quarta-feira, agosto 28, 2024

Veja os Temas das comunicações ao 5.º CIHEL e inscreva-se no Congresso - Infohabitar #912

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing

 

Consulte os temas a apresentar no “5.º CIHEL -  Fazer habitação” no espaço lusófono”, de 2 a 4 de outubro de 24 em Lisboa, e inscreva-se no congresso – Infohabitar # 912

Making Housing in the Lusophone Space, 5th CIHEL Congress, Lisbon 2 to 4 October 24

Faire du Logement dans l’Éspace Lusophone, 5ème Congrès du CIHEL, Lisbonne 2 au 4 octobre, 24

Haciendo Vivienda en el Espacio Lusófono, 5º Congreso CIHEL, Lisboa 2 al 4 de octubre 24

Infohabitar, Ano XX, n.º 912

Edição: quarta-feira, 28 de agosto de 2024


Em Lisboa, entre 2 e 4 de outubro de 2024, de quarta a sexta-feira, no 5CIHEL, entre a Sede da Ordem dos Engenheiros e o Centro de Congressos do LNEC, vamos divulgar e discutir o tema: “Fazer Habitação” no âmbito da lusofonia https://www.5cihel2024.org/pt/

 

Consulte os temas a apresentar no “5.º CIHEL -  Fazer habitação” no espaço lusófono”, de 2 a 4 de outubro de 24 em Lisboa, e inscreva-se no congresso – Infohabitar # 912

 António Baptista Coelho


Síntese de apresentação do artigo

Após a apresentação geral do tema central do 5.º Congresso da Habitação no Espaço Lusófono faz-se a apresentação específica de cada tema das suas quatro temáticas – políticas e programas, modos de habitar, construção e reabilitação, e promoção habitacional – salientado-se, para cada uma delas (A a D), o que designámos como a listagem dos “subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas 125 comunicações aprovadas para apresentação no 5.º CIHEL.

Chama-se a atenção dos leitores que esta listagem não se refere aos conjuntos de títulos de comunicações e respetivos autores já aceites ao congresso e que evidentemente já foram devidamente contatados, mas sim a uma série de listagens subtemáticas elaboradas, em cada um dos quatro temas do 5.º CIHEL, “generalizando-se”  as “subsubtemáticas” aqui apontadas, a  partir desses respetivos títulos/matérias específicos dessas comunicações.

Desta forma os leitores poderão ter, desde já, uma antevisão da amplitude e do interesse dos aspetos temáticos que irão marcar o Congresso; um pouco como se estivéssemos a esboçar uma espécie de relato prévio e temático dos trabalhos do 5.º CIHEL; evidentemente sem a riquíssima parte que irá, evidentemente, marcar as apresentações ao vivo, as respetivas discussões, a inovação que sempre marca cada nova apresentação, e as essenciais oportunidades de convívio e de troca de impressões que sem dúvida irão marcar os longos intervalos “de café” (30 min) e de “almoço” (120 min) previstos, que decorrerão no átrio do Centro de Congressos do LNEC, marcado por uma estimulante pequena Feira do Livro Técnico.

Site do 5.º CIHEL: https://www.5cihel2024.org/pt/

Flyer do 5.º CIHEL (com muita informação sintetizada): https://drive.google.com/file/d/1_SLXpayCxQqyoCtCQw8yOlgWThAtWY4J/view?usp=sharing

Salienta-se que é ainda possível a inscrição a custos reduzidos até dia 6 de setembro – sendo excelentes as condições para membros e funcionários da OE e da OA e das correspondentes associações lusófonas, da CML, do LNEC, da FENACHE e do CIALP. Os estudantes têm também condições de inscrição extremamente favoráveis.


1. Introdução ao tema geral do 5.ºCIHEL: Fazer Habitação

Hoje em dia é evidente a falta de habitação acessível, assim como é evidente a falta de habitação com uma qualidade capaz de ajudar a alavancar a qualidade de vida das famílias e das pessoas individualmente, matéria onde se evidencia, também, as necessidades hoje em dia ligadas a um conjunto de novas exigências decorrentes de novos tipos de agregados familiares, de diferentes formas de habitar e de uma verdadeira revolução grisalha, associada ao número crescente de pessoas idosas e a viverem sozinhas. Acompanhando esta falta, importa salientar que fazer habitação com qualidade arquitectónica e realmente capaz de satisfazer o maior número dos habitantes, expressão esta do saudoso Nuno Teotónio Pereira, não é fácil; e acrescentamos, que, além disso, fazer habitação com essa qualidade e com controlo de custos ainda é muito mais exigente. 

Colocado, assim, muito sumariamente, o problema atualmente crítico, não só em Portugal, da falta de uma habitação com qualidade e a custos acessíveis (seja de arrendamento seja de compra), importa lembrar que este não é um problema novo, mas sim cíclico, e que no nosso País já teve respostas boas e más, que estão até bem evidentes em conjuntos e bairros residenciais que podem ser, hoje em dia, visitados e que por si "falam” da sua respetiva qualidade ou falta dela; e caso haja dúvida bastará perguntar aos respetivos moradores, até informalmente, como é que eles qualificam a vizinhança, os edifícios e a habitação onde moram, por vezes, há dezenas de anos.

E há que sublinhar que a importância do habitar para a satisfação que podemos e devemos ter com a nossa vida diária e a longo prazo é enorme, está ainda muito pouco evidenciada e ultrapassa, e muito, os respetivos aspetos físicos, espaciais e funcionais; sendo uma matéria que é, claramente, múltipla em termos disciplinares, complexa e muito ligada aos sensíveis aspetos de uma adequada e ampla satisfação de quem habita; mas sendo também uma matéria na qual os projetistas têm de ter um incontornável protagonismo, seja como técnicos informados e cuidadosos, seja como parceiros privilegiados no essencial diálogo ativo com os habitantes.  

Importa, assim, salientar, sempre que possível, que há muito mais no habitar para lá de aspetos quantitativos e funcionais, e podemos mesmo dizer que um verdadeiro e enriquecedor habitar desenvolve-se, sempre, suplementarmente a esses aspetos e apenas quando eles se conjugam intimamente com outras qualidades do verdadeiro habitar como são, designadamente, os aspetos culturais, a versatilidade dos usos e das tipologias, a qualidade construtiva, a atratividade e a afirmada urbanidade, a boa e global integração, uma gestão adequada e participada e a expressiva presença da natureza.

2. Estruturação do tema “Fazer Habitação” em quatro grandes subtemas

Na abordagem desta temática da qualidade ampla do habitar – ampla nos aspetos de matérias disciplinares abordadas e desejavelmente concatenadas (ex. desde as matérias da saúde física e psicológica às da estética e da valia cultural do habitar e da cidade que se faz e refaz) e dos níveis físicos considerados e também bem conjugados – muitas perspetivas e muitos “títulos e “subtítulos” podem e devem ser mobilizados, mas há perspetivas gerais que podemos sempre considerar como estruturantes de uma adequada, porque clara, reflexão e discussão, com base em estudos e perspetivas mais específicas, mais parcelares e desejável e frequentemente ligadas a casos concretos e positivos casos de referência do habitat humano.


Desta forma avançou-se neste 5.º CIHEL para o que se julga ser uma “clássica” organização temática que vai do mais geral para o mais particular, e portanto, globalmente, das políticas (tema A) para a construção (tema C), passando pela conceção arquitetónica (tema B), mas, talvez, inovando-se, um pouco, seja nos conteúdos específicos que foram exemplificados para cada uma dessas três temáticas, seja na proposta de um quarto tema, de remate do congresso, centrado na promoção de habitação (tema D), e portanto focando a atenção na importância do “fazer” o habitar, no sentido de uma sua promoção eficaz e resiliente, e também dissecando esta matéria numa perspetiva bem centrada no habitante (“na pessoa”).

Em seguida e já nas vésperas do 5.º CIHEL fazemos uma pequena revisão destas quaro temáticas:

.    lembrando, primeiro, e para cada uma das temáticas (A a D), e logo no respetivo subtítulo e com destaque (corpo de texto maior)  a proposta de conteúdos que foi sugerida aos potenciais autores de comunicações a submeter ao congresso, desde o início da sua divulgação, e incluindo, em cada um dos temas, o pequeno leque de subtemas também então igualmente apontados a título de exemplo, e dirigidos naturalmente para o tema central do congresso, que é o “fazer habitação”;

.      e registando, no final da apresentação de cada tema, e também para cada uma das temáticas (A a D), o que designámos como a listagem dos “subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas 125 comunicações aprovadas para apresentação no 5.º CIHEL.

Desta forma os leitores poderão ter uma “previsão” da amplitude e do interesse dos aspetos temáticos que irão marcar o Congresso; um pouco como se estivéssemos a esboçar uma espécie de relato prévio e temático dos trabalhos do 5.º CIHEL; evidentemente sem a riquíssima parte que irá, evidentemente, marcar as apresentações ao vivo, as respetivas discussões, a inovação que sempre marca cada nova apresentação, e as essenciais oportunidades de convívio e de troca de impressões que sem dúvida irão marcar os longos intervalos “de café” (30 min) e de “almoço” (120 min) previstos, que decorrerão no agradável átrio do Centro de Congressos do LNEC, marcado por uma estimulante pequena Feira do Livro Técnico.

 

A  Feira do Livro Técnico no átrio do Centro de Congressos do LNEC , no 2.º CIHEL; o mesmo local onde se realizará a Feira do Livro Técnico do 5.º CIHEL.


3. Listagem dos “Subsubtemas” de âmbito geral que são tratados no 5.º CIHEL

Os “subsubtemas” que são listados no final da abordagem sumária de cada um dos grandes quatro temas do 5.º CIHEL, que se faz, em seguida, foram diretamente extraídos das matérias abordadas nas cerca de 125 comunicações a apresentar no congresso – generalizando-se, naturalmente, cada “subsubtema” e organizando-se cada listagem alfabeticamente.

Julga-se que desta forma os potenciais participantes no 5.º CIHEL poderão ter uma excelente antecipação das matérias que serão abordadas.

 




Tema A: Políticas, Programas e Medidas Habitacionais – da urgência da oferta à qualidade global

agendas do habitat humano, inovação e urbanidade; política habitacional, social e de saúde; regulamentação e enquadramento das políticas habitacionais; regularização urbana e habitacional em zonas informais e precárias

Tendo-se em conta o adequado desenvolvimento da sociedade e considerando-se uma realidade marcada, frequentemente, por necessidades críticas, por reduzidos meios de ação e por quadros regulamentares específicos, visa-se a discussão do direito, do acesso e do apoio à habitação e dos modelos e práticas mais adequadas aos diversos atores sociais, institucionais e económicos, privilegiando-se uma promoção habitacional a custos controlados em que se compatibilizem objetivos de urgência na disponibilização de um número elevado de fogos e da sua qualidade global em termos arquitetónicos, construtivos e vivenciais.

Nesta perspetiva qualitativa importa aprofundar, especificamente, por um lado os aspetos participativos e de gestão dos conjuntos habitacionais e as perspetivas de humanização do mundo urbano, como espaço bem habitado e equipado, e as potencialidades do seu espaço público e de um conjunto bem integrado de diversos serviços urbanos e sociais.

A perspetiva que se propõe neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é que se privilegiem os aspetos associados às medidas mais práticas responsáveis pela concretização de determinados programas e políticas habitacionais, seja na sua apresentação sintética clara, seja no apontar dos seus eventuais resultados, seja, até, por exemplo, na sua respetiva avaliação e revisão para maior eficácia futura.

A questão da harmonização entre a urgência na oferta habitacional a sua respetiva qualidade global em termos de satisfação residencial, qualidade de desenho e qualidade construtiva e de facilidade de manutenção é também matéria a desenvolver. Há portanto aqui um privilegiar da apresentação de (aspetos de) políticas e medidas habitacionais concretas já aplicadas e com resultados palpáveis ou em aplicação e que visem a harmonização entre a urgência da oferta residencial e urbana e a sua qualidade global, tal como se entenderá considerando o tema geral do congresso que é “fazer habitação”.

  


Listagem dos “Subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas comunicações ao 5.º CIHEL no Tema A - Políticas, Programas e Medidas Habitacionais (ordem alfabética):

.  Ambiente e habitat humano

.  Arrendamento habitacional de cariz social: programas passados e presentes

.  Assessoria técnica habitacional

.  Cidade informal: aspetos essenciais a considerar, urbanização e regularização

.  Densificação e vazios urbanos

.  Estatuto da Cidade e direito à cidade e à habitação: avanços e desafios

.  Habitação como serviço

.  Habitação e felicidade

.  Habitação e formação especializada e participada

.  Habitação e turismo

.  Inadequação habitacional: aspetos críticos e estratégicos a considerar

.  Mercado e acesso à habitação

.  Municípios, políticas habitacionais locais e  habitação de interesse social

.  Nova Habitação de Interesse Social Portuguesa: o  “saber-fazer”, o contributo dos aspetos retirados dos muitos casos de referência existentes e a nova regulamentação

.  Participação arquitetónica habitacional

.  Planeamento estratégico e habitat humano 

.  Políticas habitacionais: do conhecimento à ação, variação temporal e oportunidades de financiamento

.  Precariedade habitacional e irregularidade fundiária

.  Processos de autoconstrução habitacional e de autogestão pelos moradores

.  Qualidade arquitectónica e satisfação residencial

.  Território e habitação




 

Tema B – Novos Modos de Habitar e Habitação de Interesse Social – da conceção aos casos de referência

casos de referência em soluções urbanas e habitacionais; cooperação habitacional e coohousing; custos controlados, habitação de interesse social e adequação aos habitantes; inovação habitacional, adequação a novos grupos sociais/etários e intergeracionalidade residencial; regulamentação e quadro recomendativo na conceção habitacional;


Visando-se uma diversificação tipológica adequada a novos modos de habitar e a propostas adequadas de habitação de interesse social, perspetivar uma diversificação e adequação estratégica das soluções habitacionais (da habitação à vizinhança), respeitar a relação entre soluções habitacionais, modos de vida e exigências funcionais e de conforto, considerar, objetivamente, as novas, urgentes e exigentes necessidades habitacionais e urbanas do grande e crescente número de pessoas idosas e ter em conta o papel e a integração das novas tecnologias na cidade e no espaço doméstico.

Na perspetiva de diversificação e flexibilidade das soluções de habitar importa ter em conta as diversas fases de reflexão e desenvolvimento projetual, os seus aspetos regulamentares e recomendativos, assim como os aspetos de relação entre conceção, execução e de influência/retroação das melhores práticas e dos casos de referência nos novos processos de projeto.

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente “de conceção” e arquitetónica com perfil muito amplo, seja no sentido de uma abordagem mais física dos diversos e essenciais níveis residenciais – do fogo, aos espaços comuns e à vizinhança urbana ou peri-urbana, e considerando-se os vitais interníveis de relação e transição –, seja no sentido de uma abordagem mais sociocultural da relação entre tais soluções e determinados modos de vida, seja considerando aspetos de coorganização que influam na arquitectura desses diversos níveis físicos em termos gerais e de pormenor, seja numa perspetiva sempre muito importante e que visa aspetos de adaptabilidade das soluções domésticas e de espaços comuns a variadas necessidades e desejos habitacionais, seja, finalmente, numa perspetiva de inovação residencial que sempre foi muito cara aos arquitectos e que, frequentemente, produziu fortes influências na concretização arquitectónica residencial e urbana.

Um outro aspeto que se julga ter grande importância nesta (sub)temática do “fazer habitação” é a questão de se privilegiar uma habitação que faça espaço urbano, uma habitação que contribua ativamente para o “fazer cidade” e, no limite, uma renovada habitação de interesse social que ajude a fazer cidade de interesse social; e esta reflexão leva-nos longe em termos de aspetos sociais, onde a convivialidade bem harmonizada com a privacidade têm de ter lugar cativo, e em termos de aspetos de verdadeira conceção em termos de “arquitetura urbana”, onde terão de marcar aspetos como a amigabilidade e a dignidade dos espaços de uso público e comum, por exemplo, e onde os aspetos de adequada e positiva integração com a envolvente urbana e com a natureza são também essenciais.

Como os outros este (sub)tema do “fazer habitação” é extremamente rico e aqui nos reteria longamente, mas a liberdade é vossa, sendo, no entanto, importante sublinhar aqui o interesse e a urgência que tem uma adequada abordagem do habitar dos habitantes mais idosos e mais condicionados, mas sempre numa perspetiva de se tratar do habitar em geral, socialmente integrado e valorizador de cada vizinhança, intergeracional e tendencialmente colaborativo, seja no sentido global do valorizar de uma adequada participação cívica, seja mesmo num sentido, mais específico e opcional de uma bem premeditada criação de comunidades residenciais marcadas pelo convívio e pela companhia e ajuda mútuas.  

Nestas matérias importa, sempre, sublinhar a importância que tem uma adequada e clarificada apresentação de exemplos e de casos de estudo e de referência; pois de “tábuas rasas” está infelizmente cheia a nossa história da habitação de interesse social; repetindo-se frequente e ciclicamente erros idênticos.

 


Listagem dos “Subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas comunicações ao 5.º CIHEL no Tema B -Novos Modos de Habitar e Habitação de Interesse Social (ordem alfabética):

.  Acessibilidade física no habitar: opções de projeto e tipológicas diversificadas

.  Arquitectura habitacional e bases de apoio técnico diversificadas: exemplo, do conhecimento arquitectónico aos histórico e sociológico

.  Assistência técnica ao melhor habitar

. Concursos e habitação de interesse social: legado histórico e oportunidade

.  Direito à habitação e soluções de habitar inovadoras e participadas

. Habitação como bem comum  e como serviço

.  Habitação evolutiva e de interesse social

.  Habitação personalizada e de interesse social

. Habitar a cidade em diversidade

.  Habitar a vizinhança e não apenas a habitação

.  Habitar com dignidade: da marginalização ao “mínimo” existencial, vários caminhos

.  Habitar como meio de reforço da identidade e da saúde mental

.  Habitar confortavelmente: aspetos essenciais e nestes o protagonismo da luz natural

.  Habitar e saúde, uma matéria ampla, fundamental e com aspetos recentes a ter em conta

. Habitar e trabalho: avançar na harmonização multifuncional motivada pelo covid 19

.  Habitar, caraterização e identidade: aspetos gerais e específicos da habitação de interesse social

. Habitat emergencial: os aspetos essenciais

.  História breve dos 50 últimos anos da habitação cooperativa portuguesa de interesse social

.  História do habitar como recurso essencial para o futuro do habitar

. Luta pela qualidade habitacional e urbana

.  Novas ligações entre formas de habitar a cidade, as vizinhanças e os fogos

.  Opções de habitar: entre a segurança e a exclusão e o convívio protetor

. Reconectar o habitat humano com a paisagem urbana

.  Renovadas soluções habitacionais intergeracionais cooperativas, um caminho de aliança entre  participação, convívio, individualidade e humanização do habitar

.  Requalificação habitacional em áreas patrimoniais: aspetos essenciais

. Soluções habitacionais e urbanas para a revolução grisalha, que já chegou

. Tipologias habitacionais diversificadas




Tema C  - Construção, Reabilitação e Manutenção Habitacional – da investigação às novas práticas

casos de estudo de construção e reabilitação habitacional; durabilidade; custo e qualidade na construção e reabilitação habitacional; novos processos e ferramentas de projeto e racionalização da obra (ex., modulação, BIM); regulamentação e enquadramento da construção e da reabilitação; relação entre projeto, tecnologia e custos na construção; saúde e conforto ambiental na construção do habitat humano sustentabilidade na construção e reabilitação habitacional;

 

Apresentar e discutir sistemas, processos, tecnologias e materiais direcionados para a construção nova e para a reabilitação habitacional e urbana, considerando aspetos ligados à relação custo-benefício e, designadamente, às técnicas e meios localmente disponíveis, ao perfil mais industrializado ou mais tradicional das tecnologias utilizadas,  ao respetivo enquadramento regulamentar e  à adequação em termos de conforto ambiental; considerar a ligação destas matérias específicas com as diversas facetas da sustentabilidade – ambiental, económica e sociocultural.

Visar a relação entre habitar e reabilitar, considerando a múltipla importância do construir no construído e do preenchimento e da densificação no incremento de uma ampla sustentabilidade urbana, abrangendo ainda a questão dos vazios urbanos. 

Considerar especificamente os aspetos de tecnologia e de custos numa promoção de habitação de interesse social marcada por graves carências de recursos em termos da sua construção e dirigida para moradores muito carenciados e/ou caraterizados por modos de vida específicos.

A perspetiva que se propõe neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente “de conceção” e construtiva, integrando-se nesta referência à construção as subfacetas da construção nova e da reabilitação.

Entre outros aspetos uma matéria que é urgente aprofundar refere-se à relação entre as novas ferramentas informatizadas de projeto e o seu resultado final em obra, tendo-se em conta, seja aspetos de qualidade final, seja de operacionalidade no desenvolvimento do projeto global e de especialidades, seja ainda a respetiva influência que essas novas ferramentas possam ter no desenvolvimento de projetos que, estrategicamente, possam produzir soluções residenciais mais diversificadas, mais adaptáveis, mais apropriáveis, com melhor potencial de gestão e mais duráveis; e tudo isto não sobrecarregando significativamente o respetivo processo de projeto.

Muitos outros aspetos específicos poderão aqui ser devidamente considerados apontando-se, por exemplo: a sempre revisitada relação entre a velocidade da construção, os seus custos e a respetiva qualidade e resiliência; a relação entre determinados regulamentos ligados à melhor habitabilidade e adaptabilidade na reabilitação e os custos da mesma; as sempre críticas questões ligadas à segurança no uso corrente das habitações e à respetiva segurança contra riscos de incêndio e tendo-se, por exemplo, em conta situações cada vez mais significativas de habitantes com condicionamentos em termos de mobilidade e de perceção; e, por exemplo, s questões ligadas ao embeber das novas tecnologias de comunicação e de acompanhamento nos espaços residenciais.

Uma outra matéria muito específica e vital refere-se à apresentação e explicitação de soluções construtivas e de equipamento residencial que sejam consideradas como muito adequadas para um seu uso significativamente intenso, diversificado e pouco antecipável, numa perspetiva que procura evitar que se labore cíclica e frequentemente em idênticos erros, produzindo-se soluções residenciais rapidamente degradáveis em termos de usos e de aspeto.

Nestas matérias importa, sempre, sublinhar a importância que tem uma adequada e clarificada apresentação de exemplos e de casos de estudo e de referência.

 


Listagem dos “Subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas comunicações ao 5.º CIHEL no Tema C - Construção, Reabilitação e Manutenção Habitacional (ordem alfabética):

 

.  Ambiente tropical e habitação: ensinamento e prática construtivas entre Lisboa e Luanda

.  Ancoragem para laminados de PRFC no reforço de elementos de betão armado

.  Assistência técnica e capacitação: caso do PAC ANGLO Pelotas/RS

.  Desempenho energético em edifícios residenciais e estratégias passivas de melhoria

.  Engenharia de segurança ao incêndio aplicada à reabilitação dos edifícios

.  Industrialização da construção e habitação sustentável

.  Informação centralizada por sistemas colaborativos na gestão do projeto

.  Isolamentos térmicos refletantes de baixa emissividade: desempenho em várias regiões

.  Madeira estrutural de edifícios antigos: dos processos construtivos à análise laboratorial

.  Novas práticas construtivas versus processos de reabilitação no desenvolvimento de habitação de interesse social (o caso de Oeiras e do PRR)

.  Prefabricação em betão: adaptabilidade em habitação económica modular e flexível

. Qualidade construtiva  e ampla satisfação habitacional

. Reabilitação de edifícios pombalinos em lisboa e uso do Heritage BIM na sua otimização

.  Reabilitação térmica eco-eficiente de edifícios residenciais no nordeste do Brasil

. Reabilitação urbana: desafios e novas soluções

.  Reforço em alvenaria de pedra tradicional através de modelo de partículas

. Residências de estudantes - Normas técnicas:  Desenvolvimento, estrutura,  organização

.  Sensação térmica e pessoas idosas em ambiente residencial

.  Vegetalização das coberturas e sustentabilidade ambiental

 

 


Tema D  – Promoção, Qualidade Habitacional e Sustentabilidade – das análises de satisfação aos novos desafios

Avaliação Pós-Ocupação (APO) urbana e habitacional; gestão local e modelos de promoção habitacional; integração da habitação de interesse social; modelos de promoção habitacional específicos; sustentabilidade e promoção residencial; casos de referência na promoção habitacional

 

Visar a satisfação residencial como objetivo básico na promoção habitacional, desde a conceção a uma gestão posterior sensível e participada, e privilegiar a multidisciplinaridade na intervenção urbana e habitacional.

Conjugar a promoção habitacional com um desenvolvimento sustentável, amigo da integração social, coerente e integrado nas preexistências e na paisagem natural, considerando áreas de alta e baixa densidade.

Desenvolver um leque adequado de modelos promocionais e de medidas de harmonização entre a oferta e a procura de soluções residenciais. Visar a relação com os futuros moradores e a respetiva participação, designadamente, pela  aplicação de processos de análise da satisfação residencial, com destaque para Avaliação Pós-Ocupação (APO).

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente operacional e promocional, mas aliando a faceta da produção e oferta residencial e urbana, desejavelmente de pequena escala em termos de vizinhanças socializadoras, a uma também vital faceta de gestão adequada e resiliente e ainda uma outra essencial faceta ligada a uma adequada, ampla e diversificada satisfação dos respetivos habitantes; sendo que os diversificados aspetos de uma essencial sustentabilidade ambiental, social e económica influem em todas estas facetas.

As Análises Retrospectivas Residenciais ou Avaliações Pós-Ocupação (APO) urbanas e habitacionais têm uma inegável importância no âmbito de uma adequada e sequencial aproximação aos sensíveis aspetos qualitativos que mais influenciam a satisfação dos habitantes e, especificamente, de diversos grupos socioculturais e etários; e por isso poderão constituir uma muito interessante matéria a apresentar no Congresso, assumindo-se como elementos de aproximação estratégica a uma verdadeira satisfação residencial quando devidamente aplicadas na avaliação de determinadas soluções e na sua gradual e subsequente melhoria.

De forma geral importa salientar aqui e seria bem interessante que no Congresso haja  testemunho de um leque de soluções promocionais “completas” de habitação de interesse social (HCC) desenvolvidas no passado recente por cooperativas, municípios e empresas privadas e que passados alguns anos de estarem habitadas resultaram em excelentes vizinhanças residenciais; julgando-se que uma tal retroação em termos de apresentação destas experiências poderia ter grande utilidade quando hoje em dia há muita urgência na resolução de graves e disseminadas carências habitacionais.  


 

Listagem dos “Subsubtemas” de âmbito geral que são tratados nas comunicações ao 5.º CIHEL no Tema D – Promoção, Qualidade Habitacional e Sustentabilidade (ordem alfabética)

.  Aliança entre a  gestão global e o projeto de arquitectura urbana: casos de referência

.  Avaliação e ocupação habitacional e urbana: metodologias experimentadas na área da análise pré-ocupacional e das diversas opções de Avaliação Pós-Ocupação

.  Conforto ambiental, satisfação residencial global e aspetos objetivos e subjetivos

.  Custo do terreno e custo global da habitação

.  Falta de terrenos para habitação e as vitais questões de (re)densificação, de mudança de usos previstos e de função social desses terrenos

.  Habitação em áreas de reabilitação urbana: oportunidades da gestão local

.  Importância dos casos de referência e dos  projetos meritórios habitacionais na produção de recomendações de qualidade

.  Intergeracionalidade participativa e habitação

.  Matriz de um habitar resiliente: atributos e indicadores de qualidade para Habitação de Interesse Social

.  Melhorias habitacionais: soluções e metodologias

.  Participação em arquitetura e no uso de habitação

.  Promoção habitacional e mudança climática

.  Promoção habitacional e recuperação paulatina da paisagem portuguesa

. Relação entre políticas de habitação, integração urbana, saúde pública, apoio social e educação, no âmbito de uma adequada promoção habitacional de interesse social

.  Resiliência habitacional, sua importância e cariz desde os concursos de Arquitectura

 

4. Notas práticas e importantes sobre os trabalhos do 5.º CIHEL no Centro de Congressos do LNEC em 3 e 4 de outubro de 24

Salienta-se que no 5.º CIHEL, no LNEC, em 3 e 4 de outubro de 24, as quatro temáticas, que foram apontadas (A, políticas e programas; B, modos de habitar; C, construção e reabilitação; D, promoção habitacional), serão abordadas, uma a uma, em cada período temporal dos quatro disponíveis (Tema A na manhã do dia 3; Tema B na tarde do dia 3; Tema C na manhã do dia 4; e Tema D na tarde do dia 4), proporcionando-se o que se julga ser uma estratégica distribuição e concentração dos interesses de participação por parte dos congressistas, e designadamente daqueles que venham a Lisboa para o Congresso.

Sublinha-se, ainda, que a gestão dos tempos nas salas irá privilegiar (i) pequenos períodos de debate e comentário, para cada comunicação (cerca de 15 minutos por cada intervenção que, desejavelmente, serão distribuídos por cada autor entre tempo de apresentação e tempo de discussão) e (ii) significativos intervalos a meio da manhã e da tarde (de no mínimo 30 min cada) e um adequado intervalo de almoço livre (120 min.); e desde já se sublinha que estes espaços essenciais de convívio e troca de impressões, bem apoiados numa pequena Feira do Livro Técnico, devem ser respeitados ao máximo pela gestão dos trabalhos nas salas.

 

Notas editoriais gerais  do Infohabitar:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

 

Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing

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Making Housing in the Lusophone Space, 5th CIHEL Congress, Lisbon 2 to 4 October 24

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Haciendo Vivienda en el Espacio Lusófono, 5º Congreso CIHEL, Lisboa 2 al 4 de octubre 24

Infohabitar, Ano XX, n.º 912

Edição: quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Infohabitar

Editor:

António Baptista Coelho, Arquitecto (ESBAL), doutor em Arquitectura (FAUP), Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC)

abc.infohabitar@gmail.com

Edição:

Olivais Norte,  Encarnação, Lisboa;  e Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja.

A Infohabitar é uma Revista da GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho – Lisboa