segunda-feira, janeiro 08, 2018

626 - Espaços domésticos para trabalho profissional e passatempos

Infohabitar, Ano XIV, n.º 626


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Espaços domésticos para trabalho profissional e passatempos
Série “Habitar e Viver Melhor” n.º CIII

por António Baptista Coelho

Notas iniciais:
Com o presente artigo retoma-se a edição corrente da Série “Habitar e Viver Melhor”, que se vai aproximando da sua conclusão.

O editor da Infohabitar

Espaços domésticos para trabalho profissional e passatempos


Fig. 01: espaços habitacionais para trabalhos não domésticos e para passatempos

1. Trabalho profissional ou não-doméstico na habitação

A temática do trabalho profissional ou não-doméstico realizado na habitação (“em casa“) – por vezes designado por home-office – será, aqui, abordado, não numa perspetiva específica e desenvolvida , mas pensando-se no tema com um perfil suplementar às atividades mais diretamente ligadas à habitação.

1.1 A habitação que integra espaços não domésticos

Preferencialmente e de forma geral, os espaços para trabalho profissional ou não-doméstico em casa devem ser razoavelmente separados dos restantes espaços da casa e estarem próximos do vestíbulo de entrada, tanto porque podem apoiar atividades que exigem algum sossego e isolamento (escrita, estudo e leitura) ou porque podem ser pouco compatíveis com a habitação (produzem ruídos e lixos), ou porque essas atividades podem incluir a receção de estranhos à família.
Naturalmente, existem espaços para trabalho profissional ou não-doméstico em casa que são compatíveis com as mais diversas atividades habitacionais, no entanto e de forma geral tanto estas atividades como as não-domésticas ganharão com a sua possível autonomização mútua.
Considera-se ainda que, numa situação “limite”, uma opção por uma habitação que integra um pequeno espaço de home-office pode inverte-se em situações em que a atividade profissional assume uma importância determinante, e que se ligam a interessantes formas específicas de habitar e de viver; caso em que teremos um espaço de trabalho profissional que integra uma zona, mais pequena, e eventualmente “informal”, onde se concentrem algumas atividades especificamente habitacionais.
Esta última opção poderá acontecer nas mais variadas situações razoavelmente correntes, mas pode também ligar-se a situações mais específicas referidas, por exemplo, ao habitar e trabalhar, integrados, de algumas pessoas idosas e/ou com deficiências físicas ou sensoriais, mas ainda profissionalmente ativas, e que transformem a sua habitação num espaço quase unificado em que vivem, descansam, convivem e trabalham, conjugando, por exemplo, um máximo de atividades num único grande espaço multifuncional – uma situação que muito ganhará com a possibilidade de se desenvolver um amplo espaço vivencial, muito agradável, funcional e que seja usável com autonomia relativamente a outras zonas domésticas.
Naturalmente, haverá, sempre, o exemplo, “clássico”, do profissional que integra o seu espaço de trabalho na sua habitação e que, nesse sentido, tentará, na medida do possível separar, ao máximo, as duas funções, para que qualquer delas possa ser desempenhada com a máxima autonomia e eficácia – e neste caso é clara a necessidade de uma acessibilidade o mais possível autónoma relativamente aos espaços comuns ou públicos e de um apoio o mais possível autónomo em termos de serviços sanitários.
Desde já se salienta que não parece ser fácil a integração de espaços profissionais em habitações rígida e sequencialmente hierarquizadas em zonas chamadas “funcionais”, de estar e de quartos, assim como não parece ser fácil a integração de espaços profissionais em habitações cujas dimensões estejam diretamente associadas a um reduzido leque de ocupações habitacionais próximas de áreas e dimensões consideradas mínimas.
E neste sentido podemos mesmo sublinhar a grande dificuldade de integração de uma zona de home-office numa pequena habitação em que se entra direta ou quase diretamente para uma pequena sala-comum e desta sala se passa para uma rígida zona de quartos; e sublinha-se o potencial de adaptabilidade e de apropriação e liberdade doméstica que se perde com tais opções.

1.2 Associações e hábitos interessantes

A associação mais corrente é assegurada entre zonas de trabalho e zonas de entrada na habitação, uma solução que proporciona o funcionamento praticamente independente da referida zona de trabalho, um funcionamento que se caracteriza por total autonomia caso esta zona tenha uma casa de banho privativa ou muito próxima.
As associações mais interessantes são feitas entre as zonas de trabalho e as zonas de estar, seja numa perspetiva de forte associação em continuidade espacial, seja numa associação que permita o funcionamento dos espaços de estar e de trabalho independentemente ou de forma unificada.
As zonas para trabalho não doméstico e para recreio podem ser muito variadas, apontando-se as seguintes:
·        Salas, saletas e quartos de trabalho e/ou de lazer e recreio.
·        Varandas e anexos (variados tipos de trabalhos manuais e oficinais).
·        Quintal ou pátio privado (especialmente para horticultura e floricultura).
·        Quartos de trabalho e escritórios, que são quartos específicos e relativamente especializados, ou, pelo menos, autonomizados nos seus acessos.
·        Pequenas zonas e/ou recantos para trabalhar.
·        Pequenas zonas e/ou recantos para ler, para ouvir música, para ver televisão.
·        Associação de conjuntos de pequenos espaços, como os que acabaram de ser referidos, em "suites", compostas por diversos desses espaços, além das zonas de dormir/repousar  e dos apoios em casas de banho.
Esta última solução pode estar muito ligada a casais e pessoas isoladas que queiram conciliar a convivência familiar com a manutenção e o desenvolvimento dos seus "universos pessoais" – uma possibilidade associada aos mais diversos grupos etários, embora com evidente aplicação no caso da habitação de pessoas idosas e de jovens adultos. No limite esta solução poderá dispor de acesso independente e mesmo de alguns apoios mínimos para preparação de refeições, numa solução que dá à habitação um enorme potencial de adaptabilidade e versatilidade. Naturalmente que esta solução deve ser adequadamente tratada em termos de privacidade visual e acústica relativamente ao resto da habitação, bem como da sua máxima autonomização em termos de acesso ao exterior da habitação.

1.3 Problemas correntes e questões levantadas (dimensionais e outras)

Os principais problemas referem-se, frequentemente, a intrusões mútuas, em termos de ruído e de privacidade, entre as zonas de estar e as zonas de trabalho em casa.
As questões levantadas com mais frequência terão a ver, como se referiu, com aspetos de isolamento ou separação relativamente aos ruídos domésticos e de privacidade relativamente às atividades que se desenrolam em casa; no entanto é fundamental a existência de condições adequadas ao desenrolar das várias atividades com destaque para os outros aspetos de conforto ambiental, e designadamente com aspetos de iluminação natural, ventilação e temperatura.
Os aspetos dimensionais parecem não levantar problemas críticos, acontecendo, frequentemente, que os espaços para trabalho profissional ou não-doméstico em casa decorrem em pequenos compartimentos, recantos e partes de compartimentos espacialmente reduzidas.
A título de exemplo significativo Alexander refere que um recanto para trabalho deve ter um mínimo de 6m2 de área e ser encerrado por paredes e janelas ao longo de 50% a 75% do seu perímetro; a posição ideal para trabalho deve permitir vistas para fora do recanto, frontais ou laterais - Christopher Alexander; Sara Ishikawa; Murray Silverstein; et al, "A Pattern Language/Un Lenguaje de Patrones", pp. 744 a 747; e sublinha-se, aqui, a espaciosidade deste recanto de trabalho, numa perspetiva que se considera hoje em dia extremamente atual, tendo-se em conta a muito expressiva grande frequência da prática do trabalho profissional na habitação.

Fig. 02: espaços habitacionais diversificados e multifuncionais

2.    Espaços domésticos para a prática de passatempos

O que se referiu para os espaços de trabalho “em casa” aplica-se, em boa parte, aos espaços de lazer domésticos destinados à prática de um passatempo/hobby, até porque frequentemente serão ténues as fronteiras entre trabalho e lazer em casa, havendo, por exemplo, passatempos que sendo ações de lazer exigem verdadeiros espaços especializados e, frequentemente, oficinais, assim como passatempos que podem evoluir, com naturalidade, para atividades profissionais importantes.

2.1 Aspetos motivadores e problemas correntes

A possibilidade de se realizar um passatempo em plenitude – por exemplo, montar e pintar miniaturas –, a possibilidade de se usufruir plenamente de um dado equipamento de recreio doméstico – por exemplo usar uma consola de jogos – e, naturalmente, a possibilidade de nos podermos dedicar a uma atividade de lazer pessoal nas melhores condições possíveis – por exemplo ouvir música ou arrumar e usar uma biblioteca – são aspetos capazes, por si sós, de caracterizar um espaço doméstico como uma habitação bem próxima da habitação sonhada.
Neste assunto importa sublinhar que é possível assegurar um leque razoavelmente amplo de condições para o lazer e o recreio doméstico, considerando as ações mais frequentes e mais desejadas e, frequentemente, as respetivas exigências nem são muito especiais, delimitando-se por exemplo à previsão de uma zona mais recatada e razoavelmente autonomizada na zona de estar ou de um pequeno compartimento estrategicamente colocado na vizinhança de variados espaços domésticos e de uma casa de banho, e que assim poderá ter inúmeras utilizações.
Há ainda que referir que a atual sociedade aposta decididamente em muitos nichos de lazer doméstico, havendo uma constante evolução do leque de atividades possíveis, por exemplo, desde a cozinha gourmet, à micro-jardinagem e à ginástica em casa frente ao écran da televisão.
E é muito importante que os espaços domésticos acolham positivamente todas estas possibilidades pois conquistam-se, assim. Novas e estimulantes dimensões do habitar.
Salienta-se que, nesta matéria, os principais problemas estão ligados a um exercício de atividades de lazer e de passatempos que não colidam, criticamente, com outras atividades domésticas e não sofrendo más influências críticas destas mesmas atividades.

2.2 Aspetos específicos do recreio doméstico de crianças e idosos

O recreio e o trabalho de crianças estão associados a espaços com as seguintes características: desafogo espacial e dimensional, e atenção que espaços apertados além de pouco utilizáveis resultam em situações com muitas arestas perigosas; adaptabilidade para variados arranjos de mobiliário, que são necessários à medida do crescimento da criança; excelentes condições de conforto ambiental, através de espaços alegres, ventilados e cheios de Sol; estarem próximos das zonas mais usadas, mas não as prejudicando; poderem acontecer em integração com zonas de trabalho doméstico, propiciando-se a opção pela companhia mútua e pela ação conjunta, seja em termos de ações de recreio, seja por exemplo no apoio das crianças nos seus trabalhos escolares.
O trabalho e o recreio das crianças fazem-se nos seus quartos, em espaços livres de mobiliário, mas também nos espaços sociais da habitação, em companhia dos adultos (por exemplo, na cozinha e zonas de serviço, na sala, nos corredores, nas varandas e no quintal privado).
Segundo Claude Lamure -"Adaptation du Logement à la Vie Familiale", pp. 205 e 207 -, o recreio, jogos e trabalhos de crianças e adolescentes liga-se aos seguintes tipos de soluções, que “transbordam” claramente de soluções correntes mas sem grandes investimentos suplementares … : a existência de um espaço suplementar "de estar" dedicado a estes objetivos, que pode resultar, por exemplo, simplesmente, do alargamento de uma zona de circulação interior; o agrupamento de uma zona de jogos com uma de serviços domésticos, por exemplo na "lavandaria” ou numa cozinha grande e desafogada (com um mínimo de 12m²); e até a opção pelo desenvolvimento de uma zona de estar própria para crianças – uma solução naturalmente mais adequada a famílias com muitas crianças e que poderá harmonizar-se com a disponibilização de pequenos quartos individuais, desde que estes fiquem em forte integração com o referido espaço de estar; e, finalmente, a criação de uma "sala de família", ampla e multifuncional (zonas diferenciadas), que pode associar a preparação de refeições a um amplo leque de serviços domésticos, mais programados e mais livres.
Relativamente às zonas de recreio e trabalho de jovens estas podem desenvolver-se num amplo leque de posições – exemplo, quartos, salas, saletas, varandas, anexos e espaços exteriores privados –, sublinhando-se a necessidade específica de isolamento acústico melhorado e de um relacionamento privilegiado com as zonas de entrada na casa (por exemplo, em quartos mais independentes); a integração destas atividades nas zonas sociais da habitação é naturalmente favorável, mas associa-se a um seu dimensionamento expressivamente desafogado e a um seu equipamento adaptável e multifuncional.
Os passatempos e atividades oficinais e artesanais, exigem condições pouco compatíveis com habitações pequenas, situação que poderá resultar na previsão de espaços privativos fora da habitação e destinados a pequenas oficinas que poderão ser utilizadas, por exemplo, para a manutenção de bicicletas ou até, quem sabe, para a prática do artesanato.

Fig. 03: espaços habitacionais para trabalhos não domésticos e para passatempos

3 . Novidades, dúvidas, tendências (ex., trabalho em casa; idosos, etc.) e aspetos motivadores em espaços habitacionais para trabalhos não domésticos e para passatempos

A título de comentário quase final nesta matéria salientam-se as frequentes ténues e sensíveis fronteiras entre passatempos e trabalhos não domésticos, podendo os primeiros evoluir para os segundos, com frequentes ganhos dos respetivos agentes/habitantes; uma evolução que, tal como se referiu, é de grande interesse no enriquecimento dos quadros domésticos correntes e que se liga, frequentemente, à disponibilização de pequenos acréscimos dimensionais e espaciais estrategicamente disseminados na habitação, condições estas que, mais uma vez, sublinham  a importância de um adequado projeto de arquitetura.
Para concluir esta reflexão, sempre introdutória ao tema, apontam-se, em seguida, as características mais desejáveis nos espaços e compartimentos que servem para o trabalho não doméstico e para o recreio na habitação:
   .    Poderem receber peças de mobiliário muito diversificadas e associadas aos mais diversos tipos de atividades não domésticas; e de certa forma, e frequentemente, estes espaços serão aqueles aos quais se destinam muitas daquelas peças de mobiliário que vão sendo colocadas de lado pela família.
.      Pela sua própria natureza de espaços e recantos de trabalho, “de liberdade” e de identidade é importante que estes espaços e recantos domésticos aceitem bem condições de desarrumação sem prejudicarem os outros espaços habitacionais.
.     Considerando as habitações correntes, estes espaços e compartimentos devem ser basicamente multifuncionais, podendo ter diversos tipos de ocupação (por exemplo, escritório ou biblioteca com um sofá-cama de recurso, anexo da casa que para além de ser arrumação geral é também pequena oficina para passatempos e que pode ser também sítio de recurso para dormir).
.     Quando se trate de trabalhos que produzam ruído ou lixo, que utilizem materiais "sujos" ou até eventualmente tóxicos é importante que os respetivos espaços sejam fáceis de limpar, bem ventilados e separados do resto da habitação.
As áreas, o mobiliário e o equipamento exigidos pelo trabalho não doméstico e pelo recreio doméstico, tanto se distribuem por vários espaços da casa e especialmente pelas salas e quartos de dormir, como podem ser relativamente especializados e bastantes exigentes nas respetivas condições ambientais, como é o caso dos trabalhos de estudo e concentração e dos diversos trabalhos manuais interiores e exteriores.
É assim interessante refletir que o trabalho profissional e o recreio em casa podem ser fatores de excelente caracterização do ambiente doméstico, ao “diluírem” e disseminarem a sua presença um pouco por toda a habitação, ou ao marcarem, fortemente, uma parte da mesma, condição esta que também pode resultar numa atraente definição de um nível de leitura e de uso suplementar ou “paralelo” do espaço doméstico.
Nos tempos de hoje, quando num qualquer “canto” é “teoricamente” possível montar, num pequeno móvel, um pequeno escritório funcional e ligado ao mundo, e quando, cada vez mais, é de estimular a iniciativa e o dinamismo do empreendedorismo será estimulante um cuidado sistemático com a previsão de pequenos espaços domésticos realmente adequados ao trabalho e à concentração, isto além da sempre fundamental disponibilidade de um quarto com acesso e apoios independentes – um compartimento que pode aceitar um grande leque de usos.
Salienta-se, finalmente, que as zonas de trabalho não doméstico e para a prática de passatempos são frequentemente marcadas por uma forte apropriação seja em termos de ocupação por mobiliário, seja em termos de elementos funcionais e de arranjo interior, condição esta que, por um lado, deve levar à sua cuidadosa previsão, incentivando-se assim estas atividades e que, por outro lado, põe bem em relevo a grande importância deste tipo de previsão quando se visa uma expressiva apropriação do espaço doméstico pelos seus habitantes – condição esta que deveria ser exigência básica na conceção arquitetónica residencial.

Notas finais:
Finalmente salienta-se que o processo editorial da Infohabitar, revista ligada à ação da GHabitar - Associação Portuguesa de Promoção da Qualidade Habitacional (GHabitar APPQH) – associação que tem a sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) –, voltou a estar, desde o princípio de setembro de 2017, em boa parte, sedeado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e nos seus Departamento de Edifícios e Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais (NUT); aproveitando-se para se agradecer todos os essenciais apoios disponibilizados por estas entidades.


Notas editoriais:
(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.
(ii) De acordo com o mesmo sentido, de se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

Infohabitar, Ano XIV, n.º 626
Espaços domésticos para trabalho profissional e passatempos
Infohabitar
Editor: António Baptista Coelho
abc.infohabitar@gmail.com
Editado nas instalações do Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais (NUT) do Departamento de Edifícios (DED) do LNEC; Infohabitar, Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativa de Habitação Económica (FENACHE).

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.

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