tag:blogger.com,1999:blog-10780432.post116674217845367694..comments2023-09-05T15:19:44.644+01:00Comments on <center><b>infohabitar</b></center>: 118 - A CIDADE E O SOLSTÍCIO DE INVERNO, artigo de Maria Celeste Ramos - Infohabitar 118António Baptista Coelhohttp://www.blogger.com/profile/16556578091973372542noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-10780432.post-1167840723616766722007-01-03T16:12:00.000+00:002007-01-03T16:12:00.000+00:00Gostei da ousadia deste texto, da sua ética ecológ...Gostei da ousadia deste texto, da sua ética ecológica radical, pois em Portugal não temos movimentos ecológicos mas associações de ambientalistas subsidiadas pelo Estado. Contudo, não sou ecologista neste sentido depurado e panteísta (nem sequer no outro). Releio o texto (2 de Janeiro de 2007) num momento em que na Costa da Caparica se reivindica (autarcas, moradores e comerciantes da zona) uma intervenção mais dura e tradicional da Engenharia Civil contra as soluções provisórias e de «emergência» mandadas por um Instituto Nacional da Água constrangido por figuras de ordenamento do território traçadas a régua e esquadro e por regras de «preservação da natureza» que não têm em consideração as populações locais, a sua «tradição» de uso e ocupação do solo e as suas expectativas de desenvolvimento. E não sei se é tão correcto (nem se o texto faz isso) dividir o «mundo rico» do «mundo pobre» como se dividem hemisférios: também os Países ricos têm as suas bolsas de pobreza, o seu «terceiro-mundo interior», e os Países pobres têm elites enriquecidas às custas da exploração de matérias-primas quando não envolvidas no negócio das armas e no tráfico de «carne humana», que o «mal» não divide hemisférios (mas talvez a autora tenha incluído as elites de governantes dos dois hemisférios nessa mesma designação: «porque o mundo rico se tornou autista»). Precisamente (voltando a um exemplo dado no texto) na Costa da Caparica serão os «mais pobres» a ter que sair... assim como na «área protegida» da Arrábida quem está a mais são os pescadores, e não a cimenteira que até viu prolongado o seu licenciamento e a autorização (vandalizando-se a consulta pública de instrumentos de gestão da área do Parque) para a co-incineração de resíduos perigosos e industriais (há quem queira mudar o nome a estes resíduos, por conveniência semântica). E que dizer de um Instituto da Conservação da Natureza que autoriza que os motores e as vaidades de um Lisboa-Dakar invadam áreas costeiras e paisagens protegidas???? A natureza não pode transformar-se num discurso de circunstância variável... Por isso este é um texto corajoso, radical como poucos «defensores da natureza» portugueses terão autoridade moral para o subscrever.<BR/>(Comentário de João L. Craveiro).Anonymousnoreply@blogger.com