terça-feira, agosto 17, 2021

Transformar as circulações domésticas em verdadeiros espaços de vida – Infohabitar # 787

 Ligação direta (clicar) para:  760 Artigos Interactivos, edição revista, ilustrada e comentada em janeiro de 2021- 38 temas e mais de 100 autores

 

Transformar as circulações domésticas em verdadeiros espaços de vida – Infohabitar # 787

Infohabitar, Ano XVII, n.º 787

Edição: terça-feira, 17 de agosto de 2021

 

Artigo integrado na série editorial da Infohabitar “Habitar e viver melhor”

 

 

Caros leitores da Infohabitar,

Com o presente artigo continuamos a série editorial da Infohabitar especificamente dedicada a uma viagem sistemática pelos diversos espaços do habitar, que iniciámos na vizinhança, avançando, depois para os edifícios e seus espaços comuns (disponível no catálogo interativo da Infohabitar, no seu tema 6 intitulado Série habitar e viver melhor”) e “terminando” numa reflexão sobre os diversos tipos de organizações, opções e espaços domésticos; reflexão esta que esta semana nos leva aos espaços de circução domésticos, levando-nos, depois, aos outros espaços das nossas habitações, ainda durante um número significativo de outras semanas editoriais.

 

Lembra-se que serão sempre muito bem-vindas eventuais ideias comentadas sobre os artigos aqui editados e, designadamente, propostas de novos artigos (a enviar para abc.infohabitar@gmail.com , ao meu cuidado).

 

Considerando a mais recente evolução da pandemia, e a grande capacidade de contágio da mais recente variante do vírus, mesmo entre vacinados, continuamos a reforçar a vital importância de cumprir com rigor os essenciais protocolos de vacina (n.º de doses e períodos temporais posteriores às mesmas), mas continuando com os cuidados de proteção próprios e dos outros, designadamente, em termos de limpeza de mãos, uso de máscara e distância social.

Despeço-me, até à próxima semana, enviando saudações calorosas e desejos de força e de muito boa saúde para todos os caros leitores e seus familiares,    

 

Entre Lisboa/Encarnação e Azambuja/Casais de Baixo, em 16 de agosto de 2021

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar

 

Transformar as circulações domésticas em verdadeiros espaços de vida – Infohabitar # 787

António Baptista Coelho

(texto e desenhos)


Resumo

Neste pequeno artigo, dedicado à temática dos espaços de circulação privados habitacionais, faz-se, de início, um enquadramento e uma introdução geral a estes espaços na globalidade  dos espaços domésticos, seguindo-se um desenvolvimento da reflexão sobre os espaços de circulação domésticos, designadamente, nas seguintes facetas temáticas específicas: (i) relações entre estes espaços de circulação privados e os aspetos de estruturação e de dimensionamento geral do espaço doméstico; (ii) associações consideradas mais interessantes entre os espaços de circulação e outros “tipos” de áreas domésticas; e (iii) hábitos e opções de uso/apropriação considerados mais interessantes e/ou significativos nestes espaços de circulação.


1. Enquadramento e introdução à matéria específica dos espaços de circulação domésticos

Continuando a Série editorial sobre "habitar e viver melhor", na qual temos acompanhado uma sequência espacial desde a vizinhança de proximidade urbana e habitacional até ao edifício multifamiliar, e neste os seus espaços comuns, vamos, agora, falar com algum detalhe sobre os espaços que constituem os nossos “pequenos” mundos domésticos e privativos, refletindo sobre as diversas facetas que os qualificam.

Primeiro viajaremos pelos espaços domésticos comuns, isto é aqueles que são usados por todos os habitantes de uma dada casa ou apartamento numa base geral de uso partilhado e de alguma comunidade; depois iremos até aos espaços domésticos privativos, portanto aqueles mais amigos de um uso individual, ou muito ligado ao casal. São os seguintes os espaços domésticos comuns a abordar, sequencialmente, em artigos desta série: vestíbulo de entrada, lavabo, corredor e zonas de passagem, sala ou zona de estar, cozinha, áreas de serviço para arrumações, verdadeiras pequenas áreas de serviço - lavandaria e rouparia, zona de refeições ou sala de jantar, casa de banho, varanda e outras zonas exteriores privadas elevadas como pátios e pequenos quintais, virtualidades domésticas do estacionamento em garagem.

No presente artigo serão abordados diversos aspetos a ter em conta no projeto de espaços de circulação domésticos bem habitados, e, designadamente, matérias associadas: (i) às relações entre estes espaços de circulação privados e os aspetos de estruturação e de dimensionamento geral do espaço doméstico; (ii) às associações consideradas mais interessantes entre os espaços de circulação e outros “tipos” de áreas domésticas; e (iii) aos hábitos de uso/apropriação considerados mais interessantes e/ou significativos nestes espaços de circulação.

Com este artigo inicia-se uma reflexão mais ampla sobre os espaços de circulação domésticos que será concluída na próxima semana com uma abordagem sequencial das seguintes matérias específicas: (i) aspectos motivadores ligados aos espaços de circulação domésticos; (ii) problemas correntes nos espaços de circulação domésticos; e (iii) questões e ideias frequentemente levantadas (dimensionais e outras) nestes espaços.

A esta temática dos espaços de circulação domésticos é, assim, aqui dada uma atenção bem distinta daquela que lhe é, infelizmente, muitas vezes dedicada na conceção habitacional, muito ligada a uma perspetiva de espaços meramente funcionais e até, por vezes, quase residuais; dedicando-se a esta matéria dois artigos “gémeos”, que se iniciam com uma discussão essencialmente relacional (relações e associações a privilegiar) e ligada a hábitos de uso/apropriação considerados mais interessantes e/ou significativos e passando-se, depois, no segundo artigo, para uma pequena viagem, sempre incompleta, naturalmente, sobre os aspetos que motivam o uso e a apropriação de corredores, passagems e átrios domésticos e sobre os problemas e as questões mais frequentes nestes espaços.

Na prática podemos, até, considerar que a própria designação  “de espaços de circulação domésticos” é um pouco limitativa, pois, como já se apontou e se irá desenvolver, estes espaços devem ter, também, outras funções e ser caraterizados de acordo com este seu papel multifuncional e multiambiental; caso contrário algo se passa de errado com a respetiva proposta habitacional que, no limite, se poderia, também, reger por idênticos critérios monofuncionais, por exemplo, na cozinha, nos quartos e na sala.

 

Fig. 01: sobre o papel de excelência que deve estar reservado asos espaços de circulação domésticos e designadamente à sua zona específica de ligação e transição, mas também de expressiva marcação na entrada/saída da habitação.


2. Importância dos espaços de circulação na estruturação do mundo doméstico e as várias dimensões domésticas

A referência inicial, que se faz no texto de “resumo” deste artigo, a tratar-se de um “pequeno” artigo quer, apenas, fazer sublinhar que a matéria das circulações domésticas tem sido muito pouco abordada, como merece, tendo-se em conta a grande relação direta e indireta que assume na estruturação evidenciada e, mais ainda, na essencial caraterização de uma habitação; e note-se que aqui nem se falou de funcionalidade, pois esta matéria deveria ser, e não o é, um dado adquirido quando se pensa sobre o papel global da circulação doméstica e de tudo o que a ela pode e deve estar associado.

Avançando, agora, com a necessária e prática informalidade nestas matérias associadas ao que se designou como a  importância dos espaços de circulação na estruturação do mundo doméstico e o desejável desenvolvimento de várias dimensões de leitura e de vivência domésticas, vamos passar por uma sequência de matérias específicas e unificadas no âmbito do que se designa como uma verdadeira racionalidade no desenvolvimento dos percursos domésticos – racionalidade esta que é, evidentemente, bem distinta de uma “simples” funcionalidade (qualidade esta mesmo mínima e que mesmo assim por vezes não existe).

Será, portanto, através desta preocupação de “racionalidade” numa estruturação dupla de circulações e outros espaços domésticos por eles servidos, que avançaremos um pouco mais, quer no sentido de uma estruturação expressivamente caracterizadora, quer numa abertura compassada para uma estimulante leitura e vivência de diversos níveis ou pequenas dimensões domésticas, que poderão conjugar-se nos mesmos espaços, mas proporcionando-lhes variados tempos e até tipos de uso e apropriação – por exemplo, entre estritamente funcionais, expressivamente formais até quase simbólicos –, nuam perspectiva em que a própria e afirmada presença dos referidos e variados espaços de circulação doméstica é factor de claro enriquecimento da leitura e da vivência dos outros   espaços domésticos por eles servidos.

Nestas temáticas, um dos aspectos que continua a ser estruturador de uma boa solução doméstica é que ela se caracterize por uma economia ponderada de circulações, conseguida, designadamente, através das duas seguintes condições:

.  mínima extensão e aproveitamento maximizado das circulações por corredor (por exemplo por dupla utilidade para circulação e para arrumações em roupeiros);

.  e também mediante a mínima extensão e posicionamento estratégico das eventuais zonas de circulação obrigatória através de compartimentos mais sociais (por exemplo, quartos com acessos através de salas e cozinhas).

Como todos deveríamos ter muito mais para fazer do que andar a perder motivação e energia a usar habitações mal organizadas e descaracterizadas, e considerando que tais habitações estão associadas, também, como é evidente, a um esforço acrescido na sua manutenção e limpeza, não faz realmente sentido, também a este nível de uma essencial e maximizada funcionalidade doméstica, que tenhamos casas mal distribuídas e perdulárias em circulações extensas e pouco úteis; e nestas importantes matérias Claude Lamure (1) chegou à conclusão que, geralmente, se pode reduzir para cerca de metade a extensão dos percursos relativamente a soluções domésticas com organizações mal concebidas, poupando-se significativamente: (i) no esforço físico;  (ii) nos cuidados de manutenção e limpeza; e (iii) naturalmente nos próprios custos de construção.

Esta preconizada racionalização das circulações domésticas refere-se a uma redução ou síntese espacial que está também associada à supressão dos desníveis interiores, matéria esta que, no entanto, nos deve levar mais longe tendo-se em conta, designadamente:

(i) por um lado, os aspetos inegavelmente positivos, em termos de acessibilidade, conforto e segurança, de uma habitação desenvolvida num único plano;

(ii) mas por outro lado o caráter único e as capacidades organizativas e de espacialidade de soluções habitacionais desniveladas.

Outra matéria apontada por Lamure é que habitações em dois pisos são muito negativas nesses aspectos de crescimento de áreas de circulação e de esforço no uso da habitação, mas julga-se que esta escolha deverá ser destacada do juízo anterior, pois habitar em dois pisos também terá as suas vantagens noutros aspectos (por exemplo, na privacidade no interior doméstico) e é possível, naturalmente, organizar funcional e racionalmente habitações em dois pisos.

Nestas matérias há que sublinhar que estas opções entre um mesmo ou vários níveis de piso numa habitação são aspectos que têm muito interesse quando se visa uma habitação direccionada especificamente para habitantes mais idosos e/ou com pouco tempo, ou mesmo com pouca vocação e disponibilidade, para a lide da casa, um grupo sociocultural cada vez mais importante/numeroso na sociedade urbana.

Mas voltando à ideia atrás expressa de uma clara negação a circulações mal organizadas, importa sublinhar que se está a negar essa má organização, essa má concepção e não o interesse de circulações com um eventual e significativo desenvolvimento, desde que bem estruturadas e associadas a outras actividades domésticas, pois um razoável desenvolvimento destas circulações também pode ser factor de adaptabilidade no uso dos diversos compartimentos servidos, de usos próprios estimulantes (ex., pequena “galeria de arte” doméstica, acesso a roupeitos embutidos, etc.) e de negação daquilo que por vezes se considera ser uma organização doméstica excessivamente hierarquizada e funcionalmente rígida.

Numa primeira “para-conclusão”, naturalmente, sempre relativamente provisória, sobre estas matérias, associadas a um maior ou menor desenvolvimento da circulação doméstica, há que sublinhar que ela tem de ser estritamente funcional e racionalizada, mas não só, porque tal condição tem de estar “obrigatoriamente” associada a uma expressão afirmada de uma dada estrutura/conteúdo de organização e de conteúdo ambiental da habitação, ou a uma expressiva e específica importância que seja dada exactamente a essas áreas de circulação, um pouco como se se considerasse uma habitação que “viva” toda ela de um grande e estimável (porque bem configutado e pormenorizado) coração de circulação, que será, por exemplo, também de estar e de outros usos nobres (por exemplo, uma grande e alongada biblioteca); e afinal até Alexander defende que o fluxo através dos compartimentos é tão importante como os próprios compartimentos, influenciando tanto a convivialidade doméstica, como o uso de cada espaço da casa. (2)

E se a Arquitectura se centra sempre e muito nas questões de relacionamento, de transição e de passagem “pausada”, como defendem, com variadas palavras, muitos bons arquitectos, então não há dúvida de que a solução de circulação doméstica deverá ser, sempre, realmente, muito mais do que uma simples resolução funcional de fluxos de circulação na habitação.


Fig. 02: os espaços de circulação domésticos podem e devem ter uma dupla identidade: como zonas específicas e com caráter próprio e como espaços estratégicos de ligação e separação entre os outros espaços domésticos.


3. Associações interessantes dos espaços de circulação com outras áreas domésticas

Tal como apontei num estudo editado já há alguns anos no LNEC (“Do bairro e da vizinhança à habitação”, ITA 2, 1998), entre as características mais desejáveis nos espaços domésticos para circulação, comunicação e separação salientam-se as seguintes:

.  permitir a circulação funcional das pessoas entre todos os espaços e compartimentos da casa, protegendo os espaços mais privados e recebendo, desejavelmente, algum mobiliário e equipamento (funcional e de aparato);

.  permitir diversos tipos de ocupação (por exemplo, corredor que para além de ser uma zona de passagem é, também, um agradável espaço mobilado e decorado e uma zona de utilização de roupeiros e arrumações);

.  serem de fácil limpeza e terem ventilação e luz naturais ainda que indirectas (por exemplo, através de envidraçados e aberturas em portas e "bandeiras" superiores).

Mas, atualmente, acrescento também:

.  participarem, ativamente, na caracterização da globalidade de solução habitacional que é, em cada caso, desenvolvida e oferecida como espaço de vivência e, naturalmente, de memória;

.  proporcionarem alguma antecipação da leitura dos restantes espaços domésticos que servem.

A agregação da circulação, do receber e da sala de estar é uma solução possível, mas, frequentemente, uma solução muito mal usada, designadamente, quando não há uma protecção visual da sala, que fica devassada e "trespassada" por espaços de circulação, inúteis para qualquer outra função, e importa considerar que tanta circulação não será muito adequada a uma sala mais formal, embora seja, talvez, admissível numa sala de família. Mas haverá soluções adequadas, porque respeitando a privacidade visual da sala e não comprometendo o “partido” arquitectónico global da “unidade” espacial entrada e sala (ex., tabique a meia altura, parede translúcida, etc.).

Tal como também se apontou no referido estudo (ITA 2), há todo o interesse em atribuir a utilidade máxima às zonas de circulação do tipo corredor, desenvolvendo, por exemplo, roupeiros ao longo delas e estimulando o seu uso como verdadeiras "antecâmaras" das zonas mais privadas (podem ser até pequenos "halls" de quartos).

Finalmente, não são de esquecer as potencialidades dos corredores como excelentes espaços informais de brincadeira para as crianças e, de uma forma mais elaborada e sujeita a cuidados específicos, de integração de espaços eelementos de arrumação específicos (ex., estantes para livros) e mesmo recantos de trabalho individuais; sobre esta última possibilidade lembremos que, por exemplo, durante a noite e desde que havendo adequados cuidados de espaciosidade global, dimensionamento, adequada pormenorização, isolamento acústico e visual e climatização, os corredores e as sequências de espaços domésticos de circulação e relação, poderão proporcionar e acrescentar novas e estimulantes dimensões ao uso da casa e à sua caracterizção.

4. Hábitos e opções interessantes nos espaços de circulação domésticos

Relativamente aos hábitos no uso da casa e, especificamente, aos velhos hábitos domésticos, importa lembrar que o corredor foi uma “invenção” não muito antiga, pois na casa popular, e no limite, havia um único grande compartimento multifuncional e multiambiental, enquanto na casa nobre ou burguesa se passava, habitualmente, de compartimento para compartimento, na zona principal da casa, havendo, eventualmente, corredores nas respectivas zonas de serviço; de certo modo proporcionando-se nestas habitações mais privilegiadas uma sequência ou até várias sequências de espaços multivivenciais, muito adaptáveis e susceptíveis de variadas conversões formais, mas mantendo-se, em boa parte, uma máxima redução de espaços “apenas” de circulação, e quando existindo a estes se associavam, frequentemente, outros usos diversificados (por exemplo, desde pequenas galerias de arte a zonas de copa alongadas).

E talvez se possam recuperar partes destas estruturas organizativas em algumas renovadas organizações domésticas.

E tanto numa como noutra das referidas duas “situações-limite”, referidas, esquematicamente, a grupos sociais bem distintos em termos de meios, era, frequentemente, o mobiliário que criava e definia espaços e subespaços com usos e ambientes específicos; seja através de grandes móveis/compartimentos, como era o caso das grandes camas /alcovas, seja mediante uso de mobiliário muito versátil, escamoteável e adaptável aos diversos usos e ambientes pretendidos – com os evidentes e associados problemas de privacidade e de conforto ambiental, que, aliás, acabam por ser um pouco e parcialmente recorrentes em “novas modas domésticas”, onde, por exemplo, a cozinha acaba por ser reduzida a uma espécie de palco doméstico, muito pouco adequado para cozinhar.

Tal como se referiu no início deste artigo, ele é um “pequeno artigo”, servindo quase como uma abertura exploratória sobre a temática das circulações domésticas, uma matéria que, tal como também já se referiu, tem sido muito pouco abordada, como merece, tendo-se em conta a grande relação direta e indireta que assume na estruturação evidenciada e, mais ainda, na essencial caraterização de uma habitação; talvez porque no primado dos estdos domésticos funcionalistas, estes espaços de circulação são aqueles considerados como mais simplesmente funcionais, quando não estritamente de mero serviço aos restantes e quando não mesmo “residuais”, isto note-se, evidentemente, nas “imediatas”, más e tão numerosas interpretações do referido partido arquitectónico dito funcionalista.

E para concluir, para já esta matéria, deixam-se três naturais opções-limite a assumir no que se refere ao desenvolvimento dos ditos espaços de circulação domésticos, qualquer delas potencial e positivamente bem caraterizadora da respectiva solução doméstica: (i) ausência ou quase-ausência dos espaços de circulação; (ii) um expressivo desenvolvimento dos espaços de circulação; (iii) e uma sua configuração e desenvolvimento como um para-compartimento distribuidor e/ou centralizador.

E lembra-se que o objectivo será sempre o mesmo: transformar as circulações domésticas em verdadeiros espaços de vida.

 

Notas:

(1) Claude Lamure, "Adaptation du Logement à la Vie Familiale", p. 194.

(2) Christopher Alexander; Sara Ishikawa; Murray Silverstein; et al, "A Pattern Language/Un Lenguaje de Patrones", pp. 560 e 561.

 

Notas editoriais ao artigo:

O presente artigo corresponde a uma edição muito ampliada e modificada do artigo que foi editado na Infohabitar, em 23/11/2014, com o n.º 510.

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações.

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.


Transformar as circulações domésticas em verdadeiros espaços de vida – Infohabitar # 787

 

Infohabitar

Editor: António Baptista Coelho

Arquitecto/ESBAL – Escola Superior de Belas Artes de Lisboa –, doutor em Arquitectura/FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.

abc.infohabitar@gmail.com

abc@lnec.pt

 

Revista do GHabitar (GH) Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE).

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