quarta-feira, junho 28, 2023

«A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro», de Alberto Sousa : breve apresentação da nova edição – Infohabitar # 865

 Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):

https://docs.google.com/document/d/1WzJ3LfAmy4a7FRWMw5jFYJ9tjsuR4ll8/edit?usp=sharing&ouid=105588198309185023560&rtpof=true&sd=true

«A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro», de Alberto Sousa : breve apresentação da nova edição – Infohabitar # 865

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 865

Edição: quarta-feira, 28 de junho de 2023

 

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo realizamos um pequeno intervalo na edição da nova série editorial dedicada à temática geral da “Segregação sócio-espacial em contexto urbano”, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil, que será retomada já na próxima semana.

Esta semana e tal como já aconteceu já,  várias vezes, aqui na Infohabitar, acolhemos com imensa satisfação a divulgação de mais uma iniciativa editorial do nosso autor (Infohabitar) Alberto Sousa: a segunda edição – revista e visualmente melhorada – do livro de Alberto Sousa, intitulado “A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro”.

Lembra-se que o Prof. Arquiteto Alberto Sousa é já um estimado co-autor da nossa Infohabitar, desde 2008, desejando-se que esta colaboração continue em anos vindouros, e aproveitando-se para enviar ao amigo e colega um forte abraço de parabéns por mais esta sua obra e os desejos de que a sua intensa e valiosa actividade editorial continue por muitos e bons anos.

Recorda-se, como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Lisboa, em 26 de junho de 2023

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar

 

Breves notas biobibliográficas:

Nascido em João Pessoa-PB (1951), Alberto José de Sousa é arquiteto graduado pela UFPE (Recife, 1973), desenvolveu o mestrado (M Phil) na Universidade de Edimburgo (em 1979), doutorou-se na Universidade de Paris I (em 1990) e pós-doutorou-se na Universidade Nova de Lisboa (em 2001).


Até ao presente, Alberto José de Sousa escreveu os livros "Arquitetura neoclássica brasileira: um reexame" (1994), "O classicismo arquitetônico no Recife imperial" (2000), "O ensino da arquitetura no Brasil imperial" (2001), "Do mocambo à favela: Recife, 1920-1990" (2003), "A invenção do barroco brasileiro: a igreja franciscana de Cairu" (2005), "A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro" (2007) e "Sete plantas da capital paraibana, 1858-1940" (2010); e “A progênie brasileira de uma fachada da Renascença. The brazilian progeny of a renaissance façade” (2018); é ainda co-autor do livro "Guia do Recife: arquitetura e paisagismo" (2004);

Foi professor do Departamento de Arquitetura da UFPB entre 1983 e 2013.

 


Fig. 1: capa do livro


Está, então, disponível, sem custos,na Internet a segunda edição – revista e visualmente melhorada – do livro de Alberto Sousa, intitulado “A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro”, que se julga de grande interesse, para os leitores em língua portuguesa e com um especial e natural relevo para o leitor português.

Esta renovada edição do livro “A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro” pode ser acedida no seguinte endereço:

https://www.researchgate.net/publication/371602214


Fig. 2: N.º 27, Praça do Príncipe Real

A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro

Esta é a segunda edição de um livro publicado, na forma impressa, em 2007.

O livro analisa e evidencia um segmento da arquitetura portuguesa – de linguagem classicista e produzido na segunda metade do oitocentos – que derivou, como ele argumenta, de um estilo desenvolvido no brasil e ali utilizado entre o meado dos anos 1820 e o final do século: O classicismo imperial brasileiro.

Para embasar tal estudo, o livro também analisa a gênese e o desenvolvimento inicial desse estilo brasileiro.


Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

«A variante portuguesa do classicismo imperial brasileiro», de Alberto Sousa : breve apresentação da nova edição – Infohabitar # 865

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 865

Edição: quarta-feira, 28 de junho de 2023

Infohabitar

Editor: António Baptista Coelho, Investigador Principal do LNEC

abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt

A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.

quarta-feira, junho 21, 2023

Clarificação conceitual de segregação sócio-espacial e suas principais modalidades – Infohabitar # 864

Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):

https://docs.google.com/document/d/1WzJ3LfAmy4a7FRWMw5jFYJ9tjsuR4ll8/edit?usp=sharing&ouid=105588198309185023560&rtpof=true&sd=true

 

Clarificação conceitual de segregação sócio-espacial e suas principais modalidades – Infohabitar # 864

 

Artigo IV da série editorial da Infohabitar “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada, pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na Infohabitar.

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 864

Edição: quarta-feira, 21 de junho de 2023

 

Caros leitores da Infohabitar,

É com muito gosto que, com o presente artigo, damos continuidade à edição da nova série editorial dedicada à temática geral da Segregação sócio-espacial em contexto urbano”, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil.

Este gosto muito especial resulta de a autoria deste conjunto de artigos ser do Professor Anselmo Belém Machado um dos mais assíduos articulistas da nossa Infohabitar, que aqui saudamos calorosamente, e que, assim, e com base na adaptação da sua tese de doutoramento a uma sequência de artigos, nos irá acompanhar ao longo de algumas semanas com a edição de um conjunto de artigos sequenciais relativos à fundamental e sempre presente problemática da Segregação sócio-espacial em contexto urbano”; edição esta que irá sendo intercalada com outros artigos e designadamente com os da série editorial dedicada ao PHAI3C.

Agradecemos, portanto, ao colega Anselmo Belém Machado, por mais esta excelente contribuição para o acervo editorial da nossa revista e aproveitamos para referir que se prevê que a respetiva base bibliográfica deste conjunto de artigos, por ser muito extensa, seja repartida em quatro partes, sequencialmente editadas, ao longo dos diversos artigos que integram a série editorial; podendo ainda ser posteriormente republicada, na íntegra, numa edição específica e sequencial ao remate editorial da série; proporcionando-se, assim, aos interessados uma melhor consulta à globalidade da mesma bibliografia.

Recorda-se, como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Lisboa, em 21 de junho de 2023

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar

 

Clarificação conceitual de segregação sócio-espacial e suas principais modalidades – Infohabitar # 864

Anselmo Belém Machado

 

Resumo curricular de Anselmo Belém Machado

Doutor em geografia Humana pela Universidade do Minho (Portugal). Com mestrado em Organização do Espaço Rural no Mundo Subdesenvolvido, licenciado e bacharel em geografia na Universidade Federal de Sergipe (Brasil).

O autor tem experiência profissional em ensino, pesquisa e extensão nas seguintes Universidades: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor associado no Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O autor tem as seguintes áreas de interesse: Geografia Humana, Geografia Urbana e em Estudos de Segregação Sócio Espacial (Portugal e Brasil). 

 

Série Editorial sobre Segregação Sócio-espacial em Contexto Urbano: Texto de apresentação

Face ao contexto actual de urbanização acelerada, são vários os desafios que se colocam ao desenvolvimento das cidades contemporâneas, de entre os quais aqueles que se relacionam com a urgência de novas políticas de gestão urbana, capazes de promover um urbanismo inclusivo que contribua para o surgimento de cidades socialmente mais coesas, integradas e justas. Assim, importa reforçar o conhecimento existente em torno das dinâmicas urbanas de segregação sócio- espacial. Este trabalho contribui para esta reflexão a partir de uma investigação que se singulariza por uma abordagem comparativa desenvolvida a dois níveis. Por um lado, trata-se de um estudo de geografia urbana que privilegia a comparação entre duas cidades (Braga em Portugal e Aracaju no Brasil), que embora se enquadrem em países diferentes e com culturas e realidades sócio- econômicas específicas, enfrentam ambas processos de segregação sócio-espacial no interior das suas malhas urbanas. Por outro lado, trata-se de um estudo que confronta simultaneamente a análise de dinâmicas espaciais distintas, quer a concentração de cidadãos de baixo nível sócio- económico (segregação imposta), quer a realidade oposta onde a homogeneidade sócio- económica de algumas bolsas territoriais se faz sentir pela presença exclusiva de cidadãos de altos rendimentos (auto-segregação).

 

Clarificação conceitual de segregação sócio-espacial e suas principais modalidades – Infohabitar # 864

 

A - Conceito de segregação sócio-espacial

 

Como foi referido, o fenômeno da segregação sócio-espacial urbana foi estimulado após a segunda metade do final do século XIX, e sobretudo na sequencia das inovações tecnológicas e decorrentes alterações económicas, sociais, demográficas e territoriais que se sucederam à segunda revolução industrial. Diante dessas transformações, a cidade e particularmente as cidades europeias, deram um salto no processo de urbanização.

Posteriormente e mais tarde. a partir do último quartel do século XX, ocorreram também profundas mudanças nas estruturas da sociedade, da economia e cultura (Sposito, 2008, p.55) que impulsionaram um imenso crescimento urbano, acompanhado pela grande migração das áreas rurais para as áreas urbanas e das pequenas cidades para as áreas metropolitanas. Deste intenso processo de urbanização decorreram inúmeros problemas urbanos derivados de uma crescente segregação sócio-espacial urbana, numa primeira fase especialmente nos países mais industrializados e desenvolvidos, sendo que posteriormente estes vieram a manifestar-se mais fortemente nos países denominados pobres ou em desenvolvimento, onde as populações carentes são mais abundantes e onde se revela mais premente a luta pelo “direito à cidade” (Lefebvre, 2001). A manifestação de problemas urbanos faz-se assim sentir a nível mundial e parece não se atenuar com a passagem do tempo, pois as transformações de ordem social e económica ocorridas recentemente, tais como a globalização, a redução do papel do Estado, as migrações nacionais e internacionais, de entre as quais se posicionam também os recentes fluxos de refugiados para países mais desenvolvidos e estruturados, têm vindo a promover inúmeras transformações na paisagem, na morfologia e na estrutura das cidades contemporâneas, muitas das quais associada ao fenómeno da segregação sócio-espacial.

Buscando uma compreensão acerca do conceito de segregação sócio-espacial, esta tese toma como referência o contributo de diversos autores. Marques (2010, p. 31) conceitua a segregação social “como separação de grupos sociais em áreas relativamente homogéneas e distantes entre si no território da cidade”. De acordo com Vasconcelos (2016) o conceito de segregação em espaço urbano é muito abrangente e pode ser analisado de vários prismas, associados a: espaços residenciais, espaços económicos, espaços culturais, étnicos, etc. Sendo que nesta tese, a preocupação com o fenômeno da segregação está mais diretamente relacionada com a segregação urbana residencial. Segundo Vasconcelos (2016, p.18/22) a segregação sócio- espacial urbana tem também vários adjetivos, tais como: diferenciação sócio-espacial, desigualdade sócio-espacial, justaposição e separação, dispersão, ou a fragmentação. “A fragmentação, noção mais recente, também é bastante interessante para descrever a heterogeneidade das cidades atuais, sobretudo nos países pobres e ‘emergentes’”. (Vasconcelos, 2016, p. 21).

Corrêa (2016, p. 11), “afirma que a segregação residencial é um dos processos espaciais que geram a fragmentação do espaço urbano”, contribuindo de maneira significante para a reprodução das diferenças sociais e económicas existentes nas cidades. À medida que a segregação residencial promove a fragmentação do espaço urbano, aprofunda a valorização diferenciada do solo nas cidades e “filtra” por nível de renda, o grupo que deve residir, ou não, naquele bairro. Surgindo assim bairros onde reside apenas a população de maior poder aquisitivo. Enquanto que os mais carenciados são ‘forçados’ a residir em áreas menos valorizadas da cidade, na maioria dos casos, em áreas muito precárias e nas periferias das cidades. A cidade fragmentada é também o resultado das opções tomadas em matéria de infraestruturação, por acção do Estado, quando legitima as obras de construção, pavimentação, drenagem, sistema de esgotos, etc. Esses investimentos infraestruturais têm moldado a morfologia das cidades, de maneira muito desigual, formando várias paisagens que parecem estar em harmonia, mas que na realidade não estão, promovendo profundas dinâmicas de fragmentação espacial.

 

Assim, o conceito de segregação sócio-espacial dá realce ao facto de diferentes áreas das cidades terem suas características próprias, que estão relacionadas com as condições económicas das populações que residem nesses bairros específicos, quer sejam mais desqualificados, onde reside população economicamente mais carenciada, quer seja nos bairros melhor estruturados, onde residem as populações de alta renda. Esta tese vai precisamente analisar como as diferenças socio-económicas têm contribuído para aprofundar o processo de fragmentação do espaço urbano, com o surgimento de diferentes morfologias com paisagens urbanas contrastantes. Essas diferenças revelam que a cidade está muitas vezes estratificada por grupos humanos, com a separação física de classes sociais por bairros com absurdas discrepâncias na qualidade das moradias e no nível de infraestruturação. Como descrito por Moreira Junior (2010) a “cidade partida” é a cidade real, onde existem as diversas classes sociais, que dividem o “palco” que é essa cidade partida, dividida e segregada.

 

Conforme o que está sendo vivenciado no processo de produção e reprodução do espaço urbano e das relações sociais vigentes, se consegue verdadeiramente compreender a segregação sócio- espacial urbana quando esta é inserida nas dinâmicas mais vastas de promoção de diferenciações sociais com suas desigualdades económicas. Pois de acordo com Harris (1984) Op. cit. Corrêa (2016, p. 40) “a segregação compreende a segregação de classes e a “diferenciação residencial”, que devem ser consideradas juntas, e não separadamente, ou privilegiando a segunda em detrimento da primeira, ...”

A este respeito Alvarez (2016) no seu artigo “A segregação como conteúdo da produção do espaço urbano”, ressalta que a segregação faz parte dos princípios da produção do espaço urbano capitalista. Na medida em que esse processo promove a estratificação dos diferentes grupos sociais humanos em classes antagónicas, com reflexos nos processos e dinâmicas de urbanização em curso. Alvarez (2016) também destaca que estes problemas têm revelado mais relevância e expressividade dada as várias transformações que têm afectado as grandes cidades e a sua importância na ampliação do desenvolvimento capitalista da atualidade.

“Entre essas transformações, inclui-se a desativação e introdução de novos usos em antigas áreas industriais e portuárias, projetos de revitalização de centros urbanos, expansão de área urbanizada, valorização de áreas periféricas, adensamento de verticalização, desvalorização de ativos imobiliários, remoção de populações, que além de expressarem novas morfologias, usos e funções, também sinalizam para mudanças estruturais na reprodução social.” (Alvarez, 2016, p.111).


Essas alterações que vêm ocorrendo nas cidades no início do século XXI, com novos usos e funções económicas, têm alterado a paisagem urbana com o surgimento de novas morfologias urbanas que contudo favoreceram a reprodução social. Nesse sentido Alvarez (2016, p. 112) reforça que “o espaço é entendido como parte da reprodução social”. Assim, o espaço além de ser uma “condição” de reprodução do capital ele é um “meio” para a reprodução social e económica da sociedade. Com isto, pode ser reforçado que a paisagem urbana demonstra as desigualdades, visto que a morfologia urbana evidencia e até favorece os contrastes sociais e económicos nos espaços construídos. Este é uma fenómeno que ocorre mundialmente embora nas cidades de países periféricos esse fenômeno é mais forte, visto que nesses países existe uma grande desigualdade social e económica que é reforçada pela exploração dos trabalhadores, a quem não são muitas vezes garantidos os direitos mais básicos como o acesso a uma moradia digna. 

Os processos de reprodução do capital utilizam os setores financeiro, fundiário e imobiliário, para aprofundar essa reprodução e tornar a cidade ainda mais segregada, com os limites entre os diferentes bairros a reforçar a estratificação social dos moradores. O espaço construído diferenciado, impõe de facto um limite entre os que têm e os que não têm, sendo que não a verticalização do espaço construído revela essa situação contrastante. Atualmente existem muitos condomínios residenciais horizontais, que ocupam grandes superfície, particularmente, nas áreas nobres das cidades, e que são também eles formas de sedimentar a reprodução de classes. Além de usufruírem de áreas enormes, esse grupo populacional de alta renda, podem nesses condomínios horizontais beneficiar de vários serviços de proteção, além de toda uma estrutura de luxo e lazer.


Ainda seguindo e partilhando esta visão Souza (2016) faz um estudo sobre a segregação sócio- espacial no Brasil com o qual critica a cidade “empresarialista”, que utiliza os grandes eventos, tais como a copa do mundo, as olimpíadas, os jogos pan-americanos e outros, para favorecimento económico pessoal dos empresários e dos políticos (gestores municipais e estaduais principalmente) em detrimento dos investimentos necessários que não são realizados nas periferias, de maneira mais acentuada nas grandes cidades. Assim se vai implementando a cidade segundo uma lógica que vai perpetuando a segregação sócio-espacial como forma de reforçar a estratificação social, sendo que a este respeito Souza (2016) critica as práticas de desassistência, abandono e descaso, em que as dinâmicas de revitalização, regeneração, requalificação, gentrificação, renovação urbana, podem ser entendidas como fazendo parte de um processo mais amplo e vasto de reprodução social. 

A propósito das dinâmicas variadas de segregação sócio-espacial, Rodrigues (2016) chama atenção no seu estudo “Loteamentos murados e os condomínios fechados: propriedade fundiária urbana e segregação sócio espacial”, acerca do modo como estes estão fortemente presentes na atualidade e em forte processo de difusão. De acordo com a autora citada, esse fenômeno teve uma ampliação mundial. A autora ênfase ao caso brasileiro, acentuando que este tipo de loteamentos fechados não estão previstos na legislação brasileira sendo que o Estado é considerado refém do setor imobiliário e é considerado conivente com essa segregação sócio- espacial. Pois os promotores desses condomínios beneficiam de toda a infraestrutura necessária para que o novo imóvel seja construído, recebendo, muitas vezes ainda antes da construção do imóvel, todos os investimentos de espaço público, iluminação, pavimentação e saneamento básico, investimentos que não ficam disponíveis para serem usufruídos por todos.


“Eles devem seguir a legislação de parcelamento do solo urbano (Brasil Lei 6.766/1979) que prevê o parcelamento de uma gleba em parcelas menores de terra (os lotes), acompanhadas de infraestrutura urbana (rede de esgoto, de água, de energia elétrica domiciliar e pública), de ruas e espaços públicos (áreas de uso comum e uso institucional). As ruas e espaços públicos devem ser entregues à municipalidade para serem utilizados por todos.” (Rodrigues, 2016, p.152).


Os gestores municipais, os incorporadores imobiliários e os proprietários dos imóveis, reforçados pelo Estado, justificam e divulgam a necessidade da existência dos condomínios fechados pelo fato da insegurança e do medo terem aumentados absurdamente, nas populações de média e alta renda. Mas Rodrigues (2016) esclarece que “Ao mesmo tempo que viver intramuros pode aumentar a segurança, fora deles a insegurança também pode aumentar”. (p.156). Não se pode viver, permanentemente, enclausurado. Pois quando for necessário sair, a insegurança e medo voltam e então é preciso dirigir automóveis blindados, pois caminhar livremente pelas ruas não é mais tranquilo, sobretudo quando anoitece.

Rodrigues (2016) explora e aprofunda o seu argumento fazendo um estudo sobre o medo, utilizando para isso as reflexões de diversos autores. Segundo Wolff, (2007, p. 20) Op. cit. Rodrigues (2016, p. 149) “O medo é um sentimento engendrado não por alguma coisa relacionada ao presente, mas por alguma coisa ligada ao futuro. Temos medo por definição não do que acontece no presente, mas daquilo que pode acontecer”. A respeito desse assunto, Kehl (2007, p. 89), Op. cit. Rodrigues (2016, p. 150), acrescenta que “o mais terrível no mundo atual não é a presença do medo, e sim o fato de que toda a enorme variedade dos sentimentos de medo ficou encoberta por sua dimensão mais opressiva, mais empobrecedora, que é o temor em relação aos nossos semelhantes”. E é partindo destas reflexões que Rodrigues (2016) vai encontrar fundamento para a crescente difusão de condomínios privados nas cidades contemporâneas, quando se socorre das ideias partilhadas por Caldeira (2000: p. 9) Op. cit. Rodrigues (2016, p. 151) ao descrever que os “grupos que se sentem ameaçados com a ordem social que toma corpo nas cidades contemporâneas constroem enclaves fortificados para sua residência, trabalho, lazer e consumo”. Assim, processos de segregação sócio-espacial urbana e residencial estão, na atualidade, tornando as cidades em tipos de “enclaves fortificados”, onde os diversos aparelhos e serviços de segurança privada, instalados nos condomínios de luxo, reforçam maneiras de separar os que têm dos que não têm.

“Nas últimas décadas, a proliferação de enclaves fortificados vem criando um novo modelo de segregação espacial e transformando a qualidade da vida pública em muitas cidades ao redor do mundo. Enclaves fortificados são espaços privatizados, fechados e monitorados para residência, consumo, lazer ou trabalho. Esses espaços encontram no medo da violência uma de suas principais justificativas e vêm atraindo cada vez mais aqueles que preferem abandonar a tradicional esfera pública das ruas para os pobres, os "marginais" e os sem-teto.” (Caldeira, 1997, p. 155). 

Vivemos assim hoje em cidades que estão cada vez mais associadas ao medo, sendo que este vai influenciar também na forma e evolução do espaço urbano e não apenas nos modos de vida, pois como refere Bauman (2009, p. 40) Op. cit. Rodrigues (2016, p.151), hoje os processos de transformação urbana, através da vulgarização das gated and secure communities são em grande medida comandados por objectivos que visam a “blindagem” dos grupos privilegiados, algo para que contribuem múltiplos mecanismos:

Mas, tal como a segregação sócio-espacial urbana, resulta da criação destas ‘cidades fortificadas’ onde existe uma concentração espacial de cidadãos de altos rendimentos e qualificações (condomínios privados, bairros de luxo), do mesmo modo resulta, no extremo oposto, da concentração espacial de cidadãos de baixos rendimentos e qualificações, nos denominados “bairros sociais” (maioritariamente edificados na periferia), ou bairros de génese ilegal constituídos por uma população de baixa ou sem renda. Sendo que por vezes está também associada a questões étnicas e raciais, sobretudo no continente norte e sul americano. No estudo de Tineu e Borges (2016) acerca da segregação racial sofrida pelos negros em São Paulo, os autores concluíram que esta população tem menor nível de escolaridade, empregos pior remunerados, mesmo em cargos de chefia, e quanto à dimensão habitacional, o local de moradia dos negros tende a coincidir com as áreas mais desestruturadas da cidade.


“A população negra da cidade de São Paulo em sua maioria reside na periferia, constituindo-se parcela mais pobre da população residente nas franjas da cidade de São Paulo e nos municípios limítrofes da Capital.”. (Tineu e Borges, 2016, p.15).

 

“A região metropolitana de São Paulo reproduz a estruturação da estratificação social do Brasil, uma segregação residencial por raça e classe”. (Tineu e Borges, 2016, p.18). 

Segundo o relatório das Nações Unidas e divulgado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (ONU/DESA, 2013), a Terra terá em 2050 mais de 3 bilhões de pobres sobrevivendo em áreas periféricas, bairros sem estrutura urbana e sem saneamento e muitos desses pobres residem em áreas excluídas, denominadas de Favelas no Brasil. Também de acordo com este relatório das Nações Unidas, em 2013 o mundo tinha 1 bilhão de pessoas residindo em áreas sem nenhuma infraestrutura e sem condições de saúde, sem saneamento e sem renda. Num outro relatório mais recente (ONU, 2016) ‘1º Relatório de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável’, conclui-se que a miserabilidade continua assustadora, criando-se assim condições para a proliferação de processos de urbanização de forte segregação sócio- espacial.

“Enquanto o mundo inicia a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus 17 objetivos, 13% da população mundial ainda vive em extrema pobreza, 800 milhões de pessoas passam fome e 2,4 bilhões não  têm acesso a saneamento básico” (ONU, 2016)


Para Teixeira (2014), as ocupações irregulares estão se proliferando nas periferias das metrópoles mundiais, que são em muitos casos compostas por apropriações irregulares e indevidas, realizadas pelos grupos de excluídos como única forma de resolver as suas carências habitacionais, dando origem a área de elevada homogeneidade social interna e por conseguinte de segregação sócio-espacial, neste caso não por opção mas por imposição, pois os baixos níveis de renda (ou a total ausência) não permitem a ponderação de qualquer outra alternativa nos padrões locativos desta franja populacional. Assim, a par da elevada miserabilidade de uma parte significativa da população mundial vão-se vulgarizando inúmeros bairros de génese ilegal.


Duas obras relevantes que destacam a preocupação com o aumento descontrolados dos excluídos, foi o livro de M. Davis (2006), intitulado “Planeta Favela”, e o livro de Marques (2007) “O perverso boom urbano e a favelização do terceiro Mundo”, que reforçam a necessidade de se aprofundar a urgência do assunto referente à alta concentração da população urbana mundial em bairros de moradias precárias e sem infraestruturação. Ambos aprofundam a reflexão acerca da proliferação destes modos de urbanização, na sequência dos dados do Relatório Global sobre Assentamentos Humanos de 2003, que alerta sobre o problema das favelas e da concentração das populações mais miseráveis em bolsas territoriais nas periferias das grandes metrópoles mundiais, a maioria delas nos países em desenvolvimento. Diante desta situação, que aflige grande parte da população urbana mundial e que apresenta tendências para crescer continuamente, Marques (2007) sinaliza a importância deste assunto entrar nas prioridades da ONU.


Sendo certo que é uma realidade que tende a proliferar mais fortemente nos países com menores índices de desenvolvimento, é possível encontrá-la em países muito diversos, podendo mesmo referir-se que em tempos não muito distantes foi também expressiva em alguns países europeus, como no caso português.

“Estes perímetros urbanos foram alargando desligados de quaisquer planos sobretudo devido à construção de novas habitações de forma descontrolada e ilegal, as quais são identificadas (no contexto português) por: Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI)”. (Teixeira, 2014, p.17)

 

Quanto ao caso português podem referir-se os estudos de Teixeira (2014), que teve como área de análise o bairro da Cova da Moura, situado no Concelho de Amadora, um bairro originado devido a um processo irregular de construção e ocupação do solo. Esse assentamento informal foi iniciado com construções precárias, que foram crescendo rapidamente. Teixeira (2014) considerando que este é um fenómeno que ocorre um pouco por todo o mundo, considera que é essencial identificar maneiras de impedir a proliferação dessas ocupações urbanas irregulares, assim como abordagens para valorizar urbanística e socialmente esses bairros irregulares, atendendo às necessidades dos seus habitantes. Em muitos casos essas abordagens passaram pela criação de grandes bairros de habitação social, que se vulgarizaram sobretudo na segunda metade do século XX, nos quais foram realojados esses habitantes. Todavia, estas são também soluções urbanísticas que se revelam problemáticas em muitos casos, porque traduzem uma forma de concentração territorial de um grupo populacional com níveis sócio-económicos mais reduzidos, de forte homogeneidade, e que por isso mesmo continuam a reflectir um problema de segregação sócio- espacial urbana.


Contudo antes da aplicação de qualquer abordagem para enfrentar este problema é necessário entender que estes bairros surgem motivado pela pobreza, quase sempre como resposta a todas as dificuldades económicas e sociais que os seus habitantes enfrentam para encontrar moradia, restando-lhes como última oportunidade a criação de construções abarracadas, como forma de se abrigarem e terem um teto para a sua família, mesmo sendo em áreas insalubres e sem nenhuma condição de higiene.


“A pobreza surge como um fator diretamente associado e envolvido no processo de criação de barracas, assentamentos precários e bairros de génese ilegal. Estes bairros podem ser encontrados em várias partes do mundo, estão ligados aos diferentes níveis de pobreza e apresentam uma distribuição não homogénea”. (Teixeira, 2014, p.19) 

Quer seja em Portugal, no Brasil, na Bolívia ou no México, ou em muitos outros países, este tipo de ocupações, caracterizadas como de génese ilegal, ampliam o quadro de miserabilidade. Mesmo assim e apesar destas áreas urbanas serem compostas, em muitos casos, por dezenas e até centenas de milhares de habitantes, parecem ser invisíveis para os órgãos oficiais pertencentes aos governos desses países. É assim que estas ‘cidades invisíveis’, conforme Ojima (2007 as designa, se multiplicam.


Embora a obra de R. Ojima (2007), tenha sido publicada quase vinte anos atrás, a situação de governança mundial continua não dando a necessária atenção, para o quantitativo populacional que existe atualmente de favelados, ou seja, de cidadãos que compõem estas ‘cidades invisíveis’. As ações governamentais não têm surtido efeito e vão surgindo, a nível mundial, inúmeras favelas ou bairros de lata, termo utilizado por Garcia (2013) para a concentração deste tipo de construções mais abarracadas.


Procurando enquadrar este tipo de urbanização, importa referir o Relatório de 2016 das cidades globais (ONU, 2016), onde se reconhece que o atual processo de urbanização mundial é muito injusto em muitos prismas, uma vez que divulga de forma contundente um modelo de urbanização inaceitável, demonstrando como estamos a falhar no combate aos principais desafios existentes na atualidade, nomeadamente as crescentes desigualdades económicas sociais, educacionais, infraestruturais (entre outras) a que são expostas as populações mais miseráveis. 

Ao procurar aqui debater o conceito de segregação sócio-espacial urbana, importa salientar que este desafio tende a apresentar limitações, dado poder referir-se, como se percebeu nos parágrafos anteriores, a realidades muito diferenciadas. Segundo Vasconcelos (2016), os termos segregação, periferização, partition, auto-segregação e agrupamento étnico-religioso, são utilizadas para denunciar as desigualdades sociais, podendo variar o seu uso consoante o contexto em que são empregues. Este autor alerta contudo para a perda de rigor e de precisão necessária para conceituar e identificar a relação do fenómeno das desigualdades sociais com a realidade urbana. 

Partindo da problematização feita em torno da definição do conceito central desta investigação, percebe-se que alguns autores utilizam este conceito para alertar sobretudo para o modo como se incentivam modelos de urbanização que promovem a exploração de cidadãos, criticando os modos de organização do espaço urbano que promovem uma cidade injusta e pouco democrática. Outros, utilizam-no para esclarecer como os grupos dominantes se utilizam do espaço geográfico, e em particular do espaço urbano, de uma perspectiva exclusivista, para a defesa dos seus interesses particulares, excluindo desse processo os direitos da grande maioria dos cidadãos e simplesmente encarando “a cidade como mercadoria” (Pereira, 2012, p. 447).

Nesta investigação, considera-se no entanto que a utilização deste conceito deve servir sobretudo para lutar por uma cidade justa, onde o direito à cidade seja uma realidade para todos e onde todos cidadãos possam usufruir efetivamente dela, participando e propondo soluções para os problemas urbanos:

“O direito à cidade sustentável, compreendido na tradição de Lefebvre (2001) à Harvey (2014), compreende um rol de direitos que envolvem serviços públicos e benefícios urbanos, tais como o direito à terra, à proteção do ambiente, à habitação e ao trabalho digno. Compreende ainda, como será discutido nas seções subsequentes, a participação da sociedade na criação e alteração dos espaços da cidade, através do plano diretor e outras formas constitucionais e legítimas da participação popular.” (Silveira e Grassi, 2015, p.53).

 

É nessa perspectiva que esta tese procura a exploração do conceito de segregação sócio-espacial, fazendo-o de modo a almejar um contributo para uma cidade mais justa e menos dual, buscando assim alcançar a “Cidade do Futuro” (Mendes, 2014), mesmo sabendo que no contexto urbano tanto as populações de alto como de baixo poder aquisitivo, vivem e convivem, na contemporaneidade, com vários conflitos além dos económicos, tais como os psicológicos e existenciais, conforme descrito por Bauman (2009) em seu livro “Confiança e medo na cidade”. Assim, esta investigação procura, explorar e aprofundar o debate em torno do conceito de segregação sócio-espacial, sobretudo na perspectiva de refletir e propor melhorias para o funcionamento do espaço construído das cidades e, principalmente para tentar melhorar a qualidade de vida de todos os seus moradores. É certo que para esse grande objectivo existem evidentemente outros conceitos que são muito relevantes para melhor compreender o contexto de análise do espaço urbano, tais como urbanização, crescimento urbano, conurbação urbana, impacto ambiental, entre outros, mas nesse trabalho foi dado ênfase sobretudo ao referencial teórico da segregação sócio-espacial urbana.


Bibliografia geral (R a W)

Nota: a base bibliográfica deste conjunto de artigos, por ser muito extensa, é repartida em quatro partes, sequencialmente editadas, ao longo dos diversos artigos que integram a série editorial .

 

  • Rago, L. M. & Moreia, E. F. P. (1985). O que é taylorismo. (2ª ed.) São Paulo: Brasiliense, 105 p. (Coleção Primeiros Passos, 112).
  • Ramírez, B. e Narciso, C. F. (2017). Do direito ao espaço público à justiça da cidade. In Carlos,
  • Fani A., Alves, G. Padua, R. F. (Orgs.). Justiça espacial e o direito à cidade. São Paulo: Contexto. pp. 133-148.
  • Raposo, R. (2008). Condomínios Fechados em Lisboa: paradigma e paisagem. Análise Social, vol. XLIII (1.º), 109-131.
  • Rego, R., Hollatz, A. Cardoso, G. & Tavares, M. (2017). Estratégia projetual e configuração urbana: estudo morfológico de duas cidades novas no Brasil de meados do século XX. Revista de Morfologia Urbana, 5(1), 5-13.
  • Rezende, J. M. de. (2009). As grandes epidemias da história. In: À sombra do plátano: crônicas de história da medicina [online]. São Paulo: Editora Unifesp, 73-82. 362
  • Resende, P. T. V. de & Souza, P. R. de. (2009). Mobilidade Urbana nas Grandes cidades brasileiras: Um estudo sobre os impactos do congestionamento. Anais do Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais. (SIMPOI), Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, Brasil. pp.01-16.
  • Ribeiro, M. do C. F. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem Urbana. Tese de doutorado, Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Braga, Portugal.
  • Ribeiro, M. do C. (2009/2010). A evolução da paisagem urbana de Braga desde a época romana até à Idade Moderna. Síntese e resultados. Revista FORUM 44/45. Coordenação Francisco Sande Lemos. Universidade do Minho/Conselho Cultural. pp.179/201.
  • Ribeiro, M. do C. (2010). A evolução da paisagem urbana de Braga desde a época romana até à Idade Moderna. Forum, Lisboa, 44.45, 2009/2010, 179-201.
  • Ribeiro, M. G. (2015a). Território e Desigualdades de Renda em Regiões Metropolitanas do Brasil, DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 58(4), 913-949.
  • Ribeiro, A. F. S. (2015b). Possibilidades de reabilitação urbana em bairros sociais. Estudo de caso: Bairro Social de Santa Tecla. Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil. Guimarães: Escola de Engenharia da Universidade do Minho, 115 p.
  • Ribeiro, M. G. (2016). Desigualdades urbanas e desigualdades sociais nas metrópoles brasileiras.
  • Sociologias, Porto Alegre, ano 18, 42, 198-230. maio/ago.
  • Ribeiro, M. do C. & Martins, M. (2016). O papel das vias romanas na formação e desenvolvimento periférico da cidade de Braga, desde a época romana até à atualidade (pp.27-38.) Guimarães: Tese de doutorado, Anais do PNUM, 1. História da forma urbana, V Conferência, Rede Lusófona de Morfologia Urbana.
  • Ribeiro, H. & Vargas, H. C. (2015). Urbanização, globalização e saúde. Revista USP. São Paulo, 107, 13-26. Outubro/novembro/dezembro. 363
  • Roberto, M. S. Fidalgo, A. Buckingham, D. (2015). De que falamos quando falamos de infoexclusão e literacia digital? Perspetivas dos nativos digitais. Observatório (OBS*), Journal, vol.9 - nº1, 043- 054.
  • Rodrigues, A. M. (1988). Moradia nas Cidades Brasileiras. São Paulo: EDUSP.
  • Rodrigues, A. M. (2016). Loteamentos murados e condomínios fechados:
  • propriedade fundiária urbana e segregação socioespacial. In: Vasconcelos,
  • P. De A., Corrêa, R. L. e Pintaudi, S. M. A cidade contemporânea: segregação
  • espacial.pp.147 a 168.
  • Rodrigues, M. R. B. (2009). A Forma Urbana em Portugal Continental: Aplicação de Índices Quantitativos na Caracterização Morfológica das Cidades. Lisboa: Universidade de Lisboa Faculdade de Letras Departamento de Geografia. Dissertação de Mestrado.
  • Rodrigues, W. (2010). Cidades em Transição: nobilitação urbana. Estilos de Vida e Reurbanização em Lisboa. Lisboa: Celta Editora.
  • Rodrigues, T. e Pinto, M. L. R. (1997). A evolução urbana em Portugal no último século (1890- 1991). In: Revista população e sociedade, Universidade de Lisboa. Nº 3.
  • Rolnik, R. (1988). O que é cidade. São Paulo: Brasiliense.
  • Rossi, A. (1966). A arquitectura da cidade. Lisboa: Edições Cosmos.
  • Rückert, A. A. (2007). A Política Nacional de ordenamento territorial, Brasil. Uma política territorial contemporânea em construção, Revista Eletrônica de Geografia y Ciências Sociales, XI (245) (66), Barcelona: Universidad de Barcelona.
  • Ruiz, J. Á. (2002). Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
  • Salgueiro, T. B. (1992). A cidade em Portugal: uma Geografia Urbana. Porto: Edições Afrontamento.
  • Santana I Garcia, J. A. (2003). Forma urbana y mercado de trabajo. Accesibilidad al empleo, segregación residencial y paro. Tese de doutorado, Facultat de Ciències Econòmiques i empresarials, Universitat autònoma de Barcelona, Barcelona. 364
  • Santos, M. (1994). Técnica, Espaço, Tempo: globalização e meio técnico científico informacional,
  • São Paulo: Hucitec.
  • Santos, M. (1998). Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico- informacional.
  • São Paulo: Hucitec.
  • Santos, M. (2003). Economia espacial. (2ª ed.). São Paulo: Edusp.
  • Santos, B. de S. (2005). O fórum social mundial: Manual de uso. São Paulo: Cortez.
  • Santos, M. (2006). A natureza do espaço. Técnica e tempo, razão e emoção. (4ª ed.). São Paulo: Edusp.
  • Santos, B. de S. (2008). Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 12ª ed. São Paulo: Cortez.
  • Santos, M. (2010). O lugar e o cotidiano. In Santos, M. & Meneses, M. P. (Orgs.). Epistemologia do sul. (pp. 584/602). São Paulo: Cortez.
  • Santos, B. de S. (2011). Portugal: Ensaio contra a autoflagelação, São Paulo: Cortez.
  • Santos, M. (2012). Por uma economia política da cidade: o caso de São Paulo. (2ª ed.). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
  • Santos, B. de S. (2016). A difícil democracia: reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo.
  • Santos Silva, A. & M. P. J. (Orgs.). (1986). Metdolologia das Ciências Sociais, (2ª ed.). Porto: Litografia Ach, Brito/Edições afrontamento.
  • Santos, B. de S. & Meneses, M. P. (Orgs). (2010). Epistemologia do Sul, São Paulo: Cortez. Sassen, S. (2000). Cities in a world economy. London, Pine Forge Press.
  • Sassen, S. (2010). Sociologia da globalização, Porto Alegre: Artemed.
  • Sassen, S. (2016). Expulsões: brutalidade e complexidade na economia global. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra. 365
  • Schiffer, S. (Org.). (2004). Globalização e Estrutura Urbana, São Paulo: Fapesp/Hucitec.
  • Schwab, K. (2016). A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro.
  • Schwartzman, S. (2004). Pobreza, exclusão social e modernidade: Uma Introdução ao mundo
  • contemporâneo. São Paulo: Augurium Editora.
  • Silva, M. A. da. (2005). O consenso de Washington e a privatização na educação brasileira. linhas críticas, UNB, vol. 11, núm. 21, julio-diciembre, pp. 255-264.
  • Silva, J. M. P. (2009). Segregação socioespacial: contradições presentes em Palmas/TO. Risco. São Carlos: IAU/USP, 1, 24-224.
  • Silva, J. S. et al. (2009). O que é a favela afinal?. Rio de Janeiro: Observatório de Favelas do Rio de Janeiro.
  • Silva, A. (2011). Requalificação Urbana. O exemplo da intervenção Polis em Leiria. Dissertação de Mestrado. Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
  • Silva, G. C., Lopes, W. G. R. L. & Monteiro, M. do S. L. (2015). Presença de condomínios horizontais e loteamentos fechados nas cidades contemporâneas: expansão e transformações do espaço urbano de Teresina, Piauí. Geosul, Florianópolis, 30(59), 167-187, Jan/Jun.
  • Silverman, D. (2009). Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, Porto Alegre: Artmed.
  • Silveira, K.G.M. (2015). O regime legal das audiências públicas na gestão democrática urbana: análise crítica da legislação com aporte do banco de experiências dos planos diretores participativos do sul do Brasil. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós Graduação em Direito.
  • Singer, P. (1995). Capitalismo: sua evolução, sua lógica e sua dinâmica, São Paulo: Moderna.
  • Soares, P. de T. P. L. (1990). A Propósito de três mitos da década. Revista São Paulo em Perspectiva, 4 (1), 55-59, Jan/mar.
  • Sobarzo M. O. (2008). As cidades médias e a urbanização contemporânea. Cidades, Presidente Prudente: GEU, 8(5), 278-292. 366
  • Soja, E. (1993). Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
  • Souza, A. C. R. (2005). Paisagens e Transeuntes: Notas sobre o espaço e as sociabilidades no bairro jardins, In França, V. L. A. & Falcon, M. L. de O. (Orgs). Aracaju: 150 anos de vida urbana, Aracaju: PMA/SEPLAN. pp. 145-158.
  • Souza, B. C. M. F. de. (2009). Desenvolvimento regional e gestão metropolitana: Reflexões a partir da política habitacional na região metropolitana de Aracaju. Dissertação de Mestrado. Núcleo de Pós-graduação e pesquisa em economia. UFS.
  • Souza, M. L. de S. (2011a). Mudar a cidade: Uma introdução ao planejamento e à Gestão urbana. (8ª ed.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
  • Souza, M. L. de S. (2011b). ABC do desenvolvimento urbano. (6ª ed.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
  • Souza, S. A. S. (2011c). Processo de urbanização de Aracaju: um desafio a geografia e a sustentabilidade. In: V Colóquio Internacional: Educação e contemporaneidade. São Cristóvão, Sergipe-Brasil, 21 a 23 de setembro.
  • Souza, P. de. (Org). (2015). Brasil, sociedade em movimento, São Paulo: Paz e Terra. Sposito, M. E. B. (2001). Capitalismo e urbanização. São Paulo: Contexto.
  • Sposito, M. E. B. (2007). Cidades médias: reestruturação das cidades e reestruturação urbana. In Sposito, M. E. B. (2007).Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular. Pp. 233-253.
  • Sposito, M. E. B. (2007b). Reestruturação urbana e segregação Socioespacial no interior paulista. Scripta Nova. Revista eletrónica de geografía y ciencias sociales, Barcelona: Universidad de Barcelona, 1.
  • Sposito, E. S. (2008). Redes e Cidades, São Paulo: UNESP. 367
  • Sposito, M. E. B. (2010). Formas espaciais e papéis urbanos: as novas qualidades da cidade e do urbano. Cidades. Presidente Prudente: GEU, 11(7), 125-150.
  • Sposito, M. E. B. (2013). Espaços fechados e cidades: insegurança urbana e fragmentação socioespacial. 1. Ed. São Paulo: Editora Unesp.
  • Szmrecsányi, T. (2002). Celso Furtado e o Início da Industrialização no Brasil. Revista de Economia Política, vol. 22, nº 2 (86), abril-junho.
  • Teixeira, M. C. (1993). A história urbana em Portugal. Desenvolvimentos recentes. In: Revista Análise Social, vol. XXVIII (121), (2°), pp.371-390.
  • Teixeira, C. M. (2014). Bairros de Génese Ilegal Compreender - Intervir – Reabilitar. Dissertação de mestrado em Arquitetura Paisagista. Universidade do Algarve Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faro, 145p.
  • Thibert, J. & Osorio, G. A. (2014). Urban Segregation and Metropolitics in Latin America: The Case of Bogotá, Colombia, International Journal of Urban and Regional Research, 38(4), 1319–43. July.
  • Thiollent, M. J. M. (1982). Crítica metodológica, investigação social e enquete operária (3ª ed.). São Paulo: Ed. Vozes.
  • Tineu, R. & Borges, C. M. D. M. (2016). Desigualdade e segregação socioespacial da população negra na cidade de São Paulo. Rev. Belas Artes, 22, 01-21. Set-Dez.
  • Tota, A. P. & Bastos, P. I. de A. (1994). História geral (Novo Manual Nova Cultural), São Paulo: Nova Cultural.
  • Turner, J. (1977). Vivenda. Todo El Poder para los Usuarios:Hacia la economiaem Laconstrucció del entorno. Madrid:H. Blume.
  • Ugá, V. D. (2004). A categoria “pobreza” nas formulações de política social do Banco Mundial.
  • Revista de Sociologia Política, Curitiba, 23, 55-62. Nov.
  • UN-HABITAT (2006). State of the World’s Cities 2006/2007: The Millennium Development Goals and Urban Sustainability. Londres: Earthscan. 368
  • Vasconcelos, P. de A. (2009). O rigor no uso das noções e conceitos na Geografia Urbana. Cidades.
  • Presidente Prudente: GEU,10(6), 341-357.
  • Vasconcelos,P. De A., Corrêa, R. L. e Pintaude, S. M. (Orgs.) (2016).A
  • cidade contemporânea: segregação espacial. 1ª ed. São Paulo: Contexto.
  • Velho, G. & Kuschnir, K. (Orgs.). (2003). Pesquisas Urbanas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Vieira, J. L. (2008). A História do Automóvel, São Paulo: Alaúde.
  • Villaça, F. (1997). Efeitos do espaço sobre o social na metrópole brasileira. VII Encontro Nacional da ANPUR. Consultado em outubro, 2014, em flaviovillaca.arq.br.
  • Villaça, F. (2001a). A segregação e a estruturação do espaço intra-urbano: o caso do Recife, São Paulo: Publicação própria.
  • Villaça, F. (2001a). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Lincoln Institute.
  • Villaça, F. (2003). Segregação urbana e a justiça (ou A justiça no Injusto Espaço Urbano). Revista Brasileira de Ciências Criminais, ano 11, 44, 341/346, julho/setembro,
  • Villaça, F. (2005). As Ilusões do Plano Diretor, São Paulo. Consultado em 12-03-2015. flaviovillaça. arq.br/livros01.html.2005.
  • Villaça, F. (2011). São Paulo: segregação urbana e desigualdade, Estudos Avançados, São Paulo, 25(71), 36-58.
  • Volochko, D. (2015). A moradia como negócio e a valorização do espaço urbano metropolitano. In Carlos, A. F. A., Volochko, D., Alvarez, I. P. (Orgs.). A cidade como negócio São Paulo: Contexto. pp.97-120.
  • Wiertza, D. (2016). Segregation in Civic Life: Ethnic Sorting and Mixing across Voluntary Associations, American Sociological Review, 81(4), 800-827c.
  • Whitack, A. M. (2007). Uma discussão sobre a morfologia urbana e articulação de níveis diferentes de urbanização. In Sposito, M. E. B. (Org). Cidades médias. Espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular. pp.139-156.

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

Clarificação conceitual de segregação sócio-espacial e suas principais modalidades – Infohabitar # 864

 

Artigo IV da série editorial da Infohabitar “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada, pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na Infohabitar.

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 864

Edição: quarta-feira, 21 de junho de 2023

Infohabitar

Editor: António Baptista Coelho, Investigador Principal do LNEC

abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt

A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.