematicamente muito mais amplo, significativamente designado “A Futura Habitação Apoiada”, coordenado pelo Arq.º António Reis Cabrita, editado no LNEC em abril de 2000, sob forma de relatório de circulação restrita, e integrando inúmeras e qualificadas participações técnicas e científicas do LNEC e fora do LNEC - estudo este que deveria ser amplamente divulgado; e que o estudo, mais circunscrito, que baseia diretamente este artigo foi editado no LNEC em 2011, em relatório de circulação ampla, designado “Qualidade Arquitectónica e Satisfação Residencial na Habitação de Interesse Social em Portugal no Final do Século XX”, de minha autoria mas integrando a inestimável contribuição de um amplo conjunto multidisciplinar de colegas do LNEC, devidamente registados na secção de agradecimentos com que se conclui este artigo.

Regista-se também que este tipo de estudos e análises habitacionais foram realizados ao longo de décadas, desde cerca de 1984, pelo LNEC para o INH e depois para o IHRU, contando, quase sempre com a participação de outras entidades técnicas e sendo, sequencialmente, entregues àqueles institutos (INH e depois IHRU) no sentido de apoiarem a melhoria da promoção e produção de dos conjuntos de HCC financiados pelo Instituto.

Finalmente sublinha-se que a decisão de ser agora divulgado este conjunto de aspetos, tem essencialmente a ver, quer com a atual grande relevância, em Portugal, da problemática da falta de habitação com qualidade ampla e em número adequado, quer com a situação extremamente criticável de se continuar ou de se fazer reviver, atualmente, uma nefasta tendência de se proceder na promoção de HCC e mesmo na reflexão sobre a qualidade da HCC, com um ciclo vicioso e de “Tábua rasa” relativamente aos múltiplos processos, tipos de solução, metodologias, análises pós-ocupação multidisciplinares e premiações com caráter didático – neste caso com destaque para a antiga metodologia do Prémio INH/IHRU – que foram responsáveis há pouco tempo, e durante cerca de 30 anos, pela identificação dos aspetos mais ligados a soluções residenciais socialmente problemáticas, bem como pelo apuramento dos melhores casos de referência portugueses habitacionais e urbanos em termos de HCC e pelo apontamento das melhores pistas relativamente ao seu respetivo sucesso.

Um aspecto que convém salientar é a referência frequente, neste estudo, ao Instituto Nacional de Habitação (INH), cujas atribuições foram asseguradas, a partir de 2007, pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

Faz-se uma referência específica à organização da apresentação sob diversos aspectos qualitativos – por exemplo: acessibilidade, apropriação, convivialidade, espaciosidade, integração, etc. – aspectos estes que correspondem a diversos rumos qualitativos que foram estudados no âmbito de um estudo em tempo apoiado pelo INH, realizado no LNEC, no âmbito da tese de doutoramento em Arquitectura do autor, apresentada e discutida na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, intitulada “Qualidade Arquitectónica Residencial – Rumos e factores de análise” e que se encontra disponível na Livraria do LNEC (n.º 8 da colecção Informação Técnica Arquitectura, ITA, editado em 2000).

Regista-se, ainda, que a utilização da sequência de conceitos designados “vizinhança alargada, vizinhança próxima, edifício, habitação e espaços/compartimentos habitacionais”, corresponde  também ao conteúdo desenvolvido na referida tese de doutoramento em Arquitectura, numa sua parte autonomizada e referida aos diversos níveis físicos do habitar; estudo este intitulado “Do Bairro e da Vizinhança à Habitação – tipologias e caracterização dos níveis físicos residenciais”, que também se encontra disponível na Livraria do LNEC (n.º 2 da colecção Informação Técnica Arquitectura, ITA, editado em 1998).

Finalmente há que comentar que foram muitos dos aspectos qualitativos e quantitativos compilados na referida tese, que foram posteriormente escolhidos e “filtrados”, tendo baseado, directamente, muitos dos instrumentos técnicos e de diálogo com os habitantes que basearam a análise retrospectiva aqui referida.


2. Sobre a metodologia de análise retrospectiva ou de pós-ocupação habitacional utilizada

Salienta-se que a base directa do presente estudo foi assegurada por uma análise retrospectiva ou de Avaliação Pós-Ocupação, uma metodologia desenvolvida no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo (NAU) do LNEC, participada por outros Núcleos do Departamento de Edifícios do Laboratório, e que integra uma sólida componente de análise arquitectónica e urbana, mas envolve também as vertentes construtiva, económica e sociológica, assegurando-se, portanto um estudo multidisciplinar e com uma forte vertente de análise local.

Esta metodologia de análise retrospectiva habitacional harmoniza a referida análise técnica multidisciplinar com um diálogo activo com os responsáveis e moradores dos conjuntos residenciais estudados, que têm de estar habitados há, pelo menos, cinco anos, e foi já várias vezes aplicada pelo LNEC (em três “campanhas” cada uma delas dirigida para cerca de 12 conjuntos/bairros). Durante 1998 foi aplicada a uma amostra de 14 empreendimentos de Habitação a Custo Controlado (HCC), financiados pelo Instituto Nacional de Habitação (INH) no período de 1989 a 1994/1995 e realizados por municípios, cooperativas e empresas. A matéria mais directamente arquitectónica desta análise retrospectiva, a segunda de um conjunto de três já coordenadas pelo NAU do LNEC, está apresentada no Relatório 115/2011 – NAU.

A referida análise diz-se retrospectiva porque é realizada numa perspectiva de estudo e apreciação do projecto e dos empreendimentos após alguns anos de uso e vivência dos edifícios e dos espaços exteriores. Esta análise é multidisciplinar e envolve assim, além da análise arquitectónica, designadamente, as vertentes construtiva e sociológica, podendo ser complementada com outras facetas de análise e estrategicamente formatada em resposta a solicitações específicas que sejam colocadas ao LNEC. 

O presente estudo tem como objectivo contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre os factores que influenciam a qualidade habitacional, e afigura-se de grande utilidade pois permite, quer fundamentar acções de melhoria das condições habitacionais dos empreendimentos construídos, quer perspectivar as características que se deve procurar alcançar em novos conjuntos residenciais de "custos controlados" ou mesmo de promoção livre, onde se queira harmonizar custo e qualidade com a satisfação dos habitantes.


3. Tendências na promoção da HCC Portuguesa no decénio 1988 a 1997

Salienta-se que este estudo é baseado numa análise arquitectónica realizada, em 1998, ao parque de Habitação a Custo Controlado (HCC), financiado pelo Instituto Nacional de Habitação (INH) no período de 1989 a 1995 e indicada na bibliografia.

Considerando-se o conhecimento dos conjuntos habitacionais estudados nessa 2.ª Análise Retrospectiva, realizada ao parque habitacional financiado pelo Instituto Nacional de Habitação no período de 1989 a 1995, e tendo em conta a ampla informação que o LNEC teve da evolução da temática posteriormente a 1995 – conhecimento proporcionado, designadamente, pela participação sistemática do autor como representante do LNEC no Júri anual do Prémio INH – faz-se, em seguida, uma síntese geral de análise da promoção de HCC no decénio entre 1988 e 1997 (correspondendo às Edições do Prémio INH 1989 a 1998), focando-se especificamente as características do "Habitar" – da vizinhança urbana à habitação – numa perspectiva que tem, sempre que possível, em conta a satisfação dos respectivos moradores e considerando, especificamente, as principais tendências qualitativas detectáveis nos diversos tipos de promoção de HCC durante o mesmo período temporal – promoção municipal (municípios, no Brasil Prefeituras, promoção cooperativa (no âmbito da Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica, FENACHE) e promoção privada (no âmbito dos designados Contratos de Desenvolvimento de Habitação, CDH).

Em seguida, apresenta-se uma caracterização sintética da habitação de interesse social, ou “Habitação de custos controlados” (HCC), desenvolvida em Portugal entre cerca de 1988 e 1997, numa perspectiva que engloba o conjunto habitacional, com os seus edifícios e fogos, considerando-se a sua qualificação urbana e arquitectónica, bem como os aspectos práticos mais significativos do respectivo processo de promoção, designadamente, com maior influência nessa qualidade, e visando-se, sempre, a ponderação de todos estes factores na satisfação dos respectivos habitantes; objectivo este que se considera merecer, ainda, e com urgência, um esclarecimento e um aprofundamento tão cuidadosos como sistemáticos.

Sintetizando, pode-se referir que a promoção cooperativa rapidamente atingiu e manteve um apreciável patamar qualitativo, tendo, nos últimos anos, decrescido fortemente em quantidade, o que terá a ver com a redução da sua promoção de HCC e mesmo, em bastantes casos, com o recurso a outras fontes de financiamento, sem ser o INH, embora mantendo as características técnicas de HCC.

Um aspecto que nunca é demais realçar é a qualificação acrescida que caracteriza, quase sistematicamente, as promoções cooperativas com maior dimensão e desenvolvidas por uma única Cooperativa. De certa forma parece aqui acontecer uma situação oposta à que caracteriza a promoção municipal e mesmo alguns CDH, em que a maior dimensão se associa, frequentemente, à menor qualidade. Salienta-se, no entanto, que uma tal associação entre grandes promoções cooperativas e excelência qualitativa, nos diversos níveis físicos e sociais, está sempre ligada à qualificação do projecto geral e de pormenor, bem como à sua adequada e controlada execução e à sua posterior gestão e manutenção bem programadas.

Quanto à promoção privada, em CDH, ela aproximou-se do nível qualitativo da promoção cooperativa, mas, estruturalmente, tem naturais dificuldades em assegurar a continuidade das acções de gestão e manutenção, pois não se baseia numa interacção tão directa com os habitantes como acontece na promoção cooperativa.

Ainda relativamente aos CDH assiste-se, hoje em dia, à sua aplicação como promoção municipal indirecta, designadamente no âmbito do PER, verificando-se casos de menor qualidade das promoções, designadamente associados a conjuntos com dimensões excessivas e a situações caracterizadas por menor qualidade e/ou excessiva repetição de projectos-tipo; uma última referência sobre os CDH dirige-se para o interesse de se manter e reforçar uma linha de promoção dirigida para grupos sociais claramente mais favorecidos do que aqueles que podem recorrer ao PER, activando-se uma diversificação da promoção extremamente rica e reguladora do mercado.

Finalmente, quanto à promoção municipal, há que destacar, primeiro, a sua significativa evolução qualitativa, chegando a desenvolverem-se empreendimentos extremamente meritórios sob diversos pontos de vista (arquitectura urbana e edificada, adequação aos habitantes e mesmo, embora em casos mais raros, qualidade construtiva).

No entanto, considera-se que este tipo de promoção tem ainda um percurso a desenvolver no sentido de assegurar, com maior continuidade, a presença conjunta dessas qualidades, bem como a ausência de desvios críticos e graves, como são conjuntos com números excessivos de fogos e muito isolados, aplicação de técnicas construtivas eventualmente pouco adequadas aos usos das/nas habitações e tipologias edificadas muito pouco relacionadas com os modos de vida dos seus habitantes.

Rematando esta matéria, importa salientar que a promoção municipal tem, hoje em dia, um diversificado conjunto de bons exemplos a estudar e a seguir, mas também tem maus exemplos que importa conhecer e não continuar a repetir, e também tem numerosas soluções parcialmente meritórias que importa conhecer, em profundidade, para daí retirar conclusões práticas, designadamente, quanto à satisfação residencial e urbana (ex. escala urbana humanizada e espaço exterior apropriável "versus" massificação residencial, estrutura urbana regular mas desvitalizada "versus" acções de preenchimento com pequena escala, etc.).

Conclui-se com a nota de serem estas conclusões gerais baseadas no universo decenal dos empreendimentos candidatos aos Prémios INH de 1989 a 1998 (concluídos portanto entre 1988 e 1997), portanto não chegando a 300 conjuntos habitacionais. Fica, assim, claro que estas considerações estão relacionadas com uma amostra basicamente com sinal positivo, sendo necessário que a sua leitura seja acompanhada pela redução das apreciações positivas e pelo reforço das críticas negativas aqui presentes, caso se pretenda obter uma apreciação geral mais aproximada às reais valias da globalidade da promoção de HCC nesse decénio.

E importa salientar, nesta sensível generalização, que a promoção de HCC cooperativa ligada à Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) é a modalidade de desenvolvimento de HCC que, sem dúvida, mais mantém a sua caracterização global positiva, quando passamos de casos de referência para a generalidade da respectiva promoção.


4. O que pode ser a evolução do habitat residencial apoiado em Portugal

Em seguida faz-se um avanço prospectivo e cuidadoso centrado na caracterização arquitectónica da "Habitação de interesse social". Salienta-se que o texto foi inicialmente escrito no sentido de uma perspectiva recomendativa do que poderia ser essa promoção na década subsequente àquela em que foram realizados os conjuntos que basearam o estudo aqui apresentado – portanto e de forma global,  os primeiros dez anos do novo século.

No entanto, e também de forma genérica, as preocupações com a nova promoção de habitação de interesse social, que é ainda necessário realizar em Portugal, não andarão muito longe do que foi então apontado para esse período e por isso aqui se registam os aspectos então apurados.


4.1 Notas de síntese sobre a nova HCC

As preocupações com a nova promoção de habitação de interesse social, ainda necessária em Portugal, têm de apontar, “obrigatoriamente”, para intervenções pouco numerosas nas habitações que integram em cada local, bem disseminadas na cidade estabilizada e criteriosamente projectadas, matérias estas que terão de ficar para outros desenvolvimentos.

Ainda sobre o avanço prospectivo que se faz neste estudo, relativamente, à nova HCC, há que referir que grande parte dos aspectos qualitativos apontados estão, naturalmente, já presentes na amostra que foi objecto da análise que serviu de base a este estudo, bem como em numerosas outras promoções de HCC premiadas, mencionadas ou mesmo simplesmente candidatas ao Prémio INH e actual Prémio IHRU, desde 1989 até 2010/2011.

Importa, no entanto, que cada nova intervenção de habitação de interesse social, apoiada pelo Estado, seja global e expressivamente positiva:

  • tanto no que se refere à resolução dos problemas mais “funcionais” de “alojamento” dos respectivos habitantes;
  • como numa perspectiva, claramente positiva, associada à sua inserção urbana e ao seu papel na cidade e mesmo na sociedade;
  • mas também numa perspectiva, que se considera igualmente importante, em que cada nova intervenção de habitação de interesse social resulte em benefícios concretos – físicos, funcionais e sociais – para a respectiva zona urbana e da paisagem onde se integra.

É este tipo de reflexão de síntese que resulta, em boa parte, das análises realizadas à última tranche significativa de habitação de interesse social desenvolvida em Portugal. Ainda de uma forma geral pode-se considerar que o estudo prospectivo das características mais desejáveis na futura habitação de interesse social deve visar a dinamização/diversificação do seu processo de promoção e a melhoria da sua qualidade global (urbana, arquitectónica e construtiva), considerando-se a essencial satisfação dos moradores.

 

4.2 Temas globais para uma melhor HCC

Relativamente ao "habitar", considerado como uma temática que integra os diversos níveis físicos arquitectónicos (do bairro à habitação), e as relações com a promoção, a adequação aos moradores e a própria construção/manutenção, destacam-se os seguintes aspectos globais:

. Considerar a habitação como um serviço essencial que visa a satisfação dos moradores, e que deverá ser compatibilizado com as características e limitações de cada promoção.

. Promover e controlar a qualidade da arquitectura urbana residencial, tanto em aspectos de desenho específico de espaços públicos e edifícios, como em aspectos de previsão de limites à repetição de projectos e de aplicação de soluções de variação dos projectos.

. Avançar nos cuidados de compatibilização entre intenções de projecto e exigências ligadas aos gostos, modos de vida e carências urbanas dos novos habitantes e, também, dos habitantes que já habitam na envolvente/proximidade de cada local de implantação.

. Avançar nos cuidados de compatibilização entre intenções de projecto e exigências ligadas às condições e carências específicas, que caracterizam cada local de implantação, designadamente, em matérias de integração/vitalização urbana e de adequação paisagística; uma condição que, naturalmente, inviabiliza intervenções visual e negativamente estigmatizadas e localizações segregadas da continuidade urbana.

. Adequar e agilizar o processo global de promoção de HCC, considerando todos os seus passos, do programa inicial à manutenção posterior, reformulando os aspectos menos positivos na actual promoção, potenciando os aspectos positivos e a sua flexibilização.

. Considerar o espaço público útil, agradável e vitalizado como um elemento indissociável da promoção habitacional, estudando e promovendo a sua mais desejável caracterização em total conjugação com o edificado.

. Considerar, integradamente: programação, financiamento, projecto, gestão e manutenção posterior; favorecendo-se e apoiando-se tipos de edifícios e de vizinhanças realmente adequados a tipos de promoção e/ou de promotores específicos; e inovando-se, eventualmente, neste domínio.

. Associar no projecto de edifícios e habitações todo o conhecimento já adquirido sobre as soluções mais adequadas e satisfatórias, designadamente, no que se refere à satisfação dos diversos grupos socioculturais.

. Privilegiar a aplicação e rendibilização de soluções construtivas já provadas e optimizadas, visando-se um adequado custo-benefício, durabilidade e facilidade de manutenção.

. Dar suporte legal/recomendativo a uma maioria de aspectos como os que foram aqui indicados, proporcionando e facilitando a sua aplicação prática.

. Desenvolver meios e acções de divulgação da qualidade residencial, visando projectistas, promotores e representantes de habitantes e promover acções periódicas de avaliação das soluções aplicadas e sua subsequentemente divulgação.

Nos itens que se seguem desenvolvem-se e clarificam-se alguns dos aspectos que acabaram de ser referidos, entre outros que lhes estão associados.


4.2.1 HCC com Qualidade arquitectónica residencial (!HQCC!)

A qualidade do "habitar" é um objectivo fundamental, que tem a ver, designadamente, com o seguinte conjunto de exigências de qualidade arquitectónica residencial:

. Encarar a qualidade na habitação como muito mais do que uma adição de diversos atributos, devendo constituir uma preocupação contínua: (i) do ponto de vista físico, mas socialmente fundamentado (do compartimento doméstico ao exterior público e no sentido inverso); (ii) e temporal (construção, uso e manutenção).

. Erradicar todos os estigmas ainda associados à promoção de habitação de baixo custo, designadamente, através da localização dos empreendimentos em terrenos deixados vagos em estruturas urbanas preexistentes e da promoção da qualidade da imagem pública dos respectivos edifícios e espaços públicos.

Neste sentido fica, desde já, evidente ser fundamental que novos conjuntos de habitação de interesse social tenham dimensão reduzida, integrem a continuidade do espaço urbano, tenham boa qualidade de imagem urbana e respondam tão bem às necessidades dos seus futuros habitantes, como a eventuais carências urbanísticas dos habitantes das zonas envolventes e próximas.

. Desenvolver soluções habitacionais bem integradas nas envolventes, vitalizadas por percursos e equipamentos e proporcionando uma adequada habitabilidade interior e exterior, dentro de custos globais acessíveis.

. Definir e analisar periodicamente indicadores quantitativos e qualitativos das condições de habitação, privilegiando-se, designadamente, o bem-estar dos grupos sociais mais vulneráveis e numerosos (ex., crianças e idosos).

. Desenvolver soluções habitacionais flexibilizadas e ajustadas à satisfação das necessidades de alojamento locais e a necessidades específicas decorrentes de características socioculturais muito caracterizadas (ex., minorias étnicas).

. Aprofundar o conhecimento da influência das soluções de arquitectura urbana habitacional nos processos de integração social.

. Incentivar o desenvolvimento de uma verdadeira dimensão social e pública no exterior residencial, através da qualidade da concepção, da execução e da manutenção de espaços residenciais complementares das "células" domésticas, reconhecendo-se o fundamental papel social e de vitalização urbana desempenhado por muitos espaços e equipamentos.


4.2.2 Apontamentos sobre a HCC que é ainda necessária

A temática do "habitar" é muito ampla, pois abrange desde aspectos mais ligados à integração urbanística a aspectos de pormenorização associados à caracterização da construção, aspectos estes sempre conjugados com os mecanismos de satisfação e insatisfação habitacional, e inclui, ainda, influências directas da caracterização de cada tipo de promoção e mesmo dos aspectos mais críticos que globalmente a influenciam.

Com esta perspectiva salientam-se, designadamente, como principais contribuições para o desenvolvimento do estudo da caracterização das condições de “habitar” associadas à Habitação de Custos Controlados que é ainda necessária, em Portugal, os aspectos seguidamente referidos.

 

i) Orientações gerais na promoção de HCC

A promoção de habitação de interesse social deve ser considerada como um serviço que tem um duplo objectivo: a satisfação dos respectivos moradores; e a participação activa na vitalização urbana dos locais de intervenção, podendo mesmo constituir-se em factores de reabilitação física e social e de melhoria da gestão de áreas residenciais degradadas.

Os empreendimentos de HCC devem corresponder, sempre, a uma proposta completa que integre uma promoção dinamizada, uma solução urbana efectiva e equilibrada (ex. uma rua, uma praceta), os edifícios, o arranjo dos espaços exteriores, os equipamentos, o apoio à ocupação dos fogos e condições que favoreçam a sua rápida vitalização.

A qualidade da HCC deve ser assegurada com igual importância em todas as suas dimensões físicas e sociais (habitações, edifícios e espaços exteriores) e em toda a sua vida útil (construção, uso, durabilidade e manutenção). A qualidade assim atingida é também importante factor de valorização patrimonial.

A oferta de HCC deve ser diversificada de modo a responder às necessidades dos diversos grupos socioculturais entre rendimentos "baixos e médios/baixos" e a diversas localizações. Neste sentido há que ponderar a possibilidade de surgirem novos tipos de promoção e incentivar a conjugação entre diferentes tipos de promoção.

Deve ser mantida e reforçada a exigência de qualidade ao nível dos edifícios de habitação, mas privilegiando-se, agora, a qualidade dos respectivos espaços públicos e residenciais. Um maior investimento na qualidade residencial global da HCC justifica-se porque dá resposta a uma gradual maior exigência qualitativa no "habitar", detectável em todos os grupos sociais, enquanto também corresponde à tendência de maior procura de HCC por parte de um grupo social mais favorecido.


ii) Promoção de HCC

Devem ser consolidados, melhorados/reformulados e (re)dinamizados os vários tipos de promoção de HCC reforçando-se os seus respectivos aspectos mais positivos e anulando-se os respetivos entraves e dificuldades – considerando-se ter sido muito adequada a diversificação e estruturação da referida promoção habitacional nas três frentes: municipal, privada e cooperativa. Frentes estas que acabam por se dirigir a grupos sociais diversificados, o que é muito positivo e que deverá ser incrementado nas respetivas localizações mútuas; e que são efetivamente estratégicas no que respeita a uma eficaz desmultiplicação das respetivas responsabilidades de promoção, construção e gestão posterior; e num sentido bem distinto das “antigas” e negativas tendências centralizadoras, tipificadoras e mesmo estigmatizantes de uma promoção “social” diretamente desenvolvida pelo Estado (e sendo esta, salienta-se, uma opinião muito pessoal do autor).  

Há que favorecer a tendência nas promoções municipal e em CDH, de reforço da qualificação dos respectivos projectos, e de organização e gestão dos condomínios e dos próprios conjuntos residenciais, destacando-se a necessidade de se favorecer uma atitude de responsabilização dos habitantes, fomentando-se a sua participação na gestão e manutenção, e privilegiando-se activamente o sossego e a dignidade residencial.

A promoção cooperativa merece apoios objectivos, designadamente, nos aspectos directamente associáveis aos numerosos casos que atingiram um nível de qualidade residencial global claramente meritório e mesmo exemplar, designadamente, através de incentivos à promoção de conjuntos com dimensão apreciável, desenvolvidos pela mesma organização cooperativa, integrando uma rica e eficaz diversidade de espaços e equipamentos públicos vitalizados e em total integração com a habitação, assegurando um diálogo contínuo com os habitantes desde a fase de programa, cumprindo objectivos concretos de qualidade de projecto e de garantia da qualidade construtiva, e assegurando a continuidade da gestão e da manutenção de todo o novo conjunto residencial.

Devem ser criadas condições que permitam disponibilizar terrenos adequados para habitação, no perímetro urbano, e a custos compatíveis com a legislação que enquadra a HCC e deve ser desenvolvido um quadro integrado para o financiamento e gestão da HCC e respectivos equipamentos complementares. Devem ser criadas condições financeiras vantajosas de financiamento, compensando condicionalismos regulamentares e de custos, e apoiadas numa dinamização da actividade de oferta de financiamento, bem articulada com condições simplificadas e agilizadas na apreciação e licenciamento dos respectivos projectos urbanos e habitacionais.

Deve privilegiar-se o desenvolvimento de pequenos conjuntos com um máximo de cerca de 50 fogos, com características que favoreçam a integração social dos moradores e a sua própria integração física (equilibrada variação de imagens) e que sejam adequadas ao local, à capacidade dos respectivos promotores e à rendibilização das respectivas obras.  O desenvolvimento de conjuntos com maior dimensão deverá depender de garantias quanto à obtenção de um nível qualitativo final claramente positivo e auto-sustentado.

Deve ser considerada a viabilidade de manutenção e vitalização dos espaços públicos desde a fase de programação, mobilizando todos os recursos disponíveis com o objectivo da viabilização sustentada de um determinado conjunto de actividades. Devem ser concentradas e clarificadas as responsabilidades pelo acabamento edificado, exterior e ao nível do equipamento de cada conjunto de HCC e não se deve transigir na exigência de simultaneidade entre o acabamento das obras nos edifícios e nos respectivos espaços exteriores envolventes.

Deve ser objetivamente considerada uma nova “tipologia” de promoção de HCC direcionada para soluções residenciais intergeracionais associadas a serviços e equipamentos, bem localizadas em termos urbanos, e capazes de assegurar um “novo” modo de habitar naturalmente adequado a pessoas que vivem sós e a pequenos agregados familiares, que sejam bem apoiadas por “atividades” extra-domésticas , de apoio domiciliar, pessoal e de incentivo convivial, onde os mais idosos possam habitar, intergeracionalmente e em fogos e espaços comuns bem adequados a uma vivência segura e estimulante (rightsized), proporcionando-se uma estratégica conjugação de serviços habitacionais, sociais e de saúde e bem-estar, que terá resultados mutuamente dinamizados em termos de eficácia e qualidade de vida diária – notar que este aspeto foi acrescentado ao presente estudo quando da elaboração deste artigo e como resultado dos últimos estudos do autor nesta temática (ver artigos realizados na Infohabitar no âmbito do Programa de Habitação Adaptável Intergeracional – Cooperativa a Custos Controlados PHAI-3C)


iii) Projecto de HCC

O projecto de HCC deve ter um desenvolvimento adequado às capacidades reais de execução que estejam disponíveis e integrar um projecto de execução completo e coeso, visando a obra e o seu específico construtor e um acompanhamento técnico da obra contínuo e eficaz.

Os projectos devem ser realizados com base em levantamentos rigorosos que assegurem o conhecimento físico e social profundo do local de implantação.

Os projectos urbanos e dos edifícios devem ter um desenvolvimento completo e integrado nas diversas especialidades e ser adequados às características do local e à dimensão do empreendimento, bem como aos diversos recursos disponíveis para a sua execução.

Deve ser exigido um projecto urbano pormenorizado do empreendimento, visando o desenvolvimento de um espaço público:

  • com formas claramente definidas e com identidade local;
  • sem espaços residuais e com imagem pública digna e apelativa;
  • com equipamentos construídos e exteriores que motivem o seu uso efectivo;
  • e com adequadas capacidade de carga e de manutenção.

O exterior residencial deve aliar-se aos edifícios no objectivo da satisfação dos moradores.

Devem ser favorecidas as soluções de arquitectura urbana bem localizadas e estruturadas, constituindo espaços de vizinhança afirmados e com funções claramente definidas, designadamente, ao nível da dinamização do convívio e do recreio.

No respeito destes objectivos deve cuidar-se, especialmente:

  • da segurança pública (espaço público sempre visível e polarizado por equipamentos e  acessos a edifícios);
  • da animação e do recreio;
  • do conforto ambiental ao nível urbano;
  • e da oferta de serviços e equipamentos de uso diário.

Deve ser realizado um projecto específico para cada local de intervenção, que pode ser inteiramente novo ou resultar da adequada adaptação de um existente. Neste último caso não se podem ultrapassar certos limites na repetição ou tipificação de modelos, nos mesmos sítios ou nas mesmas zonas, pois há riscos graves de degeneração e de estigmatização das respectivas imagens urbanas.

Deve ser privilegiada a total harmonização visual e funcional entre tráfegos de peões e veículos nas vizinhanças residenciais:

  • favorecendo objectivamente a prioridade pedonal e a criação de ambientes residenciais agradáveis e humanizados;
  • mas resolvendo-se as críticas exigências de estacionamento automóvel.

No projecto do edifício deve ser claramente reforçada a exigência do desenvolvimento de uma imagem exterior atraente e digna, prolongada pelos respectivos espaços comuns, e aliada a uma qualificação real em termos de durabilidade e facilidade de manutenção. Estes aspectos de durabilidade e facilidade de manutenção são tanto mais críticos, quanto mais desfavorecidos os grupos sociais em que se incluam os respectivos habitantes.

Um outro aspecto-chave a considerar é a adequação da solução edificada a diversos tipos de grupos sociais, adequação essa que depende de vários factores, tais como:

  • dimensão global;
  • altura e tipos de espaços e equipamentos comuns (ex., elevador);
  • número de vizinhos;
  • características da distribuição dos fogos em cada nível;
  • relação com o espaço público e existência de espaços exteriores privativos.

Sobre estas temáticas é urgente retirar ensinamentos de situações concretas e agir, depois, em conformidade.

No projecto do espaço doméstico devem ser favorecidas as áreas conviviais e de serviço e a capacidade de arrumação, ponderadas as relações entre o vestíbulo de entrada e a privacidade da sala, garantidos os aspectos de segurança contra quedas e assegurados os aspectos de organização, dimensionamento e pormenorização ligados ao conforto ambiental (ex. isolamentos e ventilação) e à durabilidade de materiais e elementos funcionais.

O apoio técnico prestado pelo IHRU deve ser reforçado, em particular aos promotores tecnicamente menos equipados, apontando-se como linhas de intervenção:

  • o apoio à condução do processo de promoção;
  • o acompanhamento do desenvolvimento de projectos;
  • a discussão técnica de propostas com promotores e projectistas;
  • e o apoio técnico ao desenvolvimento das obras.

iv) Objectivos de qualidade a reforçar na HCC

As condições de conforto ambiental proporcionadas pelas habitações, edifícios e vizinhança próxima devem constituir uma forte preocupação durante a fase de concepção, que não se limite apenas à satisfação dos regulamentos aplicáveis. Considera-se que deve existir o maior cuidado na concepção geral e de pormenor com vista a assegurar adequadas condições de conforto visual e acústico, insolação, protecção contra ventos dominantes e conforto higrotérmico.

Deve existir o maior cuidado na concepção dos aspectos de pormenor da vizinhança, dos edifícios e das habitações com vista a garantir adequadas condições de segurança (segurança no uso, segurança viária e segurança pública e contra intrusões).

A capacidade dos empreendimentos deve ser reforçada nos seus vários níveis físicos, nomeadamente: nos fogos deve ser reforçada a possibilidade de arrumação; nos edifícios deve ser incentivada a introdução de novos espaços comuns; nos espaços exteriores deve existir mobiliário urbano; na vizinhança devem existir espaços e equipamentos complementares da habitação (jogo, recreio, reunião) e deve ser reforçada a capacidade de estacionamento, mas sem se prejudicar a caracterização residencial (ex., estacionamentos periféricos, parques subterrâneos, zonas mistas).

A espaciosidade dos empreendimentos deve continuar a ser controlada; mas considerando-se outros critérios que não os estritamente quantitativos em termos de metros quadrados: o m2 de varanda ou de sala é mais barato do que o m2 de casa de banho; e existem acabamentos duráveis mais baratos do que os correntemente utilizados; de forma sintética esta é uma matéria que nos deverá levar muito longe.

Ao nível do fogo e do edifício deve existir uma maior flexibilidade no controlo das áreas máximas com vista a possibilitar a realização de habitações mais espaçosas, em particular nos compartimentos de uso comum (sala e cozinha) e atendendo a dimensões mínimas funcionais. Ao nível do exterior devem privilegiar-se soluções cuidadosamente densificadas, evitando-se quaisquer excessos de espaço público, bem como zonas públicas residuais, porque sem funções claramente definidas.

As exigências de privacidade que traduzam necessidades reais de moradores devem ser satisfeitas, em particular na organização dos fogos e na relação dos fogos com o exterior.

A acessibilidade constitui um requisito que deve continuar a ser melhorado, ponderando-se no futuro as necessidades específicas de todas as categorias de utentes, designadamente aqueles com maiores limitações de mobilidade e de autonomia. A acessibilidade deverá, assim, ter um suporte físico estrategicamente distribuído por alguns fogos especialmente adequados para idosos e deficientes, enquanto ao nível da vizinhança há que privilegiar o incentivo e apoio ao peão, bem conjugado com, pelo menos, um mínimo de equipamentos de uso diário e com transportes públicos eficazes.


v) Novos ou renovados objectivos de qualidade na HCC

A qualidade na habitação deve ser encarada como muito mais do que uma adição de diversos atributos, devendo constituir uma preocupação global e contínua.

A adaptabilidade deve constituir um objectivo a atingir em todas os níveis físicos da HCC.  A cada vez maior diversidade de modos de vida e de usos habitacionais (ex., trabalho profissional) e o crescente desejo de individualização justifica o investimento em estratégias que assegurem a possibilidade de adaptação das habitações, através do desempenho alternativo, ou bem conjugado, de várias funções nos mesmos espaços domésticos e públicos. No exterior residencial e no que se refere a esta matéria, é possível e desejável aliar o desenvolvimento do convívio às tão actuais práticas do recreio e do desporto.

A integração dos empreendimentos deve constituir uma prioridade com vista a eliminar o estigma usualmente associado à promoção de "Habitação Social". A integração deve ser assegurada através das seguintes estratégias: localização dos empreendimentos em terrenos vagos da estrutura urbana existente, promoção da qualidade da imagem pública dos edifícios e facilidade de acesso a pólos urbanos consolidados/equipados.

A apropriação dos empreendimentos pelos moradores deve ser incentivada, desi nadamente, através:

  • da participação dos futuros moradores no processo de concepção, de soluções domésticas acolhendo pontualmente alterações interiores;
  • da existência de elementos de identificação do edifício;
  • da existência de elementos de valor simbólico ou evocativo do fogo (ex., floreiras e peitoris "decoráveis") e do condomínio (escada atraente e cheia de luz natural);
  • e, sempre que possível, através do desenvolvimento de pequenos espaços exteriores privativos (ex., varandas e pátios murados) ou canteiros directamente ligados a fogos.

A convivialidade deve ser incentivada, através do recurso a soluções edificadas densificadas compostas por bandas de edifícios unifamiliares e/ou de pequenos edifícios multifamiliares, criando espaços públicos urbanos positivamente caracterizados, contínuos, equipados e vitalizados, mas mantendo uma forte e alternativa ligação aos espaços domésticos e privatizados e, sempre que possível, a recintos públicos de vizinhança próxima, associados a núcleos restritos de fogos, dinamizadores do convívio local, e que estabeleçam a transição entre os espaços acima referidos.

Na concepção do sistema de espaços públicos deve visar-se objectivamente o convívio local, por incentivo ao recreio de crianças e jovens, ao acompanhamento de crianças pequenas a parques infantis, à prática de actividades desportivas comuns e aos hábitos de estadia no exterior, em espaços bem situados relativamente às principais zonas de acessibilidade e caracterizados por prioridade pedonal.

A atractividade da imagem urbana dos empreendimentos não deve ser secundarizada por outros objectivos.  Referem-se como principais aspectos a ponderar: a sobriedade e dignidade da arquitectura urbana edificada, o equilíbrio de volumetrias e a integração de elementos bem conhecidos do vocabulário urbano corrente.

A durabilidade dos edifícios e dos espaços exteriores residenciais deve ser considerada desde a fase de concepção, ponderando-se aspectos tais como: a dimensão total do conjunto, o equilíbrio entre tipo e dimensionamento do espaço público e respectivo número de utentes directos, os tipos de usos prováveis, as responsabilidades das diversas entidades na manutenção, os usos desejados pelos moradores e a respectiva capacidade financeira para suportar a manutenção.


vi) Inovações na promoção de HCC

As inovações a introduzir nos novos empreendimentos de HCC devem resultar de uma análise cuidadosa das necessidades e aspirações dos seus potenciais moradores, inovando-se com um objectivo essencial de adequação aos habitantes e avaliando-se, posteriormente, as repercussões das alterações introduzidas.

Considera-se, ainda, que na habitação e designadamente na promoção de habitação de interesse social de realojamento e destinada a grupos socioculturais sensíveis e potencialmente de diálogo complexo, não se devem aceitar experiências arquitectónicas e tipológicas pouco fundamentadas e cujas influências na vivência diária e na apropriação pelos habitantes não sejam razoavelmente conhecidas; e esta condição é tanto mais crítica quanto menor for a articulação com os moradores e quanto mais frágeis, em termos sociais e económicos, sejam os grupos socioculturais envolvidos.

Importa ter em conta, tal como foi já apontada, uma nova promoção de HCC intergeracional, adaptável e equipada, estrategicamente adequada ao uso por pessoas fragilizadas e/ou que vivam sozinhas, mas sempre num quadro residencial sem quaisquer estigmas de “lar de e idosos”, constituindo uma nova oferta de HCC intergeracional e capaz de associar com proveitos mútuos os aspetos puramente habitacionais e urbanos com os apoios sociais e de saúde e bem-estar, num quadro vivencial naturalmente convivial e estimulante.


vii) Investigação, divulgação e intercâmbio na HCC

Devem ser desenvolvidos estudos de investigação sobre a qualidade da HCC, apontando-se como temas de interesse:

  • a caracterização dos modos de vida de diferentes tipos de população;
  • a definição de programas de exigências aplicáveis à HCC;
  • a análise de soluções de sucesso, designadamente, em termos de satisfação residencial e integração urbana;
  • a avaliação regular de amostras representativas do parque de habitação de interesse social, com um aprofundamento específico nas tipologias consideradas , em princípio, mais problemáticas;
  • e a caracterização pormenorizada de diferentes tipologias e agrupamentos habitacionais, por exemplo, em aspectos de dinamização do convívio e da associação para efeitos de gestão corrente.

Devem ser realizadas acções de divulgação periódicas dos estudos realizados sobre a habitação e a HCC, em particular.

Devem ser realizados programas de intercâmbio de experiências no domínio da HCC com países cuja realidade sociocultural seja próxima da portuguesa.

As RTHS devem ser revistas, considerando-se, designadamente, aspectos taiscomo:

  • flexibilização de áreas e de tipologias de fogos e de edifícios;
  • consideração de novas formas de habitar;
  • consideração da introdução de HCC como elemento de vitalização urbana local;
  • definição de medidas de apoio técnico ao projecto e execução;
  • consideração de acções de preparação e acompanhamento da ocupação pelos habitantes;
  • compatibilização com novos regulamentos;
  • e desenvolvimento das exigências relacionadas com o projecto urbano.

5. Breves notas conclusivas

O estudo sintetizado no presente artigo procurou caracterizar o parque habitacional de Habitação de Interesse Social (HIS) financiado, em Portugal, pelo Instituto Nacional de Habitação (hoje IHRU) no decénio entre cerca de 1988 a 1997, no que se refere às três tipologias de promoção existentes – municipal, cooperativa e privada – um decénio que podemos definir como “central” e extremamente significativo da promoção de HIS Portuguesa, integrada no âmbito do que podemos definir ter sido a “Escola” de promoção de HIS pelo INH/(IHRU), durante cerca de um quarto de século (a partir de 1984). 

O principal objetivo deste estudo é a contribuição para o aprofundamento do conhecimento sobre os factores que influenciam a qualidade arquitectónica habitacional, e afigura-se de grande utilidade pois permite, quer fundamentar acções de melhoria das condições habitacionais dos empreendimentos construídos, quer perspectivar as características que se deve procurar alcançar em novos conjuntos residenciais de "custos controlados".

O estudo incluiu a apreciação dos modelos de arquitectura urbana, considerando desde os processos de promoção à sua caracterização hierarquizada, desde a Vizinhança Alargada aos agrupamentos de Vizinhança Próxima, aos Edifícios e aos Fogos e tendo em conta a apropriação e a satisfação dos habitantes.

O estudo visou o apontamento da caracterização da promoção de habitação de interesse social pelo Estado, em Portugal no final do Século XX, julgando-se, no entanto, que muitas das suas observações mantêm grande atualidade.

 

 

Agradecimentos

Agradece-se ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, então Instituto Nacional de Habitação, que apoiou o desenvolvimento do  estudo, realizado em 1998, que possibilitou o relatório LNEC que agora e parcialmente se sintetiza neste artigo; e no que se refere a esse estudo faz-se uma referência específica ao fundamental apoio dos vários responsáveis do INH, na altura e designadamente: o Arq.º Vasco Folha, o Eng.º Defensor de Castro e o Eng.º Hermano Vicente; agradece-se ainda aos responsáveis pelos diversos empreendimentos que foram visitados e estudados no decurso da análise urbana e habitacional retrospectiva e multidisciplinar que antecedeu esse estudo. No que se refere ao estudo/relatório do LNEC que enquadra o presente artigo agradece-se ao Eng.º José Vasconcelos Paiva a cuidadosa revisão do texto, bem como à Técnica Superior Anabela Manteigas, por uma revisão final cuidadosa e eficaz.

Faz-se, em seguida, o devido registo da equipa do LNEC que realizou a “2.ª Análise retrospectiva do parque financiado pelo Instituto Nacional de Habitação nos anos de 1989/95. Análise arquitectónica”, depois editada pelo LNEC (Relatório 115/2011 – NAU), uma equipa que o autor do presente estudo coordenou e de cujo trabalho resultaram os elementos que basearam parte das reflexões que constam deste artigo: na segurança e instalações o doutor Eng.º António Leça Coelho, então Investigador Principal com Habilitação do NAU do LNEC; na construção a Eng.ª Fernanda Carvalho, então Investigadora Principal (ap.) do Núcleo de Tecnologia da Construção (NTC) do LNEC; no desenho urbano e na arquitectura o Arq.º e doutor em Arquitectura João Branco Pedro, então Investigador Auxiliar e membro do NAU do LNEC; e na satisfação residencial, a doutora Marluci Menezes, então Investigadora Auxiliar e Chefe do Núcleo de Ecologia Social (NESO) do LNEC.

 

Bibliografia principal sobre HCC

CABRITA, A. Reis - A Futura Habitação Apoiada. Lisboa: LNEC, 2000. (Relatório 75/00-NA)

COELHO, A. Baptista - Qualidade Arquitectónica e Satisfação Residencial na Habitação de Interesse Social em Portugal no Final do Século XX. Lisboa: LNEC, 2011. (Relatório 176/2011-NAU)

COELHO, A. Baptista; PEDRO, J. Branco – 1.ª Análise Retrospectiva do Parque Financiado pelo INH nos Anos de 1985/87. Análise Arquitectónica,  Fichas de Resumos dos Empreendimentos e Elementos Gráficos dos Projectos.  Lisboa : LNEC, 1995.  (Relatório n.º 195/95-NA).

COELHO, A. Baptista; FREITAS, M. João; FARIA, M. Paulina; CABRITA, A. Reis;
PEDRO, J. Branco; MENEZES, Marluci; REIS, Susana; COELHO, A. Leça – 1.ª Análise Retrospectiva do Parque Financiado pelo INH nos anos de 1985/87.  Lisboa : LNEC, 1995.
(Relatório n.º 347/95-NA).

COELHO, A. Baptista; PEDRO, J. Branco; COELHO, A. Leça – 2.ª Análise retrospectiva do parque financiado pelo Instituto Nacional de Habitação nos anos de 1989-2005.  Análise arquitectónica.  Lisboa : LNEC, 2011.  (Relatório 115/2011 – NAU).

COELHO, A. Baptista; CABRITA, A. Reis – Espaços exteriores em novas áreas residenciais.  Lisboa : LNEC, 1999. 154 p.  (Informação Técnica de Arquitectura, ITA 3).  ISBN 972-49-1411-9.

COELHO, A. Baptista – Qualidade arquitectónica residencial.  Rumos e factores de análise.  Lisboa : LNEC, 2000.  500 p.  (Informação Técnica de Arquitectura, ITA 8).  ISBN 972-49-1857-2.

António Baptista Coelho – INH, Instituto Nacional de Habitação 1984-2004 20 Anos a Promover a Construção de Habitação Social. INH, Lisboa, 456 pp. Ilustrado, ed. Bólingue, 2006 (edição institucional não disponível em livraria)

António Baptista Coelho, Pedro Baptista Coelho – Habitação de Interesse Social em Portugal 1988-2005 – Prefácios de Nuno Teotónio Pereira e Raúl Hestnes Ferreira. Livros Horizonte, Lisboa, 327 pp. ilustrado, 2009.

 

Sobre as temáticas habitacionais: últimos artigos com links nos títulos (formato usado na Infohabitar)

 

Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 904 – Lisboa, quarta-feira, junho, 12, 2024. (14 p.)

Sugestão de aspetos operacionais para a urgente promoção, em Portugal, de habitação de interesse social com qualidade e custo controlados – Infohabitar # 903. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 903 – Lisboa, quarta-feira, maio, 29, 2024. (15 p.)

Sobre o Grupo Habitar, hoje GHabitar APPQH (GH) e a sua renovação I – Infohabitar # 902. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 902 – Lisboa, quarta-feira, maio, 22, 2024. (11 p.)

Uma opinião sobre como fazer “habitação para o maior número" – Infohabitar # 901. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 901 – Lisboa, quarta-feira, maio, 15, 2024. (8 p., 2 fig.)

Habitação e Cidade de Interesse Social em Portugal; mais algumas opiniões – Infohabitar # 900. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 900 – Lisboa, quarta-feira, maio, 8, 2024. (9 p., 4 fig.)

Sobre a Habitação de Interesse Social Portuguesa já feita e a que falta fazer, e a propósito dos 50 Anos do 25 de Abril – Infohabitar # 899. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XIX, n.º 899 – Lisboa, quarta-feira, abril, 24, 2024. (11 p., 8 fig.)

AAVV – Catálogo interativo Infohabitar em Janeiro de 2024 - https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view

Comentários sobre a recente promoção de habitação de interesse social cooperativa em Portugal – infohabitar # 800. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 800 – Lisboa, quarta-feira, dezembro, 01, 2021. (5 p., 1 fig.)

Por uma nova “Habitação (de Interesse) Social” com boa Arquitectura – Infohabitar # 785. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 785 – Lisboa, terça-feira, julho, 27, 2021. (11 p., 6 fig.)

Das Vizinhanças à Habitação de Interesse Social em três artigos ilustrados – infohabitar # 776. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 785 – Lisboa, terça-feira, maio, 11, 2021. (4 p., 6 fig.)

A propósito dos fogos de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 775. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 775 – Lisboa, terça-feira, maio, 04, 2021. (17 p., 21 fig.)

A propósito dos edifícios de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 774. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 774 – Lisboa, terça-feira, abril, 27, 2021. (15 p., 16 fig.)

A propósito das vizinhanças de Habitação de Interesse Social – infohabitar # 773. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 7738 – Lisboa, terça-feira, abril, 20, 2021. (12 p., 12 fig.)

Habitação de Interesse Social Portuguesa: passado e futuro (série editorial de oito artigos) – infohabitar # 772. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 772 – Lisboa, terça-feira, abril, 06, 2021. (9 p., 4 fig.)

Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa:  aspetos a salientar – infohabitar # 771. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 771 – Lisboa, terça-feira, março, 30, 2021. (30 p., 25 fig.)

Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa: do bairro à habitação – infohabitar # 770. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 770 – Lisboa, terça-feira, março, 23, 2021. (31 p., 24 fig.)

Contribuição para a melhoria da nova Habitação de Interesse Social Portuguesa - infohabitar # 769. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 769 – Lisboa, terça-feira, março, 16, 2021. (31 p., 18 fig.)

Pequena revisão crítica da última Habitação de Interesse Social Portuguesa; do pequeno bairro ao fogo - infohabitar # 768. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 768 – Lisboa, terça-feira, março, 09, 2021. (20 p., 8 fig.)

Caracterização geral da promoção de Habitação a Custos Controlados (HCC) apoiada pelo INH/IHRU – infohabitar # 767. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 767 – Lisboa, terça-feira, março, 02, 2021. (15 p., 8 fig.)

A propósito dos “anos dourados” das cooperativas de habitação económica, entre 1974 e 1984, ainda antes da criação do INH (série editorial: artigo 3/8) – infohabitar # 765. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 765 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 16, 2021. (20 p., 15 fig.)

Pequena viagem pelos cerca de 70 anos de Habitação de Interesse Social Portuguesa (HISP) antes do INH/IHRU (série editorial: artigo 2/8) – infohabitar # 764. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 764 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 09, 2021. (24 p., 14 fig.)

Desenvolver a qualidade arquitectónica e a satisfação residencial na nova habitação de interesse social portuguesa (série editorial: artigo 1/8) – infohabitar # 763. António Baptista Coelho – Infohabitar, Ano XVII, n.º 763 – Lisboa, terça-feira, fevereiro, 02, 2021. (11 p., 3 fig.)

COELHO, António Baptista – Infohabitar, Ano XIV, n.º 656, segunda -feira, setembro 17, 2018,O HABITAR DE INTERESSE SOCIAL E O HABITAR COOPERATIVO Conjunto de 13 artigos (3 pp.).

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

 

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

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Contributos para a Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa – Infohabitar # 904

Infohabitar, Ano XX, n.º 904

Edição: quarta-feira, 12 de junho de 2024

Infohabitar

Editor:

António Baptista Coelho, Arquitecto (ESBAL), doutor em Arquitectura (FAUP), Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC)

abc.infohabitar@gmail.com

Edição:

Olivais Norte,  Encarnação, Lisboa;  e Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja.

A Infohabitar é uma Revista da GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho – Lisboa

 

Continuidade na investigação habitacional aplicada

Investigação aplicada sobre tecnologias construtivas habitacionais

Investigação aplicada da relação entre os aspetos construtivos e os respetivos custos finais e de gestão da habitação

Promoção habitacional apoiada pelo Estado bem enquadrada por um Instituto público eficaz e bem equipado

Apoio técnico estatal à promoção municipal dos fogos do PRR

Tirar todo o partido do potencial habitacional dos parceiros municipais, cooperativos e privados

Redefinir, oficial e ciclicamente, objetivos de qualidade habitacional, urbana e humana

Privilegiar a redensificação e revitalização urbana localizada e estratégica

Privilegiar a aplicação de um amplo e adequado leque de tipologias habitacionais e urbanas

Aprofundar os aspetos práticos da qualidade arquitectónica

Considerar os tempos próprios para o novo desenvolvimento habitacional e urbano, assegurando as necessárias alianças políticas e aplicando adequados quadros organizativos como é o caso de uma “estrutura de missão”