tag:blogger.com,1999:blog-10780432.post116370744419906620..comments2023-09-05T15:19:44.644+01:00Comments on <center><b>infohabitar</b></center>: 113 - Cidade relógio de horas, artigo de Maria Celeste Ramos - Infohabitar 113António Baptista Coelhohttp://www.blogger.com/profile/16556578091973372542noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-10780432.post-1164039781400156642006-11-20T16:23:00.000+00:002006-11-20T16:23:00.000+00:00«[…] para que se possa viver nela [na cidade] e de...«[…] para que se possa viver nela [na cidade] e deixar de ser um ecossistema humano cada vez mais artificial e insalubre, robotizado e infeliz.<BR/><BR/>No entanto, é também na cidade que habitam os cientistas [*] com o seu reservatório de ideias e capacidades, que avaliam tudo o que o homem faz de nefasto para a sua própria vida e da vida da natureza e avaliam formas de minimização de tais situações ou encontram mesmo, alternativas.<BR/><BR/>A cidade ainda marca o tempo de ir para a escola e para ir para o trabalho.<BR/>Ainda marca o tempo de férias.<BR/>Marca o tempo de evolução e de destruição.<BR/>Cidade relógio de horas da vida e da morte de todas as coisas inertes e vivas».<BR/><BR/>*e é também na cidade que moram os poetas, ou a (maior) densidade do sonho, cidade-lugar das «massas críticas» e não apenas espaço artificioso e doentio, cidade-espaço-tempo da emancipação cívica, e não apenas da alienação humana, cidade-da-cultura sendo a cultura aquilo que se acrescenta à natureza. Mesmo que seja para a nomear, identificando na cidade a pluralidade das referências e dos territórios pois a cidade é de borracha lisa e negra, mas:<BR/><BR/>«A cidade é de borracha lisa e negra<BR/>mas tem vielas com odor a estábulo,<BR/>armazéns de cereais, a madeira molhada,<BR/>a selaria, a chicória, a esparto.<BR/><BR/>Há chilreios que mordem, ruídos inumanos,<BR/>há bruscas buzinadas que desincham<BR/>meu absurdo coração hipertrofiado.<BR/><BR/>Alugo-me por horas; rio e choro com todos;<BR/>mas escreveria um poema perfeito<BR/>se não fosse indecente fazê-lo nestes tempos».<BR/><BR/>Gabriel Celaya<BR/><BR/>(Comentário de João Lutas Craveiro)Anonymousnoreply@blogger.com