Infohabitar n.º 396
2.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono - 2.º CIHEL
Fig. 00
Atenção a 1.ª Chamada de Comunicações termina já em 1 de Julho de 2012, o leitor tem, portanto, já menos de um mês para enviar um resumo com proposta de comunicação; consultar no site ou neste artigo mais informações e enviar resumo para comunicacoes2cihel@lnec.pt
- Congresso,13 a 15 de março de 2013
- Workshop, 11e 12 de março
O 2.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (2.º CIHEL) está ser organizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em associação com o Grupo Habitar, com o apoio de um número crescente de individualidades e entidades públicas e privadas e será realizado no Centro de Congressos do LNEC entre 13 e 15 de março de 2013, salientando-se que em 11 e 12 do mesmo mês decorrerá, também no LNEC, um Workshop sobre as temáticas a tratar no Congresso.
Fig.01
O Congresso conta, desde já, com a cooperação de investigadores e técnicos de diversos Núcleos do LNEC e do FUNDCIC – Fundo para o Desenvolvimento das Ciências da Construção, e com o apoio/patrocínio institucional do Centro de Investigação em Arquitectura e Áreas Metropolitanas CIAAM, do Departamento de Arquitectura e Urbanismo do ISCTE-IUL, e da Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território - Instituto do Território (IT). Outros apoios e parcerias estão já numa fase muito avançada de desenvolvimento e serão, em breve, divulgados.
No 2.º CIHEL pretende-se assegurar uma abordagem ampla e multifacetada da temática “Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento”, estruturada em oito temas para os quais foi já aberta uma primeira chamada de comunicações, que terminará no próximo dia 2 de julho de 2012. A temática escolhida foi considerada bastante útil numa altura em que, no grande quadro dos países da lusofonia, há ainda críticas carências habitacionais e de ordenamento urbanístico, e tendo-se presente a forte influência da construção/reabilitação habitacional e de um crescimento urbano ordenado no desenvolvimento sustentado de um país, assim como a necessidade de se dirigir esta ferramenta de dinamização económica para caminhos socioculturais adequados a cada contexto nacional, regional e local e que visem a mitigação dos respectivos e principais problemas em termos de habitabilidade e urbanidade.
Fig. 02
O 1.º CIHEL teve um perfil informativo sobre um determinado conjunto de temáticas habitacionais e urbanas, pretendendo-se, agora, com este 2.º CIHEL, cujo título significativamente abre o leque da matéria em discussão, para o grande tema “Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento”, uma abordagem mais ampla e diversificada dessas temáticas, seja nas suas bases constituintes, seja na sua influência, desejavelmente positiva, num desenvolvimento equilibrado, mas expressivo, dos respetivos países.
Para desenvolvimento no 2.º CIHEL, sob a forma de comunicações - com resumos a enviar para comunicacoes2cihel@lnec.pt até 1 de julho de 2012 (1.ª chamada, salientando-se que quem envie o resumo até esta data terá a resposta garantida,por parte da Comissão Científica até 30 de Julho, podendo, assim, dispor de mais tempo para as eventuais solicitações de apoio para inscrições e deslocações); chama-se, ainda, a atenção dos autores de resumos para a escrita do endereço do mail acima registado, que esteve erradamente definida no documento em word com instruções para envio dos resumos e que é comunicacoes2cihel tudo de seguida, sem ponto.
Propõem-se os seguintes oito temas para discussão no Congresso e envio de comunicações, referidos de a) a h).
Fig. 03
a) Programas e políticas urbanas e habitacionais: apresentar e discutir programas e políticas urbanas e habitacionais associadas à temática do congresso, considerando as políticas públicas e sectoriais e a importância da reabilitação e da gestão, considerando uma realidade marcada, frequentemente, por necessidades críticas e por reduzidos meios de ação, e tendo em conta uma perspetiva associada ao desenvolvimento da sociedade e aos amplos objetivos de sustentabilidade.
Fig. 04
b) Cidade habitada, território e ambiente: desenvolver ligações entre ambiente, acessibilidades numa perspetiva multimodal, território, paisagem e uma cidade viva, que se deseja possa ser dinamizadora de um desenvolvimento sustentável, coerente e integrado e aliado da paisagem natural. A investigação e a formação sobre a cidade e a evolução do habitat humano, tendo em conta o "novo" mundo urbano, de megacidades e megaperiferias. Considerar a cidade como espaço de vida, de cultura, de vitalização territorial, para a competitividade e coesão social e territorial. Ter em conta os equilíbrios: cidade-campo; cidade habitada - cidade industriosa; e mundo urbano dinâmico - ambiente adequado, considerando também as estratégias de adaptação e mitigação face a riscos naturais e tecnológicos.
Fig. 05
c) Da urbanidade no espaço público à cidade informal: aprofundar as perspetivas de humanização do mundo urbano, como espaço bem habitado e equipado, tendo em conta dibersos perfis de infraestruturação e as potencialidades do espaço público e dos serviços urbanos e sociais. Desenvolver os aspetos de análise, reorganização, acupuntura urbana e preenchimento positivo da cidade, atendendo a fatores de segurança. Considerar formas mais adequadas de reabitar o centro e reordenar periferias. Apresentar e discutir processos e ações de intervenção e reurbanização na "cidade informal", a promoção de um sentimento de pertença e a prevenção contra a criminalidade e as incivilidades.
Fig. 06
d) O habitar nas comunidades rurais: a caracterização do habitar nas comunidades rurais, considerado como padrão urbano determinante e vitalizador na organização das sociedades em desenvolvimento,e como processo emergente em contextos já mais estruturados, mas marcados por uma crescente sensibilidade sobre o ambiente e pela reinterpretação de velhos modos de vida e pela perspetiva do “regresso ao campo”.
Fig. 07
e) Da habitação de interesse social à diversificação tipológica: visar a discussão do direito, do acesso e do apoio à habitação e as práticas mais adequadas aos diversos atores sociais, institucionais e económicos associados à promoção habitacional. Perspetivar uma diversificação e adequação estratégica das soluções habitacionais (da habitação à vizinhança). Discutir as opções de realojamento mais adequadas. Considerar a relação entre soluções habitacionais, modos de vida e exigências funcionais e de conforto – tendo em conta velhas e novas formas de habitar, desejos e necessidades e relações entre família e vizinhança e entre vizinhança e cidade. Ter em conta as inovações nos modos de vida e o papel e a integração das novas tecnologias na cidade e no espaço doméstico.
Fig. 08
f) Integrar a reabilitação urbana e habitacional: visar a relação entre habitar e reabilitar, considerando a múltipla importância do construir no construído e do preenchimento e da densificação no incremento de uma ampla sustentabilidade urbana, abrangendo ainda a questão dos vazios urbanos. Considerar as principais ferramentas da reabilitação urbana e habitacional com destaque para as análises de habitabilidade. Perspetivar uma reabilitação urbana e habitacional vitalizadora, socialmente integradora, funcionalmente diversificada e valorizadora.
Fig. 09
g) Sistemas, processos, tecnologias e materiais de construção: apresentar e discutir sistemas, processos, tecnologias e materiais direcionados para a construção nova e para a reabilitação habitacional e urbana, considerando aspetos ligados à relação custo-benefício e, designadamente, à escassez de recursos, às técnicas e meios localmente disponíveis e à adequação em termos de conforto ambiental; considerar a ligação destas matérias às diversas facetas da sustentabilidade – ambiental, económica e sociocultural.
Fig. 10
h) Práticas de investigação e intervenção urbana e habitacional: adaptação das comunidades e dos habitantes às propostas urbanísticas e arqutetónicas; o desgaste das soluções construtivas e a quantificação do investimento na manutenção; a evolução de usos e necessidades urbanas e domésticas; a relação com os moradores e a respetiva participação; a aplicação de diversos processos de análise da satisfação, com destaque para Avaliação Pós-Ocupação (APO). A multidisciplinaridade na intervenção urbana e habitacional.
Para todos os esclarecimentos recomenda-se a visita ao site do Congresso, disponível em http://2cihel.lnec.pt/
Salienta-se que a primeira chamada de resumos para comunicações terminará no final do mês de Junho e que estes deverão ser enviados, segundo a regras referidas no site - http://2cihel.lnec.pt/ - até o dia 1 de julho de 2012, para o seguinte endereço eletrónico/Email: comunicacoes2cihel@lnec.pt
Atenção: sem pontuação/ponto entre comunicacoes e 2cihel (comunicacoes2cihel tudo seguido)
Os resumos devem ser enviados em português – aceitam-se resumos em espanhol, francês e inglês (não estando, no entanto, prevista tradução simultânea) – em formato [.doc], destacando o tema em que se insere o trabalho (Tema A a H). Devem ser seguidas as regras de elaboração e edição do resumo a disponibilizar no site da Conferência - resumo com um máximo de 600 palavras (1 pg. A4), mais uma breve nota curricular com o máximo de 150 palavras.
Antecedendo o Congresso, em 11a 12 de março, terá lugar um workshop sobre a mesma temática, que integra uma visita técnica na área da Grande Lisboa. Durante o Workshop e o Congresso terá lugar, no grande átrio do Centro de Congressos do LNEC, uma exposição sobre as temáticas do 2.º CIHEL. O Congresso contará com conferencistas convidados e um amplo conjunto de comunicações estruturadas nos oito temas apontados nesta circular. Estão também previstas visitas pós-congresso, a realizar no sábado (16 de março de 2013).
Pretende-se, assim, disponibilizar um fórum de dinamização de contatos, parcerias e discussão e transferência de conhecimentos, entre responsáveis por entidades oficiais e privadas, técnicos, promotores, investigadores, projetistas, construtores e industriais ligados a estas matérias; e um fórum com o máximo de potencial de continuidade, havendo, já, iniciativas em curso nesse sentido e que serão oportunamente divulgadas.
Fig. 11
O Congresso decorrerá no Centro de Congressos integrado no Campus do LNEC, que conta com excelentes acessibilidades, tem estacionamento fácil, e está situado numa zona central de Lisboa, próxima do Aeroporto da Portela e a 10 minutos a pé de uma estação de Metro; integra-se no agradável Bairro de Alvalade (ver localização ), sendo possível o alojamento em hotéis aí existentes.
A estrutura promotora, de divulgação e organizativa do Congresso inclui uma Comissão de Honra, uma Direção, um Secretariado Permanente do CIHEL, uma Comissão Consultiva, uma Comissão Científica, uma Comissão Organizadora Internacional, uma Comissão Organizadora e um Secretariado Geral.
A Presidência do 2.º CIHEL será brevemente divulgada.
A Comissão de Honra do 2.º CIHEL está em constituição.
A Direção do 2.º CIHEL é assegurada por António Baptista Coelho (LNEC e GH); António Reis Cabrita (LNEC, UCP e GH); e Jorge Grandão Lopes (LNEC).
A Comissão Científica do 2.º CIHEL está praticamente formada, é multidisciplinar e integra pessoas de diversas entidades e nacionalidades, e é presidida pelo Arq.º Paulo Tormenta Pinto (ISCTE-IUL, CIAAM e GH).
A Comissão Consultiva do 2.º CIHEL está também quase formada e é presidida pela Arq.ª Helena Roseta, Vereadora da Habitação e do Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Lisboa, que presidiu ao 1.º CIHEL.
A Comissão Dinamizadora Internacional, também quase formada, é presidida pelo Prof. Arq.º António Gameiro, da Universidade Agostinho Neto e Bastonário da Ordem dos Arquitectos de Angola, que foi um dos principais elementos do 1.º CIHEL.
O Secretariado Permanente do CIHEL é constituído por: Ana Vaz Milheiro (ISCTE-IUL e CIAAM); Anselmo Cani (UEM); António Baptista Coelho (LNEC e GH); António Gameiro (UAN); António Reis Cabrita (LNEC, UCP e GH); Estanislau Silva Ferreira (MIGB); Francisco Oliveira (FAUTL e CIAUD); João Filgueiras Lima; José Dias; Khaled Ghoubar (FAU-USP e GH); Manuel Correia Fernandes (FAUP e GH); Margarida Louro (FAUTL e CIAUD); Paulo Tormenta Pinto (ISCTE-IUL, CIAAM e GH); Sheila Walbe Ornstein (FAU-USP e Museu Paulista USP); Teresa Madeira (ISCTE-IUL e CIAAM); Vasco Rato (ISCTE-IUL e CIAAM).
A Comissão Organizadora do 2.º CIHEL tem a seguinte constituição: António Baptista Coelho (DED/NAU-LNEC e GH) - presidente; Ana Pinho (DED/NAU -LNEC); António Vilhena (DED/NRI);
Elisabete Arsénio (DT/NPTS -LNEC); Fedra Camilo (DSLM/DIDCT-LNEC); Helder David (DSLM/DIDCT-LNEC); João Branco Pedro (DED/NAU-LNEC); João Lutas Craveiro (DED/NESO-LNEC e GH); João Portugal (DG/NBOA e Coop. LNEC-IPAD-LABPLOP); Manuela França Martins (ORG/GRPT-LNEC); Margarida Louro (CIAUD e FAUTL); Pedro R. B. Coelho (GH); Rita Morgado (DSLM/DIDCT-LNEC); Teresa Fonseca (FUNDCIC); Teresa Madeira da Silva (ISCTE-IUL).
Fig.12
A renovação do logótipo do CIHEL foi realizada, tal como aconteceu com o desenvolvimento do logótipo do 1.º CIHEL, no âmbito das atividades letivas da turma do 11.º DG, do Curso Profissional de Técnico de Design Gráfico da Escola Secundária (ES) de Sacavém – uma ES que integra, habitualmente, numerosos alunos ligados a diversos países da lusofonia – com o apoio directo das Professoras Arq.ª Isabel Guardado e Dr.ª Isabel Romana.
Aspectos a salientar no 2.º CIHEL
Sublinha-se que a ideia que está na base do 2.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (2.º CIHEL), e que iremos tentar desenvolver e comentar em próximos artigos no Infohabitar e em outros meios de divulgação, não é, apenas, proporcionar mais um encontro de discussão sobre as matérias do habitar falado em português, perspectiva esta que, seria mesmo assim muito útil e oportuna, pois que oportunidades para discutir esta matéria nesta perspectiva são, incrivelmente, muito raras entre nós.
Pretende-se também com o 2.º CIHEL, e tal como se apontou no início deste artigo, assegurar uma abordagem ampla e multifacetada da temática do "habitar" no quadro da lusofonia, discutindo-o numa perspectiva, julgada correcta e vital, de “Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento”, que tem em conta, seja as ainda críticas carências (qualitativas e quantitativas) habitacionais e de ordenamento urbanístico, existentes de forma diversificada praticamente em todo o mundo onde se fala português, seja a fortíssima influência dos sectores ligados à construção/reabilitação habitacional e ao desenvolvimento urbano ordenado e humanizado, no desenvolvimento sustentado de um país, numa perspectiva que, naturalmente, respeite cada contexto nacional, regional e que aproveite todas as sinergias possíveis e estratégicas entre os meios ao dispor de cada potencial parceiro - nacional, regional e local - com o objectivo da expressiva melhoria das condições de habitabilidade e urbanidade actualmente existentes.
E assim se salienta o perfil visado para o 2.º CIHEL - para ele próprio e no seu papel de refundação e dinamização do próprio Congresso como actividade com expressiva continuidade de actividades -, que é o de uma reunião técnica e científica extremamente ligada à sociedade e aos seus principais protagonistas, concretizando-se um Congresso que seja catalizador de um activo fórum de dinamização de contatos, parcerias e discussão e transferência de conhecimentos, entre responsáveis por entidades oficiais e privadas, técnicos, promotores, investigadores, projetistas, construtores e industriais ligados a estas matérias no mundo da lusofonia; um fórum com o máximo de potencial de continuidade, e que, desde já, está a polarizar um conjunto muito interessante de importantes iniciativas, que irão decorrer simultaneamente ao Congresso e sobre as quais haverá, em breve, notícias.
Lisboa e LNEC, em 31 de maio de 2012 - edição em 3 de junho de 2012
António Baptista Coelho (LNEC e GH), Presidente da Com. Organizadora e Direção do 2.º CIHEL
Paulo Tormenta Pinto (ISCTE-IUL, CIAAM e GH), Presidente da Comissão Científica do 2.º CIHEL
António Reis Cabrita (LNEC, UCP e GH), Direção do 2.º CIHEL
Jorge Grandão Lopes (LNEC), Direção do 2.º CIHEL
Informações complementares:
LNEC, Apoio à Organização de Reuniões - Secretariado do 2.º CIHEL
LNEC, Av. do Brasil, n.º 101, 1700-066 Lisboa,
Email: organizacao2cihel@lnec.pt - Telefone: +351 218 443 483 - Fax: +351 218 443 014
Notas editoriais:
(i) A edição dos artigos no âmbito do blogger exige um conjunto de procedimentos que tornam difícil a revisão final editorial designadamente em termos de marcações a bold/negrito e em itálico; pelo que eventuais imperfeições editoriais deste tipo são, por regra, da responsabilidade da edição do Infohabitar, pois, designadamente, no caso de artigos longos uma edição mais perfeita exigiria um esforço editorial difícil de garantir considerando o ritmo semanal de edição do Infohabitar.
(ii) Por razões idênticas às que acabaram de ser referidas certas simbologias e certos pormenores editoriais têm de ser simplificados e/ou passados a texto corrido para edição no blogger.
(iii) Embora a edição dos artigos editados no Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico, as opiniões expressas nos artigos apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores.
Infohabitar a Revista do Grupo Habitar
Infohabitar, Ano VIII, n.º 3965
Editor: António Baptista Coelho
Edição de José Baptista Coelho
Lisboa, Encarnação - Olivais Norte
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