quarta-feira, novembro 15, 2023

O planeamento urbano e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação – Infohabitar # 883

Ligação direta (clicar no link seguinte ou copiar para site de busca) para aceder à listagem interativa de 840 Artigos editados na Infohabitar – edição de janeiro de 2022 com links revistos em junho de 2022 (38 temas e mais de 100 autores):

https://docs.google.com/document/d/1WzJ3LfAmy4a7FRWMw5jFYJ9tjsuR4ll8/edit?usp=sharing&ouid=105588198309185023560&rtpof=true&sd=true

 

O planeamento urbano e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação – Infohabitar # 883

Artigo XI da série editorial da Infohabitar “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada, pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na Infohabitar.

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 883

Edição: quarta-feira, 15 de novembro de 2023

 

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo continuamos a edição da série editorial dedicada à temática geral da Segregação sócio-espacial em contexto urbano”, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil; tal como tínhamos planeado.

Informa-se que a matéria editorial ligada ao estudo da habitação intergeracional participada fica agora suspensa, numa fase de divulgação de bases editoriais e de referência, em princípio, até ao início de 2024.

O presente conjunto de artigos sobre Segregação sócio-espacial em contexto urbano”, que agora editamos, foi desenvolvido pelo Professor Anselmo Belém Machado um dos mais assíduos articulistas da nossa Infohabitar, e que, assim, e com base na adaptação da sua tese de doutoramento a uma sequência de artigos, nos irá acompanhar ao longo de algumas semanas com a edição de mais um conjunto de artigos sequenciais relativos à, hoje em dia, fundamental e sempre presente problemática da Segregação sócio-espacial em contexto urbano”.

Saudamos, então, novamente, o colega e amigo Anselmo Belém Machado, por mais esta excelente e substancial contribuição editorial.

Recorda-se, como sempre, que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e propostas de novos artigos (a enviar, ao meu cuidado, para abc.infohabitar@gmail.com).

E desde já se refere que, em breve, terão notícias sobre a realização de um novo Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono – CIHEL – que será já o nosso 5.º CIHEL, que terá lugar, novamente, em Lisboa no início de outubro de 2024; assim como da reativação do GHabitar-APPQH.

Com as melhores saudações a todos os caros leitores,     

Lisboa, Encarnação, Olivais Norte, em 15 de novembro de 2023

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar

 

O planeamento urbano e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação – Infohabitar # 883

Anselmo Belém Machado

 

Resumo curricular de Anselmo Belém Machado

Doutor em geografia Humana pela Universidade do Minho (Portugal). Com mestrado em Organização do Espaço Rural no Mundo Subdesenvolvido, licenciado e bacharel em geografia na Universidade Federal de Sergipe (Brasil).

O autor tem experiência profissional em ensino, pesquisa e extensão nas seguintes Universidades: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor associado no Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O autor tem as seguintes áreas de interesse: Geografia Humana, Geografia Urbana e em Estudos de Segregação Sócio Espacial (Portugal e Brasil). 

 

Série Editorial sobre Segregação Sócio-espacial em Contexto Urbano: Texto de apresentação

Face ao contexto actual de urbanização acelerada, são vários os desafios que se colocam ao desenvolvimento das cidades contemporâneas, de entre os quais aqueles que se relacionam com a urgência de novas políticas de gestão urbana, capazes de promover um urbanismo inclusivo que contribua para o surgimento de cidades socialmente mais coesas, integradas e justas. Assim, importa reforçar o conhecimento existente em torno das dinâmicas urbanas de segregação sócio- espacial. Este trabalho contribui para esta reflexão a partir de uma investigação que se singulariza por uma abordagem comparativa desenvolvida a dois níveis. Por um lado, trata-se de um estudo de geografia urbana que privilegia a comparação entre duas cidades (Braga em Portugal e Aracaju no Brasil), que embora se enquadrem em países diferentes e com culturas e realidades sócio- econômicas específicas, enfrentam ambas processos de segregação sócio-espacial no interior das suas malhas urbanas. Por outro lado, trata-se de um estudo que confronta simultaneamente a análise de dinâmicas espaciais distintas, quer a concentração de cidadãos de baixo nível sócio- económico (segregação imposta), quer a realidade oposta onde a homogeneidade sócio- económica de algumas bolsas territoriais se faz sentir pela presença exclusiva de cidadãos de altos rendimentos (auto-segregação).

O planeamento urbano e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação – Infohabitar # 883

 

Depois de abordar como a elevada concentração de cidadãos de baixos rendimentos em determinadas áreas urbanas, é em certa medida também causada por planeamentos urbanos inadequados, importa agora avaliar como opções tomadas em matéria de planeamento urbano tiveram também influência na promoção da concentração de cidadãos de alto poder aquisitivo e com mais altas qualificações. Nomeadamente através de políticas urbanas que impulsionaram a multiplicação de condomínios privados e bairro de luxo.

Como vimos atrás, o desenvolvimento das relações sociais de produção decorrente da industrialização impulsionou a diferenciação de classes sócio-económicas, o que por sua vez teve reflexos nos processos de desenvolvimento urbanos que foram eles próprios ajudando a demarcar contextos de residência distintos consoante o nível sócio-económico dos seus residentes. Esta é uma tendência que persiste pois a cada ano mais bairros novos e de alto padrão estão sendo construídos com característica de condomínios condomínios privados fechados e com vigilância 24 horas. Esta é em grande parte a consequência de uma sociedade cuja organização não assenta no primado da integração e na garantia de uma qualidade de vida, conforto e bem estar ao alcance da generalidade dos cidadãos. Toda a acumulação de riqueza possibilitada pela sequência de diferentes revoluções tecnológicas tem sido encaminhada para a afirmação de uma organização social piramidal e não para a integração dos diferentes grupos sociais.

Sem se repensar os objectivos gerais que devem comandar as lógicas de desenvolvimento não se conseguirá alcançar uma sociedade integrada que verdadeiramente combata a exclusão social, e na qual perca sentido a existência e crescente profusão de condomínios fechados. Pois é certo que se se verificasse uma melhor distribuição da riqueza entre as populações, os níveis de qualidade de vida seriam mais semelhantes entre os cidadãos, o que não provocaria tanto o desejo de auto-segregação das classes sociais mais privilegiadas. Mas esta não parece ser a tendência de evolução e de facto a concentração da riqueza não é apenas claramente visível em termos sociais mas também em termos geográficos. Uma leitura geográfica da distribuição da riqueza evidencia fortes diferenciações no planeta. As maiores concentrações de riqueza localizam-se na América do Norte, em grande parte da Europa e na Austrália. Nestas áreas o PIB per capita é de mais de 100 mil dólares. No patamar inferior encontram-se países com um PIB per capita abaixo de 5 mil dólares, em grande parte no continente africano e alguns países da Ásia e América do Sul, sendo assim os territórios com maior concentração de pobreza.

Conclui-se assim facilmente que os desequilíbrios na distribuição da riqueza e a diferenciação social têm aumentado mesmo apesar das inúmeras ações de recuperação dos países pobres e das ações realizadas por ajudas humanitárias. Na verdade os programas de financiamentos e “rolagem” da dívida promovidos pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional devem ser repensados visto que essas ações apenas estão aprofundando a crise económica das nações pobres ao invés de recuperá-las. Essas instituições

“[…] têm, porém, que explicar porque é que em todos estes anos a pobreza extrema não deixou de aumentar em termos absolutos, porque é que no seio de cada país «em tratamento» os desequilíbrios sociais e económicos aumentaram entre ricos e pobres. Até nas instâncias financeiras internacionais está a ganhar terreno a dúvida de que as políticas de ajustamento económico estrutural, da forma como estão a ser implementadas, fazem mais mal que bem. Mas as instituições de Bretton Woods [Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional] estão animadas por certezas ideológicas que não deixarão pôr em xeque o seu modo de agir.”. Fonte:http://www.alemmar.org/.

 

Uma vez que a prioridade não está na integração social mas no favorecimento de desequilíbrios e de uma organização social piramidal, daí decorrem processos que ajudam a explicar as preferências residenciais que estão na base da multiplicação dos condomínios fechados. Desde logo a pobreza extrema de uma parte significativa da população mundial que vive em situação de miséria, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, e em relação à qual a população mais abastada desses países procura distanciamento. Desta justaposição de realidades sociais diferenciadas decorre um sentimento crescente de insegurança, que a tipologia dos condomínios fechados consegue de algum modo controlar. Para Bauman (2006, [2005]: 36), Op. Cit. Martins (2013, p. 77), os residentes dos condomínios fechados se isolam fugindo da realidade desconcertante que a vida urbana impõe, pois é desagradável e em muitos casos ameaçadora, pelo que para fugir desse contexto que causa fobia e tristeza, se isolam “num oásis de calma e segurança”. Esses condomínios permitem que os seus moradores não sejam confrontados com a realidade em que vive a restante população e que tanta insegurança lhes promove. Assim, um planeamento urbano que favorece um processo de urbanização assentes na multiplicação destes condomínios, é um planeamento urbano que se alinha por lógicas mais gerais que evitam a integração social.

Para uma redução duradoura da insegurança, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNPUD, 2014) recomenda políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população, com forma mais eficaz de prevenção do crime e da violência por meio de um crescimento económico inclusivo. Segundo este Relatório das Nações Unidas, não basta apenas aprovar o financiamento aos países pobres (a altos juros), mas concentrar os esforços na qualidade de vida das populações pobres e no aumento da justiça social. No entanto, hoje o que pode ser constatado é um crescente aumento do índice GINI (10), o que representa uma tendência crescente de alta desigualdade social, mais fortemente em alguns contextos, como nos países da América Latina, o que acaba por ser favorecedor da multiplicação de condomínios fechados.

Assim a questão dos condomínios fechados é um assunto que está se tornando muito presente na sociedade contemporânea, e que merece ser analisada principalmente quando o planeamento urbano favorece a difusão desta modalidade residencial. Historicamente importa referir que antes de se concretizarem como condomínios efetivamente habitacionais e fechados, existiram alguns precursores mas que não tinham a função exclusivamente residencial. Segundo Barajas (2003) Op. Cit. Sposito (2013), já existiram no final do século XIX, essas comunidades restritas, que foram denominadas de “gated communities” nos Estados Unidos, quando algumas ruas foram privatizadas. Mas é na década de 1960, que surgiram na Califórna os condomínios habitacionais fechados enquanto conjuntos de moradias cercadas e de acesso restrito (Martins, 2013), que vieram a se difundir intensamente por muitos países nas décadas seguintes, originando o que Barajas (2003) denominou de “cidade fechada”, devido ao acesso exclusivo e restrito a estas parcelas urbanas. A expansão desse tipo de habitação, segundo Ascher (2001), Op. Cit. Martins (2013, p.65), está se tornando como “nova forma de segregação social”, estimulada em muitos contextos pelos planeamentos urbanos atuais, em que respondendo a aspirações de acréscimo de segurança para alguns (poucos) acabam por proporcionar um aumento significativo na arrecadação de impostos e favorecer os grupos privilegiados.

Essa “nova” forma de habitar constitui um dos frutos da lógica capitalista, por vezes designados de guetos dos ricos, que se diferenciam em muito dos guetos dos pobres. Os guetos dos pobres são uma solução habitacional involuntária e imposta pelas condições económicas e sociais na qual se encontra esse grupo populacional. Esta visão é partilhada por Bauman (2001), para quem o contraste entre a homogeneidade interna no gueto voluntário e a heterogeneidade dos que permanecem fora dele, é central na sua própria definição. Este autor ilustra a expansão dos condomínios fechados em cidades globais recorrendo à imagem das “[vedações que separam] o ghetto voluntário dos ricos e dos poderosos dos inumeráveis ghettos forçados em que os deserdados vivem” (Bauman (2001: 116, 36), Op. Cit. Martins (2013, p.69)).

Hoje de fato os condomínios habitacionais fechados, que se assumem como “a noção mais ampla de enclaves fortificados” Caldeira (2000:259) Op. Cit. Marques (2013, p. 68), são um fenómeno global que reforça a auto segregação dos que têm alto poder aquisitivo, e que se apresenta como fruto da cidade segregada por antagonismos sociais e em que se assiste a uma perda da qualidade dos ambientes construídos públicos e comunitários. O que traduz o mau desempenho dos poderes públicos na gestão urbana, na manutenção da infraestrutura da cidade, no mau uso dos equipamentos públicos existentes, na conservação e animação das praças e áreas de lazer,  comprovam que de fato o planeamento urbano deve dirigir maior atenção e investimento para esses ambientes construídos públicos e comunitários.

Em suma, a concentração de riqueza em desprimor de uma aposta na elevação da qualidade de vida para a generalidade da população, está assim associada com a segregação sócio-espacial urbana que é reforçada por planeamentos urbanos que em muitos casos estão mais comprometidos com a dotação de condições para a satisfação das pretensões das classes mais privilegiadas, do que comprometidos com a qualidade de vida da generalidade da população que reside nas cidades procurando garantir uma maior justiça espacial nos modos de organização e funcionamento das cidades. Todavia é certo que existem também exemplos distintos, que demonstram como o planeamento urbano se tornou responsável em minimizar estes problemas de segregação sócio-espacial nas cidades, sobre os quais se reflectirá na secção seguinte. Nuns casos com maior sucesso do que noutros, em que se avançou sobretudo nas formulações das legislações urbanísticas existentes, sem grandes efeitos na condições sociais das populações de baixa renda.

 

Notas:

(10)  O ponto positivo desse índice “é capacidade de mensurar a distribuição de renda, não cedendo às limitações de outros dados, como a renda per capita, que nada mais é do que a média aritmética entre o Produto Nacional Bruto e o número de habitantes. Mas existe a desvantagem desse índice, visto que, ele mensura a desigualdade de renda em termos estáticos, sem dar ênfase na oportunidade ou no potencial que um local possui em se tornar mais ou menos desigual a curto e longo prazo. Além disso, uma boa distribuição de renda em um país, por exemplo, não corresponde necessariamente a uma justiça social...” (Pena, 2018, s.p.)

 

Bibliografia geral (A a C)

Devido à natural extensão da bibliografía esta é, novamente, apresentada em diversos “blocos” sequenciais.

(A a C)

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Cruz, S. M. dos S. R. (2003). Fragmentos Utópicos da Cidade caótica-Condomínios fechados no Grande Porto. Tese de doutorado, Universidade do Porto/FEUP, Porto, Portugal.

Clark, D. (1991). Introdução à geografia urbana. (2ª ed.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Cerqueira, E. D. V. (2015). As novas lógicas de fortificação residencial nas periferias metropolitanas de Belo Horizonte: quais impactos sobre a segregação social? urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana (Brazilian Journal of Urban Management), maio/ago., 7(2), 195-210.

Cohen, M. (2018). Problemas Brasileiros. Revista PB: São Paulo: Editora Fé Comércio, 11-12. Abr./maio

Corrêa, R. L. (1993). O Espaço Urbano. (2ª ed.). São Paulo: Ática, Série Princípios. Corrêa, R. L. (1995). O Espaço Urbano. (3ª ed.). São Paulo: Ática, Série Princípios. 349

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Costa, E. M. (2002). Cidades médias: contribuição para a sua definição. Finisterra. Lisboa: Universidade de Lisboa, 37(74),101-128.

 

 

Nota: a base bibliográfica deste conjunto de artigos, por ser muito extensa, é repartida em quatro partes, sequencialmente editadas, ao longo dos diversos artigos que integram a série editorial .

 

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.

 

O planeamento urbano e o favorecimento da segregação sócio-espacial, na modalidade da auto-segregação – Infohabitar # 883

Artigo XI da série editorial da Infohabitar “Segregação sócio-espacial em contexto urbano. Um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”. A presente série editorial integra uma sequência de capítulos da tese de doutorado de Anselmo Belém Machado intitulada “Segregação sócio-espacial em contexto urbano, através de um estudo comparativo entre Braga - Portugal e Aracaju-Brasil”, adaptada, pelo respetivo autor, especificamente, para esta iniciativa editorial na Infohabitar.

 

Infohabitar, Ano XIX, n.º 883

Edição: quarta-feira, 15 de novembro de 2023

 

Infohabitar

Editor: António Baptista Coelho, Investigador Principal do LNEC

Edição: Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja

abc.infohabitar@gmail.com, abc@lnec.pt

A Infohabitar é uma Revista do GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa, Encarnação - Olivais Norte.

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